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História Um relacionamento explosivo - Nakamura está marcado para morrer


Escrita por: ateneia

Notas do Autor


Nakamura se comunica com Shimoguchi, mas Myanmoto está preparando tudo para eliminar o policial e o diretor do jornal.

Capítulo 142 - Nakamura está marcado para morrer


Fanfic / Fanfiction Um relacionamento explosivo - Nakamura está marcado para morrer

Shimoguchi viu a mensagem que Nakamura lhe deixara e ficou estupefato. Nela, o policial dizia que queria conversar outra vez com ele.

 

“Shimoguchi-san, sei bem que o senhor tem muito mais a dizer do que me disse até agora. Eu creio que deve ter tido seus motivos, mas preciso que confie em mim e me diga o que sabe para que eu descubra sobre Takaba Akihito, o assassino de Sakaguchi Kojiro e quem sabe, até o que houve com Takaba Yukio. Creio que o desaparecimento do irmão de Takaba Akihito não foi realmente investigado como deveria e que o pobre rapaz foi enganado por Yamazaki. “

 

Excitado, o diretor do jornal mandou nova mensagem, em que dizia ao policial que aparecesse por lá e recebeu uma resposta imediata, uma ligação:

-O senhor realmente tem o que dizer, não tem?

-Tenho, onde está? Na delegacia?

A voz de Nakamura saiu fria e calculada:

-Estou sim e não posso sair do local de trabalho agora. Tive um dia cheio também. Mas ninguém que possa nos prejudicar está ouvindo. Claro que não vou me descuidar.

Shimoguchi concordou:

-Precisa mesmo prestar atenção. Pode haver mais de um policial corrupto aí. Bem, quando estiver pronto, mande mensagem e venha me ver. E cuidado mesmo com Yamazaki, porque eu quero dizer algo que não disse antes nas duas vezes que conversamos: Sakaguchi Kojiro o procurou antes de falar com o médico amigo de Asami e com a vizinha de Takaba Akihito. Apenas a vizinha disse coisas úteis. O médico, como sabemos, é um sonso e o Yamazaki o deixou desconfiado.

Desta vez, Nakamura mostrou zanga:

-Ele não me disse isso. Aliás, ele não me disse muitas coisas que eu suponho que ele deveria saber, já que é tão próximo a Takaba, não? Bem, estou me arriscando dizendo isso. Vou desligar. Até mais.

-Até mais.

Shimoguchi desgligou, aliviado. Tinha certeza de que Nakamura iria descobrir o assassino de Sakaguchi, mas a sensação de que algo ruim iria acontecer. E, se soubesse que o espião de Myanmoto estava ali, do lado de fora da sala, escutando, saberia que algo ruim estava sendo preparado.

O espião foi para um banheiro onde pegou o celular e mandou uma mensagem a Ushio, contando que ouvira o Shimoguchi falando com alguém ao celular e que, pelo teor da conversa, só poderia ser o Nakamura. Informou também que Shimoguchi falara que Sakaguchi procurara Yamazaki.

 

 

Myanmoto manda matar Nakamura e Shimoguchi

 

Ushio ficou alarmado ao receber a notícia. Então, Shimoguchi informara a Nakamura que Sakaguchi procurara Yamazaki. Agora, Nakamura sabia demais e podia, através de Yamazaki, chegar até eles e descobrir que Myanmoto mandara matar Takaba Yukio por causa de dívidas de jogo e Sakaguchi Kojiro. Era incrível como, por causa da incompetência de Tetsuya, que fora descuidado e acabara sendo visto e fotografado por Takaba Akihito, tudo houvesse começado a desandar. E ele ainda tinha que ter sido visto pelo irmão de Takaba Yukio. Para piorar, Asami, em vez de matar o rapaz, já que as fotos também o comprometiam, ficara interessado naquele gigolô, que ainda por cima chamara a atenção de seu chefe, Myanmoto.

“Tudo por causa desse gigolozinho de merda. Esse Takaba Akihito provocou tudo isso. Esse rapaz vai trazer nossa destruição. Que ódio desse rapaz, que ainda por cima virou a cabeça de Myanmoto-sama. Por que Asami se interessou pelo rapaz em vez de sumir com ele? Agora, estamos nesta guerra desnecessária. Como esse mundo é pequeno. Quem diria que o irmão do imprestável do Takaba Yukio fotografaria o imbecil do Tetsuya.”

As coisas estavam mal. Yamazaki mandara mensagem dizendo que falara com Nakamura e que ele mentira, dizendo que a vizinha não estava. Se Nakamura mentira, era porque descobrira algo que podia ser perigoso.A vizinha, segundo Yamazaki, vivia enfiada no apartamento de Takaba Akihito e devia saber demais sobre a vida dele. Sabia coisas que com certeza comprometiam Yamazaki. O tal do Nakamura era esperto e, além disso, quem não desconfiaria de um policial que não descobria nada sobre um joão ninguém como Takaba Yukio? Se ninguém descobria, era porque havia algo a esconder.

“O Takaba Yukio era um inútil e o irmão é um gigolô que provocou uma guerra. Como Asami e Myanmoto-sama foram acabar se digladiando por um rapaz que com certeza já deve ter passado pela cama de dezenas de homens e mulheres?”

Cansado de tantos problemas, foi bater à porta do escritório de Myanmoto, que o mandou entrar. Entrou e, com voz desanimada, contou tudo ao chefe, que disse:

-Mande vigiarem os passos de Nakamura. Tanto ele quanto Shimoguchi devem ser mortos. Que pena não? Um policial inteligente ele, até mais inteligente do que Yamazaki. Infelizmente, teremos de interromper sua carreira brilhante, como a vida é cruel.  Se eles vão se encontrar novamente, façamos com que se matem dois coelhos de uma cajadada só. Riu Myanmoto.

-Inteligente e persistente, Myanmoto-sama.Mas eu me preocupo.

Myanmoto quis saber o que o preocupava e Ushio falou que muitas mortes seriam comprometedoras. Myanmoto deu de ombros. A polícia estava trabalhando com a hipótese de que Sakaguchi fora morto por causa do caso Masato. E todos pensavam que quem mandara matar Masato fora Yukimura, mesmo que não houvesse provas.  Ninguém – Yamazaki iria garantir isso – saberia que Sakaguchi fora morto por tentar descobrir sobre Takaba Akihito.

Ao ouvir sobre Akihito, Ushio fez cara de desagrado ao lembrar que Nakamura andara dizendo que uma testemunha vira Sakaguchi com Sato, o médico amigo de Asami. Desta vez, Myanmoto se zangou com Ushio, lembrando que aquele fato não o comprometia. Faria todos desconfiarem de Asami. Se a polícia sabia que Sakaguchi falara com Sato Tsuzuki, isso comprometia o desgraçado do Asami Ryuichi.

-E por que essa cara de raiva, seu idiota?

Ushio sabia que seria arriscado, mas resolveu dizer:

-Chefe, eu penso que devia desistir desse Takaba Akihito. Ele é apenas um gigolozinho que não vale a preocupação. Desde que ele apareceu, tudo só começou a dar errado.  Ele não vale nada. Está protegido por Asami enquanto pessoas estão morrendo nesta guerra.  Bem, o que esperar de alguém que tinha como irmão aquele perdedor do Takaba Yukio? Veja quantas pessoas já não tivemos de mandar matar. E quantas já não perdemos. Perdemos bons homens no ataque ao Clube Sião, Asami sumiu com o Tetsuya e com os homens que mandamos ao outro clube noturno dele. E veja como nos expomos mandando perseguir esse rapaz. Nossos homens foram vistos pela vizinha dele e por pessoas perto do jornal. E acabamos tendo de matar o Sakaguchi. Agora, mandando matar o Nakamura e o Shimoguchi, só iremos provocar mais confusão. Por quanto tempo poderemos agir sem despertar suspeitas? Alguém poderá acabar resolvendo investigar a fundo e descobrir que somos nós que estamos agindo. Lembre que, se descobrirem que Yamazaki é um policial aliado à máfia, chegarão até nós. Deus, tudo começou a desandar depois que esse gigolô cruzou  nossos caminhos. Por mim, era para Asami ter sumido com ele.

Myanmoto não pareceu zangado ao ouvir as palavras de Ushio e,  quando seu secretário terminou de falar, foi até ele e perguntou:

-Está por acaso insinuando que sou incompetente?

Ushio começou a tremer. Myanmoto não estava com raiva, mas com ódio. O yakuza deu um sorriso maligno e tirou sua faca do bolso, encostando-a no rosto de Ushio, que balbuciou:

-Che-fe, eu não quis dizer nada contra o senhor! Mas veja como esse Takaba Akihito só nos trouxe desgraças! Ele é apenas um gigolô que está se aproveitando da proteção que Asami oferece e que não vale a pena! Sei que estou sendo atrevido, Myanmoto-sama, mas penso que tem que desistir desse rapaz! Ele ainda por cima o detesta, Myanmoto-sama!

Myanmoto disse, com um olhar bastante ameaçador:

-Sabe, Ushio, tenho que admitir: você tem sido leal e bastante competente, mas parece ter esquecido que sou eu que dou as ordens, eu sou o chefe da organização. Ninguém me diz o que fazer! E como sabe que o rapaz é gigolô?

Ushio respondeu:

-E-ele começou cedo, não foi? Veja, ainda criança, já fazia com o padrasto. E, se ele está com o Asami, não é pelo dinheiro? Por que outro motivo ele ficaria com o Asami ? Veja, o irmão era um vagabundo e esteve na prisão. O que podemos dizer de alguém assim? Ele, com aquela aparência, já deve ter visto que pode tirar vantagens usando o rosto que tem. Nem quero imaginar quantos homens e mulheres não devem ter pagado para dormir com ele. Nós mesmos dissemos que só não iríamos obrigar o Takaba Yukio a se prostituir ou vende-lo porque a aparência dele descartava tal hipótese. Mas, se tivéssemos sabido antes sobre Takaba Akihito, poderíamos tê-lo vendido ou obrigado a se prostituir. Ele serviria até para fazer filmes de conteúdo adulto. Daria para ganharmos muito dinheiro além de recuperarmos o que o inútil do irmão dele nos devia.

Com raiva, Myanmoto o empurrou, fazendo-o cair no chão. A ira estava fervendo dentro dele. Por acaso Ushio achava que podia lhe dizer o que devia fazer, julgava-o um idiota? Mandou-o sair e o seu secretário, assustado, saiu, fechando a porta.

Sentando à sua mesa, Myanmoto pegou um copo, enchendo-o de uísque. O que ele faria? Bem, Nakamura e Shimoguchi já estavam marcados para morrer. Bebendo, pensou em Akihito. Qualquer um podia notar que o rapaz não era um gigolô. Havia algo nele que Myanmoto não sabia definir. Algo que o tornava irresistível. Seu  jeito de menino inocente, o entusiasmo, o sorriso,  o olhar, tudo aquilo atraía Myanmoto. Ele adoraria tomar para si o que Asami dizia ser seu. Asami lhe tirara muito.

“Até meu pai respeitava a Asami. E meu pai me desprezava. Por mais que eu fizesse, nunca era bom o suficiente. Que vontade de matar aquele homem que o destino fez ser meu pai. Como eu rezava para aquele homem morrer! Passei a odiá-lo tanto que até ver seu rosto tinha se tornado insuportável para mim!”

Não, Takaba Akihito não era um gigolô. O rapaz tinha uma natureza sensual, ele podia senti-lo, porém não era aquele tipo de pessoa. Myanmoto tivera muitos homens e mulheres e pagara vários para ter momentos de prazer. Takaba Akihito não se encaixava naquele perfil.

“E Asami não iria arriscar tudo por um mero gigolô, por mais bonito que ele fosse. Aquele filho da puta sabe o que faz. Takaba Akihito vale a pena e vou roubá-lo para mim.”

Imaginou-se quando o vira pela primeira vez e quase o possuíra, tocando naquela pele e sentindo o medo do jovem.

 

Pequenas histórias anexas

 

Kirishima aprende sobre lealdade

 

O menino Kirishima Kei estava passeando com o pai, que disse:

-Hoje, quero lhe ensinar algo muito importante, Kei. Vou lhe levar a um lugar e contar uma história muito valiosa.

Olhando para o pai, o menino perguntou:

- Que história, pai? Aonde vamos?

Embora fosse sério e não demonstrasse seus sentimentos, Kirishima Kei amava profundamente o pai, Kirishima Yuuki e adorava quando o pai o levava para passear, contava a ele e à irmã histórias do passado do Japão e falava sobre os seus ancestrais que haviam lutado na guerra, mostrando fotos de um que fora piloto kamikaze*, dizendo:

- Kei, Hana**, temos que saber quem somos, saber nosso passado e a História do nosso povo. Isso, apenas isso, permitirá que saibamos aonde ir.

Aquela tarde, o pai de Kirishima o levou à estação Shibuya e lhe mostrou uma estátua de um cachorro. O menino observou a bela estátua.

-Sabe o que é, Kei?

-Um cachorro da raça akita, pai.

O homem, que raramente sorria – Kirishima mais tarde ouviria o quanto parecia com o pai – desta vez sorriu, e o menino adorou aquele momento em que o vira sorrir. Seu pai então explicou:

-Este cachorro se chamava Hachiko***. Seu dono era um professor universitário e se chamava Ueno. Hachiko sempre vinha espera-lo voltar do trabalho aqui. Porém, um dia o dono morreu e Hachiko, fielmente, vinha espera-lo todos os dias. Esperou-o por quase dez anos até morrer. As pessoas fizeram um funeral para esse magnífico cachorro, que nos ensinou o quanto devemos ser leais. Uma pessoa sem lealdade não tem valor, Kei. Aprenda com Hachiko a sempre ser leal e honrar seus compromissos. Prometa a si mesmo ser leal, custe o que custar.

Solenemente, o menino Kirishima disse:

-Prometo, meu pai. Serei sempre leal.

E Kirishima nunca esquecera aquele momento que, anos mais tarde, contara apenas a Asami. Segundo o fiel secretário, fora naquele dia que aprendera algo fundamental que determinaria seu futuro.

 

*kamikazes eram os pilotos suicidas que serviam na Segunda Guerra

**a irmã de Kirishima foi invenção da autora. Na história original, não se sabe se o secretário de Asami tem família.

***Hachiko, cão que esperou seu dono na estação Shibuya até morrer, em 1935, inspirou o filme Sempre ao seu lado. Até hoje, há uma estátua dele na estação e o cão se tornou um símbolo da amizade e lealdade.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Notas Finais


Akihito e Kou passam momentos divertidos no hotel.


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