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História Um relacionamento explosivo - Capítulo 28 - Um reencontro explosivo


Escrita por: ateneia

Notas do Autor


Asami e Akihito se reencontram em um evento social importante. Akihito tenta resistir, mas uma força o faz ceder ao yakuza, que tem que protegê-lo de quem quer sequestrá-lo.

Capítulo 28 - Capítulo 28 - Um reencontro explosivo


Fanfic / Fanfiction Um relacionamento explosivo - Capítulo 28 - Um reencontro explosivo

Akihito estava fotografando as pessoas que entravam, pensando que cada uma delas estava usando seus trajes mais caros. Vendo o quanto algumas roupas eram de gosto duvidoso, ele concluiu que nem sempre roupas caras eram elegantes. Muitas ali eram de um mau gosto atroz e outras, bastante espalhafatosas.

“Devo admitir que Asami sempre se veste bem.”

Odiou lembrar do yakuza e entrou no prédio. Ficou satisfeito ao pensar que a festa renderia fotos inesquecíveis. Havia muita gente estrangeira: uma famosa atriz chinesa, modelos americanas e europeias e artistas famosos. Sabia que precisava fotografá-los em seus melhores ângulos. Nenhuma celebridade gostaria de se ver feia num jornal. Ele observava as pessoas, pensando que não fazia parte daquele mundo.

Haruka se aproximou dele, perguntando:

-Que acha, Takaba-chan?

-Estou achando o máximo.

Começo a tocar uma melodia suave e Haruka perguntou se ele não queria dançar. Akihito protestou:

-Estou trabalhando. Ficou vermelho.

-Ora, seu bobo, vamos. Você tem a noite inteira para fotografar. Sabe, você ficou fantástico nesse terno.

Concordando, Akihito ajeitou a câmera e começou a dançar com Haruka. Ela sorriu com aprovação.

-Takaba-chan dança bem, não?

O fotógrafo apenas sorriu, achando que seria uma noite e tanto. Então, abriu os olhos e viu Asami, cumprimentando uma modelo alemã. Como sempre, ele estava impecavelmente vestido. De alguma forma, Akihito pensou que ele lembrava um xogum. Ele exalava poder e todos o temiam e respeitavam.  A mulher estava obviamente flertando com ele, que apenas beijou sua mão. Ele fazia sucesso com as mulheres, mas as tratava com frio cavalheirismo.

“O que ele faz aqui?”

Asami olhou para ele, vendo-o dançar com Haruka. Akihito lutou para se controlar e terminou a dança, dizendo à amiga que continuaria trabalhando.

“Preciso ficar muito longe dele.” Foi voltar a tirar fotos.

A atriz chinesa se aproximou de Akihito, rindo e falando num inglês arrastado que o fez desconfiar que já bebera mais de duas taças de champanhe:

-Boa noite, você é um dos convidados?

Akihito a cumprimentou num inglês correto e respondeu:

-Sou só um jornalista.

Ela riu mais e Akihito desconfiou que estava com segundas intenções:

-É difícil ver rapazes tão jovens e tão bonitos como você por aqui. Pensei que fosse um modelo ou artista. Mas fotógrafos também são artistas, não? Qual seu nome, belo menino?

-Takaba Akihito.

Uma mão tocou no ombro de Akihito e uma voz conhecida falou:

-Por que não diz a ela que eu lhe convidei, Takaba-kun?

O rapaz ficou mais vermelho do que nunca ao ver Asami ao seu lado. A atriz chinesa ficou um pouco mais contida ao ver o yakuza, que a cumprimentou num inglês impecável, que fez Akihito pensar que seu inglês era pobre:

-Boa noite, Meiling-san.

-Boa noite, Asami-san. Ele é seu amigo? Não sabia que tinha amigos tão jovens.

Asami colocara a mão no ombro de Akihito de forma bastante possessiva, como se dissesse que o jovem lhe pertencia. Ele balançou a cabeça, confirmando:

-Sim, ele é meu amigo. É um jovem talentoso e muito agradável. E você, como vai?

Ela disse que estava bem e, visivelmente intimidada, afastou-se, dizendo:

-Com licença.

Asami olhou para ela com visível desprezo enquanto se afastava. Akihito lembrou que vira diversas vezes que as mulheres sempre se aproximavam de Asami, mas que ele as tratava com frieza e não lhes dava a menor atenção.

O yakuza voltou-se para Akihito e o olhou com ar de censura. Akihito o olhou com desafio.

-Ora, você quer fugir de mim, não é? E eu o vejo dançando com uma moça e depois sendo assediado por uma mulher dez anos mais velha. Não sabia que essa atriz de Hong Kong adora rapazes mais novos? Preciso mesmo vigiá-lo bem.

-E daí? – disse Akihito, zangado – Esperava que eu dançasse com você? Com licença, estou trabalhando.

Asami o segurou com mais firmeza e Akihito, olhando para aqueles olhos penetrantes e misteriosos, entendeu que não se libertaria dele.

“Ah não, isso não.”

-Venha aqui. Temos de conversar.

Não dava para escapar. Asami o conduziu à sala VIP, fechando a porta. Akihito observou a sala, concluindo que era o lugar mais luxuoso em que já estivera. Afastou-se um pouco. Asami intimidava e nunca se sabia o que ele faria.

-Ah, não farei o que você quer, Asami-san.

Com ar negligente, Asami apenas foi até ele, erguendo bem seu queixo e lhe forçando a olha-lo nos olhos.

-Não?! E prefere ser sequestrado?

Desta vez, o fotógrafo se assustou, pois sentiu a seriedade nas palavras de Asami. Teve vontade de perguntar como o yakuza sabia que ele iria fotografar o evento e de que maneira soubera do plano para sequestra-lo, mas desistiu. Asami não revelaria como soubera.

-Ser sequestrado?! Baixou os olhos.

Com sua voz aveludada e grave, Asami disse que Myanmoto enviara homens para sequestra-lo e perguntou a Akihito se ele entendia o perigo que estava correndo.

-Entende que não pode mais fugir do fato de que é meu amante?

Rebelando-se, Akihito se soltou dos braços de Asami e se afastou dele, encarando-o com aquela expressão de gato selvagem que o yakuza adorava. Ele sabia do risco de agir com ousadia para com Asami. Ele não era alguém que gostasse de ser contrariado. “Eu estou brincando com fogo!”

-Eu não sou seu amante!

Olhando-o com um olhar que faria o aço derreter, Asami se aproximou dele, segurando-o com firmeza. O rapaz desviou o olhar, não querendo ser tragado por aqueles olhos com força tão atrativa nem fitar aquela boca sensual.

-Pare de negar, Takaba! Do que você tem medo?

Akihito foi enfático:

-De você.

Com voz segura, Asami retrucou:

-Não, não é de mim que você tem medo. É do que você sente.

Akihito lutou e esbravejou, o que fez Asami compara-lo a um gato rebelde.

-Asami, não dá certo!

Asami o soltou, perguntando:

-Por que não?

Com voz hesitante e um olhar angustiado, Akihito disse que não suportava pensar na morte do político e que aquilo lhe estava pesando ao lembrar como ele se envolvera.

Desta vez, a expressão de Asami suavizou, como se ele compreendesse o que Akihito estava sentindo. Carinhosamente, o yakuza segurou seu rosto com as mãos e lhe interrogou com brandura:

-Que culpa você teve, Akihito?

O rapaz insistiu que estava envolvido e que se sentia sujo. Asami o olhou nos olhos e pôs as mãos fortes nos ombros do rapaz. Falou com a voz do pai que consola um filho:

-Você não teve culpa nenhuma. E por que está dizendo que é um sujo? Olhe para mim, sou dez milhões de vezes pior do que você. Nada do que você fizer se comparará ou que eu já fiz ou venha a fazer.

Asami pensou em quando ele próprio fora um garoto. Mas ele perdera muito cedo aquela expressão inocente que via nos olhos luminosos e puros de Akihito. O rapaz podia achar que conhecia o mundo, porém nunca lidara com o que ele tivera de lidar. Aquele rapaz nunca enfrentara criminosos perigosos nem fora obrigado a matar.

-E quem era aquele político? Um homem exemplar? Assim como todo mundo, ele usava uma máscara!

Indignado, Akihito protestou:

-Eu não uso máscara!

-Não? – Asami o encarou com argúcia- Você usa, sim!

Para Akihito, aquilo pareceu um insulto. Com voz zombeteira, o fotógrafo tentou chatear Asami:

-Você que usa a máscara de homem de negócios!

Asami não se abalou e admitiu que usava, balançando a cabeça. Então, concluiu:

-Você também usa, pirralho. Todos usam. E isso faz parte da sobrevivência.

Aquilo fez Akihito esbravejar. O rapaz disse que se mostrava como era. Então, ele acrescentou que Asami tinha de admitir que os dois nada tinham em comum. Asami perguntou o que ele queria dizer. Akihito disse com sagacidade que era apenas um pirralho que não chegava aos pés do poderoso Asami Ryuichi e que significava apenas uma pedra no sapato dele.

-E ainda por cima, - Takaba foi dramático – eu sou um peso nas suas costas! Você não deveria se preocupar com minha segurança, mas apenas em vencer Myanmoto!

A teimosia de Akihito só deixou Asami mais interessado. O garoto era mesmo páreo duro. Asami precisou admitir que poucos haviam ousado desafiá-lo daquela forma. Como convencer aquele teimoso? Acariciou seu rosto e Akihito sentiu um frio em sua espinha.

-Afastar-se de mim não ajudará, Akihito. Já fomos longe demais. Isso não pode ser desfeito.

O rapaz lutou contra a excitação. Não era certo sentir aquilo. Aquele homem mexia com suas emoções e era o homem mais misterioso que ele já conhecera. Sabia que envolver-se com ele era andar por terreno movediço. Asami lhe ergueu o queixo.

-N-não!

“Não quero terminar de calças abaixadas e sendo fodido aqui!”

Um longo e profundo beijo o calou e Akihito correspondeu sem se dar conta. Quando percebeu, estava no caríssimo sofá de couro, sentado no colo do yakuza. Ele fora andando ou Asami o carregara até ali? Asami sorriu e disse com ar satisfeito:

-Posso me acostumar com seu peso em minhas costas. Você nem pesa tanto mesmo.

O yakuza não podia deixar de pensar que fora porque ele aparecera na vida de Akihito que o rapaz agora estava em perigo. Porém, como ele próprio dissera, ambos haviam ido longe demais e ele não podia se afastar do rapaz. Somente ele podia protege-lo. E ele também não queria mais que o jovem se desvencilhasse dele. Queria-o para si, ter tudo dele.

-S-seu...murmurou Akihito.

Alguém bateu à porta. Akihito e Asami se sobressaltaram. Ergueram-se do sofá e Akihito reparou que o yakuza não parecia surpreso, como se esperasse aquilo. Asami abriu a porta. Suoh e Kirishima entraram. Educadamente, Akihito os cumprimentou e se afastou, indo à janela. Não queria ouvir.

-Boa noite, Suoh-san e Kirishima-san.

Os homens o cumprimentaram rapidamente:

-Boa noite, Takaba-san. Disse Suoh.

-Boa noite, Takaba-kun.disse Kirishima.

Foram logo falar com Asami o que fez Akihito supor que era assunto de alta importância.

-Asami-sama, pegamos Ushio.

Quem era Ushio? Akihito fingiu não prestar atenção e pensou que Kirishima passara a chama-lo de “Takaba-kun”. O que isso queria dizer?  Asami falou em voz baixa:

-Deem-lhe uma lição inesquecível. Digam que é um recado meu para Myanmoto. Algum sinal do sniper?

-Nenhum, chefe. -  Informou Kirishima. – Porém pegamos mais dois homens que vinham com a intenção de sequestrar Takaba-kun.

-Apliquem o mesmo procedimento. Suoh, deixarei a parte da lição com você.

 

 

 

 

 


Notas Finais


A partir de agora, Akihito verá que talvez agora ele tenha se tornado parte do perigoso e violento mundo de Asami.


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