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História Um relacionamento explosivo - Capítulo 40 - Colocado contra a parede


Escrita por: ateneia

Notas do Autor


Asami está zangado porque Akihito não lhe contou que foi conversar com Yamazaki e lhe pede explicações.

Capítulo 40 - Capítulo 40 - Colocado contra a parede


Fanfic / Fanfiction Um relacionamento explosivo - Capítulo 40 - Colocado contra a parede

 Asami andava rápido e Kirishima, que o seguia, falou cuidadosamente:

-Chefe...

O yakuza se virou. Seu rosto estava inexpressivo mas Kirishima, que conhecia o seu chefe, sabia que ele estava mal-humorado e falou com cautela:

-Atrevo-me a aconselhar que ouça o rapaz primeiro e não seja tão duro com ele.

Asami ficou surpreso pois Kirishima nunca fora de aconselhá-lo nesses assuntos e havia antipatizado com Akihito no começo.  Estaria criando simpatia pelo rapaz? Respondeu:

-Ele me desobedeceu.

O secretário, sabendo que estava pisando em ovos, ponderou:

-Acho que quando ele souber a verdade sobre Yamazaki, isso será pior do que qualquer bronca ou castigo. Será cruel demais para ele, que mostra ser alguém que precisa ter em quem confiar e não é como nós. Até ele se acostumar ao mundo de Asami-sama, irá sofrer. Bem, claro que o senhor tem de mostrar que ele errou em não lhe ter dito que ia ver Yamazaki.

As palavras de seu fiel secretário fizeram Asami refletir enquanto iam para o carro.

Suoh montava guarda e Akihito, no assento de trás, estava tenso, de braços cruzados.

Ao ver Asami, Suoh foi ocupar o banco do motorista e Kirishima sentou ao seu lado, pegando a agenda para verificar os encontros e compromissos que Asami ainda teria naquele dia. Asami ainda o mandou ligar para o chef de um dos seus clubes para preparar um almoço para quatro pessoas.

-Você e Suoh poderão almoçar conosco.

-Obrigado, Asami-sama.

Akihito fez cara feia para Asami, que ligou seu celular e ficou falando com um cliente estrangeiro. O rapaz protestou que queria ir almoçar no restaurante de Watanabe e Asami mandou que ele parasse de agir como um fedelho birrento.

Claramente furioso, Akihito rebateu:

-Veja a vergonha que você me fez passar na frente da Meiling!

Asami não respondeu e voltou a ligar para outros clientes. Entretanto, ficou a pensar no que Kirishima aconselhara. Jamais pensara que seu secretário, que sempre parecera só pensar em cuidar dos seus negócios, tentasse entender os sentimentos de outras pessoas. Asami confiava plenamente nele e lhe falara sobre o abuso que Akihito sofrera do padrasto. Kirishima então, dissera algo curioso:

-Asami-sama terá de lidar com uma criança ferida.

Ao chegarem ao clube, Asami mandou que Akihito o seguisse ao seu escritório. Lá, o yakuza começou:

-Você não me falou sobre ter ido falar com Yamazaki! Sabe o que acontece com quem mente ou esconde algo de mim?

Akihito empalideceu, mas retrucou com firmeza que não fizera nada tão grave.

Asami lhe ergueu o queixo, forçando-o a olhá-lo e pronunciando:

-Você não pode me esconder nada, pirralho!

Enfurecido, Akihito indagou se Asami mandara vigia-lo e o olhar do yakuza ficou mais ameaçador. Pela primeira vez, Akihito percebeu como a linha do seu maxilar era agressiva e aquelas mãos poderiam mata-lo sem dificuldades. Berrou:

-Eu não lhe pertenço!

Sem demonstrar a sua admiração pelo atrevimento de Akihito, Asami persistiu:

-O que você foi falar com Yamazaki? Se mentir, eu descobrirei!

Tentando desviar os olhos daquele olhar implacável,Akihito contou sua conversa com a vizinha, falou da carta e da conversa com Yamazaki. Então, as mãos de Asami relaxaram e ele falou:

-Mostre-me a carta.

Akihito abriu a mochila e deu o envelope. Asami leu a carta e, ao falar com Akihito, seu tom era mais brando, mostrando sua preocupação:

-Por que não veio falar logo comigo, Akihito?

O jovem não respondeu e Asami pensou que seria capaz de esganar Yamazaki que, por ser mancomunado com Myanmoto, sabia que fora ele que mandara a carta e ficava manipulando o fotógrafo daquela forma cruel.

Asami olhou para Akihito, segurando seu rosto com as mãos:

-Por que foi falar com Yamazaki?

O rapaz não conseguiu responder mas disse:

-Eu acho que não dá para saber o que é verdade nesta história. Vou ficar mesmo um tempo com minha mãe até você resolver tudo.

Então, Asami resolveu que não o deixaria ir. Colocou as mãos nos ombros de Akihito, encarando-o.

-Você acha sua mãe uma boa escolha?

Aquilo fez Akihito olhar para ele com petulância. O que Asami estava insinuando a respeito de sua mãe? Como podia decidir sua vida daquele jeito?

Asami foi bem mais incisivo:

-Que mãe não denuncia o homem que passou um ano abusando do filho dela? Aquele homem passou um ano lhe machucando e aterrorizando! Ela nem sequer desconfiou? Pense um pouco! Como uma mãe não nota que o filho está com um problema?

O fotógrafo baixou os olhos, inseguro:

-N-não! Ela pode não ser perfeita, mas...

Encorajado, Asami insistiu:

-Acha que ela nem desconfiou? E ela não fez nada quando seu irmão flagrou aquele homem abusando de você? Yukio e seu pai tentaram mata-lo! Eu o mataria agora se o visse! Mas ela...fez o quê?

Ao terminar de falar, Asami pensou se sua mãe teria sido como a de Akihito ou se o defenderia. Mas, ao doze anos, ele já sabia se defender. E nunca ninguém tentara abusar dele, que se vingaria caso houvesse acontecido. Aprendera a ser implacável muito cedo.

Akihito não ousou encará-lo, mas falou:

-Yukio e pai desconfiavam. Mas eu não consigo acreditar que ela seria capaz disso.

Com delicadeza, Asami lhe disse que ela não fora capaz de protege-lo e que era muito estranho  uma mãe que queria que o filho ficasse cozinhando num restaurante em vez de fazer o que amava.

O olhar do rapaz era de angústia. Asami resolveu que não dava para ser duro com ele.

-Vamos almoçar – pegou no envelope – essa carta é algo muito sério, Akihito. Myanmoto quer lhe aterrorizar. Não me esconda mais nada, certo? Senão, não poderei lhe proteger.segurava com delicadeza seu rosto.

Inseguro, Akihito falou que sentia muito e Asami apenas lhe passou a mão na cabeça.

-Vamos, está tudo bem. Foram saindo do escritório.

“Kirishima tem razão. Ele ainda não está acostumado com meu mundo. Mas terá de aprender a viver nele.”

Asami falou que a comida era muito boa e Akihito, que gostava de qualquer comida, lembrou, mencionando o episódio com Meiling:

-Não pense que perdoei a vergonha que me fez passar na frente dela!

O yakuza só riu, fazendo um carinho em sua cabeça:

-Pirralho, não seja tão teimoso.

Foram comer. A comida era ótima: sashimi, arroz, sopa de missô e legumes fritos.

Ao longe, em outra mesa, Suoh falava com Kirishima:

-Puxa, o chefe está tendo trabalho com essa criança, não é?

Kirishima concordou com a cabeça:

-Está, sim.

Suoh lhe confidenciou:

-No começo, não entendi. Gente como ele, que fica sabendo dos negócios do chefe, não dura muito. Mas sabe, estou começando a gostar do pirralho.

 

 

 

 


Notas Finais


Asami está com raiva de Yamazaki e de Myanmoto e percebe que precisará agir rápido, mas com cautela.


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