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História Um relacionamento explosivo - Capítulo 63 - Akihito conhece Myanmoto


Escrita por: ateneia

Notas do Autor


Akihito vai fotografar uma feira de robótica para o jornal e não sabe que Myanmoto foi informado. O rival de Asami vai até lá para ver o jovem e se aproximar dele, ficando enlouquecido de desejo de possuí-lo.

Capítulo 63 - Capítulo 63 - Akihito conhece Myanmoto


Fanfic / Fanfiction Um relacionamento explosivo - Capítulo 63 - Akihito conhece Myanmoto

Aquela escola era famosa por ser uma das melhores em robótica. Sabia-se que vários de seus alunos haviam ganhado medalhas em Olimpíadas de matemática, física, robótica e astronomia. Akihito sempre gostara de ir àquelas feiras de robótica, ainda que não fosse um conhecedor de robótica.

Vários alunos pediam para que ele os fotografasse e faziam poses. Akihito precisava orientá-los para que se pusessem em seus melhores ângulos. Os alunos estavam bastante orgulhosos de suas criações e sorriam para ser fotografados, exibindo com prazer seus inventos. Os modelos maravilharam o fotógrafo. As equipes explicavam como haviam fabricado seus protótipos tanto para os jornalistas quanto para os visitantes.

Um modelo de robô chamou particularmente a atenção de Akihito, pois era parecido com um robô que era um dos personagens principais de um mangá bastante famoso que ele lera aos treze anos. Fotografou-o, resolvendo que guardaria uma cópia da foto para si mesmo.

Pensou nas muitas vezes em que fora a museus e feiras de ciências com Takato, Kou e outros amigos ou com Yukio e um amigo dele que era louco por astronomia. Uma vez, o rapaz, que se chamava Satoya Ren, dissera que seu sonho era ser astrofísico. Yukio então fizera um rascunho de mangá em que Satoya era o personagem principal. O Satoya ficara maravilhado, dizendo que adoraria se dizer amigo de um grande artista. Onde estaria o Satoya agora? Teria desistido do espaço? Akihito afastou os pensamentos. O passado estava morto e ele não podia desfazer nada. A família de Satoya o havia aconselhado a nunca mais falar nem com Akihito desde que Yukio se tornara um delinquente e o rapaz lhe dissera na última vez em que o vira, após a primeira detenção de Yukio:

-Nós vamos nos mudar para Osaka. Akihito, peço uma coisa: diga a Yukio que volte a desenhar. Eu não sei o que houve com ele, mas ele ainda pode ser um grande artista. Dê isso a ele. Deu-lhe um telescópio em miniatura.

Afastando as lembranças, Akihito se concentrou em fotografar e, de tão distraído com seu trabalho, não percebeu que um homem entrara na escola e agora prestava atenção a ele, reconhecendo-o. Era Myanmoto, a quem Yuma ligara para comunicar que o fotógrafo ia fazer um trabalho ali. Algumas pessoas observaram o yakuza, desconfiadas. O que um homem como ele fazia ali? Ele fingia olhar os robôs e andava para se aproximar de Akihito. Ao achar que já estava perto o suficiente, ficou a uma pequena distância.

Observando bem Akihito, ele ficou satisfeito ao ver como o rapaz parecia uma criança, vestindo camiseta branca sem mangas, usando o casaco jeans enrolado na cintura e calças “vintage”. Fazia um contraste interessante com o sofisticado Asami.

O que lhe chamou a atenção foi o rosto de Akihito, que era juvenil e de traços delicados, mas não tão delicados que parecessem com os de uma moça. Homens e mulheres morreriam por uma beleza como a dele. Os olhos eram grandes, os lábios, bem desenhados e o rosto era esbelto. A pele branca passava uma impressão de maciez e o cabelo, levemente desalinhado, dava-lhe um ar gracioso.

Seus olhos se detiveram nas linhas do pescoço, nos ombros e na cintura esbelta e se imaginou colocando uma mão sob a camiseta, percorrendo a pele macia e outra dentro das calças do rapaz. Chegou a ter medo de ter uma ereção ao se imaginar fazendo aquilo.

Akihito sentiu algo estranho, que fez seu sexto sentido aguçar, e olhou para ele, estranhando aquele homem jovem, com boa aparência e jeito de pessoa abastada que parecia um executivo bem-sucedido, não alguém interessado em coisas tão nerd como robótica e tecnologia.

Myanmoto notou que o rapaz o percebera e fingiu olhar para o lado. O garoto valia a pena.

Talvez achando que já fotografara demais, Akihito saiu da escola e guardou sua câmera. Pegou o celular e mandou uma mensagem a Asami dizendo que ia a uma cafeteria em frente à escola. Ao sair, passou por Myanmoto, que olhou bem para seu traseiro.

“Estou com vontade de entrar com tudo na sua bunda, garoto.”

Discretamente, Myanmoto foi seguindo o rapaz, que saiu da escola, atravessou a rua e entrou na pequena cafeteria. Lá, Akihito sentou a uma mesa, tirou um livro da mochila e pediu um cappuccino. Enquanto esperava, ficou lendo o  romance policial que comprara um mês atrás. Ouviu passos e viu que o homem que vira há pouco na escola estava próximo a ele. Ficou um pouco desconfiado com o olhar do homem, mas se forçou a ficar calmo. O homem só perguntou:

-Posso sentar?

Descendo os olhos de novo para seu livro, Akihito disse:

-Pode.

O homem ficou olhando para o rapaz, que sentiu um frio na espinha. A garçonete veio com o cappuccino e Akihito começou a beber. O homem pediu à moça que lhe trouxesse um café expresso e Akihito ficou com seus olhos no livro.

Myanmoto perguntou a Akihito:

-Takaba Akihito?

Surpreso por aquele homem saber seu nome, Akihito disse:

-Sim, sou eu mesmo. Que deseja?

O homem falou, sorrindo de um jeito que deixou Akihito mais perturbado:

-Você é fotógrafo, certo?

“Que raio de pergunta idiota! Ele não me viu fotografando na escola?”

O jovem mostrou sua câmera e disse, com um tom de voz seco e incisivo, olhando Myanmoto nos olhos:

-Acho que o senhor já pode ver que sim. Quer, por favor, me deixar ler meu livro?

A garçonete veio com o café e Myanmoto esperou que ela se afastasse e, sorrindo de forma lasciva, perguntou:

-Você não conhece Asami Ryuichi?

Imediatamente, Akihito ficou em alerta. Era óbvio que o homem sabia que ele conhecia Asami. Myanmoto notou a confusão e o susto do rapaz, divertindo-se com isso. Insistiu:

-Conhece-o ou não?

Akihito pensou rápido. Qualquer resposta desastrada poderia ser perigosa. Tomando todo o cuidado para Myanmoto não notar seu nervosismo, respondeu:

- Sim, conheço. Ele é um empresário muito conhecido, não? E aparece muito em eventos sociais. Eu sou jornalista e já cobri muitos eventos. E natural que o conheça.

Myanmoto, notando que Akihito estava em alerta, reconheceu que ele era mais esperto do que parecia. Não era à toa que despistara seus homens aquela manhã. Olhou bem para Akihito e passou a ponta do dedo indicador nas bordas da xícara com um sorriso lupino. Akihito o encarou com raiva ao perceber a malícia do gesto.

-Sabe dos negócios de Asami, garoto?

Tentando parecer tão calmo quanto possível, Akihito disse:

-Asami não parece ser alguém que vá falar dos negócios dele com um pirralho como eu.

Satisfeito, Myanmoto tirou uma caneta do bolso do seu paletó e deslizou o dedo por ela. Akihito estremeceu ao ver o olhar lascivo dele.

-De fato, você parece ser bem jovem, parece uma criança. E Asami não colocaria alguém tão jovem a seu serviço.

Akihito ponderou que o homem sabia tudo sobre Asami.

-Então, não posso lhe ajudar.

Myanmoto terminou de tomar seu café e disse com um olhar maldoso e cheio de cobiça:

-Eu vi você com Asami mais de uma vez. Qual seu trabalho? Deixá-lo desfrutar desse seu corpo?

O fotógrafo ficou vermelho de raiva e vociferou:

-Mas que pé no saco! Minha vida não tem nada a ver com você, seu...

O homem se inclinou, estendendo a mão como que desejando tocar no rosto de Akihito, que recuou, mostrando sua raiva. Myanmoto continuou:

-Nossa, de perto, você é muito mais bonito. Mas parece uma criança. Aliás, parece um anjo. Meu Deus, você também é bem magrinho. Aquele pervertido deve fazê-lo sofrer, não é? Imagino as marcas que ele deixa na sua pele tão macia.

Akihito levantou e fez um gesto obsceno.

-Cai fora, tarado! Não sei quem é você! Mas não sou garoto de programa!

Myanmoto foi até ele e segurou seu braço, dizendo:

-Veja aí fora, não vai poder escapar. Você pode ser rápido para correr, mas até a pessoa mais esperta um dia cai numa armadilha.

Akihito olhou pela janela. Havia um carro e dois homens do lado de fora.

“Ele é um yakuza! Deve ser rival de Asami!”

-Vamos ao banheiro, lindo menino!

Akihito tentou se afastar, mas Myanmoto segurou seu pulso com força. Foram ao banheiro. Não havia ninguém.  Myanmoto trancou a porta e sussurrou no seu ouvido:

-Finalmente, vou poder colocar minhas mãos em você.

O fotógrafo lutou. Inútil. Myanmoto era bem mais forte e, agarrando-o por trás, sussurrou no seu ouvido:

-Sabe, meu lindo Akihito, eu sei que Asami sabe que eu matei o seu irmão. Quer saber como eu matei Yukio, tirei seus órgãos para vende-los no mercado negro e atirei seu corpo ao mar? Você nunca mais vai encontra-lo.  Sorriu.

Akihito paralisou. Há muito que admitira que Yukio morrera, mas saber aquilo era cruel demais.Murmurou, lutando contra o medo e o ódio enquanto olhava para aquele rosto:

-Cachorro miserável!

Myanmoto o virou para que ficasse de frente para ele e falou:

-Mas você é lindo demais para que alguém tenha vontade de mata-lo, essa é a verdade.

-Prefiro morrer a deixar você me tocar! Você matou meu irmão, seu desgraçado!

Myanmoto então roçou seus lábios no pescoço do fotógrafo, que fechou os olhos e, de repente, lembrou do padrasto e ia gritar. Mas Myanmoto lhe tapou a boca.

-Aqui, não. Ninguém vai lhe socorrer. Relaxe, você vai gostar.

Que Akihito faria agora?

A mão de Myanmoto foi para debaixo de sua camiseta, acariciando seu corpo.

O fotógrafo ficou pensando no padrasto a tocá-lo e no horror que deveriam ter sido os últimos momentos do seu irmão. Ele nunca poderia enterrá-lo ou cremá-lo. E agora, o homem que matara Yukio iria abusar dele da mesma forma que o padrasto abusara tantas vezes. Todo o horror foi passando pela sua mente como um filme.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Notas Finais


Como o fotógrafo escapará da luxúria de Myanmoto?


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