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História Um relacionamento explosivo - Capítulo 79 - Sakaguchi procura Yamazaki


Escrita por: ateneia

Notas do Autor


Sakaguchi, amigo e colega de Akihito, procura por Yamazaki para falar sobre o estranho desaparecimento do fotógrafo. Entretanto, o jornalista fica desconfiado do jeito de Yamazaki, que lhe parece esquivo. O policial fica apreensivo, vendo que tanto ele quanto Myanmoto estão em perigo.

Capítulo 79 - Capítulo 79 - Sakaguchi procura Yamazaki


Fanfic / Fanfiction Um relacionamento explosivo - Capítulo 79 - Sakaguchi procura Yamazaki

Para Yamazaki, parecia que tudo estava desabando ao seu redor. Tomando uma xícara de café – estava tomando muito café para suportar suas noites insones – ele observava o ânimo abatido de seus colegas. O fracasso da operação se somara aos muitos problemas que a polícia estava enfrentando. Alguns policiais chegavam a comentar que Asami não devia ser humano, mas um maldito demônio encarnado com poder de prever o futuro para sempre estar um passo à frente da polícia.

-Ele deve mandar no Japão mais do que a própria família imperial. Hoje em dia, o dinheiro rege tudo. Aquele maldito compra as almas das pessoas.

-Esse desgraçado zomba de nós.

Yamazaki só pudera concluir que o traidor Fujimoto avisara sobre a operação e que Asami retirara as armas. Pensando no olhar zombeteiro de Asami ao recebe-lo, concluiu que ele já sabia há muito tempo.

“Deus, como estou sentindo ódio desse homem.”

Pior fora a insinuação que Asami fizera quando ele o interrogara acerca do desaparecimento de Fujimoto Yoshi. O demônio devia estar se referindo ao desaparecimento de Takaba Yukio. Talvez soubesse de tudo, até que ele entregara o rapaz a Myanmoto. Mas não dava para concluir nada. As palavras de Asami haviam sido dúbias.

“ E eu não sei o que houve com Takaba Akihito. Myanmoto tentou sequestra-lo e não faz sentido ele sumir  assim de repente e alguém atender o seu celular dizendo que ele está doente. Estou achando que, como Asami soube que tentaram sequestra-lo, resolveu escondê-lo.”

Parou de pensar quando um colega lhe disse que alguém desejava vê-lo. Perguntou quem era e o outro policial disse que era um jornalista que dizia que precisava urgentemente falar com ele. Chegou a pensar que fosse Akihito, mas lembrou que o fotógrafo já era muito conhecido ali e todos se referiam a ele como o “amiguinho fotógrafo de Yamazaki”.

-Diga que venha. Se é jornalista, deve saber de algo importante.

O homem que apareceu era jovem, com uns trinta anos. Usava roupas casuais, cabelos compridos e cavanhaque. Yamazaki achou que já vira aquele rosto. O rapaz perguntou:

-O senhor é Yamazaki Kouchi?

Erguendo as sobrancelhas, Yamazaki confirmou. O rapaz parecia bastante preocupado. Mandou-o sentar e o jornalista se apresentou:

-Sou Sakaguchi Kojiro, jornalista. Vim falar sobre Takaba Akihito.

Gentilmente, Yamazaki perguntou se queria café e o jovem recusou.

-De que se trata? Takaba soube de alguma coisa ou está metido em encrenca? Sei que ele é impulsivo e vive se metendo em encrencas. Eu já o livrei de várias em que ele se meteu por causa de sua profissão. Digo-lhe que seja mais prudente, mas ele é temerário. E muito teimoso.

Sem demora, Sakaguchi disse:

-Verdade que ele é um tanto destemido demais, mas eu admiro isso nele. Bem, vou falar logo.Ontem, logo de manhã, uns homens com jeito de yakuzas apareceram rondando o jornal. E não demorou a que Takaba saísse pela janela e depois houvesse pessoas comentando que um rapaz foi visto correndo de uns homens de terno. Só pode ter sido ele.Mau sinal. Quando um jornalista cruza o caminho da yakuza, fica marcado.

Yamazaki falou que Akihito era especialista em escapar correndo e que ninguém o alcançava quando ele disparava numa corrida. Sakaguchi lembrou que já ouvira o fotógrafo comentar como escapara correndo de pessoas que haviam tentado pegá-lo quando ele fazia seus trabalhos e  falou do homem que aparecera se dizendo amigo do jovem levando o atestado médico dizendo que ele estava com pneumonia.

O jeito de falar de Yamazaki deixou Sakaguchi desconfiado. Ele olhou bem para o policial, achando muito estranho que um homem a quem Akihito conhecia desde criança e sempre considerara um segundo pai agindo com tanta indiferença  daquela forma, sem mostrar a menor  surpresa ou preocupação, como se falasse de algo rotineiro. Mas ele não estava falando de uma coisa rotineira. Estava falando sobre o estranho desaparecimento de um jornalista e Yamazaki, que sempre chamava Akihito para cobrir operações policiais, deveria estar apreensivo.

“Ou ele é um homem totalmente insensível ou não mostra o que sente. Sendo tão próximo de Akihito, não devia estar agindo assim, como quem ouve falar de um desconhecido.”

Tentando não mostrar seu desagrado com o policial, falou com energia:

-Vim aqui porque ele é seu amigo, Yamazaki-san. Ele fala muito que o senhor o chama para cobrir prisões e operações policiais. Eu penso que tudo isso começou com umas fotos que ele tentou vender para outro jornal e que não saíram na imprensa. Talvez ele tenha conversado sobre isso com o senhor, que ele diz ser como um pai para ele.

Yamazaki pediu que ele desse mais detalhes e Sakaguchi narrou o que Shimoguchi lhe contara sobre as fotos do ladrão de carros e como o mesmo fora achado morto na praia. O jornalista acrescentou que Shimoguchi, há tempos, vinha achando Takaba tenso e desconfiava que ele andava metido em problemas.

-O que o senhor acha?

Yamazaki, observando o jeito do jornalista, percebeu que ele não era bobo e que precisava agir com cautela. Como o policial  conhecia Takaba desde criança, era fácil convencê-lo. Mas Sakaguchi ficaria desconfiado se ele falasse qualquer coisa imprópria.

-Takaba veio me falar sobre isso quando acharam o ladrão. Eu ponderei que, se ele não sabia quem era o dono do carro, não havia motivo para preocupação, mas falei que ele deveria ter cuidado.

Desconfiado, Sakaguchi informou:

-Creio que o senhor não ignora que o ladrão trabalhava para Myanmoto Yonosuke, não? Ele é dono de um cassino e dizem ser um yakuza muito violento, que não perdoa seus devedores e, inclusive, vende órgãos no mercado negro e pessoas para ser escravas sexuais. Um rapaz bonito como Takaba Akihito seria uma mercadoria muito valiosa, não?

A insistência do jornalista deixou Yamazaki em alerta e ele observou:

- Como Myanmoto saberia que foi Takaba quem tirou as fotos?

Aquilo deixou Sakaguchi com mais raiva. Um policial, dizendo aquelas coisas estúpidas? Yakuzas poderiam descobrir qualquer coisa. E não poderia  ter sido o dono do carro quem mandara rondar o jornal para pegar Takaba? Tudo indicava que Takaba estava envolvido no meio de uma guerra de yakuzas. Alguém o vira tirando as fotos, impedira que saíssem na mídia e matara o ladrão.

-Mas alguém descobriu que foi Takaba-kun quem tirou as fotos! E o que explica yakuzas rondando o jornal? Ah, há outra coisa.

O policial amaldiçoou Myanmoto por não ter deixado Akihito em paz. A situação só piorava e aquele Sakaguchi tinha jeito de alguém que gostava de ir a fundo em tudo que fazia. Ele acabaria descobrindo o que não era para ser descoberto.

“Takaba Akihito nunca admitiria que o melhor para ele foi o inútil daquele irmão dele morrer. Meu Deus! E esse idiota do Myanmoto! Por que ele não faz nada certo? Fica como uma criança, provocando alguém sem condições de vencer!”

Tudo estava saindo do controle. Se Sakaguchi insistisse em investigar, talvez fosse preciso eliminá-lo e isso seria perigoso. Quem não desconfiaria da morte de um jornalista?

Sakaguchi observou bem o rosto do policial, mas fingiu que não prestava atenção porque não queria que o mesmo percebesse sua antipatia por ele. Estava começando a achar que o homem tinha algo errado e sua intuição lhe dizia que ele sabia mais do que queria dizer. Estranho que um rapaz inteligente como Takaba não notasse que aquele homem tinha algo estranho.

Yamazaki perguntou:

-Qual é a coisa, Sakaguchi-san?

Sakaguchi mostrou o atestado.

-Veja, quem expediu o atestado foi um Sato Tsuzuki.

O policial ficou em alerta. O nome de Sato Tsuzuki não lhe era estranho.

-Sato Tsuzuki trabalha no hospital de Tóquio do qual Asami Ryuichi é o maior sócio benemérito, Yamazaki-san. Ele é o clínico e cirurgião geral. Amigo e médico pessoal de Asami Ryuichi. Para um homem com tantos inimigos, é muito conveniente ter um médico como amigo, não? Alguém sempre disponível para tratar de uma doença ou de um ferimento a bala ou faca, dar remédios, limpar evidências ou expedir um atestado falso.

O jornalista mostrou ao policial uma foto de uma matéria antiga. Asami era homenageado por suas contribuições ao hospital que se tornara uma referência em tratamento de crianças com doenças congênitas no coração. Sato Tsuzuki estava ao lado do yakuza, sorridente.

Desta vez, o policial sentiu medo. Não havia a menor dúvida de que Asami estava escondendo Akihito e, para que ninguém desconfiasse do sumiço do fotógrafo, havia mandado Sato Tsuzuki expedir o atestado.

-Então, Asami Ryuichi mandou sequestrar Takaba? Impossível!

Mais desconfiado, Sakaguchi continuou:

-Esta história está muito mal contada, Yamazaki-san. Takaba nunca falou sobre conhecer Asami e, para um homem como ele, gente como Takaba e eu deve ser eliminada. Entretanto, isso tudo que houve não me parece sequestro. Que sequestrador se incomodaria em justificar a ausência de alguém?Alguém está ajudando Akihito a se esconder. Se gente como Asami ou Myanmoto houvesse sequestrado Takaba, ele já teria amanhecido morto na praia de Tóquio ou sido vendido como escravo sexual. Mas, seja o que for, esse  médico deve saber a verdade. Ele é a chave.

-Por que Asami ajudaria Takaba a se esconder? E não pode ter sido  outra pessoa com o mesmo nome? Sato Tsuzuki é um nome comum. Depois, sendo médico, ele pode alegar que não pode espalhar informações pessoais. Sendo ligado a Asami, ele terá problemas se esse desgraçado for pego.

A impaciência cresceu em Sakaguchi, que pensou:”Policial de merda. Fala com toda essa calma quando o rapaz que diz que ele é como um pai para ele está sumido.Ele sabe algo e não quer dizer. Será um policial corrupto preocupado em salvar a própria pele? Não é raro policiais se aliarem à máfia. Meu Deus, e Takaba confia num homem desses!”

Yamazaki sentiu que o jornalista não estava acreditando nele e ficou mais atento.

-Sakaguchi-san, tudo que você disse será considerado. Vou investigar. Conheço Takaba desde criança e não suporto pensar nele metido em problemas.

O jornalista se despediu e, mais tarde, foi falar com Shimoguchi, que, após ouvi-lo, disse:

-Realmente, há algo errado. Esse policial me pareceu muito suspeito.

-Shimoguchi-san, como alguém inteligente como Takaba não nota?

O diretor do jornal falou:

-Ele conhece esse homem há muito tempo e é natural que confie nele e não perceba certas coisas. As pessoas que conhecemos há muito tempo podem nos enganar mais do que as com quem não temos muita proximidade.

Yamazaki ficara bastante apreensivo e ligara para Myanmoto, falando sobre Sakaguchi. Myanmoto o provocara sobre o fracasso da operação e Yamazaki se controlou para não responder à altura. Adoraria poder dizer que ele estragara tudo perseguindo Takaba.

“E agora? O que Takaba está passando nas mãos de Asami?”

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Notas Finais


Meiling vai procurar Asami. Ela teme por sua vida e quer que ele lhe ofereça segurança para que ela deixe rapidamente o Japão. Asami a trata com rudeza e ela, para se vingar, resolve contar a Akihito o que ele fez em Hong Kong.


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