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História Um relacionamento explosivo - Capítulo 96 - Revelações sobre Akihito


Escrita por: ateneia

Notas do Autor


Sato, Suoh e Kirishima jantam com Asami e Akihito. O médico não apenas conta sobre sua conversa com Sakaguchi como também revela segredos de Akihito. Suoh fala sobre sua conversa com a vizinha do fotógrafo. Asami toma uma séria decisão.

Capítulo 96 - Capítulo 96 - Revelações sobre Akihito


Fanfic / Fanfiction Um relacionamento explosivo - Capítulo 96 - Revelações sobre Akihito

Sato sorriu para Akihito e perguntou:

-Como vai, Takaba-kun?

O fotógrafo disse que estava bem e que estava contente porque o médico iria jantar com eles. Sato respondeu:

-Será um prazer jantar com vocês.

Asami olhou sério para o médico, que percebeu que o amigo e antigo colega queria lhe fazer várias perguntas, mas o entusiasmo de Akihito, que o chamou para ver o altar, fez com que tivesse de desviar sua atenção. O jovem o levou para onde os homens de Asami o haviam posto e Sato o observou com ar respeitoso, comentando:

-Muito gentil da parte de Ryuichi onii-san trazer para cá algo tão importante para você, Takaba-kun.

O médico também viu que o apartamento de Asami estava cheio de objetos  novos. Ele fora jantar lá outras vezes e sabia que Asami não era de ter muitas coisas.

“Ora, ele trouxe para cá tudo que pertence a Takaba-kun. Hum, será que Ryuichi quer mesmo que o rapaz viva com ele? Ele nunca fez isso com nenhum dos outros amantes dele. E será que esse rapaz está preparado para entrar no mundo dele?”

Asami notou que seu amigo observava com atenção os objetos de Akihito que ele havia mandado levar até ali e disse:

-Vamos sentar, Tsuzuki. Mandei Takehashi preparar os pratos que você gosta.

-Mesmo? O médico sorriu.

O yakuza explicou:

-É meu agradecimento por ter sido tão atencioso para com Takaba. Eu lhe devia um jantar.

Kirishima colocou a comida na mesa. Akihito observou bem o sushi, salada, enguias e outras iguarias caríssimas que o segurança de Asami colocava sobre a mesa.

-Akihito – Asami ordenou – sente deste lado comigo e Tsuzuki. Suoh, Kirishima, sentem desse lado.

-Sim, Asami-sama.

Akihito fez “itadakimasu” e começaram a comer. Sato falou que Takehashi nunca decepcionava e Asami prestou atenção a Akihito comendo, vendo que ele mal estava tocando na comida. Aconselhou:

-Akihito, Takehashi preparou esse prato com muita satisfação principalmente para você e o sensei.

Sato levantou as sobrancelhas. Conhecia Takehashi, sempre o achara um homem muito simpático, mas jamais pensara que o chef do Clube Sião fosse de dar alguma atenção a qualquer amante de Asami. Todos os homens de seu colega dos tempos de escola estavam habituados ao fato de que ele trocava de amantes como quem trocava de terno. Asami lhe contara muitas coisas sobre seu estilo de vida e ele, como seu amigo e médico pessoal, ouvia-o sem dizer o que pensava.

“O Asami Ryuichi que conheci criança já tinha dentro de si todas as características hoje fazem parte do Asami Ryuichi adulto.”

-Sensei, o senhor sempre quis ser médico? perguntou Akihito, sorrindo.

-Sim, Takaba-kun. Em parte, isso se deve ao desejo que nasceu de ajudar pessoas doentes. Ainda lembro de como disse ao meu pai que queria descobrir a causa da doença que matou minha irmã. Os médicos nunca conseguiram diagnosticar.

Akihito então foi falando de que sempre quisera ser fotógrafo.

-Eu tinha cinco anos quando o decidi.

Suoh e Kirishima agiam como se não prestassem atenção à conversa animada que Akihito e o médico iniciaram e Asami ficou prestando atenção. Akihito, após comer uma porção do delicioso sushi, falou que começara a gostar de fotografias quando seu pai lhe falara histórias antigas e sobre como os povos dos tempos antigos faziam desenhos para registrar o que ocorrera.

-Ele adorava ilustrações antigas, o sonho dele era ser historiador. Ele me contou que, através das ilustrações, muita coisa ficava registrada e que, nos tempos atuais, as fotografias serviam para registrar os momentos felizes, a história. A partir daí, as fotografias começaram a me interessar, mas resolvi ser fotógrafo ao passear em Ueno com pai e Yukio na primavera. Estávamos vendo as cerejeiras em flor e...

Asami viu como os olhos de Akihito haviam ficado saudosos ao falar de como o pai o botara nos ombros para que ele tocasse as flores de cerejeira e Yukio dissera que era uma pena que durassem pouco.

-Seu pai queria ser historiador? Asami interrompeu.

-Sim, mas ele precisou largar os estudos para cuidar de minha tia, a irmã dele. Ele não realizou o sonho dele, porém estimulava-nos a seguir os nossos. Asami, você gostaria de conhecê-lo. Ele adorava o Japão Imperial. Yukio queria ser desenhista de mangá. Quando eu soube, achei estranho, porque sempre tinha pensado que ele seria jogador de beisebol.

Para Asami, tais revelações eram interessantes. Ele estava gostando de ouvir Akihito. Seria bom que o rapaz falasse mais sobre si mesmo e sua família. Sato então disse que sempre havia querido ter um irmão mais novo.

-Sensei queria ter um irmão?

-Podia ser irmão ou irmã, Takaba-kun. – explicou o médico – Ainda que meus pais e eu tenhamos sido uma família feliz, a morte de Makoto deixou uma espécie de lacuna em casa. Ela ficou como uma presença invisível.

Akihito narrou então como as pessoas ficavam surpresas de ver que Yukio e ele, tão diferentes, davam-se tão bem.

-Sabe, sensei, eu era uma criança muito arteira. Yukio, por sua vez, parecia um monge budista. Ele até lembrava o senhor.

De repente, os olhos do fotógrafo ficaram um pouco tristes mas ele voltou a sorrir e falou de sua infância, de como Hiroshi e Yukio estavam sempre a protege-lo das broncas de sua mãe.

-Uma vez, pintei o cabelo de azul. Mãe ficou louca comigo, aí pai e Yukio disseram que não era motivo para tanta zanga. Só que ela me mandou lavar o cabelo. Passei uma hora na banheira com Yukio lavando meu cabelo. Riu e continuou falando de suas peripécias.

Desta vez, Suoh se esforçou para conter a vontade de rir. Kirishima perguntou o que era e o grandalhão respondeu em voz baixa:

-Minha mulher reclama do meu filho e ele não faz nem um terço do que esse pirralho fazia. Minha nossa, ele dava um trabalho desgraçado.

Asami não demonstrou admiração ou espanto diante das façanhas de Akihito criança, rindo discretamente. O fotógrafo perguntou:

-Que pensa, sensei?

O médico, rindo, falou que Akihito dera mostras de ser uma criança criativa desde cedo.

-Não havia nada de errado com seu jeito de ser, Takaba-kun. Seu jeito de ser combina perfeitamente com a profissão que escolheu. E acho bonito ver que alguém ama assim o que faz.

Ao terminarem o jantar, Akihito ia tirar o seu prato da mesa e Kirishima disse que não precisava. Ele o faria. Asami então falou:

-Kirishima, leve os pratos para a cozinha que amanhã a empregada lava. Akihito, eu vou ao meu escritório ter uma reunião com   o sensei e meus homens. Se quiser, pode ficar assistindo a um DVD. Seja um bom menino e me obedeça desta vez.

Akihito se perguntou o que Asami iria tratar com Sato. O que o médico poderia ter a ver com os negócios de Asami?

-Está bem. Levantou e pegou seu prato para levar à pia da cozinha.

Kirishima explicou a Akihito como botar o DVD. Akihito escolheu um de terror e ficou assistindo. Então, Asami foi ao seu escritório com Sato e seus homens, fechando bem a porta. Sato perguntou:

-É sobre a minha conversa com o jornalista, não, Ryuichi?

Asami sentou e confirmou, dizendo:

-Estou surpreso com a habilidade que demonstrou para sair de uma situação tão embaraçosa, Tsuzuki. Sua lealdade e inteligência são realmente espetaculares. Você aprendeu mesmo como sair pela tangente.

Kirishima e Suoh ficaram em pé, ouvindo com atenção.

O médico disse com apreensão:

-Não brinque, Ryuichi. Eu me esforcei para não tremer. O jornalista me acusou de ser corrupto e seu cúmplice.

O yakuza, acendendo um cigarro, pediu a Sato que contasse tudo e o médico contou em detalhes, acrescentando que o tal jornalista abelhudo não acreditara em nada do que ele dissera.

-Ele disse que eu não era melhor do que qualquer policial corrupto.

Aquilo fez Asami se interessar. Com certeza, Sakaguchi se referira a Yamazaki. Assim que Sato terminou, disse:

-Suoh, o que a vizinha de Takaba lhe disse?

O segurança contou tudo em poucas palavras. Sato ouviu com ar preocupado.

-Agora, Sakaguchi sabe do irmão de Takaba-san, Asami-sama. E a vizinha de Takaba-san mostrou achar estranho que o policial não tenha descoberto nada em um ano. Talvez ele resolva investigar mais a fundo e acabe descobrindo algo.

Para Asami, aquilo era perigoso, tanto para Yamazaki quanto para Myanmoto e para ele. Disse então sobre o espião ter ouvido acerca do envolvimento de Yamazaki na morte de Yukio. O médico ficou horrorizado. Akihito lhe falara muito de como considerava o policial um pai e o respeitava. Saber daquilo iria machuca-lo terrivelmente.

O médico  interpôs, alarmado:

-Ryuichi, que pretende fazer? Não pode ficar escondendo Takaba assim. As pessoas vão estranhar se ele ficar desaparecido muito tempo. Há riscos para você.

Asami ficou intrigado. O que Sato queria dizer? Pediu ao médico que explicasse e o médico enfatizou:

-Ryuichi, se descobrem que Takaba está com você, talvez seja acusado de sequestro. Depois, para um jovem como ele, acostumado a andar livremente, é um stress muito grande ter que ficar escondido. Por que não o manda a algum lugar longe daqui, no qual ele possa ficar até você resolver seu problema com Myanmoto? Só não o mande para aquela mãe dele.

Algo no rosto de Sato fez Asami refletir. Akihito deveria ter contado muitas coisas quando o médico o atendera. Ficou com raiva e ciúme e Sato disse:

-Ryuichi, que expressão é essa?

-O que ele lhe falou que faz você não achar que a mãe é boa opção?

Sato tentou contemporizar:

-Ryuichi, isso é segredo que médicos devem guardar. Se ele lhe quiser contar, deve ser decisão dele. Não posso trair o que ele me contou.

Zangado, mas sem alterar a voz, Asami lembrou que não seria a primeira vez que Sato quebraria a ética médica e insistiu, argumentando:

-Akihito não precisa saber, Tsuzuki. E é bom que eu saiba, já que será para o bem dele. Conte-me. Eu desconfio que aquela mulher sabia de tudo e, se ela sabia, o bom é que ele não vá para junto dela.

Com o rosto de quem admitia a derrota, Sato começou falando de quando Somuku Takeru fora conhecer Akihito e Yukio, explicando como o homem fora logo passar a mão na cabeça de Akihito e lhe dera doces.

-Ryuichi, ele foi de imediato dizendo que Takaba era um menino bonito. Tanto ele quanto o irmão se sentiram desconfortáveis. Como essa mulher não notou que havia algo errado com o homem? Quem vai logo dar doces e dizer a um menino que está encontrando a primeira vez que ele é bonito?

Suoh e Kirishima olharam um para o outro e Asami perguntou se Akihito contara muitas coisas. Sato confirmou que o fotógrafo contara coisas que haviam revoltado seu estômago e Asami reclamou:

-Ele não me contou nada disso. Quero que me conte tudo.

-Ryuichi, quem sofre essas coisas fica com vergonha de falar. Ele deve ter se sentido mais à vontade porque sou médico.

-O que ele contou?

Sato contou então que a mãe uma vez reclamara que vira Akihito usando uma corrente de ouro.

-Ela acusou o menino de ladrão, e ele desconversou, dizendo que ganhara dinheiro tirando fotos da festa de aniversário de um colega. Ryuichi, foi o padrasto que deu a ele, obrigando-o a tocá-lo lá depois, dizendo: sou seu pai, amo você, você tem que fazer o que mando. Mesmo depois que ela soube, ela não pediu desculpas ao filho.

Asami baixou a cabeça por uns momentos, esfregando forte a testa com os dedos longos. Sato estremeceu. Asami pediu que ele contasse tudo e o médico acabou contando o que o padrasto fazia com Akihito e o obrigava a fazê-lo.

-Ryuichi, por favor, não deixe Takaba saber que traí a confiança dele. Ele confiou em mim. Sabe, eu quase lamentei que Yamazaki não deixou o pai  dele matar aquele homem. Acho que o próprio Takaba desconfia que a mãe sabia. Se ela não sabe, é muito estúpida. Havia vários sinais. Ele ficou depressivo, isolava-se de todos, vomitava sem razão, tinha pesadelos... tudo indica que ela sabia, embora não haja provas.

-Basta! Disse Asami.

Os olhos de Asami estavam petrificados. Ficara enojado ao imaginar Akihito criança sendo obrigado a chupar e masturbar o padrasto e acordando com dor no traseiro. Suoh e Kirishima se assustaram.

-Sem contar que aquela mulher é monstruosa. Quando Takaba foi visita-la, pouco após a morte de Takaba Hiroshi, ele a ouviu dizendo ao terceiro marido dela: sempre achei que ele iria matar Hiroshi, mas de desgosto. Nunca pensei que ele o mataria de alegria. O  próprio marido dela a censurou, dizendo que ela estava sendo dura e injusta.

O yakuza disse que não queria mais ouvir. Pensou um pouco. Aquilo tudo era revoltante.

-Ele não confia em mim, hein. Contou mais coisas a você.

Sato lhe suplicou que não fosse duro com Akihito. O garoto talvez se sentisse constrangido em falar todas as barbaridades que o padrasto lhe fizera. Kirishima estava mais sério que o normal e Suoh sentou numa cadeira, pensando.

-Eu vou mandar dar um jeito nesse Somuku Takeru.

O médico perguntou que ele pretendia fazer. Ao ouvir, ficou pálido.

-Ryuichi, pretende mesmo mandar fazer isso? Ele já não está preso por pedofilia?

-Não é o suficiente. E que Akihito não volte para a mãe dele. Se eu visse aquela mulher na minha frente agora, não responderia por mim. Bem, terminada a reunião. Vamos todos descansar.

-Asami-sama, acha que dá para fazer isso dentro da prisão? Kirishima tirou os óculos para limpá-los.

-Vou subornar o diretor. E que isso não saia na imprensa. Akihito não precisa saber. Mas eu sim. E vou querer uma prova de que o serviço foi feito.

-Qual prova, Asami-sama?

Ao ouvir a prova que Asami queria, Sato arregalou os olhos e baixou o rosto. Desta vez, Suoh opinou:

-Isso ainda é pouco. Eu lamento que eu não possa fazê-lo. Eu o faria com todo o gosto. Não devia ficar horrorizado, sensei.

Sato levantou da cadeira e Asami foi à porta do escritório, abrindo-a.

-Vamos dormir. Quanto a Sakaguchi, fiquemos quietos por enquanto.

Suoh, Kirishima, Sato e Asami saíram e, ao passar pela sala, viram Akihito dormindo no sofá. Asami se despediu dos seguranças e do médico, pedindo a seus homens que deixassem Sato em casa. Depois, desligou o aparelho de DVD e a televisão e foi até Akihito, que dormia inocentemente. Tocou-lhe o rosto. Akihito abriu os olhos.

-Asami...

Vê-lo tão vulnerável e com ar tão inocente deixou Asami desconcertado. O rapaz ia sentar e Asami apenas o pegou nos braços, dizendo:

-Vamos, Akihito, para a cama.

Carregou-o até o quarto. Akihito, ainda semi-adormecido, apenas sentiu Asami despi-lo e deitou. O yakuza deitou ao seu lado e falou:

-Pronto, vamos dormir.

Envolveu Akihito com um braço.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Notas Finais


Sakaguchi não sabe que sua vida está em perigo. Takato e kou, amigos de Akihito, estranham o súbito desaparecimento do fotógrafo e procuram Yamazaki.


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