1. Spirit Fanfics >
  2. Um relacionamento explosivo >
  3. Capítulo 98 - A morte de Sakaguchi Kojiro

História Um relacionamento explosivo - Capítulo 98 - A morte de Sakaguchi Kojiro


Escrita por: ateneia

Notas do Autor


Sakaguchi Kojiro, que desconfia do que possa ter havido com Akihito, não sabe que está marcado para morrer.

Capítulo 98 - Capítulo 98 - A morte de Sakaguchi Kojiro


Fanfic / Fanfiction Um relacionamento explosivo - Capítulo 98 - A morte de Sakaguchi Kojiro

Sakaguchi Kojiro voltou para casa com os sentidos em alerta, cheio de maus pressentimentos em relação ao que poderia ter acontecido a seu colega Takaba Akihito e mal-humorado por causa de suas conversas com Yamazaki e com o médico Sato Tsuzuki. Seu faro de jornalista investigativo o alertara de que não podia acreditar nos dois e ele gostaria de saber quem poderia ter escondido Akihito.

“Takaba tinha um irmão endividado com um cassino, tirou fotos de um homem de Myanmoto tentando roubar de um carro, esse Yamazaki não demonstrou preocupação  e esse médico amigo de Asami Ryuichi parece estar envolvido nisso até o pescoço.”

Se Akihito não fora sequestrado nem o haviam matado e sumido com o corpo, onde ele estaria? Quem o escondera? Era evidente que ele sabia de alguma coisa comprometedora e aquelas fotos que ele tirara deviam interessar não apenas a Myanmoto. Lembrou do que Yamazaki dissera sobre Asami ter outras preferências.

“Se Yamazaki sabia que o homem de Myanmoto estava tentando roubar do caro de Asami e que este yakuza filho da puta o estava perseguindo, por que ele não fez nada para proteger Takaba? Perto de um homem como Asami, Takaba é um ratinho!Será que Asami está com Takaba e está abusando dele? Ele não é o tipo de pessoa que parece se importar com alguém.”

Foi andando pelas agitadas ruas de Tóquio, que se tornavam mais congestionadas quando as pessoas estavam voltando para casa no fim do dia. Ele preferia andar pois, como jornalista investigativo, adorava o movimento e, quando estava nervoso, andar o ajudava a aliviar a tensão. Carregando o enorme presente para sua filha, lembrou de como ela rira quando Akihito, visitando-o uma vez, divertira sua filha imitando o Doraemon.

Foi até o prédio onde vivia, onde alugara um apartamento. Sua mulher há muito tempo deixara de trabalhar para cuidar da filha de quatro anos. Abriu a porta, tirando os sapatos e a filha correu para abraça-lo.

-Papai, você veio.

Pegou-a nos braços, abraçando-a com força. Sua mulher, observando o embrulho enorme que ele carregava,  perguntou:

-Kojiro, está com ar cansado e preocupado. Que houve? Está pensando na festa de amanhã? Nossa, quem deu esse presente?

Sorrindo amarelo, ele respondeu que era o trabalho.

-Nem convidamos tanta gente assim, Miwa. Bem, Takaba Akihito não virá amanhã.

A mulher disse à filha:

-Megumi, deixe seu pai tomar um banho e trocar de roupa. Ele está cansado.

Sakaguchi falou que não precisava e brincou um pouco com a filha, ouvindo Miwa dizer:

-Que pena. Ele é um rapaz simpático. Gosto dele. Lembro quando ele veio aqui para meu aniversário. Brincou o tempo todo com a Megumi.

-Ele está com pneumonia.

Miwa disse que era bom que ele ficasse em repouso porque pneumonia era uma doença séria e foi preparar um chá. Megumi ficou a olhar para o embrulho e perguntou o que era. Sakaguchi explicou que era um presente que haviam deixado em nome de Akihito no jornal. A menina, curiosa como toda criança, começou a mexer e abriu, ficando felicíssima ao ver um Doraemon de pelúcia enorme, o qual agarrou.

-Nossa, que atencioso da parte desse rapaz. Comentou Miwa.

Sakaguchi admitiu que realmente Akihito fora bastante atencioso em mandar um presente tão bom, mas ele sabia que o fotógrafo jamais teria condições de dar um presente tão caro. Entretanto, guardou para si suas palavras. Ele não costumava conversar com Miwa sobre os problemas do seu trabalho e ela já aprendera que ele não queria trazê-los para casa.

“Quem mandou esse presente em nome dele? É caro demais. Alguém está ajudando Takaba a se esconder e mandou esse brinquedo junto com o atestado.”

Miwa notou a cara preocupada de seu marido e indagou se tinha a ver com o caso Masato. Ele disse que havia coisas que não se encaixavam no caso. Miwa, que sabia que o trabalho dele podia ser perigoso, disse que era bom tomar cuidado.

-Bem, vou preparar o jantar.

-Certo, Miwa, vou tomar o banho. Peço que não se preocupe. Amanhã, teremos a festa da Megumi.

Sakaguchi foi tomar um banho e ouviu Megumi dizer que aquele passaria a ser seu brinquedo preferido. Enquanto se lavava, sentindo a água quente escorrer por seu corpo, pensava no estranho telefonema de Yamazaki. Tinha quase certeza de que o policial queria atraí-lo para uma armadilha. Era lamentável que Takaba Akihito confiasse em alguém como ele, considerando-o um pai.

“Estranho que está tudo tão misturado. O escândalo da droga, o suicídio do político, a morte do Masato, as mortes de vários yakuzas, dos dois jornalistas que estavam investigado o escândalo da droga, e agora, Takaba sumido porque tirou as fotos de um ladrão. Será que ele se envolveu na briga de Myanmoto com Asami? Ele não teria como sair vivo de uma briga dessas. Asami tem as mãos sujas de tanto sangue que ninguém pode nem imaginar. O Myanmoto já matou muita gente também.”

O que Sakaguchi ignorava era que fora seguido. Um homem de Myanmoto o seguira desde que ele saíra do jornal e agora estava perto do seu apartamento. O homem o via pela janela, saindo do banheiro, enrolado na toalha, a mulher lhe falando qualquer coisa e ele sumindo para depois reaparecer, vestido e usando roupas de casa. O jornalista, sua mulher e a menina sentavam à mesa, comendo o jantar e Sakaguchi falava qualquer coisa que fazia a menina rir.

O homem de Myanmoto se aproximou devagar. Esperou. Viu, pela janela, a menina agradecendo pelo jantar, Sakaguchi dizendo à filha que fosse escovar os dentes e lavando a louça enquanto Miwa levava Megumi para fora do campo de visão do homem de Myanmoto, que apenas observou. O jornalista estava de perfil, bastante distraído, como qualquer pessoa despreocupada que espera que nada de mal vá acontecer. O homem de Myanmoto apenas respirou fundo e pegou sua arma, uma pistola de longo alcance. Não havia ninguém por perto que pudesse testemunhar e seria rápido se ele acertasse logo a cabeça de Sakaguchi, que disse a Miwa:

-Ponha a Megumi na cama. Eu irei contar a história para dormir assim que terminar aqui. Prometo.

-Kojiro, você pode ir botar o lixo para fora?

-Está bem, Miwa.

O homem de Myanmoto foi para perto da porta. Assim que Sakaguchi abrisse a porta, ele o alvejaria. Esperou. Podia esperar o tempo que fosse necessário.

Sakaguchi terminou de lavar a louça e a deixou no escorredor. Pegou então o saco de lixo para ir deixar do lado de fora. Dirigiu-se à porta da frente e a abriu.

O atirador percebeu o movimento na fechadura e preparou a arma. No momento em que Sakaguchi abriu a porta, o homem atirou e correu.

Miwa, que acabara de colocar Megumi na cama e lhe dissera que esperasse pelo pai, ouviu o tiro. Megumi gritou e Miwa lhe disse que não saísse do quarto, saindo para ir ver do que se tratava. Ao ver o marido caído no chão, com o rosto destruído pelo tiro, teve um ataque histérico, chamando a atenção de alguns vizinhos, que imediatamente saíram de seus apartamentos. Um deles viu os pés de Sakaguchi logo na entrada e, ao vê-lo caído no chão, entendeu logo e chamou uma ambulância pelo celular. O vizinho, tomando cuidado para não pisar no corpo e não vomitar, foi até a mulher de Sakaguchi pedindo que se acalmasse e fosse ficar com a filha.

Longe dali, o homem de Myanmoto ligou para o seu chefe e disse:

-Tudo acabado, Myanmoto-sama.

Myanmoto sorriu, muito satisfeito.

Na delegacia, um policial atendeu um telefonema. Yamazaki, que estava de plantão, ouviu:

-O quê? Acertaram-no na cabeça? A mulher está em choque e um vizinho ficou horrorizado? Certo. Nós iremos aí imediatamente.

O policial desligou e Yamazaki ficou de ouvidos atentos ao ouvi-lo dizer:

-Aquele Sakaguchi Kojiro foi assassinado na porta do seu apartamento. No momento em que ele ia botar o lixo para fora, levou um tiro na cabeça. Há sangue e miolos espalhados no chão. Meu Deus!

-Isso foi morte encomendada. Falou uma policial.

Yamazaki sentiu seu sangue gelar.

“Bem, Sakaguchi iria acabar descobrindo demais.”

Yamazaki estava se sentindo culpado, pois lembrara da promessa que fizera ao pai de Akihito.

“Eu sinto muito, Takaba-san. Não pude proteger seu filho. Eu prometi que ficaria de olho nele e veja o que aconteceu. Não consegui protege-lo. Agora, deve estar sendo abusado por Asami. Esperava que pelo menos ele se salvasse. O inútil do Yukio não valia o trabalho de viver atrás dele, mas Akihito, que já sofreu tanto, não merecia isso.”

No apartamento de Asami, na hora em que a polícia recebia a notícia de que Sakaguchi fora  assassinado, Asami e Akihito dormiam. O yakuza dormia de costas enquanto Akihito, ao seu lado, estava enroscado como uma bola. Asami tinha sono pesado e dificilmente acordava após dormir. Porém, ele acordou ao ouvir Akihito falando:

-Algo, algo ruim!

O yakuza observou Akihito, que falava:

-Cuidado, morte! A morte está vindo!

Então, o fotógrafo despertou berrando:

-Ahhhhhhhhhhhhhh!

Asami foi até Akihito, passando a mão em sua cabeça. Se não estivesse escuro, ele veria que o fotógrafo tinha os olhos vidrados.

-Akihito...

O jovem respirava afobadamente, repetindo:

-A morte está vindo, a morte está vindo!

O yakuza não entendeu e perguntou:

-Teve um pesadelo?

Akihito respirou fundo e respondeu:

-O mesmo pesadelo que tive pouco depois que meu irmão sumiu. Entendi depois que significava que ele estava morto!

Asami lhe disse, puxando-o para si e tentando esconder sua preocupação:

-Foi um pesadelo. Você tem que dormir. Pesadelos não querem dizer nada, entendeu? Todo mundo os tem, isso é normal.

Akihito começou a respirar normalmente e falou que ia pegar água. Asami falou:

-Eu vou pegar, espere aqui.

O yakuza acendeu a lâmpada da mesinha ao lado da enorme cama e foi à cozinha, acendendo a luz e pegando água. Depois, ao voltar ao quarto, abriu a gaveta da mesinha  e tirou de lá as caixas com os calmantes que Sato lhe dera para que ele desse a Akihito. Tirou uma cápsula e deu ao fotógrafo, sentando na cama e  dizendo:

-Tome, isso vai lhe ajudar.

Akihito, que não gostava de tomar remédios, disse:

-Vai ajudar em quê?

Asami foi para seu lado e disse com bastante paciência:

-São calmantes que Sato-sensei prescreveu. Vamos, Akihito, não seja tão teimoso.

De má vontade, Akihito ingeriu a cápsula e Asami, após pegar o copo, voltou a deitar na cama, dizendo ao fotógrafo que deitasse. O rapaz  obedeceu e Asami o puxou para si, fazendo com que ficasse por cima dele e envolvendo-o com um braço. Akihito  ficou inebriado com a sensação do corpo quente e  musculoso junto ao seu.

-Não há com que se assustar. Passou a mão nos seus cabelos.

A mão de Akihito então tocou seu rosto e ele perguntou:

-Asami, você não tem pesadelos?

-Não lembro a última vez que tive um. Vamos dormir, certo? Amanhã, teremos um longo dia.

O fotógrafo então ficou a repousar a sua cabeça no peito de Asami, ouvindo seu coração e envolvendo-o com um braço. Asami lhe falou brandamente, dizendo que ele podia dormir tranquilo porque ele cuidaria de tudo. Aos poucos, fosse pelos efeitos do calmante ou pelas palavras de Asami, Akihito adormeceu, embalado pelo calor do corpo do yakuza. Asami, vendo que ele dormia, acariciou-lhe os cabelos, falando baixo:

-Estou sentindo que eu é que estou sonhando que você está aqui ao meu lado, Akihito. Durma, eu vou cuidar dos perigos, viu?

Asami ficou pensando em como sua vida mudara totalmente. Ele nunca antes tivera de lidar com os sentimentos de outra pessoa daquela forma, esforçando-se para compreendê-los. Até então, ele tivera de lidar com os problemas dos seus negócios legais e ilegais e aprender a ver as pessoas como aliadas, inimigas, traidoras, incômodos ou então, como instrumentos para conseguir o que queria. Ter ao seu lado alguém cujos sentimentos ele tinha que aprender a entender era algo novo. Fitou o rosto adormecido de Akihito, passando o polegar por seu queixo.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


 

 


Notas Finais


Com a morte de Sakaguchi, que mais acontecerá? Que novos golpes Myanmoto irá preparar? Como Akihito se sentirá ao saber da morte de seu querido colega? Takato e Kou vão procurar Yamazaki.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...