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História Um Samurai em Minha Vida - Um Samurai em Minha Vida


Escrita por: JessicaMBO

Notas do Autor


Yooo!

Uma one shot pra matarem a saudade enquanto termino o novo cap de Lupinus. Recentemente revi a trilogia dos live action de Samurai X e fiquei inspirada. Procurei uma fic pra ler , mas não encontrei nenhuma que tenha gostado em particular. Aí resolvi fazer a minha.
Quem mais aí gosta de Rouroni Kenshin?

Espero que gostem. Boa leitura.

ATENÇÃO; 🚧🔥 conteúdo adulto 🔞

Capítulo 1 - Um Samurai em Minha Vida


Fanfic / Fanfiction Um Samurai em Minha Vida - Um Samurai em Minha Vida

        Quando aquele homem surgiu na vida dela , ele era ninguém. Um homem suspeito carregando uma espada em tempos de "paz" . Excêntrico com o chapéu de palha cobrindo seu rosto e seus cabelos ruivos num mar de negros. A cicatriz em X em sua face poderia ser intimidante , porém seu modo tranquilo o impedia de parecer assim.

A primeira vez que Kaoru colocou os olhos sobre ele , apenas sentiu desconfiança ao suspeitar que ele era o assassino que vinha agindo dentro da cidade. Quando o confrontou , viu apenas o andarilho calmo e meio atrapalhado. Ela havia o julgado mal? Depois disso , ele surgiu e ressurgiu em sua vida , até que o viu em ação. O homem calmo e bobo , não era nada disso. Era ágil, era forte , era letal. Um espadachim excepcional como nunca havia visto. Muito melhor do que ela se considerava , muito melhor do que seu pai , que a inspirou a permanecer nos treinos e manter o velho dojo. Um homem letal , mas que jurou não matar nunca mais.

Kenshin Himura , assim era o nome do samurai . Quanto mais ela conhecia sobre ele , mais misterioso ele lhe parecia. Ela via em seus olhos castanhos tristeza , e com o tempo, viu nele a sombra do homem solitário que era , mesmo quando era tão gentil com todos , e sorria e brincava com as crianças, ela sabia que escondia no fundo do seu ser , muitos arrependimentos. Ele salvou sua vida várias vezes , se importava com o povo ao ponto de se deixar ser usado como uma arma pelo governo , mancharem seu nome , tudo para que pessoal comuns, pudessem se livrar da tirania de outros.

Kaoru o admira muito , e os sentimentos por aquele homem só cresciam dentro do seu peito juvenil. Ela era uma jovem que se tornou órfã aos 15 anos , e apartir dali , lutou sozinha para sobreviver. Mantendo o dojo , e os ensinamentos do pai , lutando contra os preconceitos da sociedade. A solidão. Então ter pessoas vivendo com ela e quecendo seu lar depois de tanto tempo , a deixava muito feliz. Agora eles eram cinco. Megume , Yahiko , Kenshin ,Sanozuke e ela. Não estava mais sozinha, e seu coração cheio de amor. Em especial , pelo samurai ruivo.

- Kenshin… vou a cidade comprar algumas coisas. Prescisa de algo? - Visou a moça da porta da cozinha.

Ele se virou e sorriu amavelmente como sempre fazia enquanto mexia um ensopado na panela sobre as brasas. O cheiro estava delicioso , Kenshin era um ótimo cozinheiro.

- Não Kaoru. Não preciso de nada.

Ela acenou com a cabeça e sorriu forçado. Estava ficando tão difícil ignorar seu coração. Ainda mais quando ele olhava pra ela assim , com aqueles olhos profundos que pareciam dizer outra coisa , contrário a seu sorriso gentil e palavras mansas. Ele ocultava dela algo , era oque ela sentia. E nessas horas tinha medo , medo de que ele a deixasse , e voltasse a sua vida de andarilho solitário.

Ela se foi e ele pôde deixar seu sorriso de lado. Respirou fundo e continuou o que fazia tentando se concentrar. Ela tinha razão, ele escondia algo sim. E ficava cada vez mais complicado esconder. A verdade é que ele tinha fortes sentimentos por aquela jovem mulher. Tão fortes que estava o consumindo. Era difícil estar perto , e não poder abraca-la , toca-la ou beija-la. Sacodiu a cabeça espantando os pensamentos . Ele não devia pensar nela assim. Ele não a merecia. Um homem com as mãos manchadas de sangue como ele , não merecia uma vida ao lado de uma mulher tão pura como Kaoru. Ela era inocente em tantos aspectos que o comovia. Sua visão de mundo era tão inocente que às vezes ele se supreendia. Ela era doce e corajosa. Como o homem que levou o nome de retalhador poderia ousar tocar em tal mulher?

Ele não era tolo. Era um homem experiente , e sabia que a moça nutria sentimentos por ele. Já tinha pensado em ir embora , sabia que deveria , mas ao mesmo tempo , não achava que suportaria viver longe dela. Sem saber se ela está protegida , se precisar de socorro? Não saberia lidar com sua perda. Já pensou tê-la perdido uma vez , na batalha contra Shishio , e nunca sentiu tanta dor como naquele momento. Seu peito parecia ter sido arrancado de si. E qual não foi a alegria e alívio quando soube que ela estava viva. Soube então que a jovem mestra era sua razão de viver. Esse também era seu tormento. Não podia te-la , mas também não conseguia deixa-la. Ela era jovem e bela , era certo que não demoraria muito a se casar. E suas mãos tremiam de raiva e inconformidade só de imaginar outro homem a tendo em seus braços. Mais um motivo pra partir. Para que ela o esquecesse , para que ele não visse outro no lugar que ele almejava para si.

Quando a noite começava a cair , kaoru chegou ao dojo rodeado de árvores, a visão tranquila e refrescante do lugar era aconchegante. Ela olhou para o céu e os últimos raios de sol cortavam as nuvens em tons alaranjados. O vento fresco ja denunciava a noite que chegava. As folhas secas voavam com o vento, balançando os lençóis brancos estendidos nas cordas onde Megume os retirava e dobrava habilmente no cesto enquanto brigava com Yahiko e Sanozuke mais ao fundo gargalhava alto como sempre enquanto mastigava uma maçã. Ela sorriu feliz por retornar a sua casa.

Rodearam a mesa , ao risos e pequenas discussões. Kenshin trouxe a comida e a mesa era farta. Ele sorria amável vendo todos tão animados , e elogiando sua refeição. Era um ambiente acolhedor e feliz. Ele sorriu pesaroso voltando os olhos para o prato. Seria doloroso deixar aquele lugar , nunca foi tão feliz em qualquer outro em que esteve. Era a primeira vez , que se sentiu parte de uma família.

A noite caiu de vez , e boa parte do grupo havia saído. Megume era médica, e chegou um pedido de socorro logo após o jantar em um vilarejo próximo. Ela partiu junto a Sanozuke e Yahiko. O dojo estava silencioso , e a brisa fria noturna balançava as árvores como uma dança bem coreografada. Kenshin retirou sua sakabatô da bainha habilmente , e começou um treino solitário. Ele brandia a lâmina com maestria, enquanto seus pensamentos viajavam , a espada zumbia ao cortar o vento com sua velocidade, e ele mantia a respiração controlada. Um mestre inigualável era o que Kenshin era de verdade.

Silenciosa , Kaoru observava o samurai treinar sozinho , e via seu rosto sério e concentrado. Ela o achava tão belo assim. Quando mostrava o quão forte ele era. Ele parou o treinamento, ofegava enquanto olhava para o céu. Seus cabelos ruivos grudavam em sua face. E mais uma vez , ela o achou triste e distante. Ela queria tanto que ele se abrisse com ela. Suspirou e voltou para dentro o deixando sozinho. Ela tomou banho e preparou a água pra que ele também o fizesse . Venstiu um obi simples deixando de lado as faixas que lhe prendiam os seios pra os treinos. Olhou suas mãos e lamentou. Estavam calejadas e as unhas curtas precivam de mais cuidados. Talvez ppr isso ele não a olhasse , não era como uma mulher normal de mãos finas e delicadas. De modos finos , ou versada na cozinha ou artesanato. Tudo o que sabia , era lutar kendô , e administrar seus bens. Olhou seu reflexo no espelho velho , e suspirou. Tinha 19 anos mas se sentia mais velha que isso. Seus modos rudes afastavam os pretendentes , e não seria diferente com Kenshin. Sua aparência não era exepcional como Megume , com seus longos e negros cabelos muito lisos. Corpo voluptuoso e seu charme feminino. Ela era só... ela.

Deitou no futon e se cobriu com a manta macia , mas o sono não veio. Rolou por horas ouvindo as corujas cantarem lá fora. Sentiu sede bufou irritada , chutou as cobertas pesadas e se levantou. Abriu a porta de correr do seu quarto vagarosamente , não queria acordar o samurai. Caminhou pelos corredores do dojo na ponta dos pés, até chegar a cozinha. Pegou uma cuia de bambu, levou até o balde que continha água fresca. Bebeu e sentiu a água fria escorrer do canto de sua boca até se perder no decote de seu obi. Era refrescante , então não se importou. Depositou o objeto na mesa , e quando olhou para a janela um relâmpago forte clareou e revelou a silhueta masculina no cômodo, e ela gritou junto ao trovão que seguiu.

- Calma senhorita Kaoru. Sou eu… Kenshin!

Ele se apressou em acalma-la se aproximando. Ela forçou a visão e reconhceu Kenshin e respirou aliviada. Levou a mão no peito e ele apoiou cuidadoso . Se pragueijou internamente por não ter falado nada antes , para que ela soubesse que ele estava lá, mas não conseguiu. Ele estava ali parado a horas , sem sono pensando nela. Se punindo por quere-la tanto, e como se ela pudesse ouvir os apelos do seu coração, ela surge ali no meio da noite. Usando aquele obi pequeno e mal amarrado em seu kimono , deixando um decote a mostra, os fios de cabelo escuros pendendo fora de coque. Ele observou em silêncio, enquanto a parca luz que entrava pelas janelas a iluminava. Seus olhos acostumados ao escuro captaram a trilha de água que percorreu seu queixo e se perdeu no vale entre os seios dela. Ele estava tenso e ofegante, lutando contra si mesmo e não conseguiu dizer nada.

- Me desculpe. Não quis assusta-la. - murmurou enquanto a ajudava a se sentar. Ela estava trêmula, realmente havia levado um susto e tanto.

As mãos grandes de Kenshin afagaram suas costas enquanto ele se desculpava mais uma vez.

- Estou bem…eu só... me assustei mesmo - Riu depois ao pensar no próprio grito assustado.

- Quer… mais água ? - Ele ofereceu.

- Não... estou bem. Obrigada. Por que não disse nada? - Ela perguntou enquanto ele ascendia uma lamparina nas brasas que ainda fumegavam. Ele engoliu seco. Não poderia dizer a ela o por que.

- Eu… achei melhor ficar em silêncio pra não te assustar. - riu meio bobo como sempre fazia. - Irônico não? - Se voltou a ela e ela pôde ver seu rosto com clareza. Aqueles olhos de novo. Ela não sorriu de volta. Encarou o rosto dele como nunca tinha feito.

Aqueles olhos escuros , o sorriso dele murchou , sua expressão vacilou. Ela o olhava daquele jeito, ele reconhecia o olhar apaixonado dela , que tentava invadir sua mente , perscrutar sua alma e desvendar seus segredos. Ele desviou o olhar.

- Está tarde Kaoru. É melhor ir dormir.

Ela suspirou irritada. Não iria recuar desta vez.

- Estou sem sono. - Respondeu crua.

- Então, eu acho que ja vou. - ele se apressou em sair , mas quando ele passou a seu lado , ela agarrou seu braço. Se lenvatou e ficou de frente a ele. Ele engoliu um no na garganta. - O que foi? - ela não respondeu e continuou olhando para o rosto dele , bem nos olhos profundos.

Ela ergueu a mão direita e tocou o rosto dele , em sua cicatriz, afastando os fios ruivos da franja ruiva e longa. Ele fechou os olhos sentindo o calor da mão pequena em sua pele. Por um segundo se deixou levar. Seu coração palpitava em seu peito. Mas ele voltou a si e tocou a mão dela a retirando do seu rosto com olhar pesaroso.

- Por favor senhorita Kaoru , não faça isso. - pediu com voz triste. Ela bufou irritada.

- Por que me afasta? - Ele não respondeu. - Sou tão indesejável assim? - indagou amarga. Eleba olhou espantado.

- Não é nada disso senhorita …

- Senhorita! Senhorita! - Interrompeu. - Até quando vai me tratar assim? Com tanta … formalidade? Eu já não sou íntima na sua vida? Ou... Não represento nada?

- Você representa muito para mim! Mais do que imagina! Mas… não devo perder o respeito por ti. É a mestra deste dojo , a dona da casa onde vivo …eu…

- Pare Kenshin. Pare por favor. - Disse amarga virando as costas. Não era nada disso que queria ouvir. E ouvir essas desculpas para rejeita-la doía, só não doía mais do que perceber que ele fingia não ver o interesse dela. Ingnorar seus sentimentos. Houve silêncio entre eles , e um novo trovão ecoou.

- Sabe Kenshin…- retomou ela ainda sem olhar em seus olhos. Não conseguiria dizer se olhasse para ele. - Eu… sei que você sabe o que eu sinto por você. Você não é bobo , apesar de fingir bem. Eu sei que … ja ficou claro a tempos que… eu… amo você.

- Kaoro…- murmurou pesaroso. Como fazê-la entender ? A mulher que ele amava estava se declarando ali , e ele não podia , não tinha o direito de retribuir esse amor tão puro.

- Deixa eu terminar , agora que tive coragem de começar. - ela respirou fundo tomando coragem. - Eu… nunca havia olhado para um homem assim. Só conheci homens aproveitadores , interesseiros e mal caráter. Talvez… até tenha surgido algum bom… mas eu.. Não tinha tempo pra pensar nisso. Quando você apareceu , não pensei que se tornaria tão importante pra mim. Mas… quanto mais eu te conhecia... mas eu me envolvia. Me senti segura outra vez , eu… te admirei cada vez mais. E quando vi… você já estava aqui. - Levou a mão ao peito amassando o kimono fino. - Dentro do meu coração. - Sua voz já estava embargada mas ela segurava as lágrimas a todo custo.

- Ah senhorita Kaoru… eu… não mereço seu amor. Por isso… não posso te retribuir. Eu gostaria de ser esse homem bom que vê em mim , mas não sou. Sou um homem com as mãos sujas , e inumeras mortes em meu fardo. Sou um assassino. Não mereço ser feliz… com alguém tão bom quanto você. - Confessou amargo. E doeu dizer aquilo em voz alta pra ela. Ele se virou e escondeu os braços nas mangas largas do kimono vermelho que ela havia lhe dado , e por isso seu favorito.

Ela se virou incrédula com o que acabava de ouvir. Ele não a retribuia por isso? Ela viu as costas largas do samurai e seguiu até ele.

-Kenshin… tem sentimentos por mim? - Ela perguntou baixo e ele travou os ombros. Talvez seu sonho bonito tenha chegado ao fim. Era melhor cortar pela raiz.

- Não podemos ter esse tipo de relação Kaoru. Eu… não posso te retribuir. Não mereço nem mesmo tocar em você...

- Isso sou eu quem descido! - Ela bradou indignada. - Eu quero que seja você Kenshin , eu não vejo outro alguém...e…

- Senhorita Kaoru. - ele interrompeu. - Sinto muito. Mas você merece alguém... com um passado honesto , e mãos limpas para ser seu companheiro. Eu não sou esse alguém. Por isso… amanhã, eu partirei do dojo , para que assim você possa seguir adiante sem minha presença.

Ela abriu e fechou a boca duas vezes sem saber o que falar. Ele iria deixa-la assim? Fugir… dela?

- Então... vai me deixar? - Ele não respondeu. Uma lágrima caiu de seu olho e sua garganta doía - Vai fugir de mim? Sempre achei você um homem corajoso , mas pelo que vejo , é covarde. - Se me ama , não tem coragem de viver o sente , e se não me ama… tenha coragem e me diga de uma vez!

- Sinto… muito. - ele murmurou.

Kaoru saiu de lá zangada , e o nó em sua garganta estava prestes a explodir. Como ele podia? Depois de tudo que passaram ! Ele a abandonaria? E era claro que ele sentia algo por ela , mas a rejeitava assim mesmo. Doía a rejeição, mas doía mais ainda saber que ele iria embora e a deixaria. Ela entrou em seu quarto e fechou a porta com força, a passos duros caminhou até o futon e se jogou em meio aos lençóis. Rompeu em lágrimas, afundando o rosto no travesseiro. Amar doi demais.

Se passaram alguns minutos assim , e ela havia se acalmado um pouco mais. A chuva finalmente caía la fora , e o vento frio entrou pela varanda aberta. Ela se levantou desanimada para fecha-la , quando ouviu um suave bater na porta.

- Kaoru… - A voz dele a chamou baixinho , parecia cansado. Ela não respondeu, olhou para os dedos os torcendo uns nos outros. - Eu… posso entrar?

Ela não respondeu , mas ele abriu a porta a correndo devagar pelos trilhos , até que viu a silhueta dela , olhando para a varanda. A lamparina iluminava parcamente o cômodo com poucas mobílias. Ela ouviu ele entrando , mas não ousou olhar para ele.

- Kaoru...eu só não quero te fazer sofrer...

- Já está fazendo. - Respondeu ácida. - Ela se virou para ele , e ele se sentiu pesaroso ao ver os olhos vermelhos e o rosto molhado de lágrimas. Seja sincero comigo Kenshin… me fale a verdade ! E então poderei superar tudo isso. Vou saber como agir. Mas não me recite desculpas e meias verdades! Eu vejo em seus olhos que me esconde o que sente de verdade. Então... me diga de uma vez, mesmo que vá me machucar, eu prefiro ouvir a verdade.

Ele viu nos olhos dela a determinação, ele sabia que ela não voltaria atrás, e ela merecia sim saber a verdade. Ele respirou fundo para ter a conversa mais significativa da sua vida.

- Está bem. Você merece saber. - Ela apertou o obi como se fosse sua tábua de salvação. - Eu realmente acho que não te mereço Kaoru. Tenho um fardo pesado por ter assassinado tanta gente. Eu já fui… tão cruel. - Sua voz tremeu e ele desviou olhar. - Você... aos meus olhos… é a pessoa mais gentil , bondosa e pura que já conheci. Eu me encantei por você.…não demorou muito tempo desde que nos conhecemos. - Ela ouvia tudo calada e seu coração parecia querer sair do peito. - Você...mexe comigo de maneiras que nem imagina. Eu penso em você... Kaoru. Penso sempre... a todo instante. Seu sorriso ilumina meu dia. Me encanta teu jeito de andar… o modo que mexe no cabelo quando está concentrada em algo. Seu perfume...eu... penso em você... como homem.

Ela travou. Ele pensava nela… daquela forma? Nunca se sentiu uma mulher desejável, que dirá para seu amado samurai.

- Pensa…em mim como…mulher? - ela perguntou receosa e ele a olhou e deu um sorriso de canto. Ela estava vermelha como uma pimenta. Apertando seu obi na cintura nervosamente. Era tão inocente. Tão doce com suas bochechas rosadas.

- Penso sim. Você não faz idéia... do quanto eu quero você...Kaoru. - Ela sentiu o frio na barriga. Aqueles olhos castanhos tão intensos lhe dizendo essas coisas. - Mas… eu sofro por saber que… você merece alguém melhor que eu. Alguém... que não tenha as mãos sujas. Um passado marcado. Alguém para ser o pai dos seus filhos. Sinto muito não poder ser esse alguém. Mas por favor… nunca duvide senhorita Kaoru , que eu a amo.

Os olhos dele brilhavam , e ela soltou a respiração que prendia sem perceber. Ele estava a alguns passos dela , e ela se moveu em sua direção sem notar. Ela havia deixado de lado todas as outras coisas que ele havia dito , pois nada mais importava depois do que ele disse ao final. Ele a amava. E por isso , não deixaria isso passar. Ela parou diante dele , e mirou bem naqueles olhos profundos , ele não entendeu o que ela queria , mas seu olhar era diferente pra ele. Ele olhou a boca rosada e bem definida que ele tinha, o rosto comprido e o queixo afilado. Ela sempre o achou tão lindo.

- O que foi Ka..-

Num impulso , ela estendeu seus braços finos e enlaçou a nuca do samurai , o puxando para seu alcance , e juntando seus lábios em um beijo inédito para ambos. Ele hesitou ao sentir os lábios macios dela sobre os seus. Havia desejado tanto aquilo, mas não esperava que fosse acontecer naquele momento. Ela moveu os lábios, inexperiente, era seu primeiro beijo e ele não tinha mostrado reação aparente. Foi tão suave , ele manteve os olhos fechados...tentando voltar a terra .

Ela se afastou brevemente, e deslizou as mãos para os ombros dele e em seguida o peito largo. Respirava descompassado, e estava envergonhada. Porém, não arrependida.

- Por que… fez isso? - Ele sussurrou.

- Eu fiz porque …eu te amo. E você me ama. E … eu não poderia querer homem melhor que você para mim. Não quero estar em outros braços além dos seus. Não quero… que se vá. Que me deixe... Kenshin...eu… - Ela segurou bolo que voltou a se fazer na garganta.

- Mesmo sendo quem sou? - ele tocou em suas mãos pequenas sobre seu peito. Como aquela mulher podia desconcerta-lo assim? Ela mais uma vez olhou nos olhos castanhos de longos cílios negros.

- Justamente por ser quem você é. - Respondeu convicta e o coração do samurai quase explode de alegria e tantas emoções que ele não sabia mais como suprimi-las.

Ele sorriu, mas não aquele sorriso bobo de sempre , fingindo não notar o que estava acontecendo, era um sorriso verdadeiro , e atraente. De um homem livre pra amar , finalmente. Resolveu em seu ser , que não resitiria mais a jovem mestra do dojo, que talvez ele pudesse sair da escuridão que sempre o envolveu e se permitir viver na luz que emanava dela. As mãos calejadas dele deslizaram pra a cintura esguia dela , e a puxou pra junto de si , colando seus corpos. Ela ficou surpresa , mas não recuou. Ele pegou seu rosto em uma de suas mãos e a beijou. Ele a beijou fervorosamente , tomando aqueles lábios que sempre desejou como seus. Ela segurou nos ombros dele e se deixou levar , nunca pensou que um beijo pudesse ser tão intenso. Sentiu formigar seu baixo ventre, e pensava que seu coração explodiria a qualquer momento.

Ele sugou o lábio inferior dela com prazer , a vendo apertar os olhos e ofegar baixinho. Ela era perfeita demais. Ele separou o beijo finalmente quando o fôlego estava difícil para ambos e colou suas testas , misturando suas respirações. O samurai sentiu o corpo , tremer de desejo por ela , sua virilidade clamava para ser saciada do jovem corpo da mestra, mas lutava pra se conter.

- Kaoru… é melhor , pararmos por aqui. - Murmurou ofegante. Ela apertou seus braços sem entender o por que.

- Não... gostou? - As bochechas coradas de vergonha . Pensou que talvez , sua inexperiência tenha desagradado o samurai. - É que… eu nunca tinha beijado antes…então..- Ele percebeu seu nervosismo e sorriu afagando seus cabelos presos nim coque mal feito.

- Foi perfeito. E… preciso parar justamente por que gostei demais.

- Como assim Kenshin?

- Kaoru… antes de qualquer coisa, lembre-se que sou um homem. E você uma linda mulher que me deixa louco apenas por caminhar na minha direção. Não seria prudente… me deixar levar assim. Não tenho tanto auto controle quanto você pensa. - Ela desviou o olhar totalmente rubra com a voz pesada e grave com que ele lhe falava essas coisas. Suas mãos estavam frias , e sentia um frio na barriga , mas não queria parar.

- Eu… confio em você Kenshin. - Murmurou apertando as magas do kimono vermelho dele.

- Não entende Kaoru , eu … não conseguiria parar , até irmos ao fim. E não me perdoaria se desonrasse você.

- Já esperei tanto Kenshin. - Murmurou. E voltou a encara-lo. - Já disse que confio em você. Se não quer me deixar em desonra , assuma a responsabilidade por mim. - Ele mirou aqueles olhos castanhos e ficou sem fala. Ela estava mesmo disposta a se entregar a ele? A querer que ele lhe assumisse como sua mulher?

- Ah Kaoru… não me teste assim…eu estou muito tentado a aceitar. - Confessou. - Talvez se arrependa depois. - Ela o abraçou forte e beijou os lábios masculinos outra vez , desta vez tentando colocar ali mais do que ja havia aprendido com ele. Surpreso , ele retribuiu suavemente, e ela sentiu as mãos dele apertarem o obi preso em sua cintura , a comprimindo contra seu tronco forte.

Quando ela se afastou , e ele enfin a olhou nos olhos outra vez , o samurai tinha outro semblante. Aquele olhar carnal e intenso ela nunca tinha visto. Um brilho carregado de luxúria e desejo. Ela sentiu seu corpo esquentar em resposta ao fogo que ele demonstrava apenas em olha-la daquela forma. Ele a beijou novamente, mas não houve delicadeza nem suavidade. Era um beijo lascivo e provocador. A língua macia dele pediu passagem para a sua , e ela cedeu. Sentiu formigamento entre suas pernas , e algo molhado . Ofegou quando ele a pegou nos braços e a carregou para o futon. O vento frio da chuva entrava pela varanda ainda aberta, e os trovões ecoavam , mas tudo o que ela focava , era no samurai ruivo diante dela.

A franja dele caiu sobre seus olhos , e o rabo de cavalo baixo sobre seus ombros quando ele se debruçou sobre ela. Suas mãos percorreram a pele da perna feminina que ficou exposta pelo kimono bagunçado. Deixava um rastro de fogo em sua pele por onde passava , e seu olhar atento se deleitava a cada milímetro que percorria. Ele beijou a pele lisa do pescoço feminino , e ela gemeu baixinho para loucura dele. Era tão excitante cada reação dela para ele. Ela abraçou o corpo dele , enquanto suas pernas se encaixavam nos quadris masculinos. Ele ofegou antes de beija-la outra vez. Estava impaciente, tinham tecido demais ali. Ele se ergueu observando os olhos amendoados dela sobre ele , o rosto corado e o kimono desalinhado.

- Não tem volta Kaoru. - Ele Rouqueijou. A voz grave carregada de desejo. Ele levou as mãos ao kimono o puxando de seu hakama , desfazendo as dobras e revelando seu tronco esguio e bem definido. Ele era um guerreiro bem treinando afinal.

Ela prendeu a respiração com a visão do semblante perigoso dele , a pele clara marcada de cicatrizes , que contavam histórias de seus dias de batalha. Não tem volta. Ela disse a si mesma em sua mente. Mas ela não queria voltar. Queria mais. Queria ele. Ser dele. Ela sempre foi assim. Decidida, e focada no que queria. Não seria diferente agora. Ele deitou sobre si , beijando sua boca com posse , apertando seu corpo no seu. Seus lábios frios beijaram seu colo , e ele aspirou o perfume de mulher da pele dela. As mãos ágeis, logo alcançaram um dos seios pequenos dela , sentindo por baixo do tecido sedoso os bicos duros. O comprimiu enquanto seus dentes mordiscavam o outro , ela arfou e chamou seu nome num sussurro de prazer.

Ah , doce deleite aos ouvidos do samurai. Ele folgou os tecidos , desfazendo rapidamente o laço do obi azul claro. Ela sorriu quando notou a roupa quase saindo do seu corpo. Kenshin era hábil em tudo mesmo. Ela ficava tempos para fazer e desfazer os laços da roupa , e ele acabava com tudo sem que ela se quer notasse.

A boca macia dele , distribuiu beijos pelo vale de seus seios , até que ele expôs os dois pequenos montes firmes aos seus olhos. Tocou-os sentindo a pele macia , e a sensibilidade a fazendo arquear as costas com suas carícias. Suas mãos eram firmes sobre eles , apertando moderadamente os mamilos rosados , a deixando zonza de desejo. Não demorou e ele deixou seu corpo nu sob o seu. Ela sentiu vergonha, tinha algumas cicatrizes dos seus treinos, e nunca tinha deixado ninguém a ver assim. Ele se afastou para admirar toda ela , e com olhar ardente disse as palavras que a deixou mais confortável.

- Você é tão linda.

A voz dele era tão grave e arrastada que parecia sôfrega de tanto desejo. Ele ficou de joelhos a sua frente e desatou o laço do Hakama branco, sem tirar os olhos daquele corpo delicado e puro diante de si. Ele estava duro como pedra , e nunca teve tanto querer por uma mulher um sua vida. Não queria assusta-la , era sua primeira vez , mas era difícil manter a sanidade quando ela estava assim diante dele.

Ela arregalou os olhos quando viu a masculinidade ereta a sua frente. Ela mantinha os joelhos unidos , escondendo sua intimidade por timidez. Nunca tinha visto algo assim. Será que suportaria? Ouviu Megume falar sobre essas coisas com uma paciente feminina uma vez , ela não tinha vergonha de falar... mas Kaoru queimava de vergonha só de ouvir falar. Agora se arrependia , talvez devesse saber mais sobre o assunto, agora não estaria com essa cara de boba.

- Está com medo? - Ele perguntou de onde estava ao notar a face espantada dela. Ela hesitou em responder. Ela estava?

- Bem , acho que não...eu só...estou nervosa. Eu nunca…

- Tudo bem . Só me diga se quer ir até o fim, e eu prometo cuidar bem de você. - Garantiu e ela ficou feliz por ser Kenshin. Naquele mundo machista em que ela vivia, os homens não se importavam muito com o que a mulher achava ou queria. Ainda mais quando ela era tão inexperiente como ela.

- Eu já disse. Confio em você. - Assegurou e ele sorriu pequeno.

Deitou-se ao lado dela , resvalando os dedos nas costelas , seios pelo ventre liso dela. Ele beijava seu ombro , e parecia concentrado em cada toque , em cada carícia, era quase como se ele a adorasse a cada toque , como se ele fosse um pecador tocando no corpo de um anjo. Tão suave , e tão quente. Ela juntou as pernas , sentindo o calor entre elas crescer, e um fogo ascender conforme ele se atrevia ir além. Ele tombou a cabeça e abocanhou um dos seios e ela gemeu alto seu nome agarrando os cabelos ruivos , abraçando seu corpo. Ele deslizava a língua quente e sugava com força, como se sua vida dependesse daquele corpo.

Os dedos dele acariciaram seu monte de Vênus, tocando nos pêlos finos que cobriam a área intocada até então, ele não parou o que fazia em seu seio, e inconsciente , ela abriu as pernas lhe permitindo ir mais além.

- Kenshin…-ululou perdida quando o indicador deslizou sobre seu clitóris inchado e duro.

Nunca pensou que sentiria tanto prazer. Era muito bom , inacreditavelmente bom. Ela ergueu o quadril is instintivamente na direção da mão dele , e ele pousou-a ali. Afundando dois dedos entre os lábios íntimos dela , subindo e descendo , sentindo o calor que provinha dela. Ela estava encharcada e ele gemeu por isso. Seu membro pulsou na cocha dela ao imaginar entrando naquela carne macia e molhada. Kaoru seria dele. Somente dele.

Aquele sentimento de posse , instinto primitivo tomou posse dele , e ele aumentou a velocidade dos movimentos , entrando nela com um dedo , a surpreendendo mas a dando prazer. Mais rápido, mais forte sugava , mordia o corpo dela arrancando suspiros e arrepios insanos de ambos. A onda crescente tomou conta dela , aquele calor que vinha de toda parte se concentrava em seu centro , crescendo , dando um nó em seu ventre. Ela arqueijou curvando as costas , arranhando os samurai como se precisasse se agarrar a algo para não se quebrar em milhares de pedacinhos. E então explodiu dentro de si , derramando nos dedos do samurai. O primeiro orgasmo da jovem mestra.

- Ke-Kenshin...-ofegou. - O que…foi isso? - Ele sorriu promíscuo e satisfeito.

- Seu primeiro ápice de prazer Kaoru. Mas ainda não acabou. - Respondeu.

Ele rapidamente ficou por cima dela , e percorreu ambas as mãos por suas pernas até alcançar o trazeiro feminino, o erguendo e colocando-a sobre suas cochas. Ela sentiu um frio na barriga. Era agora então.

Ele debruçou sobre ela , a beijando ferozmente outra vez , sentiu o falo duro deslizar entre os seus lábios íntimos. Ela gemeu e ele também. Mais carícias pacientes foram distribuídas, até que ele senti que ela estava excitada outra vez. Se posicionou e olhou nos olhos dela. Ela entendeu o que viria , e ele não esperou mais , nem foi devagar. Pressionou seu membro em sua entrada, e entrou na cavidade macia e quente de uma vez só.

Ela gritou pela dor , sua pureza foi rompida finalmente. Ele respirou pesadamente, tentando se conter. Ela era deliciosa e apertada. Pressioando seu membro em seu interior sem piedade. Lutou contra a vontade insana de se arremeter contra ela loucamente. Debruçou sobre ela e beijou seu rosto vermelho e suado. Lagrimas desceram de seus olhos e ele as beijou com carinho. Permaneceu parado em seu interior.

- Dói. Dói sempre assim? - Indagou ela com voz embargada. Ele lhe sorriu amoroso.

- Garanto que não. É somente na primeira vez. Vai se acostumar logo. Vai restar somente prazer. Eu prometo.

Ela acenou positivamente , quando ela se acalmou , ele se moveu , gemendo de prazer ao entrar novamente em seu corpo. Ela fazia uma careta de dor , e ele a beijava , a acariciava e logo ela relachou. Ele continuou achando inacreditável como ela o deixava insano de tesão. O som dos corpo nus se chocando deixava tudo ainda mais erótico. Ele ia até o fundo, cavando a intimidade sensível e necessitada. Ele estava perto de seu ápice, então tocou com seu polegar o clitóris dela , a vendo arquejar e balbuciar palavras inteligíveis. Ele girava seu ponto sensível enquanto bombava em seu interior. Ela apertou seu membro dentro se si quando estava quase gozando outra vez.

- Ah Kaoru… - Rouqueijou ofegante e não pôde mais se conter gozando em seu interior a vendo se contorcer e chamar seu nome enquanto ele sentia o gozo dela derramar em seu pênis.

       Consumaram em fim anos de desejo reprimido. Ele a abraçou dando a ela seu colo , e beijou o topo de sua cabeça. Não tinha volta. Ela sempre foi seu lar. Ele era mesmo , apenas seu servo.


Notas Finais


Espero que tenham gostado. Até breve em Lupinus. Bjooo da tia Kagura.


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