Tudo começou em uma manhã de natal, quando meus pais decidiram passar o feriado na casa dos meu avós. Eu tinha apenas 5 anos.
Meus avós nunca foram a favor do casamento dos meus pais, e isso fez com que eles não fossem próximos uns dos outros. Sempre nos encontros familiares haviam brigas e discussões bobas, mas nesse Natal meus pais estavam dispostos a se desculparem por toda essa confusão e tentar reatar a família novamente
Saímos de casa por volta das 8:00 da manhã, queríamos chegar cedo para aproveitar o dia. Estávamos a caminho de Seattle, nevava muito e a pista estava escorregadia, o tempo estava frio mas era bem agradável.
Estávamos quase chegando, quando na estrada 86 um carro desgovernado bate contra o nosso. O carro rodopiou e capotou várias e várias vezes, quando finalmente parou, um rapaz veio e nos socorreu, ele afirmava ser médico.
Ele me tirou do carro (eu estava acordada e apenas com pequenos arranhões) me analisou rapidamente, me levou para o canto da estrada e pediu para que eu ficasse lá. Assustada eu não conseguia dizer se quer uma palavra.
Depois de me deixar fora de perigo ele voltou para o carro e tirou meus pais de lá de dentro a tempo do socorro chegar .
Fomos levados as pressas para o hospital onde esse moço trabalhava, meus pais precisaram de uma cirurgia de emergência e eu apenas levei uns pontos.
Quando a médica terminou os pontos o rapaz moreno veio falar comigo .
- Olá mocinha! Qual o seu nome?
- Cadê minha mamãe? - Confusa e assustada foi a única coisa que consegui dizer , e ele calmamente me explicou:
- Sua mamãe e seu papai estão sendo cuidados por médicos muito bons!
- Eles vão ficar bem?
- Esperamos que sim !
Não entendi bem porque ele torcia para que ficasem bem ao invés de me dizer com convicção o que eu esperava ouvir .
Depois de umas horas ele já tinha ganhado minha confiança, era um cara muito legal . Quando eu finalmente resolvi falar eu perguntei :
-Qual o seu nome?
- Eu sou o doutor Patrick James ! E você, ainda não me disse seu nome.
- Ana Elise .
- Ana Elise! Que nome lindo ! Qual seu sobrenome Ana Elise?
- Peterson, Ana Elise Peterson!
- Você poderia me dizer qual o nome dos seus pais ?
- Katherine Eli Peterson e Maicon Peterson
- Muito obrigado!
Eu tinha esquecido dos meus pais, mas quando ele perguntou o nome deles eu relembrei e queria vê-los logo.
Até que o médico q fazia a cirurgia do meu pai chegou, ele olhou para o Dr. James e balançou a cabeça em sinal de não , o Dr. logo respirou fundo mas não me disse nada, ele estava aguardado notícias da minha mãe.
O caso dela era bem mais delicado , lembro de ter esperado em torno de um dia inteiro para ter notícias dela .
Tudo começou a ficar estranho quando ligaram pros meus avós, e junto com deles uma moça dizendo q era assistente social . Eu não sabia bem o que era isso mas ela disse ser minha amiga .
O médico da minha mãe chegou , meus avós foram para o canto para receber a noticia , a única coisa que me lembro e de ver minha avó chorando desesperadamente e o meu avô balançando a cabeça em sinal de negação .
Ouvi eles conversado com o Dr. James, algo do tipo, "Como vamos contar a ela?"
Minha avó se aproxima, me pega no colo e acaricia meu cabelo, com um sorriso frágil no rosto e uma lágrima descendo ela beija a minha testa .
- O que foi vovó? Por que a senhora está chorando ? Cada a mamãe e o papai?
Ela sem saber oq responder olha para o meu avô que está com uma cara muito fechada , de fato aborrecido com algo que eu nao sabia o que. Então ela responde a minha pergunta
- Seus pais viajaram para um lugar muito lindo, mas eles não podem mais voltar...
- E porque não me levaram com eles?
Ela aperta os olhos com força e mais uma lágrima cai .
- Acharam melhor deixar você aqui.
- Eu vou poder visita - los?
E ela simplesmente responde
- Vai querida, um dia você vai !
Eu dou um sorriso pra ela é vou até o doutor contar da "viajem" de meus pais
A assistente social foi conversar com os meus avós no canto, discutir sobre a minha guarda . Minha avó diz que acina os papeis e se torna responsavel por mim mas meu avô contradiz :
- Não quero cuidar de uma criança bagunceira que um dia ficara igual o pai ! - De cara fechada ele se vira
- Mas ela não tem pra onde ir, é apenas uma criança! - responde minha avo questinando ele
- Se ela pisar naquela casa eu saio e não volto nunca mais !
Minha avó amando muito o meu avô concordou
E me entregaram para a assistente social , minha avó se despedindo apenas com um beijo na testa e um sincero "Eu te amo" partiu, chateada por não poder me levar junto.
Meu desfecho agora era incerto e eu me perguntava todos os dias
- Para onde é que eu vou ?
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