1. Spirit Fanfics >
  2. Um tom de amor >
  3. Capítulo Cinco

História Um tom de amor - Capítulo Cinco


Escrita por: Leups

Notas do Autor


Puta pq eu quase perdi esse capítulo
Mas vamos lá neh

Cap mais focado nos sentimentos da Marinette pq ela tbm merece neh gente
Não se preocupem, no próximo tem mais gay :D

Capítulo 5 - Capítulo Cinco


Fanfic / Fanfiction Um tom de amor - Capítulo Cinco

Assim que Mérida pôs a última panela quente sobre a mesa, ouviram a campanhia tocar. Marc trotou até a porta, limpando a garganta, e então a abrindo. Marinette estava parada com as mãos a frente do corpo, segurando uma caixa retangular com detalhes em azul-marinho, combinando com o laço que prendia seus cabelos hoje.  

— Marc, tudo bem? — Ela sorriu, educada.  

— Sim, tudo ótimo. E-entre. — Ele deu lugar para que ela passasse por si.  

Mari adentrou o apartamento feérico, não ficando nada surpresa com a riqueza de criatividade que compunham os móveis e a decoração no geral. Parecia que cada detalhe dos cômodos havia sido pensado e repensado para combinar perfeitamente com todos os membros da família. Se Mari puxasse o ar com mais força, poderia sentir o aroma cítrico de amêndoas com mirtilo.   

— Marc, pare de enrolar e traga sua amiga aqui!! — A voz da mulher mais alta assustou Marinette.  

— J-já vamos! — Marc retrucou. — Desculpa, ela pode aparecer assustadora no começo, m-mas é muito gentil.  

— Haha, tudo bem, vai ser interessante conhecê-las. — A mestiça estava curiosa para saber se Marc tinha puxado a personalidade de alguma das mulheres. 

O Anciel mostrou brevemente os cômodos principais do apartamento, dispensando os quartos por em quanto. Quando os dois puseram os pés na cozinha, as duas mulheres se viraram para analisar visualmente a garota. Marinette abriu um sorriso amarelo.  

— Prazer em conhecer vocês, eu sou Marinette Dupain-Cheng. — Ela se apropinquou das duas e estendeu a caixa azul. — Fiz minha receita especial de macarons como agradecimento. Espero que gostem! 

Mérida pegou a caixa e abriu um sorriso enorme ao abrir e ver os belíssimos doces redecorados com corações prateados. Entretanto, a mulher mais velha semicerrou os olhos numa carranca intimidadora. Marinette engoliu em seco, voltando para o lado de Marc. O moreno suspirou. 

— Ignore-a, ela está tentando te assustar. — Mérida se virou para guardar a caixa até a hora da sobremesa. Agatha soltou um gemido frustrado, olhando indignado para sua mulher. 

— Por que você sempre estraga minha pose intimidadora??!  

— Porque a menina é educada demais para ser intimidada. — Mérida respondeu em ábsono. — Muito obrigada pelos doces, querida. Vamos jantar agora.  

Todos se dirigiram até a mesa de jantar. Marc preferiu sentar na ponta, Mari ao seu lado, e as duas mulheres do outro lado. Não demorou para que a sala se preenchesse com o ótimo cheiro de camarões à milanesa — crestados do jeito que todos mais apreciavam — e molhos de diferentes sabores. Marinette pegou de tudo um pouco, não parando de elogiar o gosto de todas aquelas delícias que estava experimentando pela primeira vez.  

A mãe mais nova logo se apegou a garota, achando-a adorável e muito sincera. Ficava muito feliz por Marc ter encontrado uma amiga tão boa quanto ela.  

— E como vocês dois se aproximaram? — Agatha questionou, virando-se para o filho. — Pelo que sei, vocês dois já se conhecem a bastante tempo. 

— Bom, como o Marc é mais velho do que eu, nunca chegamos a estudar juntos. Mas depois que ele e o Nathaniel se tornaram mais próximos, consequente acabamos nos aproximando também. — Mari explicou, repassando os acontecimentos passados de quando os dois se conheceram. 

— Ué, mas Nath e Marc estudam juntos. — Mérida procurou respostas no filho dessa vez. 

— C-como o Nath e eu tínhamos apenas as aulas de artes juntos, e-ele pediu para ser transferido, e-então ele acaba tendo algumas aulas com a minha turma. — Marc não conseguiu disfarçar o tremor nos talheres e na voz. — Se ficássemos tão afastados, n-não conseguiríamos continuar com o p-projeto das histórias em quadrinhos.  

— Interessante essa atitude dele, não? — Agatha mordiscou seu camarão com um tom insinuante, recebendo logo um empurrão de sua mulher. 

— Pois eu acho que foi uma ótima ideia. Os dois nunca seriam tão próximos sem isso. — Mari procurou ajudar seu amigo. 

— Realmente... A amizade do Nath significa muito pro Marc. — Mérida disse, não notando o constrangimento do filho aumentar. — E pra nós também. Ele é um bom garoto. 

— Ele já veio aqui também?? — A Dupain-Cheng pareceu surpresa. Nunca tinha pensado nessa possibilidade. 

— Algumas vezes. — Agatha respondera. 

Marinette disfarçou um sorrisinho na direção de Marc, que se encolheu em sua cadeira. 

— E o que vocês- Por que não aproveitamos para falar da sua festa, M-M-Mari?! — Marc a cortou, batendo uma mão na mesa sem querer.  

— Isso mesmo! Marc me contou sobre essa festa. O que você achou do meu álbum? Te trouxe alguma inspiração? — A mulher mais velha enfim pareceu animar-se por esse assunto o qual dominava tão bem. 

— É maravilhoso! Tive tantas ideias que estou cogitando fazer minha festa durar semanas! — Mari se juntou a ela na animação. 

As duas embarcaram numa conversa longa sobre cores e como elas podiam harmonizar com um salão de festas no tema de Lírios-Azuis. Quando todos estavam satisfeitos, Mérida recolheu os pratos e talheres, e Marc os copos. A mulher mal tinha posto os pratos na pia, quando sua pressão despencou e ela teve que se apoiar no balcão. 

— Mãe? — Marc segurou-a pelo braço. Sua pele estava muito gelada. — A senhora está congelando! 

— Está tudo bem amor. — Ela respirou fundo para retomar a compostura. — Só não estou acostumada à ficar acordada até tão tarde. É meu corpo pedindo por descanso.  

Marc olhou para o relógio, constatando que já haviam passado duas horas do horário de descanso rotineiro de Mérida. Marc franziu as sobrancelhas. Não tinha percebido, mas a mulher havia se esforçado muito para fazer um jantar perfeito para receber uma de suas amigas. Ela deveria estar se sentindo esgotada com seu corpo fraco. 

— Venha mãe, vamos pra cama. A senhora precisa dormir, ou senão vai ter que ir ver o médico amanhã. — Marc passou o braço dela por sua cintura, apoiando-a com firmeza.  

Mérida apenas assentiu, frustrada por ter de deixar a louça para outra pessoa, mas aliviada em ver sua cama. Aconchegando-se entre as cobertas, sentiu seu corpo esquentar aos poucos, em quanto o filho preparava seu remédio. A mulher fez uma careta ao engolir a sequência de comprimidos, mas logo, o sono começou a pesar suas pálpebras. 

— Marinette é uma garota muito gentil. — Ela comentou, aproveitando quando ele se sentou na beira da cama.  

— Sim...  

— Ela sabe sobre seus sentimentos, não sabe? — As bochechas dele ganharam cor, mas ele não teve coragem de negar. A mãe era inteligente demais para isso. — Isso te incomoda? 

— Na verdade, ela tem tentado me ajudar... — Marc virou o rosto para confessar. — E-eu o chamei para ir comigo á festa dela. 

— Que boa notícia amor. — Mérida levantou seu fino braço para tocar o rosto dele. — Se ele aceitou, com certeza deve sentir algo por você também. 

Marc engoliu em seco, optando por manter consigo o descobrimento do desenho e tudo que se repetiu naquele dia confuso. 

— Durma um pouco agora. — Ele depositou um beijo delicado sobre a testa dela, caminhando para a porta. — Qualquer coisa, se for muito tarde, eu peço para a Mari dormir aqui, tudo bem? 

— Isso. Boa noite amor. — Ele apagou a luz, e a mulher se virou para adormecer. 

Algumas horas mais tarde, a mulher mais velha também se recolheu, preocupada em juntar-se a sua amada e verificar se estava mesmo tudo bem. Mari ajudou Marc a guardar as louças, e ao ver as horas, ficou assustada. 

— É quase madrugada, você deveria ficar. — Marc sugere. 

— Não, eu não quero preocupar meus pais. E eu tenho muitas coisas pra fazer amanhã de manhã. — Ela olhou pra cima, lembrando que não tinha chegado nem na metade de seu vestido para a festa. 

Os dois ficaram num silêncio pensativo, até que o celular de Mari começou a vibrar. Ela o pegou, e seus olhos pareceram se encher de um brilho... estranho. 

— Alô? Luka? — Ela atendeu, fazendo Marc arregalar os olhos camufladamente. — Uhum... Sim, sim, eu ainda vou precisar. Você vai estar disponível? Legal! Podemos conversar melhor semana que vem? Ta bom. E aliás, onde você está agora? Será que poderia me dar uma carona?  

Marc tentou acompanhar o diálogo e entender os contextos, mas sem ouvir as respostas de Luka, preferiu não se intrometer. Após breves minutos de conversa, Mari desligou e se virou para ele. 

— O Luka está fazendo entregas aqui por perto, ele vai me dar uma carona. — Ela anunciou. 

— Oh, ok. B-boa noite então. — Ele abriu um mínimo sorriso para ela, e então se despediram. 

Marinette desceu rapidamente as escadas, nervosa demais para pegar o elevador. Chegando ao saguão de entrada, ela sentiu o frio da noite circundar seu corpo, sondando seus pensamentos com o vento. Seus cabelos se bagunçaram, e ela não precisou esperar muito para avistar o jovem alto pedalando rapidamente em sua direção. 

— Te fiz esperar? — Ele logo perguntou, parando em frente às escadas, vendo que ela tentava se defender do frio. 

— Nem um pouco. — A mestiça desceu correndo, parando logo em frente a ele.  

Francamente, por que ela havia pedido isso a ele? Que momento embaraçoso. O azulado coçou os cabelos curtos de sua nuca, em quanto ela olhava para um canto aleatório da calçada. Por mais que fizesse muito tempo que Marinette terminara o relacionamento, ainda existiam muitos sentimentos envolvidos ali. Sentimentos que ele nunca fizera questão de esconder, diferente dela, que nunca teve a coragem necessária para demonstrar nada.  

Quebrando o silente, Luka desamarrou a jaqueta de sua cintura, e jogou sobre os ombros dela. A mestiça levantou suas orbes azuis na direção dele, que tinha um sorriso tranquilo e pesaroso nos lábios.  

— Vamos, antes que o frio piore. — Ele disse, subindo em sua bicicleta e deixando o espaço das cargas para ela.  

Mari sacudiu a cabeça, desfazendo suas inúmeras dúvidas, e então subiu na bicicleta. Quando ele começou a pedalar, ela pendeu para trás, quase caindo. Num ato assustado, enlaçou a cintura dele e colou seu rosto as costas dele. O azulado não esboçou, mas ela com certeza estava ouvindo as batidas esperançosas de seu coração.  

Por outro lado, Mari sentiu seu espírito aquecer-se. Luka passava um calor diferente, confortável. Estava sim ouvindo seu coração, mas se soubesse que eram por sua causa, teria ficado vermelha. Optando por aproveitar desse singelo momento, ela continuou abraçada a seu corpo.  

Ao chegar em frente à padaria, os dois se despediram sem muitas palavras, evitando criar um clima estranho novamente. Combinaram de se encontrar numa outra semana e combinar alguns favores que ela havia pedido. 

— E muito obrigada por me trazer, de novo... — Ela agradeceu baixinho. 

— Eu vou estar sempre aqui quando precisar. — Luka responde, adejando carinhosamente a franja dela. 

Por fim, ele se foi, sumindo nas curvas escuras de Paris. Marinette sentiu as pernas estremecerem em quanto subia as escadas em direção ao seu quarto.  

Ao tirar seus tênis e sentir a fofura do tapete entre seus dedos, ela finalmente esticou-se e agradeceu por enfim estar de volta ao seu quarto. Prestes a buscar por seu melhor pijama, ela jurou ter ouvido passos vindos de sua sacada. Temeu ser algum ladrão, então acordou Tikki dentro de sua gaveta.  

Cuidadosamente, ela subiu até sua cama e espiou pela portinhola, procurando pelo intruso. 

E nunca poderia imaginar que o intruso possuiria um par de orelhas pontudas e cabelos dourados.  

— Chat? — Indagou, mas o garoto não se moveu. 

Saindo de seu quarto após deixar Tikki ali, a mestiça subiu até a sacada, novamente recebendo o vento frio em seu rosto. Esperou receber algum cumprimento, mas Chat Noir não pronunciou nenhuma palavra até que ela estivesse apoiada no parapeito ao seu lado. 

— O que houve? Já é tarde pra você estar aqui. — Ela continuou. 

Chat tinha o olhar perdido no horizonte estrelado, as írises esverdeadas reluzindo todo o esplendor da lua. Marinette poderia apenas ficar ali observando-as, mas havia um sentimento ruim dentro delas. A Dupain-Cheng tocou-lhe o braço, enfim parecendo tira-lo desses devaneios. 

— Você voltou com o Luka. O que aconteceu?  

— Eu jantei na casa do Marc, e eu pedi carona a ele. Foi só isso. — Mari ponderou se a presença de Luka não seria o problema em tudo isso. — E você? Qual o motivo dessa cara tristinha?  

— Podemos apenas... ficar em silêncio por um tempo? — Ele virou seu olhar para ela, parecendo implorar silenciosamente. — Eu só quero sentir sua presença e... pensar um pouco.  

Mari acariciou com chateação o antebraço dele, sabendo que se Chat não queria falar, era algo mais grave do que tinha imaginado. Porém, pressiona-lo não era uma opção. Ela usou sua mão livre para acariciar as costas dele, deixando que lágrimas finas escorressem por seu rosto lampinho.  

— Claro, gatinho. Eu estou aqui... 


Notas Finais


é isso, nada a comentar
eu amo Marichat, mas nunca vou superar o término de Lukanette, nunca
Até a próxima


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...