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História Um Único Destino - Eu e você no infinito


Escrita por: mundosapatonico

Notas do Autor


TCHARAAAAM, VOLTEEEEEI...
Estavam com saudades? Sim! Eu sei.. kkkkk

Então pelo nome do capitulo ja sabem que vem coisa fofinha por ai né?

O capitulo ficou meio grande mas espero que gostem, por que ele ficou tão fofinho que até eu me apaixonei aqui.

Não vou me demorar por aqui, leiam tudo e até la em baixo espero vocês la com muitos beijos.

Capítulo 24 - Eu e você no infinito


Fanfic / Fanfiction Um Único Destino - Eu e você no infinito

POV. Melissa

 

Uma semana se passou, hoje é sábado bem quente em Fortaleza e a novidade é que o Liam recebeu alta do hospital estou indo com a Ana visita-lo só aquele cabeção pra me acordar as 7h da manhã, parece que vai ter uma café da manhã, tipo uma festa de boas vindas, a Ana estava toda elétrica do meu lado enquanto eu estava praticamente inerte no banco do carona.

- Como você consegue ser tão feliz antes de pelo menos 10 da manhã? – Perguntei pra ela que me olhou sorrindo.

- Você tem que aprender a apreciar as coisas boas que o universo nos dá.

- Tipo esse segundo sol que já chegou em Fortaleza?

- Segundo sol?

- Para realinhar as orbitas dos planetas. – Falei começando a ficar de bom humor.

- Do que você está falando exatamente? – Perguntou ela rindo parando no sinal.

- Derrubando com assombro exemplar, o que os astrônomos diriam se tratar de um outro cometa. – Falei finalmente cantando para que ela entendesse – Não acredito que você não entendeu Cássia Eller bebê não acredito que estou apaixonada por uma pessoa que não conhece Cássia Eller.

- Espera ai, eu conheço Cássia Eller e gosto é que por uns segundos não liguei o que você estava falando a uma música. – Disse ela rindo e beijando a minha boca enquanto estávamos ainda paradas no sinal. – A propósito que voz é essa menina, você já tinha cantado pra mim antes?

- Hummm, talvez não sóbria. – Falei rindo

- Você tem uma voz linda.

- Exagerada.

- É sério, sabe tocar violão?

- Não, eu tenho uma vaga lembrança do meu pai tocando e cantando na nossa sala, lembro também dele me colocando no colo e de como eu ficava fascinada com aquele violão. – Lembrar do meu pai sempre me deixava muito deprê – Mas respondendo a sua pergunta, não eu não sei tocar mas acho que gostaria de aprender, mas sei lá também queria conhecer Londres, mas querer não é poder. – Falei mas era melhor mudar de assunto. – Você não acha que devíamos levar flores ou um presente de boas vindas pro cabeção? Afinal ele salvou a sua vida. – Falei rindo.

- Bem pensado, meu Deus onde está a minha educação? Do que ele gosta? – Perguntou ela toda concentrada no transito.

- Como vou saber? – Falei

- Bom você meio que era namoradinha dele, deve saber do que ele gosta.

- Bom eu sei bem do que ele gosta. – Falei com um sorriso malicioso nos lábios.

- Fora você Melissa, o que mais ele gosta.

- De você.

- O que?

- É, por que mais você acha que o moleque tomou um tiro por você e me deixou assim tão de boa?

- Você ta querendo dizer que...

- Isso, ele gosta de você, da mesma forma que ele gostava de mim no começo e talvez ele ainda até goste.

- Quer dizer que ele gosta de nós duas? – Disse ela rindo, mas aparentando um pouco de confusão – Na verdade, quer saber? Não importa eu sou L E S B I C A – Ela fez questão de enfatizar na palavra – E não vai rolar.

- Claro que não você tá louca? Você é minha e não divido com ninguém.

- Ei, mas eu dividi você com ele, por que você não pode fazer o mesmo. Pensando bem ele salvou a minha vida. – Disse ela rindo o que não impediu que ela levasse um tapa, onde já viu? – Ai.

- Não vou dividir você e pronto.

Paramos em um posto de gasolina mais ou menos perto da casa do Liam pra abastecer e eu fui até a loja de conveniência ver se encontrava algo que pudesse levar pro cabeção, vasculhei todas as prateleiras mas  não é como se eu fosse achar algo extraordinário entre salgadinhos e vinhos, eu poderia levar cerveja mas suspeito que quem voltou dos mortos a pouco tempo não possa beber, andei dentro daquela loja até que me deparei com aquelas maquinas de ursinho.

- Caralho isso ainda existe? – Falei encarando aquela maquina cheia de ursinhos de pelúcia, comprei creditos e tentei tirar o urso que tinha a maior cabeça, na verdade ao fui tão difícil, olha o tamanho da cabeça desse urso, era um ursinho verde com as orelhas pequenas demais pro tamanho da cabeça dele.

Fui até o carro onde a Ana me esperava falando no celular com a mãe dela, quando vejo ela assim tão próxima de sua mãe sinto tantas saudades da minha que o meu coração chega a doer, sentei no banco do carona mostrando aquele urso da cabeça enorme.

- Parece um ET. – Disse a Ana e rimos juntas.

- Na verdade ele tem a cabeça proporcional ao seu próximo dono.

- Vai entregar ele pro Liam?

- Viu? Até você acha que o Liam é um cabeção.

- Não, que horror é que você chama ele assim direto mas não acho isso não.

- É na verdade ele não mesmo, mas eu gosto de irritar ele.

Alguns minutos depois chegamos na casa do Liam e para a minha desagradável surpresa estavam todos os amigos do Liam la, inclusive a May antes eu tinha feito as “pazes” com ela mas isso não significa que gosto de vê-la a menos de 100 metros da minha mulher, “minha mulher” isso pra variar foi bem gay, quando chegamos juntas a primeira reação dela foi deixar o queixo cair rente ao chão, passei direto por ela e fui abraçar o Liam a Ana fingiu simplesmente que ela não estava ali, embora a Ana seja a pessoa mais educada que eu conheço mesmo assim ela não disse sequer um “oi”.

- Oi Ana e Melissa? – Disse a Mayara, que descarada.

- Oi May – respondi.

- Oi – retiro o que disse, a Ana disse “oi” mas apenas isso, não pude evitar e olhei de cara feia pra ela.

- Ta dizendo “oi” pra Mayara? – Perguntei baixinho

- Não nego um “oi” nem pra um cachorro abandonado na rua. – Respondeu ela.

- Essa sua educação me cansa às vezes. – Falei demonstrando todo o meu ciúme nessa frase.

- Você fica linda com ciúmes. – Disse a Ana senti que ela queria me beijar, mas não faria isso na frente de metade de seus alunos.

- Presente – Falei entregando o urso pro Liam.

- Mano olha o tamanho da cabeça desse bicho, parece um ET.

- Foi o que eu disse. – Disse a Ana dando um beijo na bochecha dele.

- Qual é tive um trabalho do cão pra pegar esse cabeção na maquina por que achei parecido com você.

- Ta me chamando de ET? – Perguntou o Liam rindo

- Não, mas esse pode ser o nome do ursinho que tal? – Falei

- Não acha que to grande o suficiente pra ter ursinho de pelúcia com nome não?

- Não quer? Devolve essa porra. – Falei tomando o ursinho/verde/ET.

- Sai idiota, é meu você me deu ninguém da presentes e depois toma. – Disse ele tomando o ursinho de volta.

Sentamos todos na mesa e tenho que dizer que tinha comida o suficiente pra acabar com a fome da África, mas aquele prato de coxinhas me ganhou, eu casaria com todas elas. Comidas a parte e sem falar que eu comi mais do que eu deveria ficamos um tempo na sala de jogos, jogando conversa fora, alguns jogando vídeo game, sinuca e escambal só então percebi que a Ana não estava na sala conosco, fui procura-la e ela estava no jardim conversando e fumando com a mãe do Liam, nem sabia que a mãe dele fumava.

- Cansou de ficar com um bando de garotos que acabaram de sair da adolescência? – Perguntei pra a Ana.

- Nós estávamos conversando sobre você. – Disse a dona Laura, mãe do Liam.

- Sobre mim?

- Sim – respondeu a Ana – estávamos falando que amanhã é seu aniversário.

- Aff que papo besta então – Falei rindo

- Na verdade a Laura estava oferecendo fazer um jantar pra você amanhã aqui, o que acha? – Perguntou a Ana.

- Huum, eu acho que não quero dar trabalho pra ninguém.

- Imagina, você sabe que adoro você Melissa, depois que você apareceu na vida do Liam ele virou um garoto bem melhor, menos rebelde. – Disse a dona Laura.

O que me fez pensar o por que disso, se eu sou provavelmente a pessoa mais louca que conheço, fico imaginando que influencia tenho sobre as pessoas, alem de transformar todas elas em alcoólatras e psicopatas em sexo, isso me fez rir sozinha.

- Não sei gente, por mim não precisa.

- Melissa estão te desafiando na sinuca. – Disse a Lorena atrás de mim.

- Eu nunca fujo de um desafio. – Respondi pra ela – Vou voltar pra la, vou deixar os adultos conversando. – Falei olhando pra Ana que estava la toda adulta tomando café com a dona Laura.

Quem estava me desafiando era justamente a pessoa que mais evitei durante aquele café da manhã, a Mayara.

- Pensei que tínhamos ficado de boa – Disse ela me entregando o taco.

- Estamos de boa. – Respondi

- Por que me evitar então? É por causa da Ana?

- Não estou te evitando e a Ana... o que tem ela?

- Não sei – Disse ela dando a primeira tacada – Parece que... bem.. Que vocês estão juntas.

- Bom eu estou morando na casa dela.

- Juntas não nesse sentindo Melissa, você me atendeu. – Disse ela

- Vocês vão jogar ou ficar de papo – Disse o Liam chegando perto da mesa de sinuca – Tem mais gente querendo jogar madames.

- Estou tentando ganhar aqui, mas a May não cala a boca.

- Uiii, falar da professorinha deixa ela nervosa.

- Que professorinha, a Ana? – Perguntou o Liam – Vocês estão falando dela?

- Vocês não, a May – Respondi.

- Imagina só estava comentando como vocês duas ficaram próximas esses últimos dias.

- May larga de ser fofoqueira e joga. – Disse o Liam

- Quer jogar no meu lugar? – Perguntou ela pro Liam o que me faz ver que ela não estava me desafiando no jogo e sim era uma chance de me encher de perguntas sobre a Ana.

- Me da isso aqui – Disse o Liam pegando o taco.

- Ei você não pode fazer esforço. – Falei

- Pra te derrotar na sinuca eu não preciso fazer esforço meu amor.

- Vai pensando.

 

POV. Ana

 

Fiquei bastante tempo conversando com a Laura, era a única que me deixava a vontade no meio de todos aqueles meninos que por sinal metade eram meus alunos, interagir com eles fora de sala de aula ainda é algo que eu preciso trabalhar, por volta de 11:30 estávamos vindo embora, a Laura e o Liam pediram pra que nós (nos duas especificamente) ficássemos pro almoço, mas a Mel insistiu em vir pra casa com a desculpa que já tínhamos almoço em casa, na verdade não tinha, no caminho ela disse que faria o seu famoso macarrão com queijo para o nosso almoço, mas eu percebi que ela estava na verdade chateada com alguma coisa.

- Não vai mesmo me dizer o por que desse bico formado ai nos seus lábios senhorita? – Perguntei

- Não é nada.

- Então tá.

- É que... – Eu sabia que tinha alguma coisa – Eu odeio o fato de você ter dormido com a Mayara, sério.

- Isso de novo baby?

- Eu sei, é infantilidade, nós não estávamos juntas e você poderia dormir com quem quiser é obvio, mas ela? Na verdade ela é bem atraente mas... argg – Disse ela fazendo uma careta bem fofa, na verdade isso tudo era só ciúmes mesmo, a Mayara apesar de não valer muita coisa é bem gata. – Eu não sei só não me imagino transando com aquela garota, mas enfim.

- Certo, antes de mudar de assunto quero deixar bem claro que você fica muito linda com ciúmes. – Falei pegando em seu queixo e beijando seus lábios.

- Então, você não combinou com a dona Laura o almoço la amanhã não né?

- Falei que você daria a resposta pro Liam depois.

- Eu não quero mesmo, odeio esse lance de festa.

- Tudo bem.

Chegamos ao apartamento, e para a minha “surpresa” ele não estava sozinho como eu havia deixado, a Juh estava la jogada no meu sofá, pelo jeito tinha voltado de sua viagem e nem tinha me avisado, mas a pergunta é: Como ela entrou aqui?

- Como você entrou aqui? – Tinha que perguntar né?

- Nossa é assim que você recebe sua melhor amiga depois de quase um mês longe de mim, partiu meu coração. – Disse ela levantando e vindo me abraçar. – Oi Deusa? – Falou olhando pra Mel

- Oi Juh – Respondeu a Mel – Vou tomar banho tá? – Falou ela me dando um selinho e indo pro quarto.

- Own que fofo, vocês estão juntas?

- Sim.... Não... Quer dizer mais ou menos é algo que você saberia se tivesse me visualizado no whatsapp. – Falei indo pra cozinha – Pelo menos trouxe comida. – Falei me referindo das diversas sacolas do meu restaurante favorito.

- A manow eu perdi o celular no segundo dia la em Amsterdã. – É esqueci de mencionar que a Juh viajou com a Raianne pra Holanda, parece que a Raianne tem uns parentes la ou algo assim, só sei que a Juh foi junto.

- Me diz uma coisa, como você se livrou do trabalho pra viajar? – Perguntei.

- Velho não sei se ainda tenho emprego mais não importa. – Falou ela se esparramando no meu sofá enquanto eu servia a comida que ela havia trazido – O que importa é que eu estou completamente apaixonada – Nossa a Juliana apaixonada, isso é novidade.

- Pela Raianne? – Perguntei

- Obvio por quem mais seria, e essa não é a única novidade eu pedi ela em namoro. – Ta isso é mais novidade ainda.

- Sério? – Não consegui manter espanto.

- Foi muito lindo Ana, estávamos la numa praça que tem o nome de uma banda era “ledzepilim”.

- Praça Ledseplein. – Falei corrigindo

- Vai se foder, e deixa eu contar a minha historia romântica. – Disse ela voltando pra historia – Estávamos la nessa praça, em um barzinho.– Ela me olhou parando a historia e mudando de rumo. – Manow sabia que la pode fumar maconha na calçada da igreja se quiser? Eu não fiz isso... Mas... – E começou a rir.

- Mais ou menos por ai mesmo. – Falei rindo, espero eu que ela tenha fumado na calçada e não dentro.

- Mas continuando – Disse ela agora sentando na mesa onde a comida já estava pronta pra ir pros prantos.

- Deixa eu chamar a Mel pra almoçar.

- Isso já chama, quero que ela ouça o momento mais lindo da minha vida.

Chamei a Mel no quarto que estava terminando de se vestir e fomos almoçar, sentamos a mesa e a Juh começou a disparar sua historia “romântica” de como foi o pedido de namoro.

- Então estávamos nesse barzinho... – Ela olhou pra Mel e fez um retrospectiva do que estava contando já que a Mel parecia não estar entendendo e estava mesmo precisando da explicação e então ela continuou – Chegou um cara vendendo rachiche... cidade drogada do caralho... Dai a Rai perguntou se ele não tinha maconha por que rachiche era muito forte... Ta essa parte não importa, depois de beber muito fomos caminhar e chegamos ao um rio ou sei la algo assim, e estávamos nos beijando quando parece que fui tocada pelo cupido, de repente eu abri os olhos e olhei pra’quela ruiva linda e percebi que estava apaixonada que tinha me apaixonado por ela no momento em que a vi andando naquela rua do centro... Isso é possível? Não sei, mas me apaixonei assim, e falei isso pra ela, falei que eu não era exatamente o exemplo de lesbica romântica e pra casar mas que por ela eu largaria o mundo inteiro pra só pra segurar sua mão, pro resto da vida e a pedi em namoro. – Terminou ela, tá realmente foi romântico, um pedido de namoro em Amsterdã quem supera isso?

- Uau você pediu ela em namoro em Amsterdã, que sonho velho. – Disse a Mel cheia de brilho no olhar, ta vendo nem que eu quisesse eu supero isso.

(...)

Depois do almoço e de todas as historias das aventuras da Juh na Holanda finalmente eu tive tempo com a Mel, embora ela não paresse de falar como devia ter sido “irada” a viagem da Juh com a Raianne e de como desejava viajar pra fora do Brasil um dia.

- Quem sabe um dia a gente não vai juntas. – Falei.

- Séria um sonho. – Disse ela cheia de brilho nos olhos

Lá pelas 4 da tarde a Juh que ainda estava no meu apartamento e que ainda não tinha explicado como tinha entrado aqui, chamou a Raianne e nós fizemos aqueles típicos programas casalzinho, fomos ao cinema, compramos pipocas, chocolate, refrigerante, era açúcar de mais pra mim, but okay, depois do filme tentei escapar da Mel pra comprar um presente pra ela, já que ela não queria uma festa pelo menos um presente deveria ter. Na volta pra casa ela vinha me contando tudo que a Juh tinha falado de sua viagem, ela realmente não parava de falar nisso.

- Você sabia que em Amsterdã se pode fazer sexo na rua depois das 10 da noite desde que não tenham crianças perto e basta ter, sei la... Uma placa impedindo a visão de um sexo explicito?

- Sabia sim. – Falei achando fofinho a empolgação dela

- Deve ser uma cidade louca. – Disse ela abrindo aquele sorriso lindo. – Você conhece Amsterdã?

- Fiz uma viagem pra la uma vez quando morava em Londres, passei um final de semana com uns amigos, foi o final de semana mais louco da minha vida o qual eu prefiro esquecer. – Falei rindo, mas era super verdade.

- Por que, o que você fez, eu não acredito que a dona Ana possa ter feito algo errado ou algo ilegal ou será que...humm... Conta vai.

Estava parecendo à primeira vez que conversamos que ela me fez contar praticamente tudo da minha estada em Londres.

- Você não vai gostar de saber. – Falei

- Por quê? Agora conta né?!

- Sabe esse lance de poder fazer sexo na rua? Então...

- É tem razão não quero saber.

- Eu estava bêbada e tinha uma quase namorada muito louca e...

- Já falei que não quero saber. – Disse ela, que ciumentinha mais linda.

Chegamos em casa e não demorou muito o interfone tocou, era o porteiro anunciando a Juh e a Raianne, pelo menos agora ela ta avisando, permiti a entrada da duas que logo já estavam dentro da minha sala.

- Desculpa a gente vir assim tão tarde, mas sua amiga aqui fez o favor de perder a chave do meu apartamento. – Disse a Raianne

- Eu não perdi, apenas não sei onde guardei. – Respondeu a Juh

- Só não perde a cabeça por que ta colada no pescoço.

- Parece a minha mãe falando.

- Parece que a minha sogra tinha razão. – Disse a Raianne (elas estão brigando? Ta engraçado de ver)

- Chaves são uns troços muito pequeno que deviam vir com GPS, sem mais... – Disse a Juh – Tem cerveja Ana?

- Acho que sim. – Respondi

Ela foi até a minha geladeira e pegou uma cerveja, depois saiu bebendo pela casa, fui até o quarto e voltou fumando um cigarro que na verdade não era um cigarro normal, esse cheiro era inconfundível e eu não podia acreditar que só por que ela tinha ido em Amsterdã ela tinha virado maconheira e pior, tava fazendo isso no meu apartamento.

- Ta ficando doida? – Perguntei – Vai fumar isso aqui não.

Ela não disse nada, simplesmente começou a rir olhando pra mim com aqueles olhos vermelhos e foi até a varanda. (Ah que ótimo agora todo o prédio vai sentir esse doce aroma de erva).

- Você pode ter fumado isso em Amsterdã mas se você não lembra aqui é ilegal e eu não estou querendo ser presa. – Falei tomando das mãos dela enquanto a Raianne apenas ria la do sofá – E você fica rindo? – Falei em tom de bronca pra Raianne que apenas nos observava sem dizer nada, fiz que ia jogar o resto do cigarro no lixo mas fui impedida.

- Certo, pode ser ilegal mas essa belezinha não foi de graça, me dá aqui que eu me certifico de não ser mais usada no seu apê. – Disse a Raianne tomando da minha mão.

Com tudo isso nem percebi quando a Mel saiu da sala, quase meia noite percebi que o casal não ia embora mesmo, então antes de ir atrás da Melissa eu deleguei uma tarefa pras duas, na verdade so pra Raianne já que a Juh ainda estava completamente chapada e rindo do vendo batendo em seu rosto, pedi que as duas fossem até o supermercado que era 24h e comprassem algumas coisas, um bolo (de padaria mesmo) alguns docinhos e refrigerante. Enquanto elas foram fazer isso fui procurar pela minha aniversariante preferida.

- Então como está se sentindo com quase 20 aninhos? – Perguntei deitando na cama ao lado dela, onde ela estava deitada quietinha olhando pro nada.

- Não enche Ana.

- wow alguém está de mau humor.

- Desculpa – Disse ela virando e olhando bem nos meu olhos, me deu selinho e voltou a me encarar – Não é nada com você, é que eu odeio aniversários. – percebi em seu olhar uma tristeza. -  Bom, pelo menos esse ano eu tenho você. – Disse ela me abraçando forte, foi então que eu percebi ao que ela estava se referindo, todos os outros anos que ela passou sem o pai, depois sem a mãe e provavelmente com aquele monstro do Bruno ao seu lado, assim qualquer um fica traumatizado mesmo.

- Bom... – Falei – Este ano eu estou aqui e ficarei aqui por todos os anos que ainda estão por vir... – Falei olhando no relógio que marcava exatamente 00:02 – E agora eu posso te dar um abraço de feliz aniversario?

Ela veio até a mim e eu a abracei forte, dando muitos beijos.

- Vem... – Disse ela me puxando pra fora da cama quando eu ia começar a fazer aquele discurso de parabéns.

- Pra onde?

- Vamos beber e sair.

- Pra onde Mel? Ai meu Deus.

- Não importa é o meu aniversario, vem comigo ou não?

- Claro que vou.

Eu não fazia ideia pra onde ela estava me levando, nem de carro estávamos, passei pela portaria e deixei as chaves la para que as meninas pudesse entrar quando voltassem, fomos andando pelo calçadão da praia sem nada nos bolsos, além de uma carteira de cigarro e nas mãos uma garrafa de vodka absolut que eu tinha na geladeira a algum tempo e que ela pegou antes de sair.

- Olha Ana a lua tá cheia, o que mais eu posso querer no meu aniversario? Além de você, essa lua e esse mar?

- Talvez essa garrafa de vodka que esta em suas mãos?

- Isso, e a vodka – Disse ela rindo e correndo na areia, eu fiquei apenas a observando correr, parecia uma criança vendo o mar pela primeira vez, tirando o fato da criança está com uma garrafa de vodka claro, ela veio até mim e me puxou. – Vem quero tomar banho nesse mar.

- Mas olha a hora, a água deve estar congelando. – Falei hesitante.

- Por favor?

- Meu deus como eu posso negar algo você me pedindo assim?

A praia estava deserta, pelo menos até onde podíamos ver, claro que se tratando da orla de Fortaleza não podemos acreditar que estamos totalmente seguras aqui, porém ela não quis saber de nada disso e colocou a garrafa na areia e começou a tirar a roupa.

- Espera o que? – Perguntei.

- Isso, vamos tomar banho sem roupa, tira também. – Disse ela tirando a última peça de roupa que cobria seu corpo.

- Nem pensar. – Falei

- Como assim você fez sexo em Amsterdã na rua e se recusa a tomar banho pelada comigo, tira a roupa agora. – Disse ela tirando a minha blusa.

- Okay – Falei rindo e tirando o resto da roupa.

Essa definitivamente não sou, tomando banho completamente pelada, às 00:30, estou me perguntando se isso é atitude uma de uma professora universitária, onde está o seu pudor Ana? Parece que a Mel cosegue derrubar todas as minhas barreiras, até aquela de “não tire a roupa em locais públicos”.

- Você é louca. – Falei já dentro da água, sentindo aquela água fria tocar todo o meu corpo.

Ela nadou um pouco até chegar bem perto de mim, passou seus braços pelo meu pescoço e me beijou com intensidade, senti aquele gosto salgado em sua boca e sua língua invadindo a minha boca, ficamos nos beijando, ela passou suas pernas em volta da minha cintura e eu tive que fazer um pequeno esforço pra não afundar, uns minutos depois ela saiu do mar e foi até a garrafa, pegou as roupas e sentou em cima delas, eu simplesmente a acompanhei e fiz o mesmo, ela me passou a garrafa que bebi e esquentou o meu corpo que estava tremendo nesse momento.

- Você ta tremendo. – Disse ela beijando o meu ombro.

- Eu disse que a água estava fria.

- Desculpa ter te forçado a isso. – Disse ela sorrindo e esse sorriso ficou ainda mais lindo com a luz da lua iluminando o seu rosto.

- Meu deus como você é linda.

- E você é boba.

Comecei a vestir a minhas roupas de novo, pelo menos a calcinha e o sutiã pensei que ela fosse me impedir mas ela apenas ficou me observando levantou e me abraçou bem forte, ela ainda estava completamente pelada e como eu disse a orla de Fortaleza não é um local ideal pra isso, mas ela nem se importava.

- Acho melhor você se vestir, é perigoso ficar assim.

- Se tem eu e você aqui, o único perigo é se você me jogar nessa areia e... – Ela parou de repente – Não transar na areia deve ser horrível. – Disse ela rindo muito – Já imaginou areia entrando em todo lugar.

- E que tal no mar? – Falei a abraçando pela cintura.

- No mar eu topo – Disse ela tomando mais um pouco de vodka e me puxando novamente pro mar, porém antes de chegarmos até a água ela me puxou pra perto de si e me beijou como se não houvesse amanhã. – Ana eu nunca fiz isso e não sei muito bem por onde começar – Ela parou me encarando.

- Transar no mar? – Perguntei sorrindo

- Não, transar eu sei em qualquer lugar – Disse e sorriu de volta pra mim – O que eu to tentando fazer é algo bem mais complicado, mas vamos lá. – Ela olhou pra lua e respirou fundo, eu queria saber o que estava passando naquela cabecinha – Do momento em que te conheci até hoje foi uma trajetória bem longa pra eu saber que realmente o que eu sentia é aquilo que todos chamam de amor, antes de você eu sabia da existência dessa palavra, porém não sabia o significado, nem acreditava que esse sentimento fosse real, foi so quando os meu lábios tocaram os teus naquela noite que eu senti algo acordar em mim, foi só quando suas mãos tocaram meu corpo que eu senti o meu coração realmente bater por outra pessoa, dizem que o nosso lar é onde você sente falta quando vai embora, você é o meu lar então por que cada segundo que passei longe de você parecia que eu ia morrer, e tudo aquilo que passei eu so suportei por que eu queria te reencontrar, eu demorei pra dizer que te amava por que a partir do momento que eu falasse isso, iria se tornar real e não quero te perder, e por isso eu quero saber. – Ela se ajoelhou pegando na minha mão e eu tremi por dentro tava me segurando pra não chorar– Ana Beatriz você quer ser a minha namorada, hoje, amanhã e por todo o sempre?

- Meu Deus – Eu quase gritei mas me segurei menos as lagrimas isso eu não consegui mesmo segurar, eu sempre pensei que um dia eu a pediria em namoro e não que seria o contrario.

- Ana. – Disse ela me segurando a minha mão ainda ajoelhada na areia e ainda pelada, ela estava esperando uma resposta e eu estava tentando não morrer do coração.

- É claro que eu aceito meu amor, é tudo que eu mais quero na vida. – Então ela se levantou e me beijou, a puxei pra cima de mim onde ela colocou suas pernas em volta da minha cintura, minhas pernas estavam meio tremulas pela situação e nós caímos na areia da praia com aquela lua cheia nos iluminando, ficamos rindo e nos beijando muito – Eu te amo mais que tudo nessa vida, nunca esqueci disso. – Falei ainda a beijando.

- Espero que você nunca duvide que todo esse sentimento é recíproco não esqueça, você é o meu mundo, você é o meu lar e a partir de hoje é minha pra sempre.

- Eu tenho um presente pra você. – Lembram que eu tinha fugido pra ir comprar o presente, era algo pequeno que cabia em uma caixinha no bolso do meu short, tirei a caixinha que estava no meu short jogado na areia. – É engraçado você dizer que sou sua pra sempre, por que é exatamente disse que se trata o meu presente. – Falei entregando a caixinha pra ela.

- Não quero presente, você já é o maior de todos eles.

- Abre a caixa.

Ela abriu a caixinha e tirou de dentro o cordão que tinha comprado pra ela, era um cordão com um pingente do símbolo do infinito e estava escrito nesse pingente “eu e você”.

- Eu e você no infinito, eu amei Ana é lindo – Disse ela me beijando – E assim será, daqui pra frente será eu e você, certo?

- Certo – concordei a beijando.

- Sabe eu estive pensando – Disse ela colocando o cordão e eu a ajudei a fechar, depois dei um beijo em seu pescoço fazendo seu corpo se arrepiar. – Hoje é o meu aniversario, começamos a namorar, estou pelada na praia e você quase – Eu já estava de calcinha de sutiã – Antes de sair eu encontrei uma coisa no balcão da cozinha. – Ela foi até o short e pegou a carteira de cigarro e de dentro ela tirou meio cigarro de erva, sim aquele mesmo que a Juh estava fumando e mostrou pra mim.

- O que você não está pensando em fumar isso está?

- Só um trago, quero me sentir em Amsterdã, já estou pelada, estamos prestes a transar no mar, por que não?

- Por que é ilegal? – Questionei

- E ficar pelada, transar no mar também – Disse ela acendendo o cigarro e dando um trago bem longo, não tenho experiência com isso mas acho que puxar tanto assim não é legal. – Toma.

- Não mesmo. – Falei

- Deixa de ser careta, só hoje por mim.

- Okay, um trago apenas – EU NÃO ACREDITO QUE VOU FAZER ISSO, okay fiz.

Ela foi até a garrafa de vodka e bebeu um gole bem longo dizendo que estava com muita sede, depois trouxe a garrafa e derramou na minha boca me fazendo beber mais do que eu queria ou deveria, o que seria um trago só viraram três, de uma coisa eu tenho certeza, maconha é uma coisa bem esquisita que não desejo repetir, em uns minutos eu estava de boa, minutos depois eu estava tendo um crise de riso como nunca tinha tido na vida, ria tanto que sentia meu queixo doer, minha cabeça doía também e eu me sentia três vezes mais bêbeda do que eu deveria estar. E tem mais, eu não lembro muito bem do que eu conversava com a Mel, lembro que riamos muito.

- O ministério da saúde adverte não fume maconha, você ficará igual o bob espoja quando sai da água, eu estou secando. – Disse ela me fazendo rir ainda mais. – Preciso entrar no mar.

Claro que ela não estava em condições de entrar na água e eu idem, eu puxei o resto de sobriedade que restava no meu corpo e fiz ela vestir suas roupas.

- Eu decidi que não vamos transar no mar hoje, não quero que a nossa primeira transar como namorada seja assim, vamos pra casa? – Falei a beijando e mordendo seu lábio, ela concordou com a cabeça e já ia saindo da praia sem roupa ainda. – MEL? – gritei por ela – Não seria melhor vestir isso aqui antes? – Falei rindo e ela riu ainda mais que caiu na areia novamente.

Quando finalmente terminamos de nos vestir, ela pegou na minha mão e me puxou pra fora da areia da praia.

- Ana, já percebeu como nós somos um casal estranho? Nossos nomes não formam um shipper bonitinho, olha... MelAna parece nome de remédio, ou AnaMel parece nome de cantora gospel.

- E com sobrenomes? – Falei – MouraLima?

- Parece nome de escritório de advocacia. – Disse ela rindo muito – Viu? Somos um péssimo shipper.

- Eu não ligo pra essas coisas – Falei – Só me importa uma coisa.

- O que?

- Eu e você no infinito.


Notas Finais


Antes de qualquer coisa, quero dizer que isso é uma ficção e que vocês não devem fazer isso em casa, kkkk
Ou seja não vão sair por ai fumando maconha não, que alem de ilegal é ruim e pode levar a dependência (eu acho).
Outra coisa, relaxem que foi só essa vez mesmo, ela nao vão mais usar drogas ilícitas não, okay?

Fora issoooo, o que acharam do capitulo?
Não teve hot né gente? Mas vai ter HOT vindo por ai, aguardem.

Na minha humilde opinião o capitulo ficou bem fofo com esse pedido de namoro.

Beijos pra quem leu até aqui e não esqueçam de comentar, por que eu AMOOOO os comentários de vocês sério mesmo.

Beijos e até o próximo capitulo. :*


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