História Um Único Destino - Feriadão part.1

POV. Melissa

Existe coisa melhor que um feriado que começa na sexta e só vai terminar termina na segunda? Sexta, sábado, domingo e segunda. Aproveitando esse delicioso feriadão e pra comemorar um mês de namoro eu e a Ana decidimos viajar, na verdade ela decidiu e me informou que iriamos pra Canoa Quebrada (Canoa Quebrada é uma praia no litoral do Ceará muito linda) eu dei pulos de alegria quando ela me disse isso, a última vez que fui la foi há uns 5 anos, lembro que aprontei muito naquelas duna e o caralho todo. Enfim, estávamos arrumando as malas e falando do meu mais novo trabalho que estou amando como nunca havia amado um trampo antes.

- É simplesmente demais – Falei tirando umas fotos da Ana fazendo as malas.

- O único problema é que você não larga mais essa câmera pra nada. – Disse ela rindo e me dado um beijinho.

- Largo sim em. – Falei

- Tá, mas ai já era demais, imagina a gente fazendo amor e você tirando fotos minhas? – Disse ela rindo

- Ué, seria tudo, as caras que você faz quando tá excitada é de foder com a cabeça de qualquer um.

- Não sei disso não. – Disse ela rindo. – Mas e ai já terminou a sua mala? Temos que sair daqui a pouco em?!

- Já terminei sim, só resta saber se levo a máquina na mão ou na bolsa.

- Tô começando a ficar com ciúmes dessa máquina. – Disse ela entrando no banheiro.

(...)

Meia hora depois estávamos na estrada em direção ao litoral leste, eu estava parecendo uma criança que nunca tinha saído da cidade, mas o principal dessa minha euforia era que pela primeira vez na vida eu estava comemorando aniversario de namoro com alguém, passei anos da minha vida com o Bruno e alguns outros moleques não passaram de uma noite, depois teve o Liam que apesar de ser um fofo nós nunca chegamos a namorar de fato, certo todo mundo nos trata como se ainda fossemos “namorados” por que ninguém sabe da verdade.
Por fim eu acabei decidindo por trazer a câmera na mão pra ir registrando tudo por onde nós passássemos.

- Será que esses quatro cartões de memória vão ser suficiente.

- Mel são quatro de 32gigas acho que são mais que suficientes. – Disse ela rindo mas de olho na estrada.

- Certo, tô enchendo seu saco com isso né? – Falei rindo também. – Vou por uma música.

Liguei o som do carro e na mesma hora o pendrive que estava conectado começa a tocar uma música que nunca tinha escutado na vida, tentei acompanhar a letra porém como o meu inglês é péssimo eu não entendi nada.

- Quem está catando amor? – Perguntei

- The smiths. – Disse ela e começou a cantar a música. - Take me out tonight because I want to see people.

- Nunca ouvi falar.

- Não me diz isso. – Disse ela fazendo biquinho. – Eu simplesmente amo The Smiths.

- De onde eles são? Estados Unidos?

- São britânicos.

- Logo vi, só por que foi pra Inglaterra volta com essas bandas estranhas no reportório. – Falei zombando dela, mas na realidade a música era muito boa.

- Nada disso eu já gostava antes, The Smiths fez parte de toda a minha adolescência.

Fiquei um tempo ouvindo a música e realmente era legal, tinha um estilo realmente anos 80 por ai, mas então começou a tocar outras músicas que não conhecia também e mudei pra algo que eu sabia pelo menos acompanhar a letra. Tocou Rihanna, Beyonce, Guns in rose, Aerosmith, muita coisa durante o caminho longo que estávamos fazendo, até que finalmente mais ou menos uma 1h30 depois nós chegamos, fizemos chick-in na pousada e subimos pro quarto, largamos as malas e já fui tirando da mala meu biquíni eu queria curtir cada minuto desse lugar maravilhoso.

- Nossa você ta agitada em? – Disse a Ana me olhando e sorrindo.

- Sim, faz séculos que queria vir aqui.

- Que bom que tem tempo pra ver tudo então, que tal descansarmos um pouco da viagem? Estou realmente quebrada.

- Own meu amor, quer massagem? – Falei

- Podemos sair pra comer algo e depois voltar pro quarto, você me faz a massagem, descanso um pouco e depois saímos de novo?

- Gostei do itinerário, pra falar a verdade também estou morrendo de fome.

Fomos um restaurante bem aconchegante que fica na Broadway (sim o nome da rua é Broadway onde fica os melhores barzinhos, restaurantes, pousadas, tem até um boate, lojas e tudo mais) sentamos e uma garçonete muito jovem mais ou menos uns 22 anos (no máximo) nos atendeu, ela era uma moça bronzeada com cabelos castanho escuro porem com algumas mexas loiras o cabelo estava preso em um rabo de cabelo e ela tinha belos olhos negros que transpareciam mistério ao mesmo tempo que seus olhos eram estranhos por serem tão negros eram lindos, maquiagem feita no tom certo para aquela manhã e belo sorriso nos lábios mostrando seus dentes perfeitos e alinhados, arrisco dizer que ela usou aparelho nos dentes por um bom tempo, e apesar daquele uniforme não favorecer suas curvas percebi notoriamente que ela tinha um corpo de dar inveja, seios, bumbum, cintura tudo proporcional, no seu crachá estava escrito “Ligia” e em sua mão esquerda uma aliança enorme que dizia “sou casada”, a moça era realmente muito linda e muito simpática o que a fazia ser realmente mais bonita. Não que eu tenha ficado olhando pra ela por um longo tempo, mas também não havia como não reparar em sua beleza notável.

- Já decidiram? – Disse a garçonete “Lígia” com um bloquinho de anotação na mão e uma caneta presa na orelha.

- Sim por favor. – Disse a Ana – Queremos essa salada aqui – Disse ela apontando no cardápio – Esse peixe completo e suco de laranja. – Por uns segundos ela me olhou e sorriu. – Desculpa eu esqueci de perguntar se ta tudo bem pra você.

- Está ótimo. – Respondi sorrindo.

- Seu pedido ficará pronto o mais rápido possível. – Disse a Lígia piscando o olho pra nós.

- Tava olhando demais pra moça – Disse a Ana.

- Quem? Hãm? Eu? Não mesmo – Falei revirando o olho.

- Não vem revirando o olho pra mim não mocinha. – Disse ela seria.

- Tá com ciúmes? – Falei sorrindo

- Eu? Não mesmo desconheço o significado dessa palavra.

- É ciumenta sim. – Falei a beijando ali mesmo no restaurante e na mesma hora fiquei verificando dos lados com medo que alguém pudesse ver, mas tão longe de casa não teria ninguém conhecido mesmo, então a beijei de novo.

Alguns minutos depois nossa comida já estava na mesa e eu com a fome imensa que estava senti meu estomago roncar e ataque sem pensar duas vezes, parecia que eu estava a uma semana sem comer, mas como nós tínhamos pulado o café da manhã pra pegar a estrada cedinho eu estava realmente precisando comer muito pra repor as energias. A Ana la toda delicada comendo com todo cuidado e eu parecendo um pedreiro da construção civil depois de uma dia de trabalho no meio do sol. Terminei tudo e ela ainda estava na metade do seu prato, fui até o banheiro enquanto ela terminava, fiquei uns dois minutos arrumando o cabelo, certo não foram dois minutos mas foi muito tempo, na volta até a mesa encontrei a nossa intrigante garçonete servindo outra mesa que ao me ver me parou na saído do banheiro (quase).

- A comida estava boa? – Perguntou ela

- Sim deliciosa, obrigada. – Respondi

- Vai passar o feriado na cidade?

- Sim, estamos hospedadas na pousada ali da esquina.

- Ah sério? Meu irmão é barman de lá, se for até o bar ele é um moreno alto, bonito e sensual. – Disse ela rindo e me fez rir também claro.

- Vou lembrar disso. – Falei ainda sorrindo mas tentando continuar meu caminho de volta pra mesa.

- Quem sabe não nos esbarramos por ai é... – Disse ela indicando que queria saber meu nome.

- Melissa, prazer! – Falei estendendo a mão para cumprimenta-la.

- Lígia mas claro que você já sabe por que está no crachá. – Sim eu sabia mas não concordei com ela. – Então Melissa satisfação, até uma próxima quem sabe.

- Quem sabe! – Falei sorrindo e voltei pra mesa.

Espera ela flertou comigo descaradamente e eu inconscientemente permiti? Não eu não fiz isso, balancei a cabeça negativamente pra mim mesma e sentei ao lado da Ana novamente.

- Demorou em? – Disse ela.

- Acho que essa cidade ainda é mais quente que Fortaleza, nossa eu tô derretendo. – Falei colocando meu óculos escuro no rosto.

- Talvez. – Disse ela me olhando. – Eu já paguei a conta, quer voltar pra pousada ou quer dar uma volta pra conhecer algo?

- Você não disse que estava cansada?

- Estou. – Disse ela fazendo biquinho, o biquinho mais fofo do universo.

- Vamos voltar pra pousada, mais tarde saímos. – Falei dando um selinho nela.

Fomos andando pela Broadway e claro que eu não ia dizer de ser turista e tirar uma foto no arco que é ponto de foto de todo turista, o arco é de madeira e fica bem na entrada da Broadway tem o nome “Canoa Quebrada” e uma estrela com o nome “Broadway, se algum dia vieram aqui eu tenho 99% de certeza que irão bater uma foto no mesmo lugar.

- Amooooor. – Gritei puxando a Ana pra trás. – Vamos bater uma foto?

- Agora?

- É, aqui.

- Ai meu Deus, certo – Disse ela já tirando o celular do bolso pra tirar uma selfie.

- Não né, selfie não vai sair tudo, quero que saia o arco, sou turista quero foto como tal.

- Certo. – Disse ela rindo e pediu para uma senhora tirar nossa foto que ajudou prontamente. – obrigada. – Agradeceu a Ana pegando o celular de volta.

- Agora podemos ir. – Falei

Chegamos a pousada e já íamos direto pro quarto se não fosse a bela surpresa que tivemos (so que não).

- Juh, ta fazendo o que aqui? – Perguntou a Ana.

- Passar esse feriado sem a minha melhor amiga não ia presta, vim beber todas com vocês. – Disse a Juh

- Voltou de viagem quando?

- Cheguei hoje as 6h da manhã.

- E cadê a Raianne abandonou a mulher pra viver com a sua melhor amiga? – Disse a Ana rindo.

- Não mesmo, ta louca? – Disse a Juh rindo também. – Logico que eu trouxe ela comigo.

- Sério? Que agradável. – Falei sem conter o tom de desanimo. – Vamos subir amor? – Falei puxando a Ana pelo braço.

- Como você me achou? – Perguntou a Ana pra Juh.

- Não é difícil sempre que você vem a Canoa fica nessa pousada, por que tem o melhor bar da cidade, palavras suas. – Disse a Juh rindo.

- É verdade, - Disse a Ana também rindo. – Vai ficar aqui também? Nós vamos subir, eu estou realmente cansada de dirigir tanto.

- Ta na hora de ensinar sua namorada a dirigir, vim revessando com a minha e estamos de boas, prontas pra começar as missões. – Disse a Juh – Sim, vamos ficar aqui, tão em qual quarto?

- 122. – Respondi rápido.

- Que massa, estamos no 121 isso quer dizer que nossos quartos são de frente um pro outro, adorei fica mais fácil quando voltarmos bêbadas. – Disse a Juh rindo e eu sorri de uma forma bem falsa mesmo, foda-se queria uma final de semana com a minha namorada e com ela pra variar, mas ok.

- Vamos Ana? – Falei.

- Vamos. – Respondeu ela

Subimos pro quarto e ela foi em direção ao banheiro, andei mais rápido que ela e parei de frente pra portar.

- O que elas estão fazendo aqui? – Perguntei

- Não faço ideia. – Respondeu ela tentando passar pro banheiro – Vai me deixar entrar? Estou morrendo de calor com o corpo todo suado, concordo que aqui é mais quente que Fortaleza.

- Ana não muda de assunto, como elas sabiam que estaríamos aqui?

- Sei lá, eu posso ter comentado com a Raianne no elevador, esqueceu que ela é nossa vizinha?

- Ah claro e você fica contando tudo da nossa vida pros vizinhos, ótimo. – Falei bem brava, deixando ela entrar no banheiro.

- Espera você está com raiva de mim? Ela não é só uma vizinha, é nossa amiga e namorada da minha melhor amiga. – Disse ela já tirando a roupa (esse truque de tirar a roupa não vai funcionar pra me desconcentrar da briga não do Ana)

- NOSSA o caralho, sua amiga e sua melhor amiga sabe que a namorada dela ta querendo COMER  minha namorada? – Sim eu gritei em alguns momentos, acho que tem alguém alterada aqui.

- Melissa calma meu amor, não tem ninguém querendo comer a namorada de ninguém não, somos amigas apenas.

- Ana não faz a sonsa, vai dizer que você não percebe o modo que ela olha pra você?

- Ela me olha normal como olha pra você. – Disse ela

- CARALHO – Opa gritei de novo. – Quer saber? FODA-SE – Tenho que parar de gritar. – Vou beber.

- Eu não ia ganhar massagem?

- Vai pedir massagem pra Raianne! – Falei indo em direção a porta enquanto a Ana me encarava da porta do banheiro so de short e sutiã, sai pela porta e voltei no mesmo minuto. – A propósito foi um sarcasmo não vai pedir massagem pra’quela puta não, idiota. – Falei batendo a porta mais forte do que eu esperava.

Certo que eu tinha motivos pra ficar com raiva, mas acho que eu estava alterada demais, olhei pras minhas mão e as vi tremendo, eu realmente estava muito puta, puta de ódio, ódio pra caralho, pra completar com quem eu cruzo no corredor? Isso mesmo...

- Oi Mel? – Disse a Raianne

- É Melissa. – Respondi

- Como é? – Perguntou ela

- Pra você é Melissa, só a minha mulher me chama de Mel e a propósito, fica longe dela.

- Continuo sem entender, oi? – Que menina sínica meu Deus, vou partir ela em dois, melhor em 10 pra ninguém conseguir colar essa cara enferrujada dela.

- Não faz a sonsa garota, eu conheço o seu tipo, FI-CA LON-GE- Falei enfatizando mesmo nas silabas pra ela entender de vez, virei as costas pra ela like a diva e fui pro bar da pousada.
Era mais ou menos 14:30 e mesmo com o ar condicionado ligado eu estava morrendo de calor, sorte que eu estava de camiseta regada e shortinho curto, entrei no bar e so tinha homens e todos olharam pra mim, a única mulher no bar era a bargirl.

- Não liga não. – Disse ela

- O que?

- Eles te olharam por que não estão acostumado a ver mulher sozinha no bar a essa hora, coisa de homem.

- São idiotas. – Falei

- Concordo plenamente – Disse ela e sorriu – Quer alguma coisa?

- Eu queria espancar uma pessoa – Falei sentando no banquinho junto ao balcão – Mas já que isso é crime, me vê um drink!

- Qual? – Disse ela me entregando o cardaio.

- Me surpreenda. – Respondi.

- Meu tipo de pedido preferido.

Ela pegou a coqueteleira e começou a colocar varias bebidas dentro, não consegui acompanhar o ritmo do que ela fazia muito bem mas pelo menos vi ela colocando duas doses de tequila e duas doses de vodka, ela colocou tudo em copo longo com gelo e guarda-chuva em miniatura na borda.

- Qual o nome? - Perguntei

- O meu? – Falou ela

- O da bebida. – Respondi rindo e já tomando um gole – Que é forte pra caralho a propósito – Dei outro gole enquanto ela me observava – Gostei.

- Texas Tea é o meu drink preferido, fica melhor com coca cola menos forte.

- Assim está ótimo, estou realmente precisando.

- Vejo que você está realmente chateada, quer conversar comigo? Não se preocupe aqui é tipo confessionário de igreja seus segredos morrem aqui nesse balcão. – Disse ela. – Deixa eu adivinhar, brigou com o namorado.

- Namora.... Quase isso – Percebi que eu não consegui dizer que era uma namoradA e não namoradO.

- Imaginei, a propósito sou Linda.

- Oi? – Falei fazendo cara de espanto mesmo como assim gente a menina se acha.

- Calma, meu nome é Linda. – Disse ela, mas a Linda era realmente muito linda, estava com uma blusa branca masculina acho, mas tava feito um nó acima da barriga deixando sua barriga de fora exibindo um piercing em sua barriga chapada de academia, bem ao lado do umbigo tinha um sinal todo charmoso, calça jeans colada demais até, devia receber cantada o tempo todo, loira, olho azul, se ela tivesse falado inglês comigo passava fácil por um gringa como tantas que vi passeando por aqui.

- Ah agora eu entendi, mas relaxa você é linda também. – Falei a cumprimentando. – Fique sabendo que era um rapaz que era barman daqui.

- Felipe? Ele trabalha a noite. – Disse ela limpando o balcão. – Mais um? – Disse ela sorrindo apontando pro meu copo que estava vazio e eu nem tinha percebido.

- Agradeço.

- Você não me disse seu nome. – Disse ela enquanto balançava aquela coqueteleira com toda maestria.

- Melissa prazer. – Ela parou uns segundo e estendeu a mão pra mim e logo em seguida serviu o meu segundo drink.

- Acho melhor você pegar leve nesse drink se não alguém vai ter que te carregar pro quarto.

- Ainda não esqueci a senha do meu celular, to sóbria ainda. – Falei desbloqueado o celular e verificando se tinha alguma notificação.

La pelo quinto drink e muita conversa jogada fora com a Linda eu já estava realmente e super bêbada, estava uma leve sensação que se eu tomasse mais alguma coisa eu desmaiaria e acordaria no meu próprio vomito.

- Agora sim eu acho que preciso parar de beber e voltar pro quarto.

- Acho que precisa. – Disse a Linda abrindo um sorriso bem largo.

- Eu só preciso lembrar onde e pra que lado fica. – Falei tentando ficar de pé.

- Qual quarto você tá?

- 122 acho.

- Fica depois no segundo andar, dobrando a direita no corredor, ultimo quarto a direita.

- Acho que meu cérebro bugou.

- Certo, eu te levo lá. – Disse ela.

- Mas você não pode deixar o bar sozinho, pode? – Perguntei.

- Não tem ninguém aqui, só restou você e além do mais não demora mais que cinco minutos pra ajudar uma nova amiga não é?

- Ok me rendo, aceito a ajuda.

Ele pegou no meu ombro com as duas mãos e foi me guindo pelo caminho, subimos um lance de escadas e depois outro até chegar no corredor do meu quarto, ela continuou me guiando até a minha porta.

- Pronto, está entregue. – Disse ela

- Obrigada seu nome devia ser Anjo – Falei

- Acho que linda já me fez sofrer bullying o suficiente na infância.

- É loira do olho azul deve ter tido uma infância horrível mesmo nossa. – Falei em tom de ironia.

- Com 11 anos eu já tinha muita espinha e usava um óculos fundo de garrafa então, os olhos azuis e o cabelo loiro não me ajudaram muito.

- Sério? Óculos são sexys. – Falei sem perceber o que estava realmente falando.

- Bom, os meus não eram. – Disse ela sorrindo. – Bom dona Melissa está entregue. – Disse ela me dando um beijinho na bochecha - Foi um prazer conhece-la, fica o feriado inteiro?

- Hãm?

- Na pousada, vai ficar o feriado inteiro?

- Sim, pretendo. – Falei sorrindo, meu mundo tava girando literalmente. – Caralho.

- Ta tudo bem?

- Não muito, tudo roda assim mesmo? – Falei e ri muito até que ouvi a porta abrir atrás de mim.

- Mel. – Disse a Ana atrás de mim

- Oi minha linda. – Falei olhando pra ela e sorrindo com olho quase fechando. – Isso não soa engraçado. – Falei voltando a rir muito olhando pra Linda. – Ana, essa é a Linda. – Percebi a Ana olhando com cara de poucos amigos pra Linda.

- Sou bargil do bar e ela bebeu um pouco a mais e ajudei ela a subir.

- Obrigada pela ajuda, Linda né? Seu nome a propósito.

- Sim, me chamo Linda.

- Obrigada Linda eu assumo daqui. – Disse a Ana segurando em minha cintura e quase me fazendo cair por cima dela, ela não puxou com força porém a gravidade tava exercendo um força diferente em mim nesse momento.

- Certo, vou indo então, tchau Melissa. – Eu apenas consegui acenar e ela se foi.

A Ana me arrastou até a cama e eu simplesmente mergulhei nela, porém foi uma péssima ideia porque o mundo girou ainda mais rápido.

- O que você bebeu Melissa?

- Não sei, um drink la muito bom, mas muito mal. – Falei tocando em seu rosto com a mão aberta e caindo pra trás novamente. – Não o tome. – Falei e simplesmente apaguei, adeus mundo.