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História Um Vampiro Em Minha Vida - Inimizades


Escrita por: Cereijinha-

Notas do Autor


Oii pessoas do meu coração.
Tudo bem com vocês?
Agradeço a todos que estão acompanhando a história e dando voto de confiança. Obrigada pelos comentários e pelos favoritos.
Vocês são demais.
Boa leitura.

Capítulo 2 - Inimizades


 

Um Vampiro Em Minha Vida

 

Capitulo II - Inimizades

 

 

Minha mãe sempre dizia que quando nos encontramos em uma situação constrangedora e não encontramos saída, apenas sorria e acene. Mas eu me encontrava inerte demais para fazer tal ato. Então com as últimas forças que me restaram apenas me virei saindo daquele corredor o mais rápido possível.

— Água, eu preciso de água.

Atravessei a sala entrando na pequena cozinha e abri a geladeira  pegando a primeira garrafa que encontrei. Respirei fundo e a virei goela abaixo andando de um lado para o outro nervosa.

Que ótima maneira de conhecer as pessoas Sakura. Eu só queria descansar, seria pedir muito? 

Ouvi passos e vozes se aproximando coloquei a garrafa vazia no balcão. A mulher  passou pela sala seguindo até a porta e o modo que ela andava me fez perceber que ela estava irritada.

Claro que ela estava irritada, eu havia interrompido sua "foda".

Ela era bem bonita, pele branca, mas muito branca mesmo. Os cabelos vermelhos batiam nos seios, o corpo era bem volumoso, as roupas eram curtas e escuras. Quando ela chegou a porta parou e olhou para mim me mandando seu pior olhar, parecia querer me matar. Os olhos dela eram vermelhos? claro, lentes de contato.

Cruzei os braços sustentando seu olhar e ela me mandou um sorriso maldoso. Não gostei dessa mulher.

— Não me olhe assim garota medíocre, não é como se você fosse melhor do que eu. Eu deveria ter pena de você, mas não estou nem um pouco afim de perder meu tempo com um ser tolo como você. — cuspiu as palavras saindo do apartamento batendo a porta com força sem me dar chances de retrucar.

Entortei os lábios incrédula demais para fazer algo. Estou começando a achar que tinha uma plaquinha em minha testa escrito TROUXA.

— Quem é você? — uma voz rouca ecoo pela cozinha me fazendo dar um pulo de susto.

Olhei a minha volta encontrando aquele homem me encarando com aquele olhar que me dava calafrios. Agora estava devidamente vestido, e eu queria me matar por ter o visto nu. Que ótimo Sakura, agora você têm a imagem de seu colega de apartamento nu em sua cabeça. Podia ficar pior?

Claro que podia, o pior era que eu estava ficando cega com tanta beleza. Como alguém poderia ser tão bonito? Ele era a perfeição em pessoa, tinha uma cara de mau mas isso só o parecia deixar mais bonito.

O que eu tô pensando? 

Mas da forma que ele me encarava parecia repudiar minha presença, sua expressão estava contorcida e seu corpo parecia tenso. Eu não o julgo, deve ser uma merda olhar pra minha cara de sonsa, e para completar eu tinha uma testa maior que a cabeça.

Sim eu sou deformada, não tive a sorte de nascer linda como uma pessoa normal.

— Sou Sakura, disseram que esse apartamento era meu. — respondi me embolando nas palavras olhando pra qualquer lugar menos em seus olhos.

— Não, está enganada, esse apartamento é meu. — sua voz dura estava me dando calafrios.

— A recepcionista me deu a chave desse apartamento e disse que eu dividiria com alguém. 

— Eu não divido meu apartamento com ninguém, ela se enganou. — seu tom de voz saiu mais alto e por instinto dei um passo para trás estreitando os olhos.

Eu sou uma pessoa bem pacífica, mas odeio quando me tratam com ignorância. 

— Olha, eu estou toda molhada, cansada e se eu não trocar de roupa provavelmente amanhã acordarei com uma gripe infernal. A única coisa que quero agora é cair em uma cama e não estou nenhum pouco afim de resolver problemas de apartamento ou o caralho a quatro, que por sinal eu já paguei. — elevei o tom de voz revoltada.

Meu dia tinha sido uma merda e eu estava cansada, farta de tudo isso.

Ele não disse nada, apenas continuou me encarando como se eu fosse um ser de outro mundo, e tudo que eu queria era acabar com aquele clima estremamente tenso e fugir para bem longe dele. Um quarto seria uma boa opção.

E da mesma forma que apareceu logo ele sumiu das minhas vistas sem falar nada. Ouvi a porta batendo e respirei fundo balançando a cabeça.

— Qual o problema desse cara? ta legal que eu estraguei os seus planos para a noite, mas seria difícil ser um pouquinho educado?

Eu estava completamente frustrada. Sozinha em um lugar desconhecido com um  homem que mal conhecia e já parecia me odiar.

Que sortuda você é Sakura.

Andei por todo apartamento a procura do meu quarto e o único que encontrei deduzi que seria o meu pois a outra porta estava trancada. Era pequeno e simples, tinha apenas uma cama de solteiro, um guarda-roupa e uma escrivania.

Não estava esperando algo deslumbrante mesmo. Coloquei minha mala em um canto e procurei uma roupa limpa. Peguei minha toalha, cremes de cabelo e fui  para o banheiro do corredor. 

Precisava de um banho urgente.

Nunca tomei um banho tão bom e relaxante em minha vida. E quando voltei para o quarto, apenas cai na cama e apaguei.

Foi um longo dia.


 

Acordei vendo o quarto escuro e tateei meu braço pela cama a procura do meu celular. Assim que encontrei o liguei levando a tela aos olhos dando um pulo da cama ao ver que já eram 8:00 da manhã. Eu deveria estar na faculdade as 8:15.

Sai correndo para o banheiro tomando um banho rápido, joguei a mala na cama puxando a primeira calça que vi e peguei uma blusa rosa de renda e alcinhas.

— Parabéns Sakura, vai se atrasar no seu primeiro dia.

Bufei amarrando meus cabelos em um rabo de cavalo mal feito e enfiei a primeira sapatilha que vi nos pés. Peguei minha bolsa de lado e um casaco preto, sai do quarto logo em seguida e encontrei o apartamento vazio. Não dei importância e sai fechando a porta.

Quando passei pela recepção a mulher que me atendeu ontem acenou enquanto falava ao telefone. Quando chegar preciso conversar com ela a respeito do apartamento. Parece que eu não fui "bem vinda" e o cara que seria meu colega me odeia por eu ter interrompido sua foda.

Vesti meu casaco assim que sai do prédio. Fazia frio e o tempo estava fechado. Pelas minhas fontes, Konoha é uma cidade bem chuvosa, com um clima temperado frio. Mas eu não me importava e já estava acostumada, até gostava de chuvas.

O caminho até a Universidade de Konoha felizmente foi rápido. Para minha sorte eu morava um quarteirão abaixo da Universidade. 

Adentrei no meio das centenas de alunos e por onde passava atraia os olhares das pessoas. Não era todo dia que eles viam uma garota de cabelos rosa andando por ali. Mas de qualquer forma, eu não gostava de chamar atenção.  

Consegui encontrar a secretaria e peguei meus horários, livros e a chave do armário. Agora estava parada no meio daqueles corredores cheios tentando encontrar minha sala.

— Perdida? — Um garoto se postou a minha frente me assustado.

Ele tinha um grande sorriso e mexia as grossas sobrancelhas enquanto me encarava.

— É eu sou nova.

— Sakura Haruno sim?

— Como sabe meu nome? — perguntei desconfiada.

— Todos sabem seu nome, é a caloura da turma de medicina, sabe não é sempre que aparecem pessoas novas em Konoha. — respondeu sem tirar o sorriso do rosto.

— Ah claro.

— Sou Rock Lee mas pode me chamar de Lee, deixa eu ver seu horário. — ele tomou o horário da minha mão e o analisou. — Sala 304, venha eu te levo.

— Oh obrigada. — sorri o seguindo.

Adorava pessoas gentis.

Ele virou vários corredores até que parou em frente a uma sala onde alguns alunos entravam.

— Está entregue.

— Você é muito gentil.

— Estou ao seu dispor. — fez um movimento com as mãos e eu sorri entrando na sala acenando para ele.

Haviam poucas pessoas sentadas e todas elas me olharam cochichando. Eles nem disfarçavam, ah como eu odiava isso. Segui para o fundo da sala e me sentei atrás de uma garota de coques, ela era a única que não estava falando de mim. 

— As pessoas daqui não costumam ser discretas, e você está chamando muita atenção com esse cabelo rosa, mas até que combina com sua pele e seus olhos. Ah combina com seu nome também, é Sakura não é? como flor de cerejeira. — a garota se virou para trás tagarelando com um sorrisinho no rosto.

— Ah é sim. — respondi sem graça.
 
        — Eu sou Tenten Mitsashi futura pediatra. — ela estendeu a mão e eu a cumprimentei.

— Sakura Haruno futura cardiologista. 

— E verdade que você veio dos Estados Unidos?

— Parece que todo mundo sabe da minha vida. — bufei revirando os olhos.

— As noticias correm. — ela respondeu dando de ombros.

— Sim eu vim do Alabama.

— la deve ser muito bonito.

— É sim. — murmurei olhando em volta vendo todos me encarando.

Esse povo não têm o que fazer da vida não?

— Não se preocupe logo eles param de encarar, sabe como é, não aparecem muitas pessoas de fora por aqui. — Tenten disse dando e de ombros.

Assenti e ela se virou para frente quando o professor entrou na sala. Seu nome era Kakashi e ele era professor de anatomia humana. Para minha alegria ele não me mandou ir a frente para que me apresentasse, não precisaria já que todos já sabiam mais da minha vida do que eu.

Que ótimo.

— Espero que você curta lamén por que é a única refeição daqui. — Tenten disse pegando uma bandeja azul entrando na fila de alunos.

— Não esperava por mais. — respondi entrando na fila e olhando em volta.

O refeitório era grande, continha várias mesas de madeira onde a maioria dos alunos já estavam almoçando e suas janelas eram de um vidro escuro. Do outro lado tinha um imenso jardim que também tinha algumas mesas cercadas de alunos.

— Quantos anos você têm Sakura? sabe, você têm cara de colegial. — Tenten disse quando nos sentamos em uma mesa vazia.

— Tenho 19.

— Mais nova que eu, tenho 20. — ela murmurou pegando seus hashis os levando ao macarrão.

Começamos a conversar sobre a matéria até que um grupo de alunos me chamou atenção. Como não tinha os percebido ali antes? eles pareciam se destacar no meio de todas aquelas pessoas. Mas quem atraiu meu olhar foi a ruiva de ontem a noite, ela estava sentada ao lado de uma cara que tinha cabelos brancos. Em frente a eles tinha um homem e uma mulher. Pareciam um casal. O cara era loiro e seus olhos eram de um azul intenso, ele sorria para a garota ao seu lado. Ela era a linda, rosto angelical, olhos acinzentados que mais pareciam perolas, os cabelos eram de um preto azulado. Eles pareciam gostar de roupas escuras.

Acabei sendo pega os observando, a ruiva me encarou com um olhar superior, parecia zombeteiro. Mas seu olhar não durou muito, ela deu atenção ao homem de cabelos brancos ao seu lado, ele a abraçou e logo se beijaram.

Pisquei os olhos confusa e desviei o olhar. A única coisa que me veio a mente era que ela era uma vadia. Ontem estava dando para o meu "colega" de apartamento e  hoje estava beijando outro. 

Garotas assim me enojavam.

— Não entendo essa garota, ela é meio que ficante do Suigetsu mas um dia eu a vi com Sasuke no banheiro feminino. — Tenten murmurou me tirando do mundo da lua.

— Em? — a olhei confusa e curiosa.

— Karin Uzumaki, é uma patricinha que se acha melhor que os outro, uma vadia também. — ela respondeu apontando com a cabeça em direção a ruiva.

Olhei de relance para a mesa dela e seus amigos me encaravam, inclusive ela com uma cara azeda. Desviei o olhar rapidamente e voltei a olhar para Tenten.

— Hum.

— Olha o que temos aqui. — ouvi uma voz conhecida e olhei para o lado reconhecendo Kiba.

— Kiba. — sorri para ele que puxou a cadeira ao meu lado se sentando.

— E ai garota do Alabama? 

— O que faz aqui? 

— Faço curso de veterinário.

— Por que não me disse ontem?

— Queria fazer surpresa. — ele sorriu mostrando seus dentes brancos de dar inveja.

— De onde vocês se conhecem? — Tenten perguntou nos olhando curiosa.

— Sakura estava meio perdida ontem e eu lhe dei uma carona. — ele respondeu me dando uma piscadela.

— Meio? eu estava completamente perdida. — murmurei e eles riram.

Conversamos durante todo o intervalo e eu descobri que Tenten e Kiba já eram amigos. Eu não sou uma pessoa boa para fazer amigos, sempre fui uma excluída da vida, mas com eles aconteceu naturalmente. E eu agradecia por isso.

Observando Kiba e Tenten conversarem sobre cachorros, eu olhei discretamente a minha volta me sentindo incomodada. Sentia que estava sendo observava, sim eu tinha essa coisa de sexto sentido. E para comprovar que eu estava certa, avistei quem estava me encarando me surpreendendo em seguida.

Era ele, meu "colega" de apartamento. Ele caminhava pelo refeitório vindo em minha direção com os olhos fixos nos meus. E pela forma que me olhava acho que ele ainda me odiava. Seus olhos me encaravam tão profundamente que poderiam ver minha alma, eu me sentia nua de tão intensa que era o brilho de suas iris negras.

Ele era alto, muito alto na verdade, Tinha uma boa forma física e suas roupas eram escuras, pretas na verdade, isso só o transformava mais em uma pessoa sombria e assustadora.

Eu deveria ter medo?

E quando ele estava bastante próximo comecei a ficar nervosa, vai que ele começa a gritar comigo ali mesmo. 

— Tsc. — sua mandíbula estava trincada e o mesmo fechou os olhos parecendo inspirar o ar.

Oh Isso não era bom. Ele era um maníaco que estava tramando planos para me matar.

Mas para minha sorte ele apenas passou seguindo para outro lugar. Cravei as unhas na palma da mão e soltei o ar, só então percebendo que estava me sufocando de tanto segura-lo.

O vi se sentar na mesa em que eu encarava a poucos minutos, o garoto loiro bateu o punho com o seu e eles começaram a conversar. Ele não dirigiu mais o olhar em minha direção e isso era bom.

Mas de uma forma que eu não sei explicar, o clima havia ficado pesado e sufocante.

— Preciso ir ao banheiro. — me levantei pegando minhas coisas apressada.

— Quer que eu vá junto? — Tenten perguntou dando uma mordida em sua maça.

— Não precisa, te encontro na sala.  — respondi e ela assentiu.

— Até mais garota do Alabama, a gente se vê por ai. — Kiba disse acenando.

Ele parecia ter se fissurado por aquele apelido idiota.

— Até Kiba.

Acenei para os dois e me misturei no meio de todas aquelas pessoas tentando chegar a algum lugar. Me esbarrei em algumas pedindo desculpas em seguida totalmente destrambelhada. 

Consegui encontrar o banheiro e parei em frente ao grande espelho observando meu rosto pálido. Liguei a torneira e fiz uma concha com as mãos jogando água em minha face.

— Curtindo os últimos dias de vida? 

Me virei para o lado assustada encontrando Karin Uzumaki parada ao meu lado observando as unhas pretas e grandes.

Aposto que eram postiças.

— O que você quer? — perguntei desligando a torneira tentando controlar minha respiração.

— Apenas dar um aviso.

— Estou ouvindo.

— Você vai esquecer o que viu ontem e cuidar dessa sua vidinha inútil, e se alguém ficar sabendo pode considerar-se morta. — ameaçou dando um sorriso cínico.

— Eu não tenho interesse em perder meu tempo contando a seu namorado e ao mundo que você é uma vadia que da o rabo para o primeiro que aparece. Tenho mais o que fazer e se você me der licença, tenho aula agora.

Eu tenho uma mania feia de falar tudo o que eu penso. As vezes acabo me ferrando por isso. Mas em outras situações como essa, eu não estou nem ai.

— Uou, você conseguiu me irritar profundamente sua garota patética. — ela riu me olhando em escárnio parecendo querer me matar com os olhos.

— E você também está conseguindo me irritar, esqueça que eu existo. — disse séria a contornando caminhando em direção a porta.

— Acho melhor você abaixar a bola e tomar cuidado sua sonsa, o perigo está mais perto do que você imagina.

Ainda ouvi sua voz antes de sair do banheiro batendo a porta. Ótimo, agora estou recebendo ameaças de uma vadia, era só que faltava.

Mereço.

Segui para a sala de aula e Tenten me contestou quando me sentei ao seu lado jogando minha bolsa de qualquer jeito na mesa.

— Você demorou, aconteceu algo?

— Não, não aconteceu nada. — respondi soltando o ar pela boca.

— Se você esta dizendo.

As últimas horas na faculdade não foram tão boas como imaginei. Eu estava com uma dor de cabeça infernal e estava me sufocando com tanta matéria. Bem que meus pais disseram que medicina não era fácil.

— Trouxe guarda chuva? — Tenten perguntou abrindo seu guarda-chuva preto.

Os alunos corriam para seus carros e outros abriam seus guardas chuvas buscando não se molharem.

— Não. 

— Bom se você quiser eu posso chamar o Kiba para te levar.

— Não precisa é só água. A gente se vê amanhã. — apertei minha bolsa contra o peito e acenei correndo pela calçada.

As ruas estavam cobertas de água. A chuva não estava tão forte, mas era o suficiente para encharcar alguém, como eu.

Cheguei no apartamento toda ensopada molhando o chão por onde passava, peguei uma toalha no quarto me secando e fui a cozinha esquentar uma água para fazer um chá. 

Estava com uma puta dor de cabeça e sentia que logo minha garganta começaria a doer.

Deixei a água no fogo e fui tomar um banho rápido, em seguida me vesti rapidamente com uma calça desbotada, uma blusa moletom e botas. Guardei todas as minhas coisas em minha mala e a puxei para fora do quarto.

Eu não poderia ficar ali. Não conseguiria viver no mesmo teto que aquele homem. Ele me odiava e a prova disso era ele não ter dormido aqui ontem e não estar em casa nesse momento, fora o olhar sombrio que  me lançou na escola.  Estava repudiando minha presença e talvez quando chegasse me expulsasse daqui.

Ele era um desconhecido, um estranho que poderia me matar e eu nem sabia o seu nome. A única coisa que eu sabia era que deveria ir para bem longe desse lugar.

Deixei a mala na sala e fui fazer o meu chá, depois de tomado lavei tudo o que sujei guardando tudo no lugar.

Amarrei meus cabelos em um coque frouxo e apaguei as luzes  voltando para a sala. Dei uma olhada em volta e soltei um suspiro puxando minha mala em direção a saída, mas assim que abri a porta senti meu corpo ser chocado em outro, o baque foi tão forte que eu iria ao chão se mãos não tivessem segurado minha cintura.

Prendi a respiração sentindo meu coração desgovernado. Não precisava erguer o olhar para saber que era ele, o homem estranho que me dava calafrios e me odiava.

— Onde você pensa que vai? — sua voz fria e dura ecoo me fazendo engolir em seco.

Tentei me soltar de suas mãos mas ele apenas intensificou o aperto em minha cintura me impedindo de fugir.

— Embora. — respondi tossindo falso.

O clima tinha ficado pesado e eu estava mais nervosa do que o normal. 

— Você não vai a lugar algum. — as palavras saíram como uma ordem de sua boca.

Agora eu aprendo a minha lição, nunca interrompa a foda de um psicopata, ele pode te matar depois.

 


Notas Finais


Até mais gente <3


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