Já estávamos quase lá.
- Tô morta, eu realmente tenho que ter só 17 anos? Poderia muito bem ter mais e andar no carro do meu pai, mas não, tenho que andar a pé.
Sun fala andando devagar e com uma respiração descompassada, claramente era drama. Eu apenas sigo caminho.
Minutos depois...
- Meus pés! Eles... já não existem mais! E você é um ser sem piedade, não podemos nem ao menos descansar!? Onde fica a sua empatia? Eu estou acabada! Oh, mundo cruél!
A senhora dramática continuava berrando e olha que ela já estava gerando uma platéia maior do que imaginei. A vergonha que aquele ser estava me proporcionando era extrema. Sun já estava deitada no chão e reclamando, até que uma velhinha "simpática" começa a lhe bater com um guarda-chuva.
Sun levanta do chão e vai correndo até onde eu estava.
- Pensei que você não podia correr, pois os seus pés já não existem mais, certo?
Falei imitando-a.
- Eu já parei.
Fiquei rindo da cara dela por um bom tempo.
Entramos no shopping. Fomos pra uma sorveteria, já que ela queria muito tomar sorvete.
- Soo, qual sabor você vai querer?
- Eu não posso tomar sorvete, tenho intolerância a lactose.
- Mas você não anda com aquelas cápsulas?
- Sim, mas eu ainda tenho amigdalite, fiquei com medo de tirar as amígdalas.
- Então tá.
Eu saio e vou pra um restaurante jantar. Faço o pedido e espero ele chegar.
- Está acompanhada?
Olho para quem falou e vejo Tae.
- Estou!
- Não é o que parece.
- Estou falando sério! Sun está na sorveria e vai vir logo logo!
- Enquanto ela não vem...
Ele faz o pedido e se senta na mesma mesa que eu.
- Quem deixou?
- Oh, meu pedido.
Taehyung pega o pedido.
- Chato.
- Brava.
- Insuportável.
- Fofa.
Reviro os olhos e começo a comer, nem se quer olho pra ele.
- Era pra eu estar com raiva de você. Acho que alguém aqui esta invertendo os papéis.
Na tentativa de fazer uma cara de raiva, acabo por fazer um bico fofo.
E ele por mais uma vez aperta minhas bochechas.
- Para! Eu odeio isso!
- Eu sei.
Fala ele soltando mais um de seus sorrisos quadrados.
- Aproveitando que estou com raiva, quando é que você vai me entregar o meu livro?
Falo e ele gargalha.
- Quando você me entregar o meu, ué.
- Mas eu tentei entregar...
Sou interrompida por sua longa mão no canto dos meus lábios, causando-me arrepios.
- Estava sujo.
Volto a comer, esquecendo completamente do que estava falando.
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