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História Funções de uma Babá - Clace - Capítulo 19


Escrita por: lia_zarano

Notas do Autor


Voltei!

Boa leitura, anjinhos ^^

Capítulo 19 - Capítulo 19


 

P.O.V Jace Herondale

 

 Geralmente, ao acordar, tudo o que sinto é o pequeno corpo de Emma me empurrando para fora da cama enquanto ela ocupa todo o resto da cama. Não que eu esteja reclamando, afinal é sempre bom ser jogado da própria cama pela minha filha. Entretanto, devo dizer que abrir os olhos e perceber que as mechas ruivas espalhadas pelo meu peito são de uma Clary real e não de uma imaginária, definitivamente me trás uma sensação satisfatória. 

 Senti-la nos meus braços dessa forma é como se um desejo que eu tinha e que estava escondido no fundo da minha mente tivesse sido realizado, e de repente eu sentia mesmo que podia conquistar tudo que eu quisesse se tivesse Clary comigo pelo resto dos dias – não era para isso ter soado tão grudento, mas cheguei à conclusão de que não é algo que eu controle mais. 

 Deixando um beijo no topo de sua cabeça, não me opus quando Clary me abraçou com mais força mesmo que ainda estivesse dormindo. Seu rosto afundou na curva do meu pescoço, mas não antes de eu ver o pequeno sorriso que se formou em seus lábios, e percebi que ela não estava dormindo coisa nenhuma. 

 Eu sorri também. Porque naquele momento, vendo o sorrisinho dela, eu realmente tinha esquecido tudo o que tinha para resolver. Todos os problemas, medos, inseguranças. Simplesmente porque ela me fazia bem. E não precisava de muito, só o fato de ela ser quem é era o suficiente.  

 Charles não descobrirá quem ela é e o que representa. Nem se eu estiver morto. 

 Apertei-a mais contra mim, acariciando seu cabelo lentamente.  

-- Eu espero que não esteja pensando em uma possível carreira de atriz. Porque você é péssima em fingir que está dormindo. 

 Ouvi sua risada e a senti vibrando contra o meu pescoço. 

-- Bom dia pra você também. – Ela disse, levantando a cabeça e apoiando o queixo em meu peito. 

 Coloquei uma mecha sua para trás da orelha.

-- Dormiu bem? 

-- Perfeitamente bem. Você é um ótimo companheiro de cama. 

-- Sou ótimo em tudo o que faço. 

 Ela me olhou com falso tédio.

-- Você não pode ser tão convencido, Jace.

-- Sim, eu posso.

-- Certo, senhor Eu Sou Bom Em Tudo. – Clary revirou os olhos, sentando-se na cama. – Tem algum compromisso hoje? 

 Arqueei as sobrancelhas. 

-- Não. Está pensando em me convidar para sair? 

 Ela engoliu em seco, balançando a cabeça de um lado para o outro rapidamente.

-- Não. Eu estava prestes a dizer que tinha planos de dar uma volta na cidade e que não teria problemas em levar Emma, se você estivesse ocupado. 

 Rindo, me inclinei e envolvi meus braços em sua cintura novamente, dessa vez para deitá-la em cima de mim novamente. 

-- Sua pequena mentirosa. Que tipo de exemplo você está dando para Emmie?

 Clary suspirou, colocando uma perna de cada lado do meu corpo. Sentir sua virilha contra a minha me fez grunhir. Estendi as mãos para segurar seus seios, que estavam completamente expostos – uma visão que eu pretendia ter por muito tempo. 

-- Eu não estou mentindo. – Ela arfou, colocando suas mãos por cima das minhas. – Mas não reclamaria se, por acaso, você quiser sair comigo e com Emma. 

-- Então, está me convidando para sair. 

-- Não, estou convidando você e Emma. 

 Seus quadris se moveram sobre os meus, e eu apertei seus mamilos em resposta. 

-- Se eu aceitar esse argumento, você vai se sentir melhor?

 Ela sorriu abertamente, fechando os olhos.

-- Muito melhor.

-- Tudo bem, então eu o aceito. 

 Clary riu, abraçando meu pescoço. Seus lábios roçaram do meu queixo até a minha orelha.

-- Isso é bom, porque eu não costumo ir para a cama no primeiro encontro com um cara. E nem antes do primeiro encontro. 

 Movi minhas mãos para a sua bunda.

-- Bem, ainda bem que combinamos que não é mesmo um encontro e que eu não sou um cara qualquer.  

 Senti uma mordida no lóbulo da minha orelha. 

-- Não lembro dessa segunda parte. 

-- Então acho que vou precisar mostrar isso. 

-- Isso vai ser interessante.

[...]

 

 Emma quase desmaiou de felicidade quando soube que eu e Clary a levaríamos juntos para sair. Ela demorou menos tempo do que o normal para se arrumar, e isso foi o suficiente para eu declarar que levaria Clary para todos os nossos passeios a partir de hoje. 

 Como Clary nunca tinha vindo à Paris antes, fiz questão de levá-la para conhecer os principais pontos turísticos. E não consegui reclamar quando ela e Emma entraram em diversas lojas da Champs-Élysées e demoraram mais que poucos minutos. Nem quando eu precisei levar a maior parte das sacolas. 

 Minha filha ficou honrada quando eu disse para ela apresentar à Clary o Arco do Triunfo e a Torre Eiffel do jeito que tínhamos aprendido na primeira vez que viemos. A história que ela contou de ambos os monumentos estava ligeiramente errada, mas eu não era ninguém para interrompê-la, quando ela estava tão orgulhosa durante sua explicação. 

 Nós estávamos diante do Palácio de Versalhes agora, e eu tinha certeza que os olhos brilhantes de Clary não estavam assim por causa da luz do sol. Por mais que tal claridade conseguisse deixá-la ainda mais bonita, destacando cada ponto de seu rosto, nada se comparava com o brilho que eu percebi ao observar sua expressão maravilhada em direção ao palácio. 

-- É lindo – Ela disse, sorrindo. – Eu quero entrar! 

-- Eu também quero! – Completou Emma, dando pequenos pulinhos ao lado de Clary.

  Dei risada, não me atrevendo a contestar quando as duas seguraram as minhas mãos e me levaram para dentro do jardim de entrada do palácio.

-- Acha que eles me deixam morar aqui se eu pagar bem? – Clary sussurrou em meu ouvido assim que entramos. 

-- Não vai se saber se não tentar fazer negócio, ruiva. 

 Ela riu, acertando o cotovelo no meu abdômen.

 Logo em seguida, Emma fez um gesto para que eu me abaixasse, e sussurrou para mim:

-- Papai, por que aquelas estátuas estão segurando velas? 

-- Eu não sei. Talvez você tire essa dúvida se acabar sendo uma historiadora. Ou a guia desse lugar. – Respondi rindo, mesmo que não fosse a primeira ou a segunda vez que ela me perguntou isso. 

 Eu e Emma precisamos caminhar mais rápido para alcançar Clary, que já estava alguns metros à nossa frente. Segurei sua mão, murmurando algo sobre eu não poder perdê-la de vista, mas não tive certeza que fui ouvido, já que ela parecia bem concentrada no que o guia explicava sobre a história desse lugar.

 No fim da visita, caminhamos até o carro de mãos entrelaçadas. Clary sorria como uma boba, observando atentamente até os detalhes externos do palácio.

-- Já vamos voltar para o apartamento? – Perguntou ela, colocando o cinto de segurança após entrarmos no carro.

-- Só se você quiser. Mas eu e Emma pretendemos levá-la a outro lugar antes disso. Não é, Emmie? – Respondi, dando partida no carro.

-- Sim! 

 Clary olhou para mim com desconfiança.

-- Onde mais vocês querem me levar?

-- Vamos lá, pense um pouquinho. 

 Ela não demorou muito para acertar a resposta. 

-- Museu do Louvre? – Ela perguntou, esperançosa. Assenti, sorrindo assim como ela.

 Clary tinha me contado sobre sua paixão pela arte, e trazê-la para Paris e não levá-la para o museu do Louvre era praticamente um pecado. 

-- Vocês sabem que eu não tenho modos para entrar naquele lugar, não é?

-- Tudo bem, o papai também não tem. – Emma disse no banco de trás. – Ele fica rindo das estátuas peladas que estão lá. 

 Clary soltou uma gargalhada enquanto eu revirei os olhos.

-- O espírito de quinta série nunca morre, não é, Jace? 

 Ri, balançando a cabeça. 

-- Em minha defesa, Emma também ri. 

-- Não rio nada! Você que disse que não eu não podia rir, mas mesmo assim você ri! 

 Pela visão periférica, pude ver Clary colocando a mão no peito. 

-- Parece que eu estou na companhia de duas crianças, afinal. 

-- Você tem que cuidar de nós dois, Clary. – Disse Emmie. 

 Parando no sinal vermelho, tive tempo de me virar e ver o pequeno sorriso de Clary quando ela disse:

-- É, vou cuidar de vocês.

 

[...]

 

 

  Nós voltamos para casa depois do anoitecer, um pouco depois de encontrarmos Alec, Magnus e Maryse durante o tempo que passamos sentados na grama perto da Torre Eiffel enquanto Emma e Clary comiam os pedaços de bolos e tortas que havíamos comprado alguns minutos antes.  

 Ficamos um bom tempo conversando, e tanto Clary quanto eu percebemos que Emma precisaria ir diretamente para o banho quando chegasse, considerando sua boca e o vestido sujos com o chocolate de um dos pedaços de bolo. 

 Mesmo com as comidas que as duas beliscaram, ainda aceitaram jantar o que Izzy e Simon estavam pedindo quando chegamos ao apartamento. 

 Então, após Emma sair do banho, jantamos enquanto contávamos sobre o dia. E Clary ficou especialmente animada ao falar sobre a experiência. Sem dúvida eu tinha tido um dia excepcional com as minhas meninas, mas mesmo que eu não tivesse tido, ver o sorriso no rosto de Clary faria tudo valer a pena. 

 Já era tarde da noite quando todos foram para seus respectivos quartos. Depois que Clary colocou Emma para dormir ao perceber que ela já estava com sono, nós e os outros acabamos indo para a varanda e bebendo o vinho que Magnus praticamente implorou para abrirmos. Não questionei o motivo do outro que estava na geladeira estar pela metade. 

 Clary estava dormindo ao meu lado, a cabeça apoiada em meu ombro e o celular caído entre nós. Não tínhamos discutido algo sobre dormirmos juntos de novo, mas eu com certeza estava de acordo com o plano de ela passar a dormir comigo. Antes de acomodá-la mais perto de mim, coloquei o celular na mesa de cabeceira. 

 Ela soltou um suspiro enquanto deitava a cabeça em meu peito e abraçava minha cintura. Não consegui evitar o sorriso que se formou em meus lábios.

 Antes de apagar o abajur e ir dormir, precisei responder alguns dos e-mails e mensagens que tinham se acumulado em meu celular. Muitos dos investidores querem saber sobre a confusão de ontem na empresa, é claro. Eu não os culpo. Então marquei uma reunião com todos para quando voltássemos para Los Angeles. Quando estava prestes a apagar a tela do celular e ir dormir, me atentei a duas mensagens em especial na minha barra de notificações:

Sophie: Meu pai já sabe de tudo, Jace. E você e aquela babá ridícula, vão pagar pelo que vocês fizeram.

Charles: Você não devia ter feito minha filha sofrer, Jonathan. Nós tínhamos um acordo, e você o quebrou. Agora, todos irão saber de tudo.

 


Notas Finais


Como sempre, eu não tenho nada a dizer sobre isso ksksks.
Tirem suas próprias conclusões.

Até o próximo capítulo, anjos ^^


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