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História Uma Babá Perfeita. (G!P) - Capítulo Vinte e Cinco


Escrita por: KyleCz

Capítulo 25 - Capítulo Vinte e Cinco


— O que aconteceu? 


Aflita, Rachel encarou a porta fechada. Quinn não respondeu, mas podia escutar seus passos e divisar sua silhueta percorrer o quarto escuro. Um fósforo iluminou o cômodo quando ela acendeu a lamparina ao lado da cama.

Ela olhou novamente a porta.


— O que está havendo, Quinn?


— É o que eu gostaria de saber.


A voz soava irritadiça. Ao se virar para fitá-la, o semblante de Quinn estava sério. 


— De que está falando? — Rachel indagou, também irritada.


Quinn começou desabotoar  e tirar o casaco.


— Eu lhe disse, desde o início, que não gosto de segredos.


— E?


— E acredito que você não tenha me contado a verdade. 


Rachel cruzou os braços.


— Não estou entendendo nada.


— O que há com sua família? — Ela livrou-se dos sapatos. — Seu primo pediu-me desculpas por você estar trabalhando aqui. Por quê?


— Deve perguntar a ele.


— Droga, Rachel. — Quinn abriu o primeiro botão da camisa e postou se diante dela. — Nem sequer sabia que tinha outra irmã. Você alegou não poder ajudar com os preparativos da festa, mas conhece tudo o que se refere à etiqueta.


— Não se trata de um crime.


— Eu a acolhi em minha casa, confiei meus filhos a você, mas não pode me dizer nada a respeito de si mesma?


— Por que tenho de lhe contar tudo? — ela inquiriu, indignada. — Não passo de uma criada nesta casa.


Chocada, Quinn recuou.


— Não, Rachel. É muito mais que uma criada.


— Conheço meu lugar.


— Asseguro-lhe de que nunca beijei uma criada. Na verdade, não beijava uma mulher há meses, até você aparecer.


Balançada, Rachel desviou o olhar. Como fora sofrido declinar o convite para dançar naquela noite, quando ansiava em desespero estar nos braços de Quinn. Foi doloroso vê-la com Constance Baird. Queria, no fundo, pertencer àquele lar e não fazer parte dele.

Ela chegou mais perto.


— Quero beijá-la de novo — sussurrou.


— Não pode. — Rachel levantou o nariz, decedida a não ceder dessa vez.


— Mas quero.


Quinn inclinou o rosto e cobriu-lhe os lábios. O beijo foi gentil e terno. Ela soltou um gemido suave e abraçou-a pela cintura.

A fim de se desvencilhar, Rachel empurrou-a. Sabia o que Quinn desejava e o que sentia por ela. Como a amava. O calor do corpo dela invadiu-a. Os braços poderosos dominaram-lhe as forças. Rachel entregou-se.

De repente, não mais importava o que os outros iriam pensar dela ou da família. Amava Quinn. Almejava aquele momento com ela, a despeito das consequências. Rachel abraçou-a e, na ponta dos pés, retribuiu o beijo ardente.

Quinn beijou a curva do pescoço e puxou o penhoar para acariciar os ombros alvos. O tecido tombou no chão. Então, possuiu os lábios carnudos, enquanto de-sabotoava a camisola até a cintura. Deslizou a mão sobre a pele quente e tocou um dos seios.


— Oh, Rachel… — Ela sugou o mamilo já túrgido. Sôfrega, ela mergulhou os dedos nos cabelos claros.

Quinn beijou-a outra vez com mais ardor.


— Rachel… eu a quero.


— Eu sei. — Ela sorriu.


— Tem certeza?


— Absoluta — Rachel sussurrou e acariciou um dos seios de Quinn.


Extasiada, Quinn a guiou em direção a cama. Deitou-a devagar, despiu-se e acomodou-se ao lado dela. A camisola continuava aberta e os cabelos cobriam o travesseiro.


— Você é linda.


— Mesmo sem a toalha?


— Especialmente sem a toalha.


Agora sem inibição, ela se jogou em seus braços, beijou-a e tocou-a, fogosa. Que tortura era esperar, controlar-se. Rachel não facilitava para ela.

Quinn escorregou as mãos sob a camisola, afagando a pele macia, e a despiu. Rachel entregou-se por completo, tocando-a conforme ela a acariciava e explorando com mãos e lábios.

Quando, enfim, não pôde mais suportar, Quinn acomodou-se sobre ela. Beijou-lhe os lábios, o pescoço, as faces e a penetrou.

Assim que ela a recebeu, voluptuosa, Quinn começou a mover-se devagar. Ondas de total deleite o dominavam e, em segundos, transformaramse no mais impetuoso prazer.
Quinn a manteve nos braços, usufruindo da deliciosa sensação de vê-la tão entregue a si. Murmurou seu nome e a possuiu até ficarem moles, entregue uma a outra no mais puro sentimento de êxtase. 


De súbito, Quinn despertou e sentou-se na cama. Gotas de suor escorriam em sua testa. O coração batia acelerado.Que horas seriam? 

Olhou a janela. Somente uma fraca luminosidade no céu indicava a proximidade do alvorecer. Onde estava?

Desorientada, esquadrinhou o quarto.
A lamparina continuava acesa sobre a mesa de cabeceira. Havia roupas espalhadas pelo chão. Roupas?

Suas roupas. E as de Rachel. Então, ela se lembrou.

Notou que Rachel dormia profundamente. Não recordava como haviam se acomodado sob as cobertas, porém os lençóis mal cobriam os seios fartos.

Quinn passou a mão nos cabelos, tentando acalmar as batidas frenéticas do coração.

Aquele sonho. Aquele maldito sonho a acordara.
Dessa vez, as imagens surgiram ainda mais vivas. Assustadoras e exigentes.

Mas exigiam o quê? O que significavam? Pressentia que havia uma mensagem profunda naquele sonho. Que mensagem?

Saindo da cama, Quinn caminhou até a janela. Nuvens se agrupavam no horizonte. O ar exalava umidade. Iria chover.

Rachel murmurou algo enquanto dormia. Quinn a olhou, mas não enxergou sua beleza. Sentia apenas arrependimento dentro de si.

Em que estava pensando na noite anterior? Levar Rachel a sua cama parecera ser o certo a fazer. Mas por que se atrevera a tomar tal atitude se ainda…


— Droga — resmungou.


Afastou-se da janela. Não sabia o que fazer, que rumo tomar. Precisava de ajuda. Agora. 



Lentamente, Rachel despertou e inspirou o aroma de Quinn nos lençóis. Virou-se, fitou a janela e permaneceu quieta por algum tempo no quarto silencioso. O evento da noite anterior surgiu-lhe à mente.

O que fizera? Entregara-se a uma mulher que nada lhe havia prometido, que nem sequer dissera amá-la.


Devia lamentar as próprias ações, mas não estava arrependida. O amor que sentia por uma única mulher a aquecia. Quinn.


Sentindo-se tímida, apesar do que haviam partilhado, Rachel cobriu-se com as cobertas e rolou para o lado. Queria ver Quinn aos primeiros raios da manhã. Desejava guardá-la na memória, a despeito do que estava por vir.

No entanto, não viu ninguém, somente a cama vazia e fria. Quinn se fora.

No mínimo devia ter gritado, Rachel pensou enquanto se arrumava em seu quarto. Fazer amor com alguém e descobrir que  desaparecera na manhã seguinte era deveras humilhante. Nesse caso, por que não estava chorando?

Porque não se sentia magoada. Sentia-se furiosa.

Naquela mesma manhã, fugira do quarto de Quinn e atravessara o imenso corredor, rezando para que as criadas não a vissem, ou Thomas Douglas, ou as criadas. Graças a Deus, todos ainda dormiam.

Tão logo terminou de vestir a calça comprida, a dor ou qualquer sentimento terno por Quinn havia se transformado em pura raiva.


Rachel foi ao dormitório das crianças e verificou que dormiam a sono solto. A caminho da cozinha, ocorreu-lhe que talvez houvesse surgido uma emergência. Quinn saíra às pressas por algum motivo.

Por que então ela não a acordara? Rachel pouco sabia a respeito de encontros amorosos, mas lhe parecia decente para ambas usufruírem de algumas horas a mais pela manhã.

A menos que…


Rachel parou no meio da escada. A menos que ela tenha fugido depois do que fizera com ela. 

Sentiu o coração se apertar. E se fosse esse o motivo? E se o momento amoroso nada houvesse significado para Quinn?


— Srta. Rachel?


A sra. Royce apareceu na sala, parecendo fatigada. As criadas deviam estar exaustas após a festa. E naquele dia precisavam limpar e arrumar toda a casa. Havia muito a ser feito.


— Há uma jovem na sala de estar — A cozinheira avisou.


— Aqui? Agora? Em plena manhã de domingo?


Confusa, a sra. Royce meneou a cabeça.


— Ela acaba de chegar e quer falar com a sra. Fabray. Não consigo encontrá-la. Acho melhor a senhorita conversar com a jovem.


Um arrepio percorreu a espinha de Rachel.


— O que ela deseja?


A sra. Royce não respondeu. Apenas virou-se e saiu.

Rachel correu à sala. Os móveis ainda se encontravam nos cantos, as cadeiras enfileiradas e os tapetes, dobrados. 

Uma moça, usando roupas de viagem, estava sentada em uma poltrona. Havia uma mala a seu lado. E ela parecia cansada e pálida.


— Posso ajudá-la?


A jovem fitou Rachel, aliviada por alguém se dignar a falar com ela, e levantou-se. 


— Sou Daria Talmadge. Da agência.


— Agência?


— Sim. Da agência de empregos de Nova Iorque. 


Rachel encarou Daria, tentando assimilar as palavras.


— Não entendi.


Daria tirou um papel do bolso da saia e entregou-o a Rachel.


— Está tudo registrado. Estou sendo esperada.


— Esperada?


— Exato. Sou a nova babá. 


A respiração de Rachel falhou.


— Não…


— Sim. — Daria indicou o papel. — Fui solicitada pela sra. Quinn Fabray. 


Rachel saiu da sala e correu porta afora. 


Notas Finais


😬😬😬😬


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