A cerimônia estava bonita como Josefina havia planejado, logo após tiveram uma grande e belíssima festa que durou até amanhecer. Depois da festa Mary ajudou a arrumar os presentes, cansada terminou tudo e foi para seu quarto dormir.
No meio da noite ela acordou para ir ao banheiro, quando passou pelo corredor ouviu uma voz muito sombria, Mary muito assustada saiu em disparada até o quarto e trancou a porta.
Na tarde do dia seguinte, Mary pergunta á sua mãe:
- Mãe, você ouviu aquela voz ontem á noite?
- Que voz?
- Uma que vinha do só... Banheiro?!
- Eu não ouvi nada.
À noite, Alberto levou Josefina para jantar fora Mary, sozinha em casa, começou a ouvir a voz da noite anterior, então encarou o medo, foi até o corredor, subiu no sótão e aquela voz sombria parou de chamar. Uma luz iluminava no canto onde se encontrava um baú com a fechadura que ela nunca tinha visto antes, procurou a chave e não encontrou então, com dificuldade, levou-o para seu quarto e colocou-o debaixo de sua cama, foi dormir.
No café da manhã o padrasto de Mary foi o primeiro a sentar na mesa para comer. Muito observadora viu que Alberto estava usando um colar e o pingente era uma chave, curiosa pediu qual era o significado da chave:
- Por que uma chave e qual o significado dela?
- É presente de família, meu avô deu a meu pai e antes dele falecer me deixou isso como lembrança. Alias, sabia que meu avô já morou aqui?!
- Nossa! Deve lembrar-se de vários momentos passados aqui então, muito legais
Depois de tomar o café, Mary ficou pensando porque alguém teria uma chave antiga daquelas num colar, que ela mesma nunca havia visto antes. Pensou, pensou e chegou a conclusão que talvez a chave abriria o baú. Rapidamente foi até o quarto de sua mãe, pegou o colar que estava em cima da cama, Alberto nem desconfiaria que Mary tivesse pegado até porque ele estava no banho.
Em seu quarto ela puxou o baú e quando iria colocar a chave alguém bateu na porta, Mary escondeu tudo debaixo da cama e destrancou a porta, era o Alberto chamando para jantar.
No final de semana acordou em torno de sete horas da manhã determinada a tentar a abrir aquele baú. Pensou que iria demorar então, pegou a chave que estava debaixo do travesseiro e que se encaixou perfeitamente na fechadura, girou várias vezes, muito persistente continuou e começou a girar novamente, na quinta volta se abriu. Para sua surpresa não havia nada além de símbolos que Mary não conhecia, chateada acabou guardando tudo.
Mas uma coisa que ela não sabia era que naquele baú havia um espírito maligno preso a mais de cem anos e tinha acabado de libertá-lo. Mesmo assim, tudo continuou normal.
Numa terça-feira chuvosa, Mary estava sozinha em casa assistindo televisão, de repente a TV começou chuviscar, luzes ligadas se apagaram e sentiu que alguém estava atrás dela, mas olhou e não viu ninguém ali, se voltou para a televisão que estava escrito: Morte, muito assustada saiu correndo e foi em direção ao seu quarto, no espelho estava escrito em vermelho e letras maiúsculas: VOCÊS NÃO ESTÃO SOZINHOS KKKK, VAMOS BRINCAR?! A menina desmaiou.
Josefina e Alberto chegaram em casa e foram ver como estava Mary, entraram no quarto e colocaram ela na cama, sua mãe ficou preocupada mas não quis acordá-la, esperou até o amanhecer. Oito horas da manhã Mary acorda e o interrogatório começa:
- O que aconteceu ontem á noite?
- Você não viu mãe?!
- O quê?
- A frase escrita no espelho do meu quarto, a televisão, as luzes...
- Minha filha, estava tudo normal quando chegamos. Sinceramente, você está ficando louca!
- Devo estar mesmo kkk, acho que tive um pesadelo!
No dia seguinte, Mary resolveu contar tudo que sabia e que havia acontecido a sua mãe, até os mínimos detalhes. Josefina e Alberto acharam uma loucura, mas ficaram com dúvidas se era possível acontecer tudo aquilo. Depois desse dia não ocorreu mais nada de assustador.
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