História Uma chance temporal - A história de tudo pt2

Mikasa - Eu decapitei Eren Jaeger

O quê ? Não, aquilo não poderia ser verdade.

Mikasa Ackerman - O QUÊ ?! Isso não pode ser verdade... Por favor, me diz que é mentira ! - saiu do abraço do rapaz e andou desesperada até sua versão futura se ajoelhando, segurando suas mãos, com lágrimas nos olhos

Os outros estavam chocados com a notícia, chorando e tentando processar as informações. Eren, um amigo sempre muito próximo e querido por todos, não poderia ter feito tudo o que "fez" e ainda por cima, ter sido morto pela pessoa que mais o amou e demonstrou carinho. Aquilo tinha que ser mentira.

Armin Arlert - M-mas, ele realmente quis o genocídio por vingança e para proteger Paradis ? - perguntou chorando

Armin - É o que eu ia dizer agora, o que aconteceu nas entrelinhas. Zeke não queria o Estrondo só para a restauração de Eldia, ele tinha em mente um plano de eutanásia nos eldianos, assim, com o tempo, nós não existiríamos mais. Mas isso não era o que Eren queria. Por isso enganou o irmão, fingindo a todo momento concordar, sendo que a real motivação dele era... Nos proteger.

Aquilo soou como um balde de água fria para todos. Então, o Jaeger cometeu todas aquelas atrocidades pelas pessoas que amava ? Por eles ? Seriam gratos por aquilo ? Não parecia certo mas, se sentiam queridos e importantes.

Jean Kirschtein - Pfft, você é estranho, seu maníaco suicida. - disse ao amigo, limpando uma lágrima corriqueira que foi vista por todos

Annie - SEU IDIOTA ! ALGUMA VEZ NÓS PEDIMOS A SUA AJUDA ?! PODERÍAMOS TER RESOLVIDO TUDO DE OUTRA FORMA ! E VOCÊ ESTARIA... Estaria... - começou a chorar desesperadamente assim como Mikasa, mas logo foi acudida pelo namorado, que a abraçou fortemente, mesmo se encontrando no mesmo estado

Eren Jaeger - E-eu... ME DESCULPEM ! - gritou derramando incontáveis lágrimas

A Ackerman do passado, que antes estava à frente de sua versão futura, se levantou estática. Tudo o que pôde fazer foi correr ao seu encontro e o abraçar. Ver o homem que amava daquela maneira, sofrendo com traumas que nem havia vivido, era demais para a garota. E em questão de segundos, os dois já estavam grudados e molhados.

Hange e Levi se mantinham calados. Entendiam o peso daquela situação, então só se atreveram a falar depois de longuíssimos minutos repletos de soluços e gritos. Graças a Deus, a sala de interrogatório que se encontravam ficava muito isolada, o que não permitiu que qualquer pessoa escutasse.

Hange - O que houve depois ?

Armin - B-bem, a Facção Jaeger continuou com toda a força mesmo após a morte de Eren. Eles ficaram com metade do poder de Paradis e Historia apenas recentemente conseguiu recuperar seu cargo de governante. A maioria da população ainda apoiava o governo dos Jaegeristas e os países que restaram, fizeram um acordo conosco de proteger a rainha e todos nós que concordávamos com seus ideais. Mas sinceramente, alguma coisa me diz que, tudo pioraria depois que morrêssemos. Esse mundo é cruel, e o ciclo de ódio presente nele, dificilmente será quebrado.

Silêncio.

Hange - Tem razão. - disse abaixando os olhos - Essa é uma realidade terrível, mas real.

Levi - Ainda não nos disseram o que aqueles ali são, as aberrações. - apontou para os viajantes da outra linha temporal

Armin - É uma questão estranha, preciso confessar. Como somos os novos embaixadores de Eldia, escolhidos por Historia, moramos em Marley. O senhor Capitão, também, tem uma loja de chás por lá, e cuida de Gabi e Falco, duas crianças que perderam seus pais. - o Ackerman e todos do passado pareceram surpresos, a Zöe soltou uma pequena risadinha ao ver a cara que o companheiro fazia, e deu batidinhas em suas costas - Mikasa foi a única que não aceitou a proposta e decidiu continuar morando em Paradis. Então, sempre fazemos visita à ela. Só que, em nossa última visita, eles surgiram de um portal estranho e... Acho melhor vocês explicarem.

Ackerman - Tudo aquilo que perguntei sobre realidade, tinha um propósito. Acontece que, Ymir Fritz, a fundadora, acabou provocando diversas linhas temporais com a criação dos caminhos, então pode-se dizer que existem milhares de nós mas em outras circunstâncias e, realidades diferentes.  - disse ainda abraçada ao namorado

Todos ficaram atentos, o assunto parecia de suma importância.

Ackerman - A linha temporal de vocês é a primordial, a inicial e portanto, a mais importante. A nossa, foi a primeira ramificação a surgir, por isso houveram alterações e nós nascemos com poderes, assim como todos do mundo em que vivemos. Porém, somos os únicos. Por essa razão, há uma pessoa em nosso universo com uma habilidade única, a de manipular o tempo da forma que desejar. Bem, essa pessoa sou eu. Para falar a verdade, nenhum de nós gostou de como essa "história" terminou. Por ser a realidade principal, a de vocês deveria ter um "final feliz", então conseguimos permissões de pessoas importantes e aqui estamos. Pretendemos ajudar, para que tudo se resolva de maneira pacífica. Acreditamos que o genocídio com total certeza não era necessário, incluindo os sacrifícios.

Hange - Hmm... Concordo com o que disse, mas ainda assim precisamos pensar na proposta. Estão livres, e obrigada pelas informações. - disse saindo do local, sendo seguida por Levi e os outros do passado inclusive Eren e Mikasa, que estavam abraçados e chorando - Ah, só mais uma coisa, peço que não saiam do prédio porque precisaremos conversar em breve. E não se preocupem, a única pessoa que saberá de tudo é a rainha, entendem não ? - fez uma pergunta retórica de costas, subindo a escada

Agora, os viajantes estavam sozinhos na sala, e a maioria, continuava a derramar lágrimas.

Ackerman - Sinto muito, poderíamos ter tratado disso sem vocês, tenho certeza de que é muito doloroso se lembrar do passado.

Mikasa - N-não, tudo bem, pelo menos vamos conseguir ajeitar tudo. - silêncio - B-bom, não sei o que vão fazer mas, eu preciso de um tempo sozinha. - disse apertando o cachecol com força

E assim, ela saiu. Os outros foram para o quarto, precisavam ainda pensar em algo infalível, para que atingissem a paz. Seria estúpido negar que, tentavam de alguma forma, encontrar outra solução para a Maldição dos Treze Anos.