Respiro fundo enquanto tento controlar o rubor que sobe pelo meu rosto, Jung-kook retorna ao quarto com uma muda preta de roupas nas mãos.
-Eu não sabia se precisaria de meias, mas eu trouxe.
-Sem problemas. -Digo sem conseguir encara-lo. Apanho as roupas e nossas mãos se toca, puxo o braço rapidamente, porém ele se aproxima de mim.
-Está tudo bem?
-Eu...Não sei lidar com isso. -Digo olhando para meus próprios pés.
-Com o que?
Respiro fundo e ergo os olhos para encara-lo e me arrependo no mesmo instante, ele sobe uma das mãos e joga o cabelo para trás que desliza novamente para frente, sinto as pernas amolecer.
-Isso tudo, como tudo aconteceu e como vem acontecendo. Foi tudo muito rápido e intenso e tenho que lidar com isso, porq eu sou assim. Eu não consigo fingir que nada aconteceu. E eu to surtando por isso!
Ele sorri. -Calma. Toma um banho, relaxa e quando sair, estarei aqui para a gente conversar. Pode ser?
Confirmo com a cabeça e seu lindo sorriso ilumina o rosto novamente. Meu coração erra uma batida. Ah, merda!
(...)
A água quente parece amolecer meus ossos a medida que fico em baixo da ducha, prendi o cabelo em um coque no topo da cabeça, com isso o banho ficará muito mais rápido, claro que, com meu bom senso não iria lavar o cabelo aqui. Todos os produtos do banheiro são de marca e a maioria deles eu não sei nem para o que serve.
Esfrego o corpo com um sabonete líquido que achara em meio a todos os produtos caros. Instantes depois, deslizo as pernas para fora do box e em meio a nevoa branca do chuveiro, me seco e visto as roupas pretas. Uma camiseta e calça de moletom que ficam enormes em mim. Coloco as meias (também pretas) aos pés.
E observo minha aparência em frente ao espelho. Agradeço a Deus por não ter espinhas hoje e principalmente por ter feito as sobrancelhas. Não há o que esconder aqui já que minha bolsa ficara lá em baixo.
Abro a porta com as mãos tremendo para encontra-lo na cama.
Ah, pelos céus!
O meu lado feminino e de fã me pede para filmar e tirar foto de tudo. Mas a mulher que estava gemendo horas atrás me pede para ir pianinho para a cama. E sinceramente? Eu vou obedecer a segunda.
Jeon Jung-Kook senta na famosa ''perna de índio'' em meio a cama, ele está distraído mexendo no celular e eu fico ali, parada no batente do banheiro observando-o.
Alguns minutos se passa e ele ainda distraído ergue a cabeça. Ao me ver ele ergue a mão no sinal de ''ok''.
-Ficou ótimo!
-Ah, jura? -Estico a camiseta -Cabe outra de mim aqui dentro, a camiseta ta quase nos meus joelhos!
-Você é pequena. A culpa não é minha.
-Podia usar roupas menores. -Digo fazendo bico. Caminho em sua direção e subo na cama, sentando-me em sua frente.
Ele tinha uma postura relaxada, mas ao ver que sentei-me ereta, me copia.
-Pode me dizer, o que aflige seu coração?
-Você?
Ele faz uma cara de confuso e caramba, como eu quero beijar sua boca.
-Eu?
-O que é isso? -Digo apontando entre mim e ele- A gente não se conhece e a gente...?? -As palavras me somem, eu queria ser depravada e dizer " deitei em uma mesa e dei pra você". Mas aposto que pela criação coreana, não é o que ele espera que uma mulher diga. Ah, mas espera. Eu não sou coreana.
-Eu...-Começa ele a dizer.
-Eu dei pra você ao ar livre. -Ele pisca algumas vezes como se processe que eu realmente disse aquilo em voz alta -A gente pensou se por acaso alguém poderia filmar a gente dali? A gente nem pensou sobre isso.
-Acho que regulamos mal...
-Tinha uma cama do lado...
-Mas lá fora era mais divertido. -Diz ele simplesmente e é a minha vez de piscar repetidamente e sinto o rosto corar -Não há como filmar, estamos muito alto e os outros prédios estão muito longe, tomamos cuidado ao vir para cá, vai por mim. Ninguém sabe que estamos aqui.
-Essa não é a questão.
-Eu sei. Mas então...Eu devia me desculpar? -Em seu rosto havia sinceridade, não era ironia.
-Não. Você não fez sozinho não é. -Sorrio -Eu tenho culpa nisso também. Eu só quero que você saiba que, eu não sabia quem era. Eu não sabia que era você.
-Eu sei. Mas, muda alguma coisa agora?
-Você sabe que sim. E é no geral, tanto pra mim quanto pra você. Nós dois sabemos que não há espaço para uma mulher na vida de vocês a não ser as mães, irmãs, tias...Você sabe disso. Fomos fotografados na festa, eu tive que esconder a minha fantasia, estou com medo de tentar dar um fim nela e alguém ver.
Em seu lindo rosto, antes estava radiante, mas agora, decepção e até raiva surge nele.
-Olha, me desc...
-Por favor, não faça isso, não se lamente. Não peça desculpas. Você não tem culpa disso. Eu só estou desabafando. Eu não consegui por isso pra fora com ninguém. Porq eu também não podia!
-Obrigado por não dizer nada a ninguém.
Estico a mão e toco-lhe o rosto e acaricio a sua bochecha.
-Eu jamais faria isso. -É um reflexo involuntário afetivo e quando me dou conta disso, retiro a mão rápido -Quando eu disse que não sabia como lidar com isso, é porq eu não sei fingir pra você que nada simplesmente não aconteceu. -eu quero beijar você (pensei) -Eu gostei de simplesmente conhecer um cara legal e diferente. E eu...
O colchão se afunda com o seu peso quando ele se aproxima de mim e toma meu rosto nas mãos, quando seus lábios tocam os meus, meu coração bate desesperadamente e sinto meu corpo tremer. Fecho os olhos e quando ele faz menção de se separar eu o puxo pela nuca, enfiando a língua em sua boca.
E meu corpo sente uma extrema necessidade de se conectar ao dele, de chegar mais perto e querê-lo de todas as formas. Suas mãos passam pelas minhas costas e quando descem pela minha cintura, meu corpo entende o recado e instantes depois, estou sentada em seu colo, suas mãos agarram-me pela bunda, me fazendo deslizar de encontro ao seu...
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