História Uma humana em minha vida - Festa?!

Castiel narrando 

Eu estava dormindo até que por volta de umas quatro horas da manhã eu acordei. 

Eu desci, ouvi um barulho vindo lá de fora. Me concentrei naquilo e com a minha super audição de vampiro pude ouvir:

- A casa de um dos vampiros que roubou o nosso anel é por aqui, fiquem de olho -.

- OK chefe - uns três ou quatro falaram em coro -. 

Subi as escadas e entrei no quarto da Isadora, ela estava dormindo.

Vou ter que protegê-la do que está por vir, passei minha mão suavemente em seu rosto, ela dormindo parece um anjo. 

Decidi que não deixaria os meus problemas afetar ela. Afinal ela não tinha nada haver com isso. 

Voltei pro meu quarto e não dormi mais, fiquei a alerta.

Os raios de sol começaram a invadir meu quarto, me levantei da cama e fui tomar um banho. 

Me troquei, e desci. Decidi que ia fazer panquecas. Fiz umas quatro, peguei o suco e joguei xarope de bordo em cima das panquecas. 

Isa acordou e logo desceu e abriu um sorriso quando viu que eu tinha feito o café da manhã para nós dois.

- Não se acostume, eu não dormi direito essa noite então decidi fazer o café da manhã -. Falei sem olhar pra ela, pois estava comendo -. 

-Tudo bem então - ela se sentou e começou a comer -. 

Assim que eu terminei subi e escovei os dentes, peguei minha jaqueta e fiquei esperando pela Isadora. 

- O que está fazendo aqui ainda? - Isa me olhou confusa -. 

- Estou te esperando pra ir pra escola -.

Ela sorriu e foi abrindo a porta. Eu fui saindo logo atrás, tranquei a casa como um mero mortal faria. Coloquei o capacete a Isadora também e fomos pra escola. 

- Por que hoje você me trouxe de moto com você? - Isa falou tirando o capacete e arrumando o seus cabelos -.

- Não preciso de um motivo, mas se não quiser não te dou mais carona...

- Pode continuar me dando carona, gostei de andar de moto com você - ela se virou e foi saindo -.

Eu precisava falar com o Lysandre e com o Evan. Quando cheguei ao pátio eu o vi junto de todos aqueles humanos chatos e desinteressantes, não acredito que ele me convenceu a voltar pra escola. Fiz sinal pra ele e ele estava vindo até mim, até que...

- Cassy querido vai a minha festa hoje? - ela falou colocando sua mão sobre o meu ombro -.

- Acho que vou - falei querendo me livrar dela -.

- Quem era aquela que veio com você de moto?

- Não é da sua conta, Lys venha preciso falar em particular com você...

- É sobre a Isa?

- Então esse é o nome daquela vaca?

- Olha como você fala da Isadora, Amber - falei meio irritado -.

Saímos em direção aos armários sem deixar que ela nós fizesse mais perguntas.

- Os Feroces estão quase me achando, eu preciso proteger a Isa...

- Primeiro você tem que fazer outra coisa... A Rosalya me falou que a Isadora está procurando um emprego e isso pode ser um problema já que eles estão quase achando vocês.

- Sempre muito sábio Lysandre, vou falar pra Isa que ela não precisa pagar pra morar em casa.

- Faça isso.

O sinal tocou o Lysandre foi pra sala e eu fui decidi ir pro terraço da escola. Estava sentado no chão quando ouvi a porta do terraço se abrir. Era a Isadora.

- Me ama, a onde eu vou vai atrás...

- Eu não sabia que estava aqui, vou embora - com um olhar cheio de raiva e tristeza ela se virou e já ia saindo, droga -.

- Fica.

- Pra você ficar me xingando? Não, obrigado.

- Eu não vou, senta aqui - falei batendo a mão no espaço vazio ao meu lado -.

- Tá bom.

Ela se sentou, ficamos em silêncio por alguns minutos, eu tinha algumas coisas pra falar pra ela então era bom eu começar a falar.

- Isa, você não vai mais precisar me pagar o aluguel.

- Imagina eu quero pagar.

- Isadora a coisas mais importantes do que o seu orgulho besta - falei sério olhando pra ela -.

- Orgulho besta Castiel? Eu vim pra cá e não quero me sentir um peso pra ninguém.

- Você não vai ser um peso pra mim.

- Isso é o que você fala agora... - ela levantou rapidamente, eu segurei a mão dela e fiz um olhar de suplica e em seguida olhei para o lugar onde ela estava sentada -.

- Eu estou te protegendo...

- Não preciso de proteção - ela falou revirando os olhos -.

- Você não entende, eu fiz uma coisa e tem pessoas atrás de mim, pessoas perigosas... Se você trabalhar eu não vou conseguir te proteger, e aí eles podem te pegar pra me atingir ou até mesmo achando que você fez parte disso.

- Castiel eu vou trabalhar e vou te pagar o aluguel, o mundo pode estar acabando, mas não vou ser seu peso extra. Não precisa me proteger, afinal você nem se importa comigo.

Quando ela falou aquilo eu me estressei.

- Você ainda não entendeu né caralho?! Eu me importo com você e não quero colocar sua vida em risco por coisas que eu fiz - eu falei aquilo quase gritando e eu estava olhando direto para os olhos tristes de Isadora -.

- Eu cresci me sentindo um peso para os meus pais, eu nunca recebi um abraço deles, ou ouvi um "Eu te amo filha". Eles sempre foram frios comigo e isso me fez ser mais responsável que as meninas da minha idade - os olhos dela estavam cheios de água, eu não sabia o que fazer então apenas a ouvia atentamente - então aos dezesseis anos eu pedi para ser emancipada, e bom eu consegui. Decidi me mudar pra longe deles e bom cá estou eu... Ainda vou ser alguém admirável, pra eles verem quem eles perderam - ela terminou de falar aos prantos -.

- Eu nunca imaginei, eu fui um babaca com você, isso não vai mais se repetir - me virei de frente pra ela e abri os braços - vem aqui.

Ela me abraçou forte, e chorou, chorou e chorou. Não sei por quanto tempo ficamos abraçados, mas sei que foi por mais de quinze minutos.

Quando nos separamos do abraço, eu limpei seu rosto com a mão, já que ela tinha chorado muito.

Coloquei a mão no rosto dela e beijei a testa dela. Ela me abriu um sorriso fraco, e começou a olhar pro céu eu apenas fiz o mesmo. Me deitei no chão e coloquei meu braço pra apoiar a minha cabeça. Alguns segundos depois a Isa fez a mesma coisa.

- Isadora Kuper quer fazer algo humano junto comigo? - falei sem tirar os olhos do céu, que estava incrivelmente lindo está manhã -.

- Quer dizer sair com você, um encontro? - ela falou olhando pra mim -.

- Não, eu ia perguntar se você queria ir comigo a uma festa idiota adolescente...

- Um encontro informal...

Me virei pra ela.

- Chame como quiser... quer ou não?

- Pode ser.

- OK às oito horas da noite esteja pronta, agora eu preciso ir, tenho que falar com um amigo ele está correndo perigo.

Eu levantei e a Isa também, eu dei um beijo na testa dela e saí. Enquanto estava descendo as escadas ouvi o sinal do intervalo tocar. Hora perfeita pra mim sair da escola.

Da escola fui direto pro apartamento do Evan. Bati na porta e o Evan abriu, o apartamento estava uma zona. Ele foi em direção a cozinha e eu o segui.

- Acho que me...

- Carter este é o senhor Pyter Lordets.

Por que o Evan estava se referindo a mim como Carter?

- Muito prazer Carter Ribeiro.

- O prazer é meu.

- Então Carter, ele está procurando um cara que roubou algo que era da família dele e ele acha que esse cara mora nesse prédio - disse Evan todo ator, tive vontade de rir dele, mas o cara que estava conosco era um membro dos Feroces -.

- O mundo está perdido mesmo meus caros amigos, mas como podemos te ajudar senhor Lordets?

- Meus queridos estou atrasado, veja com seu amigo o senhor Benson - falou o tal Pyter-.

- Ah sim, tudo bem - falei com um sorriso pequeno no rosto -.

Evan levou o Pyter até a porta e eu fiquei na cozinha, aproveitei e olhei pela cozinha se não tinha nenhum microfone ou coisa do tipo e na verdade eu não achei nada.

- Benson como eu estava dizendo, eu acho que me ferrei na prova de biologia... - eu seria um ótimo ator -.

- Você vai recuperar, vamos tomar um café?

- Sim, meu corpo precisa de cafeína.

Saímos do apartamento e fomos pra cafeteria mais próxima. Não somos fãs de café, mas temos que ser profissionais então sentamos e pedimos dois cafés e começamos a falar sobre escola, afinal não podíamos dar bandeira.

Voltei a entrada do apartamento pra pegar a minha moto, fui direto para o shopping pra comprar um livro e uma roupa pra festa de hoje a noite. Tenho que parecer o mais humano possível.

Comprei um livro chamado "Saúde Pelas Plantas", bem humano. Fui até uma loja que eu gostava e comprei uma calça jeans preta e eu camisa preta social. Em seguida fui direto pra minha casa.

Levei o Dragon pra passear e depois coloquei comida para ele. Subi tomar um banho, coloquei o celular pra despertar e fui dormir.

Isadora Narrando

- Vou a uma festa hoje e acho que não tenho roupa pra ir, e a minha carona até em casa já foi embora - revirei os olhos -.

- JÁÁ SEEII - Rosa sempre muito escandalosa falou - Vamos ao shopping, compramos umas roupas e sapatos e depois peço pro Leigh levar você pra sua casa o que acha?

- Não vai ser um incômodo pro Leigh?

- Não.

A Rosa saiu me puxando, pra lá e pra cá, até que chegamos no shopping.

Comprei um lindo vestido estilo sereia na cor azul escuro, um salto preto de verniz. E até comprei umas lingeries novas.

Depois fomos a praça de alimentação.

- Isa?

- Eu mesma.

- O que rola entre você e o insuportável do Castiel?

- Amizade, Rosa.

- Sei, os dois sozinhos naquela casa e vamos ser verdadeiras o Castiel não é de se jogar fora...

- É porque você ainda não viu ele sem camisa - falei bem baixinho e abaixei a cabeça, ela tinha razão o Castiel não é de se jogar fora-.

- O que você falou?

- Nada...

- ISADORAA O QUE VOCÊ FALOU? - ela começou a gritar no meio da praça de alimentação-.

- Que o Castiel é bonito, só isso.

- Só isso mesmo?

- Sim

Depois disso o Leigh foi buscar a gente no shopping, e me levou pra casa.

Subi pra tomar um banho, pra depois poder começar a me arrumar pra festa.

Castiel Narrando

Cheguei em casa e peguei um sangue que eu tinha escondido, eu estava com fome.

Depois coloquei comida pro Dragon, troquei a água dele e sai para passear com ele.

Cheguei e subi pra dormir um pouco.

19h30m

Acordei, fui tomar um banho, vesti minha roupa nova e pra passar peguei um perfume que eu só passo em ocasiões espaciais, não que hoje fosse, mas eu passei.

Coloquei meu tênis, porém optei pelo meu coturno preto.

Desci e fiquei esperando a Isa lá embaixo, aproveitei pra ver minhas redes sociais.

Ouvi um barulho de salto vindo do andar de cima, logo o barulho do salto estava na escada. Me levantei e fui até a escada.

A Isadora estava linda, seus cabelos estavam soltos e ondulados naturalmente, ela estava com aquele negócio como é o nome... delineado, sem sombra e estava com uma batom vermelho que combinava com o tom da sua pele e com seus cabelos. Seu vestido azul escuro estilo sereia deixava seu corpo, mais desenhado do que já é. Ela estava de salto alto pela primeira vez.

Isadora Narrando

Quando comecei a descer as escadas o Castiel apareceu, ele estava com uma camisa social que deixava seus braços fortes bem marcados, sua calça preta de costume e seu coturno.

Seus cabelos molhados o deixavam sexy e mais bonito que o normal.

Ele esticou o braço pra pegar na minha mão, eu dei a mão pra ele.

Este momento é mágico pra mim eu nunca saí com alguém, ainda mais com um vampiro. Não pude conter o meu sorriso.

- Está feliz, de mãos dadas comigo não tem como não ficar.

- Larga mão de ser convencido Cast.

- Cast, poucos me chamam assim, naturalmente me chamam de Cassy.

- Eu gosto de ser diferente - falei encarando seus belos olhos que agora pareciam ter um pouco de vida- como vamos de moto se eu estou de vestido?

- Eu chamo um táxi.

- Nossa como você está sendo legal comigo hoje.

- É não vai se acostumando...

Eu ri dele e ficamos lá na frente até o táxi chegar.