História Uma Igualdade na Diferença (Imagine Namjoon, RM - BTS) - Chapter 4

Namjoon

Eu estava já impaciente naquele elevador, não gosto de elevadores. S/n estava ao meu lado, conversava com o encarregado pelo elevador.

- como estão suas crianças? Faz muito tempo que não as vejo - falava S/n, animadamente, com o homem.

- Mi So está no oitavo ano do fundamental, Soo Joon está no primeiro do médio, eles estão muito bem - fala o rapaz do elevador.

- e sua esposa? - pergunta parecendo bem interessada.

- está bem, ela virá mais tarde para almoçarmos hoje, não gostaria de vir também?

- não, obrigada, preciso ficar com ele, eu sou a acompanhante do Namjoon, não é? - fala comigo.

- não estou lhe prendendo ou menos pedi para ficar comigo - falo friamente.

- essa é a forma de ele dizer 'sim' - fala com o moço, sorrindo - em alguns momentos ele é bastante chato, mas eu gosto dele mesmo assim - olha para mim.

- não faço questão que goste de mim, minha vida seria bem melhor se tu me deixasse em paz - falo simples.

- na verdade ele não vive sem mim, não posso deixá-lo muito tempo sozinho, sabe?

- seu amigo é engraçado, S/n - o homem fala.

- eu sei, por isso gosto dele.

- bom, chegamos - as portas do elevados se abrem.

- obrigada, pode sair primeiro Joonie - S/n me dá espaço para sair, acompanhando-me em seguida - tenha um bom dia, Daniel, vejo você depois.

- certo, até mais - fala antes de irmos embora.

Andando pela calçada lembro que faz muito tempo que não saio do hospital. Tudo está igual, o trânsito horrível, o barulho infernal de buzinas, pessoas andando de um lado para o outro;

Nós vamos até a lanchonete que havia na esquina do hospital, era um lugar grande e arrumado. Na área de dentro da lanchonete havia uma balcão com algumas variedades de bolos, tortas e pães, tudo estava quieto, podia-se ouvir apenas o som mínimo da televisão do local ligada em alguma coisa que não parei para prestar atenção, logo que entrei percebi que as paredes eram em um tom claro, só a que ficava atrás do balcão - em frente a entrada - que era em uma cor escura com um desenho, provavelmente feito à mão, bem grande. Era bastante limpo e arejado, um lugar bonito.

- vamos para lá - S/n aponta para uma mesa que ficava no canto da porta. Nos dirigimos até ela. A mesa era pequena, para duas pessoas, de madeira, havia um enfeite; que não entendi muito bem o que era; sobre ela. Haviam algumas pessoas em outras mesas que olharam-me quando entrei, eu odeio isso.

- não gosto de pessoas.

- você não gosta de nada, então está tudo certo - fala enquanto conferia o cardápio - o que deseja comer? - olho o cardápio em minha frente.

- qualquer coisa - falo por fim, sem intenção alguma de perder tempo escolhendo algo para comer.

- tudo bem - ela chama o garçom então faz o pedido, logo após o garçom se retira e ela olha para mim, estávamos de frente um para o outro.

- trate de comer rápido, não quero ficar muito tempo aqui fora - falo simples.

- claro que não, agora que consegui lhe tirar daquele lugar nós vamos nos divertir um pouco.

- não comece a me irritar sua pentelha - arqueio a sombrancelha.

- não há nada de mais em se divertir de vez em quando Joonie, vai ser bom para você.

- eu concordei em vir para comer, não farei nada além disso - falo irredutível.

- você é muito chato sabia?

- tu vive dizendo isso.

- uma prova de que é verdade, não acha?

- não enche, pirralha - ela levanta do lugar que estava sentada, vem até meu lado e senta-se na cadeira vazia - não quero que fique aqui, volte para seu lugar.

- eu sei que me ama - vira-se para mim - eu também gosto de ficar com você, Joonie - ela põe um braço sobre meu ombro.

- sai de perto - empurro seu braço, ela então volta a colocá-lo em volta de mim, seu rosto estava próximo ao meu. Viro meu rosto e fico de frente para ela, encarando-a, ela pareceu surpresa com isso, sua face tomou uma cor avermelhada. Eu sorri - qual o problema? Por que está vermelha? - falo provocando-a.

- desculpa - ela me solta, arrumando-se na cadeira - é que.. nada, não é nada - ela realmente ficou com vergonha, ok isso foi divertido.

- você tem vergonha de mim afinal, não pensei que você sentisse vergonha - sorri olhando-a.

- não fiquei com vergonha - fala um pouco alto.

- então por que está mais vermelha ainda?

- não enche, Namjoon - ela me olha séria. O garçom traz nossos pedidos.

- o que há? Não tem razão para ficar zangada - tento deixá-la mais irritada, é bom fazer isso.

- trate de comer, não me incomode - ela passa a comer rápido, fico a observando - pare de olhar para mim por favor - olha em minha direção mas não diretamente para meus olhos.

- tudo bem não vou incomodá-la, vermelhinha - a menina lança-me um olhar furioso, eu começo a rir - ok, ok, desculpe.

- você é a única pessoa que consegue me tirar do sério, como isso é possível? Que droga.

- é um dom - falo sorrindo..ela fecha os olhos e respira.

- tudo bem, agora coma está bem?

- você acabou com minha brincadeira, sua chata - nós sorrimos juntos, ela então toca minha bochecha como sempre faz quando sorrio.

- eu já falei que gosto quando você sorri?

- já, e eu...- a garota não me deixa terminar de falar.

- porque suas covinhas aparecem, é muito fofo - falava sorrindo.

- você já me disse isso, e eu também já lhe falei que não gosto que me toque - olho-a sem expressão alguma.

- eu sei que gosta, não adianta negar, você gosta de tudo que tem a ver comigo - eu ri alto de sua fala.

- só porque não lhe expulso quando está comigo, ou melhor, só porque não vai embora quando peço, não quer dizer que goste de estar com você.

- pode negar o quanto quiser..

- você me incomoda está bem? Eu não gosto de ficar com você, por que não entende isso? Você é um estorvo - falei de uma forma bastante rude, percebi que ela ficou meio triste mas não me importei, eu sei que ela não se importa quando reclamo com ela.

- tudo bem, termine de comer para podermos voltar - fala apenas e volta a comer.

Um tempo depois o celular de S/n toca e ela vai atender do lado de fora da lanchonete, alguns minutos depois ela volta com uma expressão não muito boa; seus olhos pareciam distantes, pensativos. O restante do tempo S/n ficou sem falar. Ao terminarmos de comer voltamos para o hospital, ela me deixa em meu quarto e vai embora sem ao menos se despedir, o que me deixou pensativo porque minha pirralha nunca vai embora sem se despedir de mim. Talvez eu tenha exagerado, bem....que seja, um incômodo a menos.