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História Uma jornada inesperada - A primeira maldição parte 2


Escrita por: AngelSpin

Notas do Autor


Leitores: Você não disse que o capitulo sairia na semana passada?
-Eu: Quando foi isso? Nunca nem vi

Capítulo 25 - A primeira maldição parte 2


Duas semanas depois.

Kaira estava jogada no chão perto da cachoeira. Ao seu redor estavam alguns Bizius mortos.

-Muito bem. –Kai aplaudia e sorria

-Devia ter me ajudado.

-Eu ajudei ontem, temos que imaginar que podemos nos separar e por isso devemos treinar sem e com a ajuda um do outro.

-Kaira suspira. –Esses Bizius jogaram sangue em mim. Ela levanta e tira a parte de cima da blusa. Espreguiça-se por um momento até que nota o olhar de Kai sobre ela.

Kaira coloca a blusa de novo toda envergonhada.

-Não precisa sentir vergonha. Você é muito linda.

Besta! Kaira joga uma pedra em Kai.

O moreno anda até a garota, parando poucos metros dela. Ele retira suas vestes ficando apenas com a roupa debaixo.

Um blush forma-se na face da garota.

Kai a encara por um momento, ele sorrir e pula no lago.

Um pouco de água jorra em Kaira.

-O que pensa que está fazendo?

-Tomando banho, eu estou sujo. -Ele fala passando a mão pelos cabelos. -Quer se juntar a mim?

-Logico que não!

-Não precisa tirar a camisa. Não é como se eu quisesse te ver nua. Não me leve a mal, mas não gosto de peitudas.

-Não sou peituda!

-E sim!

-Não, sou não!

Kai sorri e mergulha na água. Kaira fica observando o garoto por um tempo. Ele era tão bonito, nem parecia aquele garoto que ela encontrara pela primeira vez brincando na floresta.

XXX

12 anos atrás.

Ela estava sozinha sentada num tronco de arvore. Havia se perdido de seu grupo e estava muito assustada.

Quando ouve alguém perguntando se está tudo bem.

Ela olha para cima. Era um garoto de cabelos preto. Ele estende a mão para ela, mas ela vê a marca e recua.

-Você é uma Kuruta, né?

-Sou. E dai?

Ele sorrir de volta. -Eu não vou te fazer mal, mas como sei que não vai confiar em mim. - Ele pega uma fruta do saco que carregava, morde um pedaço e entrega a sacola para a garota.

-Não estão envenenadas. -O garoto corre para a floresta deixando a jovem Kaira sozinha.

Ela tinha apenas sete anos. Mas já sabia quem eram os Lucifers, e sabia que não podia chegar perto deles. Mas, aquele garoto, que depois descobriu ser o herdeiro do clã Lucifer era diferente.

Eles se reencontraram várias vezes. Ao que parece os dois sempre estavam buscando aventuras. No começo Kaira era muito mais violenta e hostil, mas como Kai nunca lutava para machuca-la de verdade, ela passou ser somente desconfiada, e atacava apenas para afugenta-lo.

Com o tempo a relação ficava mais estranha, às vezes os dois até trocavam presentes.

-Frutas, pedras preciosas e até mesmo livros.

Quem via de fora, achava que era uma relação de amigos e rivais.

XXX

Kai sai da água. –Quando custa seu pensamento?

A jovem olha para cima. –Pode me dar essa moeda. –Diz Kaira

O rapaz toca em seu peito. Ele nunca andava com o colar a mostra por isso era fácil esquecer-se dele. -Isso? Pode pegar. -Ele entrega o objeto para Kaira.

-Serio? Meu pai falou que essas moedas são sagradas para um sacerdote Lucifer.

-Não é para tanto, elas são criadas quando um sacerdote desperta seu guardião.

-Por isso que a sua tem uma centopeia e não um caranguejo

-Como sabe do caranguejo... Ah!

-Nosso clã matou o dono dessa moeda

-Eu sei. O dono da moeda era meu avô.

Kaira sorrir. –E você odeia a gente por isso?

-Não.

-Não seja mentiroso.

Kai respira fundo. –Se eu disser que não sou uma pessoa violenta, você vai acreditar?

-Não.

-Mas não sou. Eu sinceramente sou muito conformado com a vida que nossos clãs levam. Eles se odeiam e querem matar uns aos outros. Por isso todos os Lucifers sabem que podem ser mortos por Kurutas e vise versa. Meu avô era um assassino de Kuruta e morreu pelas mãos de um. Parece-me justo.

-É você?

-O que tem eu?

-Não ataca os Kurutas, mas pode morrer pelas mãos de um.

Kaira aponta sua unha afiada no pescoço de Kai. –Ainda vai achar justo?

-Ele retira a mão da moça.

-Não. Mas, esse é o preço que eu tenho que pagar por ser um Lucifer.

Ele pega Sentury no colo e começa a agradar o bicho.

-Posso te perguntar algo?

-Claro.

-Não me atacou quando eu era criança só porque não gosta da rixa entre os nossos clãs?

-Sim. Quando eu a encontrei na floresta eu não vi uma Kuruta, apenas uma menina perdida. E eu quis ajudar, eu gosto de ajudar, e pelo fato de eu ter uma irmã mais nova eu acabei tendo muito mais simpatia por você.

-Se fosse ao contrario eu teria te matado.

-Eu sei... Eu te acho engraçada.

Kaira torce o nariz em confusão.

-Não foi uma piada.

-Não é isso. E que assim como eu, você não parece satisfeita com sua posição no clã, mas diferente de mim ainda é muito fiel à lei que diz que nossos clãs são inimigos. –Kai olha para Kaira. –Por que segue essa regra?

-Eu preciso ir. –Kaira levanta para fugir da pergunta.

-Já?

-Eu passo dias na floresta, mas duas semanas e demais, meu pai vai achar estranho e mandar alguém me procurar. E se alguém descobrir a gente vai descobrir nosso plano. E a gente não quer isso, né?

-Não.

XXX

Um mês se passara desde que Kaira foi embora. Kai voltava no local do treinamento e continuava a treinar lá, mas Kaira nunca mais deu as caras.

-Será que foi algo que eu disse Sentury?

-Acho que ela ficou ofendida com a pergunta que fez.

-Por quê? Foi uma pergunta ofensiva?

-Para ela talvez.

-Mulheres se irritam tão facilmente. –Kai deita-se no chão.

Ele passa a pensar nas duas semanas que passará com a garota.

Ele se lembra dela lutando com os animais que apareciam, afiando sua lança, implicando com ele. Lembra-se das suas conversas, dos desafios que um fizera para o outro. Recorda-se também dela se agachando na beira do lago para lavar o rosto e os braços. A princesa Kuruta era muito tímida, o que contrastava bastante com o temperamento quente.

Kai morde o lábio inferior. Certa noite vem em sua cabeça.

XXX

O jovem acordou de seu sono por causa de um barulho. Ele olha em volta e ver Kaira tomando banho, sentada numa das pedras da cachoeira. A luz da lua ajudava a deixar mais linda do que já era. O corpo definido, seios fartos, cabelos castanhos claros, pele bronzeada e olhos azuis.

Logico que ela não sabia que ele estava acordado se soubesse ela teria enfiado a lança em seu peito. Por isso Kai decidiu ficar só olhando de cima da árvore que ele usava como cama.

XXX

-Ei?

O moreno olha para cima e encontra aquele lindos olhos azuis o encarando.

-Kaira?

-Uma moeda por seu pensamento.

Kai se enrubesce. –Na verdade eu estava tentando dormir.

-Sei. Pega, isso é seu. –Kaira entrega o colar onde Kai pendurava sua moeda.

-Obrigado. Eu havia me esquecido dela.

-E tão insignificante assim para você?

-Não, mas não tem tanta importância também. Mas mudando de assunto. Pensei que tinha desistido do plano sumiu por um mês.

Kaira estremece. –Eu só estava treinando em outro lugar. Como eu demorei muito da ultima vez, meu pai colocou pessoas para me vigiar, e eu não podia vim para cá treinar.

Kaira senta ao lado de Kai. –Eu trouxe algo para você. Ela entrega um arco é flecha para o garoto.

-Para que isso?

-Eu percebi que você não anda com uma arma especifica, e usa coisa da floresta como um pedaço de tronco para lutar.

-Ah, isso é por que um sacerdote Lucifer não carrega armas, ele não precisa tem o guardião para protegê-lo.

Mas eu lembro que quando criança eu via você carregando um arco e flecha.

-Era por que eu pegava escondido.

-Então não sabe usar um arco.

-Claro que eu sei.

-Então pega! Não pode ir nessa jornada somente com um guardião e um pedaço de pau.

Os dois sorriem.

Três animais que lembravam muito porcos do mato adentram a zona da cachoeira.

-Tiops!

-Estão irritados, são carnívoros e viram a gente.

-Eu pego os dois da esquerda e você pega o outro.

-Gulosa.

-Ainda não viu nada.

Kai acaba rapidamente com o animal. Depois que Sentury o derrubou no chão, ele só precisou atiras algumas flechas no olho do bicho.

Como eu senti falta de pegar em um arco e flecha.

Ele vira para ver Kaira.

A garota lutava com muita maestria, ela manejava a lança com um guerreiro profissional.

Ela realmente treinou bastante.

Minutos depois os animais estavam caídos no chão.

-Muito bem! Kai aplaude.

Kaira olha para o rapaz, faz cara de susto e atira sua lança.

Ele apenas tem tempo de arregalar os olhos. E depois tudo aconteceu rápido demais.

Ele sente um formigamento em sua perna, ver o corpo de um Bizius tombando ao seu lado, depois seu corpo amoleceu e ele cai.

-Kai! A garota vem em seu socorro.

-O que houve? Merda! Você foi acetado pelo pelos de um Bizius.

A jovem vai pegar água para retirar o pelo do corpo do moreno.

-Vai ficar tudo bem o veneno e letal apenas se não cuidar. Droga! A aldeia fica muito longe daqui o que eu faço?

-Sentury. –Kai fala baixinho

-Como é?

-Suba nele e vá até a sua aldeia buscar o antidoto.

-Em seu guardião! ? –Ela olha para a centopeia. –Tem certeza disso?

-A minha vida está ligada a sua lembra? –Kai sorrir.

Kaira aperta os punhos.

-Eu posso dar a ordem.

-Sim

-Sentury, leve a Kaira até o mais próximo da aldeia Kuruta que puder. Espere ela pegar o antídoto e volte.

Não posso de deixar sozinho nessas condições.

-Se você não for eu vou morrer.

Certo!

Kaira deixa Kai dentro do tronco oco de uma arvore, ela coloca algumas frutas ao lado dele.

-A viagem pode demorar até um dia e meio. Sobreviva até lá ou eu te mato.

-Entendido, mãe.

Kaira sobe em Sentury que começa a nadar numa velocidade incrível

Eu nunca imaginaria que subira num guardião Lucifer muito menos para salvar um deles.

XXX

Ela volta um dia depois.

-Kai!

O moreno já estava bem fraco.

-Você voltou.

-Mas é claro! Beba um pouco desse liquido enquanto eu faço um curativo.

A moça mastiga umas folhas, cospe num pedaço de pano e amarra na perna do menino.

-Eu tenho que fazer isso por dois dias, se não melhorar até lá e o fim de nossas vidas.

Kai sorrir forçado.

Kaira fica cuidando do rapaz. Trocando seu curativo, dando remédio para ele, dando banho nele (com um pano úmido, claro)

Dois dias depois Kai estava completamente curado.

-Você é uma ótima médica sabia?

-Obrigado, pelo menos um dos serviços que me obrigaram a aprender é necessário.

Kai coloca sua cabeça no colo de Kaira.

-O que pensa que está fazendo?

-Eu estou cansado.

-Mas não precisa deitar a cabeça na minha perna. –A garota empurra Kai de seu colo.

O moreno fica observando a garota por um tempo. –Você parece diferente.

-Impressão sua.

Ele leva seu rosto para próximo da garota. –Não, é não. O que aconteceu com você nesse tempo? O seu pai realmente colocou alguém atrás de você?

Kaira abaixa a cabeça.

XXX

Ela adentra sua casa e encontra seu avô.

-Vô

-Olá Kaira! Eu soube que estava sumida.

-Eu estava na floresta, ainda não aceito ter ficado de fora.

-Sinto saber disso. A gente realmente não pode te levar. Se algo acontecer com você ou com Kai os dois morrem e essa horrível aliança será em vão.

Kaira abaixar o olhar. –Se unir com os Lucifers é tão ruim?

-Mas é claro, eles nos traíram. Sentiam tanta inveja daqueles que tinham olhos escarlates que preferiram separar o clã a se rebaixar.

-Então a gente realmente menospreza aqueles com olhos normais? Isso sim é horrível.

Os olhos do avô de Kaira se estreitam. –Como é?

-Os Lucifers tem uma versão diferente do conto. Eles falam que aqueles com os olhos vermelhos discriminavam e humilhavam os com olhos normais. E que a gente o expulsou para que todos no clã nascessem com olhos vermelhos, assim ficaríamos mais fortes.

-E você prefere acreditar nos Lucifers a seu clã?

-Não e isso vovô... E que a versão deles parece mais plausível.

-Se você não fosse nossa princesa sofreria grandes consequências por dizer isso. Agora saia!

-Desculpe.

Kaira ficou refletindo sobre a conversa que teve com seu avô.

XXX

-E então. O que realmente houve.

-Escuta Kai. Vocês têm algum livro ou anotação que prove que meu clã menosprezava vocês?

-Não. É só uma historia que foi passada boca em boca. Na verdade nem tem provas de que os nossos clãs viveram juntos algum dia. Mas por quê?

-Não conte para ninguém. Eu sempre achei a historia de vocês separarem o clã por inveja muito estranha.

-Está dizendo que concorda com a nossa versão? Isso é uma surpresa.

-Tem muitos costumes que meu clã pratica que eu não concordo. Não me surpreenderia se eles tivessem expulsado pessoas mais fracas para nos fortalecer.

-Você nunca demostrou que parecia acreditar na gente.

-Claro que não. E muito mais cômodo para eu acreditar que vocês são traidores do que pensar que o meu povo são uns cuzões. Sem falar que eu tenho medo de enfrentar o meu avô para fazer mais perguntas.

-Você tem medo? Isso é outra surpresa.

-Não, é não. Se você parar para pensar eu nunca fui como você. Você além de não gosta do destino que lhe impuseram ia contra as regras do clã que dizia que os Kurutas eram seus inimigos e tinha coragem de falar isso na cara dos anciões de seu clã.

-Já eu, só achava errado, mas nunca falava nada. Eu tinha medo de me machucar com a verdade. Acho que era por isso que eu tinha inveja de você.

-Tem inveja de mim?

-Demais. Enfim, quando você me perguntou o porquê de eu seguir aquela regra, isso despertou todas as minhas duvidas de novo. Eu até cheguei a perguntar para meu avô mais não tive coragem de seguir até o fim.

-E ai?

-Ai eu fiquei refletindo enquanto treinava sozinha. E cheguei numa conclusão. Você não acha que essa rixa deve acabar?

-Mas é claro!

-Então eu estava pensando em juntar os clãs de novo.

-Como é! ?

-Parece loucura eu sei, mas... Acho que a gente pode conseguir, essa maldição pode ser um aviso para tentar.

Kai começa a rir.

-Não sorria, é serio! Não acha muita sorte a fada amaldiçoar justamente duas pessoas que acha essa rixa ridícula?

-Talvez. Mas é como vai fazer para juntar o clã?

-Não faço a mínima ideia.

Kai sorrir de novo.

-Qual é a graça?

-Eu acho que tudo isso é tão favorável.

-O que é favorável?

-Sabe por que eu sempre implicava com você?

-Por que eu era uma Kuruta.

-Não.

Kai puxa Kaira e sela um beijo em seus lábios.

-O que você está fazendo! ? Está louco?

Ela fica vermelha.

-Eu sempre te achei linda. Desde o primeiro dia em que a vi. Quando eu comecei a crescer eu acho que desenvolvi um sentimento por você. Obviamente que eu jamais me declararia, pois pensava que me odiava, mas agora.

Kai da outro beijo em Kaira.

-Pare! Eu... Não sabia que sentia algo assim por mim, isso é tão repentino.

O moreno volta para seu lugar. –Então você não sente nada por mim? E claro que não. Desculpe pelo beijo, eu só achei que essa seria uma boa hora para me declarar. Esqueça o que houve.

-Não! Você não pode se declarar para uma pessoa e a mandar esquecer.

-Tem alguma chance de meu sentimento ser correspondido?

Kaira se enrubesce de novo. O jovem Lucifer parecia fazer esse efeito mágico nela.

Kia arregala os olhos.

-Eu também sempre te achei bonito, mas...

O garoto aproxima seu rosto da garota de novo.

-Mas?

-Eu não posso. Somos inimigos.

-Não quer unir os clãs?

-Quero.

-Então. Essa é a melhor forma.

Kai beija Kaira novamente, mas, dessa vez a garota não recua.

Os dois retiram suas roupas.

-Kai, essa é minha...

-Eu sei. Não vou te machucar.

O moreno distribui beijos pelo pescoço da garota. Ele desce a cabeça para abocanhar um dos seios da garota. Enquanto isso seus dedos brincavam nas partes intimas de Kaira.

-Eu também quero. –Kaira deita Kai no chão, segura o pênis do garoto e o abocanha. Ela timidamente passa a fazer movimentos de cima para baixo já que era muito difícil engolir tudo de uma vez.

Já com tesão, Kai colocou Kaira de costas e posicionou seu pau na frente da entrada da jovem.

-Kai. –Fala Kaira entre gemidos.

-Não vai doer! Acredita em mim.

Ele enfiou com tudo fazendo Kaira revirar os olhos de prazer. Como ela já estava molhada o membro do garoto foi direto para o fundo.

Kai socava forte e arrancava altos gemidos de Kaira.

Quantos minutos haviam se passado ninguém sabia, pois ninguém estava contado à passagem de tempo. Kai estava muito distraído beijando o corpo de Kaira, já a jovem só sentia o membro do garoto indo e voltando de dentro dela.

Por puro instinto, Kai sentou-se e colocou Kaira em cima dele.

-Sua vez!

Ela parte para cima agasalhando aquele monumento inteirinho dentro dela. A jovem pulava em cima de Kai durante incontáveis minutos melando a barriga dele com orgasmos que ela tinha.

Quando os dois sentiam que Kai estava preste a gozar, eles até pensaram em tirar de dentro. Mas o sexo estava tão gostoso que acabaram por não fazer isso e Kai gozou dentro de Kaira.

XXX

Kaira descansava no peito de Kai, enquanto o mesmo brincava com seus cabelos. O clima era de estranheza.

-Eu machuquei você?

-Não.

-Então porque está tão calada?

-Nada demais. E que nunca esperava fazer isso.

-Transar? Achou que morreria virgem?

-Não! Mas eu nunca pensei que transaria com você?

-Está arrependida?

-Kaira beija Kai. –Claro que não. –Ela se aninha no peito do jovem.

XXX

Os dois continuavam treinando naquele local, às vezes fazendo pausa para se entregar um ao outro. E assim foi por mais um mês.

Kaira e Kai estavam sentados na beirada do lago.

-Há quanto tempo humanos!

Os dois viram-se. –Vivene!

-Esse é meu nome. Por isso não gaste.

-O que faz aqui! ? –Pergunta Kaira.

-Eu senti que uma magia que eu fiz foi desfeita e vim verificar qual foi. Eu sinceramente não esperava que fosse a de vocês. Quero dizer para duas pessoas que se odiavam, vocês ficaram amigos mais rápido do que eu imaginava.

-Nos somos amigos! ? –Kai faz cara de confusão.

-A maldição foi desfeita. Então pelo menos ódio vocês já não tem um pelo outro.

Os dois se entreolham.

-Na verdade, eu acho que vocês ficaram muito mais que amigos. Não é?

Kaira fica vermelha. –Do que está falando?

-Não sabe?

Vivene aproxima-se de Kaira e toca em sua barriga.

-Estou falando do serzinho que está aqui dentro.

Kai arregala os olhos.

-Como é?

-Kaira está gravida.

-Gravida, eu!?

-Vocês são surdos por acaso?

-Eu não posso está gravida. O que a gente faz Kai?

-A noticia é tão ruim assim? –Vivene pergunta.

-Os nossos clãs se odeiam.

-Oh! Vocês se gostam, mas as famílias se odeiam. Isso é tão Romeu e Julieta.

-Romeu é o que?

-É uma historia. -Vivene senta-se no chão. –Quer dizer que vocês não querem o bebê?

Kaira e Kai se olham

-Não é isso, mas que vai ser um problema vai. Eu nem quero pensar no que pode acontecer se nossos clãs descobrirem.

-Entendo. Não foi minha intenção você engravidar. Se tiverem qualquer problema me chamem.

Vivene desaparece.

Kaira olha para Kai. O moreno a fitava com uma cara seria.

-Kai eu...

Ele sorrir.

-Não está feliz?

-Como?

-Você quer juntar os clãs essa é a oportunidade perfeita. Eu sou o herdeiro Lucifer e você é a princesa Kuruta. Nosso filho e o herdeiro dos dois clãs.

-Mas... Eu estava pensando em mudar o pensamento deles aos poucos, não acha que o choque será grande demais? A gente até pode ser acusado por traição

-Então você não quer ter o bebê? Vai tirar ele a força?

-Logico que não! Eu só estou com medo.

Kai segura à mão de Kaira.

-Não precisa ter medo de nada. Eu estou aqui com você.

XXX

Os dois clãs se reuniram na aldeia Kuruta a mando de Kai e Kaira.

-O que querem! Espero que tenham um bom motivo para atrapalhar o treino de todos. -Fala o pai de Kai.

-Acredite pai, nosso motivo é ótimo. –Fala Kai.

O moreno dá dois passos para frente.

-Essa manhã eu fui visitar o centro de treinamento de vocês e eu vi algo me deixou maravilhado. Todos estavam se ajudando com o treino. Mesmo sendo inimigo cada um ajudava o outro a superar suas fraquezas. Por isso eu tenho que admitir algo.

-Kaira e eu estávamos treinando em segredo para seguir vocês na jornada.

Murmúrios começam a ecoar pela aldeia.

-Como é? Quer dizer que você iria nos seguir? Hide seu moleque é realmente incontrolável.

-Olha como fala, sua neta também estava treinando.

-Parem! –Grita o herdeiro Lucifer. –Nos dois não vamos mais seguir vocês... Porque ninguém vai à jornada alguma.

Os murmúrios ecoam de novo.

-O que está insinuando?

-Quer dar a noticia Kaira?

A jovem anda um pouco para frente.

-A maldição foi retirada!

-Vocês conseguiram capturar a fada? –Pergunta o avô de Kaira

-Não.

-Então achara outra fada mais forte? –Fala o pai e Kai

-Também não.

-Quer dizer que... Não me diga que vocês se tornaram amigos! –Grita Kaori.

Kai olha para sua mãe.

-Não mãe

-Então não entendemos.

Kaira suspira. –Kai e eu somos muito mais próximo do que vocês imaginam. A gente se encontra desde criança. Brigávamos, lutávamos e trocávamos presentes às vezes. Enfim, ao que parece nossa relação não era de tanto ódio assim. -Kaira sorri para Kai

-E é por isso que algo aconteceu. Enquanto eu e Kai treinávamos a gente se apaixonou e... Eu engravidei.

Os olhos de todos se arregalam e a mãe de Kai quase desmaia.

-Filha do que está falando? Isso é brincadeira, não é?

-Não pai. A fada que lançou a maldição apareceu é nos contou. A gente se surpreendeu, mas achamos que essa é a oportunidade perfeita.

Kaira estufa o peito. –Eu sempre achei essa briga entre os clãs ridícula. A gente fica se matando por algo que aconteceu há séculos atrás. Mas vimos que vocês podem se juntar quando querem. Vocês se uniram para procurar a fada quando descobriram que nos fomos amaldiçoados.

-Hide, querido. Do que ela está falando?

-Acalme-se Kaori. Pare de enrolar, menina!

-Ok! Como eu sou a princesa Kuruta e o Kai e o herdeiro Lucifer esse bebê é o herdeiro do trono dos dois clãs, por isso eu e Kai decidimos que vamos nos casar e unir os dois clãs.

Todos ficam estáticos por minutos.

Risadas se alastram pela aldeia.

-Agora eu entendi tudo. -Hide vira-se para o ancião Kuruta- Depois de anos vocês finalmente querem pedir desculpa pelos anos de humilhação e por ter separado o clã.

-Como é? A gente nunca vai se desculpar por nada. Não fizemos nada de errado. São vocês que se separam por que se sentiam inferiores a nos.

-Oh! Você sabe que isso é ridículo, né?

-Ridículo é você obrigar o seu filho a seduzir minha filha só para unir o clã de novo.

-Acha que eu obriguei meu filho a isso? Aposto que sua filha que seduziu ele porque ela se senta culpada por que o seu clã são uns preconceituosos!

-Eles não estão aceitando bem. –Fala Kaira

-Não estão. Olha! Eu sei que tudo isso parece loucura, mas Kaira e eu realmente nos gostamos, e queremos unir o clã e nosso filho vai ser o líder. E tudo vai voltar a ser como séculos atrás.

-É séculos atrás. Quando os Kurutas nos humilhavam! Grita Hide.

-Supere isso Hide!

Um guincho ecoa por toda aldeia.

-Calados! Nos somos os herdeiros do trono e queremos unir os clãs.

O ancião Kuruta e o sacerdote Lucifer cochicham entre si.

-Está bem!

Kai é Kaira se animam. –Vocês aceitam o nosso casamento.

-De jeito nenhum! Hide diz

-Isso que vocês estão fazendo é considerado traição, mas por serem os sucessores do trono de ambos os clãs, decidimos perdoar vocês, porém, esse bebê não vai poder nascer. Ele é um símbolo de uma união que jamais poderá acontecer. Ele é um mestiço e por isso não tem lugar em nenhum clã.

Kaira segura sua barriga.

-Segure a princesa!

Alguns guerreiros Kurutas seguram Kaira.

-O que estão fazendo?

Agora são os guerreiros Lucifers que seguram seu herdeiro.

-Olha Lucifer! Assim que fizermos o aborto na nossa princesa o nosso acordo está desfeito. –O avô de Kaira fala para o pai de Kai

-Muito justo.

-Agora saia de nossa aldeia que queremos fazer isso sem a presença de vocês.

-Claro! Lucifers, vamos para nossa vila. E Kai, chegando lá iremos conversar essa foi a ultima gota.

Os guerreiros arrastam Kai e Kaira para lados opostos.

-Kai!

-Kaira! O que estão fazendo? Parem! –O jovem tenta lutar

-Vamos voltar para nossa vila, já ficamos perto deles tempo demais.

-Não! Sentury!

A centopeia aparece e os guerreiros soltam os dois.

-Kai!

-Kaira!

Os dois sobem na centopeia.

-Sentury, vamos para longe daqui.

Para onde?

-Qualquer lugar.

-Não faça isso Kai! –Kaori tenta correr pra impedir o filho..

Sentury começa a correr sem rumo

-Isso saiu do controle. Temos que capturar os dois e matar esse bebê. -Diz Kaori.

-Hide! Nosso trato mudou, vamos nos unir para capturar os traidores.

Hide respira fundo. –Tudo bem, mas a gente só captura os dois, você fica com sua princesa e eu com o meu filho.

-Não quer matar o bebê?

-Não tenho necessidade disso. Ele ainda está na barriga da mãe, pode fazer o que quiser com ele.

-Certo!

XXX

-Kai isso é ridículo! Não temos para onde ir.

-Mas eu não posso deixar que eles matem nosso filho.

Kaira abraça Kai

Sentury corre floresta adentro até dar de cara com o muro que rodeava Cernak.

-E o fim Kai! Nunca conseguiremos ultrapassar o muro.

Os dois se abraçam

Vivene aparece.

-Vivene!

-Olá! Eu estava acompanhado vocês e vi que estão com problemas.

-Você falou que ajudaria a gente caso precisássemos não é?

-Sim.

-Pois estamos com problemas. Nossos clãs querem matar nosso filho. Tem como ajudar a gente?

Vivene respira fundo.

-O que vocês querem exatamente?

-Tem como fazer uma magia para fazer eles não quererem matar meu filho?

-Não. Magia para extinguir o ódio é incrível, mas isso é impossível até para as fadas. Se pudéssemos fazer isso nos teríamos lançados há anos para seus clãs se unirem de novo. No máximo eu poderia lançar o mesmo feitiço que lancei em vocês, mas ainda assim ele tem um limite de quantidade que posso usar por dia.

-Então o que você pode fazer?

Vivene morde os lábios. -Eu posso teleporta você para um lugar longe de seus familiares.

-Tem um lugar assim em Cernark?

-Não. Mas existem num outro lugar, bem longe daqui onde suas famílias deixarão você é seu filho em paz.

-Serio? Mas, perai! Você? No singular? -Kaira olha para Kai.

Barulhos e gritos se aproximam do muro.

-O local que eu falo é muito longe. Quanto maior a distancia que eu tenho que teleporta, menos pessoas eu posso levar é mais tempo eu tenho que esperar para fazer um novo teleporte. Para o local onde eu quero levar você, eu só poderei teleportar um.

-Teleporte Kaira! -Fala Kai!

-Claro que não! Eu não vou abandonar você.

-Kaira, me escute! Você vai à frente é eu vou logo atrás de você.

-Eu não sou burra! É claro que você está falando isso para me tranquilizar.

Kai beija Kaira.

-Por favor! Obedeça-me. Vá com Vivene e salve nosso filho.

O jovem retira seu colar e entrega para Kaira.

Kaira começa a chorar. -Eu devia ter me declarado antes!

-Não acho que faria diferença, mas pelo menos a gente poderia se curtir por muito mais tempo. Cuide de nosso filho.

Ele sela um beijo na testa de Kaira.

-Eu te amo!

A mulher chora

-Eu te amo! -Kai repete a frase.

-Eu também te amo. Diz Kaira entre soluços

-Podemos ir? -Vivene pergunta

-Sim, Vivene. -Fala Kaira.

A fada segura no ombro da mulher e as duas somem.

Kai fica encarando o muro. Ele sorria.

Ele ouve um barulho, sua irmã acabará de sair da floresta.

-Olá Haru!

-Onde está Kaira?

-Onde estão os outros?

-Chegando lá atrás. Onde ela está Kai?

O moreno suspira.

-Eu acho que vocês nunca vão mudar, não é? Não importa quanto tempo passe nossos clãs nunca vão se juntar.

Outros começam a surgir de dentro da floresta.

Eu desisto. Nunca vou me encaixar nos pensamentos de vocês. Sentury, prepare-se.

Haru estremece. -Como é?

Tem certeza disso? Sabe o desfecho que isso vai ter?

-Sim, eu sei. Mas depois de tudo eu vou ser condenado por traição, mesmo sendo o herdeiro não acho que irei escapar, então, por favor, Sentury ataque Haru e todos perto delas.

Tudo bem.

XXX

Kaira pisca os olhos diversas vezes. Ela olha em volta, ela estava num lindo lugar.

-Onde estamos?

-No reino de Dannan. A morada das fadas.

-Era esse lugar que queria me trazer?

-É o local mais seguro que pensei para te trazer

-E Kai?

Vivene abaixa o olhar. -Eu até posso voltar para teleportar ele quando o tempo de recarregar o teleporte esgotar, mas…

-Não precisa completar. Kaira toca em sua barriga, solta um grito altíssimo e começa a chorar.


Notas Finais


É estranho escreve hentai depois de só escrever yaoi kkkkk
E essa é a historia dos pais de Kuroro.
Uma curiosidade e que eu baseei essa historia em Romeu e Julieta
O próximo spin off vai contar a historia da Kaira vivendo em Meteor City até o nascimento de Kuroro.
Eu vou tentar escrever uma historia menor, mas não vou prometer nada, pq eu realmente acho que esse spin off vai ser maior.
Perdoem os erros
Bjs, até outro dia.


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