História Uma Linda E Perfeita História De Amor - Vida Nova

Vida Nova

                                                  Era noite e todos estavam em torno da mesa larga. A Sra Weasley terminava o jantar, o Sr. Weasley parecendo cansado mas satisfeito tomava um copo de wisk de fogo, Hermione parecia distraída e Harry, Gina e Ronny conversavam em voz baixa.

-- Que houve com a Mione Ronny?

-- Não sei cara, ela tá assim desde a tarde, você sabe de algo Gina?

-- Não, mas acho que sei o que pode ser. Ela disse olhando de lado para a miga. -- Acho que ela está preocupada com os pais.

                                                              Ronny deu um tapa na própria cabeça, como poderia ter se esquecido, ele era um trasgo mesmo. Se levantou com a intenção de ir falar com Mione quando ela mesmo falou.

-- Sr. Weasley, será que eu podia lhe perguntar uma coisa?

Parecia que Harry Ronny e Gina não eram os únicos que haviam percebido o jeito da menina, até a Sra. Weasley deu uma olhada para trás.

-- Claro Hermione, o que precisa?

-- Bo bom, eu quando, bem, quando decidi com Harry e Ronny que iríamos caçar as Orcruxes, obliviei meus pais. Ela começou com o rosto preocupado. -- Agora, estou pensando em reverter o feitiço, mas não sei se é um bom momento. -- O Sr. poderia me falar como está o ministério e o mundo mágico? Terminou dando um suspiro.

O Sr. Weasley se arrumou melhor na cadeira e olhou para os 4, claro que os outros 3 agora também prestavam atenção. Nessa última semana não haviam saído de casa, lido jornais ou recebido cartas.

-- As coisas estão caminhando aos poucos meninos. -- Nesse 1 ano que Você-Sabe-Quem esteve no poder, muitas mudanças erradas foram feitas. -- Kingsley está como ministro e para mim, não há ninguém melhor agora. --Me orgulho muito de você Hermione, são poucos os bruxos na sua idade que conseguem efetuar um feitiço de memória perfeitamente, mas por que a surpresa, afinal, se trata de você não é mesmo? E bagunçou os cabelos da morena de forma paternal.

Hermione sorriu com os olhos úmidos.

-- Então o Sr. acha que eu podia buscar meus pais?

-- Acho que sim, mas, pra onde os mandou?

-- Austrália.

-- Sei... Não seria mau de repente solicitarmos a ajuda dos aurores, bem que pra vocês não iriam negar nada. Sorriu para os 4 que coraram.

-- Mione, posso falar com você rapidinho? Ronny sussurrou no ouvido dela.

-- Vamos jantar, preciso falar com vocês também.

                                                  Depois disso só foram ouvidos o rádio que tocava uma poção para um coração apaixonado, enquanto comiam a maravilhosa comida da Sra. Weasley.

Com as barrigas cheias e depois de serem obrigados a comer até a sobremesa, os 4 se levantaram e subiram as escadas em direção ao quarto das meninas.

Chegando lá, Harry sentou na cama e bateu no colchão chamando Gina que encostou as costas no peito do moreno. Ronny olhou, mas não falou nada. Hermione deu um sorriso aos 2 que sorriram para ela de volta.

-- Que você precisava falar com a gente Harry? Hermione falou e sentou na poltrona com Ronny.

Foi a vez de Gina e Harry sorrirem para o casal depois de trocar olhares divertidos de até que enfim.

-- Sei que é difícil, vocês não imaginam o quanto, ainda sonho com tudo e... Pigarreou, era difícil falar. Gina apertou sua mão. Ronny e Hermione baixaram os olhos.

-- Mas precisamos resolver muita coisa. -Estudos, pensei em mandar uma carta a McGonagall, tem os milhares de pedidos de entrevistas, as muitas reuniões, sei que não é o momento, mas, eu estou perdido também com tudo. Terminou suspirando.

-- Harry eu também andei pensando em tudo isso, não é o momento, vamos pra segunda semana desde tudo, mas, em algum momento vamos precisar resolver as coisas. -Que vocês acham? Se virou para os outros 2. Afinal, eles tinham as perdas mais recentes.

--Acho que vocês estão certos, ficar aqui isolados não vai ajudar. -As pessoas que perdermos foi para um mundo melhor, e ficarmos sentados aqui não está adiantando.

Todos estavam paralisados depois da fala de Ronny, o olhavam espantados, Hermione de boca aberta parecia petrificada.

--Que foi? O ruivo perguntou quando viu os amigos.

--Ro Ronny, é você mesmo?

Gina questionou.

--Por que?

--Nunca imaginaríamos você sensato.

Todos caíram na gargalhada. Hermione se sacodia de tanto rir, Gina tampava a boca com as mãos e Harry ria largamente. Ronny depois de entender entrou na risada, parece que a guerra trouxera maturidade a ele também.

A Sra. Weasley entrou no quarto e a cena a sua frente foi mais eficaz que todas as poções que ela havia tomado desde o fim. Os 4 jovens que gargalhavam sem qualquer preocupação agora, já foram antes jovens que derramavam lágrimas e que já sofreram tanto que mereciam serem felizes e ela ajudaria.

--Muito bem vocês 4, agora pra cama, trouxe chocolate quente, mas bebam logo e meninos, pro quarto. Ela disse fazendo os copos irem para cada pessoa.

--Obrigada Molly. Harry falou sorrindo feliz para aquela que ele tinha como mãe.

--Que isso querido, você e Hermione são meus tão quanto qualquer outro Weasley.

Após o chocolate quente que aqueceu a todos, os meninos se despediram e subiram. Ficou acertado que pediriam ao Sr. Weasley uma indicação de uma repórter suficientemente boa para fazer apenas uma entrevista, logo depois, enviariam uma carta ao ministério para resolver a situação de Hermione e uma para Hogwarts para o fim dos estudos.

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             No dia seguinte desceram bem cedo, as meninas já estavam na mesa e o Sr. Weasley vestido para o trabalho.

- Bom dia! Disseram os 2 quando se sentaram. Logo receberam um prato com ovos e torrada junto a um grande copo de suco da Sra. Weasley.

--Sr. Weasley, gostaríamos de finalmente dar uma entrevista, mas queríamos saber uma boa repórter que seja fiel a tudo que falarmos. Harry resolveu entrar logo no assunto que queriam discutir.

--Bom Harry, conheço uma menina que se formou junto com Carlinhos, ela trabalha pro Profeta, mas é uma pessoa muito profissional e do lado do bem.

--Ótimo, pode falar pra ela que queremos marcar uma reunião, mas não avise muita gente.

-- Tudo bem Harry, fica tranquilo.

Até mais tarde meninos! O Sr. Weasley se despediu e saiu pela porta da cozinha para aparatar.

- Vocês, vão logo falar com a Profa.  McGonagall, acho bom resolverem isso o quanto antes. A matriarca dos Weasley falou retirando os pratos vazios e indo em direção a pia.

 --Eu e Ronny vamos fazer um roteiro para a entrevista. --Gin, vem com  a gente? --Hermione, escreva você a carta para a escola, você faz isso melhor.

--Não amor, preciso escrever uma carta também. Ela disse corando e olhando para outro lado.

--Gina, pra quem você vai escrever?

Ronny quis saber enquanto subiam as escadas.

--Nada maninho, nada que você possa enfiar seu nariz.

--Ui! --Alguma carta secreta? --Toma cuidado amigo. Falou dando tapinhas nas costas de Harry.

--Cala boca Ronny, deixa de ser idiota. Gina retrucou aborrecida.

--Parem! --Não vão começar de novo. Hermione já pegava pena e pergaminho. – Vou aproveitar e pedir ajuda dos aurores para encontrar meus pais também. Ela continuou porém, mais baixo e se sentou para começar.

--Vem Ron, vamos lá escrever a entrevista. – Tchau  ruiva. Deu um beijo em Gina que ainda olhava feio para o irmão. Ronny também beijou Hermione e os dois saíram.

Enquanto Hermione aproveitava para escrever sua carta, Gina se virou para o outro lado, vendo se a amiga observava algo, pegou sua própria pena e pergaminho e começou a escrever a carta que queria, só esperava que a surpresa fosse uma resposta positiva.

Afinal, o trio com certeza tinha um futuro pela frente e o que menos ela queria era ser vista somente como a irmã caçula e Ronny ou namorada de Harry Potter. Ela podia ser mais e ela seria mais. Alcançaria seus sonhos e teria seu próprio brilho.

Não que a ruiva quisesse ser famosa ou escondesse qualquer sentimento de inveja, isso nunca. Mas, queria ter seu valor, se sentir útil, saber que pode viver do seu próprio sustento. Só ela sabia como foi viver sempre a parte do trio, ficar sempre de lado. No último ano principalmente, ela junto de Luna e Neville até que estiveram à frente, mas não era assim que ela queria.

 Queria poder ser ela mesma, fora de uma guerra, sem a sombra de ninguém, sem a super. proteção que lhe acompanhava desde pequena. E seria, não seria mais rotulada, seria Gina Weasley, apenas o que pudesse ser.