História Uma noite - Capítulo 1-3

- me dê um drink de frutas, por favor! – falo para o garçom do outro lado do balcão e enquanto ele faz a bebida, abaixo a cabeça e fico brincando com meus pês, esperando a mesma ser feita.

  Depois de poucos minutos, levanto o olhar o analiso todo o local. Atualmente em um bar, no centro, um lugar bem famoso frequentado por muitos alfas e betas, raramente ômegas como eu. Hoje o bar está meio vazio, as mesas de cedro branco e as cadeiras revestidas com couro negro espalhadas pelo local estão ainda brilhando em reflexo as luzes neon revelando que ainda não foram usadas.

  Segundos de contemplação, sinto me chamarem, sem nem perceber vejo que estava virado de costas para o balcão. Ajustando-me de volta no banquinho e vejo que era o barmen me chamando. Ele deposita a taça com um liquido cheiroso igual a tutti frut na minha frente e com um sorriso se despede e vai atender outro cliente do outro lado do balcão. O balcão era formato de um ‘0’, ficava no meio do bar, tendo mesa em todos os sentidos.

  Pegando a taça do balcão depois de me deliciar com o cheiro, tomo suavemente um gole do liquido. Minha cara ficou vermelha e meus olhos lacrimejaram, não de tristeza, mas devido ao auto teor alcoólico, cerca de 46,75%. Sempre fui fraco para bebidas, ele cuidava de min e sempre me pedia para não sair por ai bebendo como um cachaceiro. Mas hoje ele não estar aqui, então vou “aproveitar” a oportunidade.

   Depois de mais alguns goles, me sinto tonto. Minha visão meio turva e uma leve dor de cabeça se faz presente depois de alguns minutos. Não aguentando mais, coloco a taca de volta no balcão. Minha cabeça e meus olhos doem, fecho os olhos e tento organizar minha mente, a tontura e náusea se fazem presente também, quem poderia imaginar que com poucos goles fiquei nesse estado deprimente? Meus pensamentos novamente voam em uma certa pessoa e em direção a algumas horas mais cedo neste dia….

{ALGUMAS HORAS MAIS CEDO......}

- já disse que não Ângelo! Porra, será que dá pra pelo menos me escutar antes de ficar tomando decisões desse nível? – o maior estava irritado, olhando de forma autoritária para Ângelo, esperando uma explicação para tudo aquilo.

- E-eu pense em como você estava ocupado e realmente não queria incomodar você! – Ângelo tentou argumentar mesmo sabendo que o que ele fez foi errado, suas mãos estavam segurando de forma nervosa a toalha em volta do seu corpo que molhava levemente a cama do casal. Ângelo topou ir em uma viagens de uma semana com seus amigos e nem avisou seu namorado, agora estava visivelmente arrependido, tentando concertar coisas. Abaixou sua cabeça, não conseguindo olhar para a carranca e o olhar inquisitivo do mais velho.

- dessa vez você passou dos limites, você por acaso esqueceu sobre o que dissemos quando viemos morar juntos? - sob seu olhar, Ângelo assentiu e recuou com o rosto corado de vergonha – “nunca esconder nada um do outro e sempre discutirem quando forem tomar algumas decisões de alto nível. Ter sempre o consentimento de ambos e o mais importante”. E o que você fez? Simplesmente jogou nossa promessa no lixo como se não fosse nada! – devido a sua fúria desenfreada socou descuidadamente a parecer atrás dele e formou uma pequena cratera devido a sua forca excessiva. Mas ainda estava com muita raiva.  Ele, caio, chegou em casa cansado, perguntou para seu namorado se algo aconteceu, mas o mesmo disse um bem claro: não. Caio indiferente a reação anormal no tom de seu namorado apenas ignorou. Passando a tarde, os dois almoçaram, merendaram e ao anoitecer assistiram alguns filmes. Em determinado tempo do primeiro filme, Ângelo disse que estava se sentindo sujo e foi tomar banho enquanto caio relaxou mais no sofá, quase se deitando no mesmo, se apoiando com o cotovelo no braço do sofá enquanto suas pernas em cima do outro braço. Os minutos passaram e enquanto o ômega banhava, seu celular apitou. Caio que assistia distraidamente notou o som e pegou o celular do menor que estava em cima da mesa, ele estava preste a desligar o som e o celular, quando seus olhos bateram nas notificação: “grupo viagem” que estava aparecendo em primeiro lugar entre as notificações e continuava a fazer o celular tremer, chegando carradas e mais carradas de mensagens, curioso caio apertou na tela e foi enviado para o aplicativo, abrindo as mensagens. Depois de ler conteúdo das mensagens, o rosto de caio ficou sombrio. Ele se levantou, pausou o filme e foi em direção ao quarto deles e esperou Ângelo terminar de banhar. E é isso o que está acontecendo agora.

- E-eu sei, D-desculpe.....- Ângelo novamente encara o chão, sua mente não consegue lhe dizer o que fazer ou dizer nessa situação. Ante que ele pudesse dizer algo, caio bufa e sai do quarto fechando a porta, a batendo com força. Seu som ecoou por toda a casa e assustou o menor.

   Ângelo estava estático, sentado na cama, seu corpo levemente tremeu por ver a fúria em que o outro estava. Todos os seus planos para o resto da noite foram por agua baixo. O problema e que caio descobriu muito cedo, Ângelo esperava ficar mais a noite próximo a hora de dormir para ter essa conversa, mas quem imaginaria que ao contrário das suas expectativas, ele não só descobriu como o fez de modo a ser impossível se defender contra. Ângelo sentiu grossas e pesadas lagrimas escorrerem por sua face enquanto olhava para um porta-retratos dos dois na estante acima da cama deles, enquanto em sua mente pedia desculpas.

   Na sala de estar, caio olhava de braços cruzados e uma expressão de raiva pura para a televisão, cuja estava pausado no filme de mais cedo. Caio dialogava consigo mesmo sobre suas próprias ações, admitiu que foi exagerado e sem paciência, mas o seu orgulho de alfa não o deixa dar o braço a torcer. Depois de acalmar sua raiva, decide ir no quarto para conversar melhor com o ômega. Ao se levantar do sofá a porta do quarto e aberta, revelando um Ângelo todo arrumado com uma jaqueta jeans preta, uma camisa branca de gola ‘v’, uma calça moletom verde escuro juntamente com um tênis branco e meias azul escuras. Ele também usava um óculos quadrado de cor preta com cinza, combinando perfeitamente com seu rosto redondo, seus cabelos preto com degrade e olhos castanhos claros.

  Caio ficou atordoado por alguns segundos com a bela visão a frente de si antes de volta a realidade. Endureceu novamente sua expressão e disse de forma autoritária e dominadora: - onde você vai? - seus olhos fixaram nos do ômega enquanto estufava o peito, liberando alguns hormônios dominadores no ar.