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História Uma Nova Chance - Cap.25


Escrita por: Pin232

Notas do Autor


Oii

Boa leitura❤❤

Capítulo 25 - Cap.25


Fanfic / Fanfiction Uma Nova Chance - Cap.25




                             Marco:




— Assim você está agindo errado, Marco.— Renata me diz depois de me ouvir. Havia pedido uma consulta breve com ela para que me ajudasse a lidar com Paolla morando na mesma casa que eu, mas me tratando como colega.— Vocês dois estão se tratando como colegas, irmãos e isso também não ajuda. Eu não to dizendo exigir que ela durma com você, lhe beije, esse tipo coisa, mas deixar as coisas como estão não vai resolver.

— Eu tenho medo de ela... Sei lá, achar que eu to forçando a barra e pedir pra se mudar pra casa da mãe.

— Eu entendo, é difícil mesmo, a Paolla não se lembra de nada e ainda está se adaptando, mas ela precisa não só da minha ajuda como a sua também. Você já fez bem encarando isso como uma reconquista, mas não pode sentar e esperar que ela se apaixone por você. Olha, faça um exercício, se pergunte o porquê de ela ter se apaixonado por você, o que ela viu em você e mostre à ela outra vez.

— Eu não sei como fazer isso. Eu já levei ela ao lugar onde ela trabalhou, passamos na praça, já pensei em levar ela pra jantar ou um programa romântico mas isso me parece precipitado.

— Não necessariamente. Faça sim programas à dois, inclua ela mais na sua rotina... Sei lá, pense em uma atividade que vocês possam fazer juntos, leve-a à lugares onde vocês possam conversar, mostre à ela coisas que sabe que ela vai gostar.

— Entendi. Alguma sugestão?

— O que ela gosta de fazer nas horas livres?

— Pintar, dançar, ler, ir ao cinema, mas no geral ela gosta de sair, conhecer lugares, pessoas... Ela é totalmente meu oposto na maioria dos aspectos.

— Entendo. Então façam aula de dança pra casal, isso é ótimo, vocês vão trabalhar juntos, vão ajudar um ao outro, vão se divertir, passar um tempo juntos e ainda faz bem à saúde. Só vantagens.— Ela diz com um sorriso no rosto.

— Isso vai dar certo mesmo?

— Não custa tentar.

— Eu vou fazer isso.— Digo fazendo menção de me levantar, ela faz o mesmo e trocamos um aperto de mão. — Muito obrigado e me desculpa ter pedido pra você passar aqui depois do seu horário, mas é que eu realmente precisava muito do seu conselho.

— Imagina foi um prazer, pode me procurar sempre que precisar. Até qualquer dia.

— Até.

A levo até a saída já também estava indo embora pra casa, já eram oito da noite e estou há tempo demais aqui.


                                ( . . . )



Entro no apartamento e estranho o silêncio, temendo que ela tenha ido embora, mas sorrio ao ver a luz do quarto que preparei pra ela, aquele cômodo sempre foi vazio, quando compramos essa casa optamos por um quarto a mais se caso tivéssemos um filho, por uma época até tentamos mas acabou não dando certo, e depois de se frustrar três vezes com testes negativos, Paolla acabou desistindo dizendo que não devia ser o momento ideal para se ter um filho e nunca mais tocamos no assunto, o quarto ficou alí, fechado e sem utilidade, isso até ontem, quando o transformei numa sala de pintura, um local em que ela se sentiria confortável, se ocuparia já que não poderia voltar ao emprego e também, se fosse o caso, seria um ótimo lugar se caso queira ficar sozinha, pensar um pouco.


— Gostou da surpresa? — Digo e ela se vira em minha direção.

— Oii!! É maravilhoso, eu amei! Você pensa em tudo mesmo... Obrigada.

— Só tá precisando de uma cor, não é?

— E como! E você podia me ajudar.

— Achei que artistas preferissem criar sozinhos.

— Não eu. — Ela diz me puxando para dentro e fechando.— Eu gosto de companhia. E estou aprendendo a gostar ainda mais da sua...

É impossível não sorrir e sentir o coração bater mais forte. A iniciativa foi toda dela. DELA.

— Então vamos lá, decorar seu espaço.— Digo pegando um pincel enorme e um balde de tinta.— O que você pretende fazer.

Ela sorri e pega um pincel, mergulha na tinta e o sacode em direção à parede, espalhando inúmeros respingos de tinta azul na parede branca.

— Arte!— Ela diz com um sorriso moleque.

Pego meu pincel e faço o mesmo. Até que não ficou ruim, mas o dela estava prefeito até atirar tinta na parede essa mulher consegue fazer com perfeição.

— É, não ta ruim.— Ela brinca e me dá outro balde com outra cor.

— Espera, já que a gente vai fazer isso, eu vou trocar de roupa. Já venho.

— Eu também, eu tive uma ideia. Eu vou passar no mercadinho lá embaixo.

— Pra que, maluquinha? — Pergunto em meio à um riso frouxo.

— Vou comprar um pacote de bexigas e um recipiente pra guardar ketchup, mostarda, maionesse, essas coisas. Você vai ver.

Ela diz e sai. Vou para meu quarto colocar uma roupa velha e aproveito para pedir uma pizza, o local era um pouco longe e demoraria bastante à chegar, mas era meu local favorito e valia a pena e também daria tempo de pintarmos a sala e nos trocarmos.

Paolla chega assim que finalizo o pedido, ela estava com uma sacola pequena na mão e fez sinal para que eu a acompanhe até o quarto.

— Era pra eu entender quando você chegasse, certo?— Pergunto ao ve-la abrir o saquinho e pegar o frasco de ketchup e mostarda, enchendo-os de tinta.

— É pra pintar. A gente vai apertar o frasco e vai espirrar tinta na parede e as bexigas vamos encher com um pouco de água e tinta pra estourar.

— Aaah! Garota, você pensa em tudo. — Digo pegando o recipiente e apertando na parede sem rumo e sem forma aparente, simplesmente jogando e espalhando.

Paolla foi enchendo as bexigas e jogando contra a parede em diversos lugares, ao contrário de mim, parecia saber perfeitamente o que estava fazendo e tudo parecia minimamente calculado. Fico a observando encantado, isso até sentir uma bexiga estourar próximo ao meu ombro, a tinta voou no meu cabelo, na parede, escorreu pela minha roupa, espirrando até na porta, que ficava do outro lado.

— Desculpa! — Ela diz mas seu olhar e seu sorriso contido entregam que foi proposital.

— Ah, é? — Digo pegando o frasco de esguicho, como o chamarei agora.

— Não, espera, foi querer! — Ela diz dando passos bruscos pra trás e rindo ao mesmo.

Ela pega uma balde de tinta e ameça joga-lo todo em mim.

— Olha a covardia! Eu só tenho o esguicho aqui!— Brinco.

— Não se atreva! Eu tenho um balde e não tenho medo de usa-lo.

Mesmo assim eu atiro a tinta nela e como estava próximo consigo segurar o balde e ele caindo no chão, espirrando tinta em nós dois. Aproveito a tinta e passo meus dedos sujos em seu rosto.

— Olha como você é! Não sabe nem brincar! — Ela diz passando tinta em mim também.

— Eu que tava com o balde, né? Agora, receba, aqui, aqui e aqui também. — digo passando meus dedos em sua testa, bochecha e queixo.

Agora não estávamos nem aí para a parede, transformamos aquilo numa guerrinha, tendo mais tinta em nós do que em qualquer outro lugar, o momento foi preenchido com gargalhadas altas.

— AI, PERA AÍ! — Ela grita colocando a mão no rosto que eu havia acabado de espirrar tinta. Na hora levei um susto, acho que fui longe demais e devo te-la machucado.

— O que foi?— Pergunto me abaixando em sua direção.

— Espera... Meu olho...— Ela diz ainda com a cabeça baixa.

— Deixa eu ver.— Digo tentando tocar seu rosto.

— Há! — Ela me assusta estourando a última bexiga em mim. Era vermelha e eu fiquei parecendo um corpo assassinado à sangue frio.

— Seu olho não tava machucado?!? Isso é golpe baixo, viu! Não valeu!— Digo e ela ri colocando uma mecha do cabelo que soltou para trás.

— Ah, para! Foi engraçado você todo culpado, todo preocupado comigo. — Ela diz se e aproximando.

— Isso foi muito baixo, viu. Isso não se faz.

— Não, é? Você ficou preocupado mesmo? — Ela pergunta cruzando os braços.

— Só porque achei que tinha cegado você. — Provoco fazendo marra e ela ri.

— Sei... Todo preocupado aí. Mas na hora de me jogar tinta não tava nem aí, né?— Ela diz com um olhar de provocação e um sorriso furtivo.

— Você que começou. Agora vai ter troco.— Digo e ela ameaça correr pra fora do quarto, mas no impulso lhe puxo pela cintura e colo nossos corpos, nossos rostos ficam à poucos centímetros de distância, de modo que eu pude sentir sua respiração quente se misturar com a minha, percebo que ela ficou desconcertada e eu também.

— Vai aonde?— Sussurro e sua respiração acelera. Ela nada responde. Coloco a mecha rebelde de seu cabelo para trás e limpo a tinta que escorria de sua bochecha, ela olha em direção aos meus lábios e suas mãos vão parar em minha cintura. Eu queria beija-la naquele momento, não sei se ela sentia o mesmo mas também não recuou. Eu teria a beijado, teria, isso se não fosse o interfone tocando no exato momento.

— Eu...— Ela pigarreia fraco.— Eu atendo.

         

                 Droga de pizza...


Notas Finais


Obrigada por ler💛💛

Bjs da Maah😙😙


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