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História Uma Nova Chance - Cap.75


Escrita por: Pin232

Notas do Autor


Oiii

Boa leitura❤❤

Capítulo 75 - Cap.75


Fanfic / Fanfiction Uma Nova Chance - Cap.75




                             Paolla:



— Eu deveria me preocupar com um possível sequestro? — Brinco após um tempo de caminhada.

— Depende, talvez eu precise de uma boa quantia em dinheiro. — Ele diz e me olha por um nanosegundo e dá uma piscadinha. — Mas não se preocupe que é um lugar legal.

— Você nunca esteve aqui, como que conhece um lugar legal e eu não?

— Quem disse pra você que eu nunca estive aqui? Eu já morei aqui por muitos anos, me mudei quando terminei a faculdade. Agora voltei às raízes. — Ele diz e eu posso notar seu olhar nostálgico.

Não demorei muito à entender onde realmente estávamos indo. Era a cafeteria que eu trabalhei quando mais nova.

— Eu conheço esse lugar!— Exclamo abrindo um sorriso.

— Costuma vir aqui?

— Na verdade não muito. Mas eu trabalhei aqui na adolescência.

— Eu trabalhei aqui também. Fiquei no lugar de uma menina que tinha sido demitida depois de quebrar uma máquina de sorvete.

— E de oferecer café de graça para o futuro marido dela. — Digo com um sorriso brincalhão no rosto. — A propósito, era eu a menina. Você trabalhou no meu lugar.

— Caramba... Sua amiga me odiava, acho que me odeia até hoje.

— A Dani?— Me refiro à minha antiga colega.— Impossível.

— Verdade!— Ele diz e entramos no estabelecimento.


( . . . )


— Não, ela nunca faria isso!— Digo em meio à risos enquanto ele me contava uma de suas histórias daqui, já estávamos há tanto tempo falando, rindo e trocando experiências da época de atendente que eu já nem sabia mais.

— Ah, nunca! Ela me largou com aquela máquina doida de café que ligava e desligava quando bem entendia no meu primeiro dia! Tem noção do quanto eu fiquei apavorado?

Eu apenas ria sem parar, só eu sabia arrumar aquela belezinha.

— E o dono não teve coragem de comprar outra?

— Como se adiantasse, no meu tempo ele trocou uma vez e a nova tinha dias que não esquentava o café.

— E acho que essa nova aí é rebelde e tem até hora pra descanso.— Digo apontando o mesmo menino que eu lembrava vagamente de ter ajudado, ele desligou a máquina, esperou e depois ligou outra vez.

Ele sorri e meneia a cabeça, levando o último pedaço de seu bolo à boca, enquanto eu, apenas beliscava um lanche natural e bebia um gole de suco de limão.

— Antigamente só vendia café, pão e bolo, coisas matinais, depois ampliamos pra sorvetes, depois lanches rápidos e agora isso aqui é praticamente um restaurante.

— E não mudou nada né? A estrutura é a mesma desde que eu me lembro.

— Verdade e olha que isso existia há muito mais tempo que a gente, acho que é por isso que as pessoas gostam daqui.

— A nostalgia é boa.

— É...

Dito isso ficamos em silêncio um pouco, depois ele me contou sobre o hospital e como andavam as coisas por lá, depois emendamos o assunto com o trabalho, falamos da época da faculdade, mesmo que não tivéssemos feito juntos, tínhamos muito mais em comum do que pensávamos e com isso o assunto foi se alongando, alongando, até perdemos a noção do tempo e uma chamada na emergência nos coloca de volta na realidade, era para ele. Ryan paga o moço e sem esperar o troco, deixa o local acompanhado por mim.

Como a chamada não era pra mim, fui até a sala de coleta de sangue ajudar no que precisavam, lá não estava tão agitado quanto de manhã, que é o horário que normalmente as pessoas fazem mais exames, mas eu aproveitava para separar os materiais e manda-los para o laboratório do hospital. Depois disso caminho até a lanchonete do hospital, onde eu compraria um pudim de chocolate que estava desejando no momento.

— Paolla, onde você tava?!?— Gabi pergunta em tom alto me fazendo virar-me em sua direção.

— Na sala de coleta. Aconteceu alguma coisa?

— Não, antes! Onde você tava esse tempo?

— Ah, eu saí pra almoçar com o Ryan. A gente perdeu a noção do tempo, ficamos conversando... Acredita que ele trabalhou no mesmo café que eu?— Digo com empolgação e ela me da um sorriso tímido. Na hora estranhei, mas logo entendi quando Marco entrou no meu campo de visão.

— Deve ter sido muito divertido, né? À ponto de você não olhar o celular.


Na hora fiquei muda, meu olhar oscilou entre ele e Gabi, que também não disse absolutamente nada.

— Marco...

— A gente conversa mais tarde, você tá em horário de trabalho. — Ele diz de modo seco.

Respiro fundo, sei que é inútil tentar explicar alguma coisa agora e aqui. Marco apenas meneia a cabeça e sai.

— Acho que hoje eu vou precisa de carona pra casa.— Digo e Gabi apenas concorda.

— Paolla, você não devia ter feito isso, sabe que o Ryan é apaixonado por você. — Ela diz em tom de repreensão. — Isso pode acabar alimentando falsas esperanças nele, não é legal.

— Eu não to, juro! Saímos como amigos e ele que insistiu, fez tanta questão que eu acabei topando. Claro que eu não pretendia ir além do horário, era pra ser só alguns minutos e eu acabei esquecendo o celular no armário junto com o jaleco.

— Eu sei que você não fez por mal.— Ela diz pegando em minhas mãos.— Mas o Marco ficou bravo e com ciúmes.

— Sem motivo nenhum! Agora eu vi mesmo, não posso ter amigos homens?!?

— Você sabe que o Ryan gosta de você e pelo visto ele também já percebeu!

— Eu sei. Mas o que importa é o que eu sinto! E o Marco sabe o quanto eu sou apaixonada por ele!

Gabi não diz mais nada, apenas dá um leve balançar de cabeça e voltamos ao serviço, ficando mais algumas horas até terminarmos o turno.

— Boa sorte, amiga. Qualquer coisa me liga.

— Pode deixar. Obrigada e até amanhã.

— Até...

Entrando em meu apartamento, noto que apenas a luz do nosso quarto está acesa, então caminho até lá.

— A gente pode conversar?— Pergunto entrando no local.

Marco se vira em minha direção e se coloca de pé.

— Marco, você não pode ficar bravo e de birra só porque eu sai pra almoçar com um amigo, não pode ficar irritado e detestar todo homem que chegar perto de mim, eu não gosto disso!

— Eu não to com raiva. Eu fiquei preocupado, Paolla! Você não me atendeu o dia inteiro, não lê minhas mensagens, nem sua melhor amiga sabia onde você estava, o que queria que eu pensasse?!? Você tem mania de esconder quando está passando mal e isso me preocupa! Aí quando eu chego lá, descubro que você saiu com seu amigo e esqueceu da vida!

— E você queria o que? Que eu tivesse morta? Que eu tivesse internada em algum hospital pra você se sentir melhor e jogar a culpa em mim depois?!?— Questiono estupidamente.

— É lógico que não! Mas eu queria que no mínimo você tivesse um pouco de consideração e me avisasse.

— Nossa, desculpa se eu não te dou satisfação de cada passo que eu dou! Me perdoe, não sabia que era sua prisioneira!

— Paolla, para com isso! Eu fiquei preocupado com você, é errado?

— Não! Mas além de preocupado, você ficou raiva e me largou praticamente falando sozinha só porque eu almocei com o Ryan!

— É óbvio! Não gosto daquele cara!

— Você não tem que gostar de nada, ele é meu amigo e não seu!— Esbravejo.

— Pelo visto não dá pra ter uma conversa civilizada com você, não é?

— Não, não dá mesmo, não!!— Grito de volta sentindo os olhos marejarem. Hormônios...

— Ótimo então!— Ele diz e passa por mim, saindo do quarto e depois passando pela sala.

— Ei, onde você vai?!?— Questiono ao ver que ele iria deixar o apartamento, mas não obtenho resposta, ele apenas fecha a porta atrás de si.






Notas Finais


Obrigada por ler💕💕

Bjs da Maah😘😘


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