Durante dois meses andei procurando pelo meu pai, de porta em porta, mas ele é um famoso cientista, então tem seus belos motivos para se esconder: a mídia.
Todos os dias estão sendo iguais. Mas, não hoje.
Levantei cedo, e fui tomar um café. Planejei de ir a um bairro que eu não tinha circulado ainda. Quando sentei na cadeira, vi um papel perto da porta, e deduzi que alguém o deixara ali por debaixo dela.
Nele estava escrito:
“Bom dia lobinha. Dormiu bem? Espero que sim. O dia hoje vai ser emocionante. Conhece o famoso Daniel Marshall? Estou com ele aqui, e ele é muito legal. Suas teorias de como a vida é valiosa me fascinam. Mas acho que ele não verá o dia de amanhã.
Venha para o jantar.
N.M”
Nesse momento entro em desespero. Porque ele estaria ameaçando o meu pai? Eu só o reconheci pelo “lobinha”, no começo do bilhete. Então peguei o meu carro e fui até a casa dele. Toquei a campainha e a Carmen abriu.
- Bom dia. Em que possa ajudá-la senhorita Hayley? – ela pergunta
Eu já vou entrando e perguntando onde está o meu pai.
Eu vou andando até chegar à sala de estar onde vejo meu pai sentado numa cadeira normal e amarrado.
- O que é isso? – eu falo
- Eu decidi amarrá-lo. Não que ele possa fugir, mas imprevistos acontecem, não é mesmo? Por exemplo, eu te chamei para o jantar, e você veio para o almoço. – ele ironiza
- Solta ele. AGORA! – eu grito
- E por que eu faria isso? – ele pergunta
Eu fico o encarando.
- Você nem me deixou falar: Não! Não me desliga dos meus híbridos – ele finge estar atuando. Mas logo volta ao normal. – Você sabe como foi difícil criá-los? – ele grita
Demoro em perceber, até que meus pensamentos saem pela boca.
- Klaus? – arregalo os olhos
- O único! – ele tem um olhar vingativo
Fico paralisada olhando para ele.
- Hayley, acho melhor você parar de me olhar assim e conversar pelo menos uma vez na vida com o seu pai, antes que ele morra.
Me esqueço de Klaus e a minha atenção se vira para o meu pai.
-Pai? – digo
- Hayley? Como eu senti a sua falta. – ele diz com lágrimas nos olhos.
- Eu te procurei por anos. Mas, eu nunca te encontrei. – falo
- Sua mãe, fez questão de te deixar longe de mim, minha filha. – ele diz
Eu me sento no chão com as pernas entrelaçadas, já que não posso chegar perto dele, porque Klaus está perto e o ameaçando.
- Por quê? – indago
- Eu a magoei, pequena Hayley. E como punição eu não podia te ver, esta era a forma que ela achou para me magoar. Quando ela morreu, eu só fui ao tumulo dela depois de meses. E a partir daí eu comecei a te procurar novamente.
- O que houve com o senhor? - aponto para as suas pernas
- Um acidente de carro, me fez perder a sensibilidade das pernas. – ele diz
Fico em silêncio. E ele volta a falar:
- Você está tão linda, minha filha!
- Tem que ver ela sem roupa – Klaus diz.
Eu fico olhando para ele com um olhar raivoso.
- Que foi? – ele coloca a mão na boca e continua – Ah, desculpa! Que pena que você é o pai dela né, você não vai poder ver.
Aquele momento foi o momento que eu cheguei mais perto de arrancar o coração dele. Mas, ele voltaria a viver, por causa da magia que há entre os vampiros e lobisomens correndo em suas veias.
- Mas, agora vamos conversar sério? – Klaus fala e aponta o dedo para mim enquanto anda de um lado para o outro. – Você, desligou os meus híbridos de mim, o que fez com que eles não valessem mais. Então eu tive que matá-los. Você dormiu comigo, e agora estamos numa – ele faz aspas com mão – “reunião familiar”. E agora a pergunta que não quer calar, qual será a sua desculpa, que vai mudar a minha idéia sobre matar o seu pai aqui e agora? – ele sorri
- Eu fiz tudo isso para encontrá-lo. – uma lagrima cai de um dos meus olhos que estão vidrados em meu pai. – Não é justo você matá-lo agora.
- Que comovente. Mas, isso não é o suficiente. Não foi justo o que você fez comigo.
Fico em silencio.
- Eu precisava dos meus híbridos para uma causa maior. Então, não é suficiente.
Assim que ele acaba de falar, ele corta a garganta de meu pai, na minha frente. O desespero toma conta de mim, e em segundos eu o desamarro e o coloco na horizontal deitado no chão. Ele agoniza.
E eu não consigo nem me despedir, porque a morte já o levou.
Choro debruçada sobre o corpo dele.
Agora senti um vazio completo. Eu não tinha mais ninguém. Por algum tempo eu fiquei ali chorando sobre ele até que Klaus me levantou, me arrastando.
- Me solta, me solta! – eu me balançava
Ele então me jogou num quarto e me deixou trancada. Por horas eu chorei, pensando em como eu estava sozinha.
Até que a vontade de chorar passou, e a raiva tomou conta de mim. Com apenas um chute eu arrebentei a porta. E corri até a sala, pois eu sinto o cheiro do Klaus e ele vem de lá.
Quando chegou lá, eu sinto a vida. Tudo se fez novo. O meu pai estava ali, sentado. Vivo!
Eu corro e o abraço. O abraço é tão forte que o deixa sem fôlego. Klaus apenas observa.
- Como você está vivo? – eu pergunto
- Eu morri com o sangue dele no meu corpo. E completei a transição.
- Você é um vampiro? – eu olho com um olhar de horror
- Não Hayley, ele é um hibrido! – Klaus sorri
- Como assim um hibrido? Porque você fez isso com ele, seu monstro. – eu digo batendo no peito de Klaus.
Ele me arrasta de novo para o quarto, deixando meu pai sozinho na sala.
- Cala a boca. – ele me fala enquanto eu estou gritando que ele é um monstro e coisa do tipo.
Fico em silencio.
- Ele só é um hibrido, por ele nasceu um lobisomem. Assim como você e eu.
Fico pasmada, pois não sabia disso.
- O meu sangue tem o poder de juntar vampiro com lobisomem. Ele é o único que encontrei durante meses aqui. Assim que eu soube o que você procurava, eu também comecei a minha busca.
- Por quê?
- Primeiro porque eu precisava de um hibrido, e segundo, porque não poderia ser o pai da garota que me fez matar todos os meus outros híbridos? – ele responde
- Você os matou porque quis. Eles poderiam muito bem continuar vivendo mesmo sem o seu elo. – eu digo ingenuamente
- Você não sabe de nada mesmo, não é? – ele fala – Eles eram lobisomens, em contato com meu sangue viraram vampiros também. Completaram a transição, e o sangue deles se modificaram. Eles eram pelo menos dez vezes mais fortes que vampiros normais, se continuassem vivos eles matariam todos de Mystic Falls em dois tempos. – ele explica
- Porque o meu pai? – eu falo com lagrimas nos olhos.
- Eu sabia que você era lobisomem, deduzi que ele também fosse. E agora você sabe que se desligar o seu pai de mim, eu irei matá-lo. E será para sempre.
Saímos do quarto caminhando juntos rumo à sala. Até que ele me fala:
- Pense pelo lado bom, muitos não tem a chance de viver perto de mim. Eu os mato antes de me dizerem oi. E para provar que você é especial, tenho mais uma surpresa...
Antes mesmo que ele fale, eu posso ver. Ver o meu pai andando.
O sangue do Klaus é tão poderoso que trouxesse a sensibilidade de novo as pernas do meu pai.
E naquele momento lindo, eu o abracei e quando eu olhei para porta, ali entrou o homem mais bonito que já conheci, depois do Klaus.
Ele era alto, extremamente fino e elegante. Dos cabelos escuros. Ao lado de uma garota imensamente linda. Dos cabelos cor de ouro profundo.
- Momento família, e somos excluídos Nik? – a garota fala
- Que isso, irmãzinha! – ele fala e vai ao seu encontro já a abraçando.
Ele finaliza o abraço e gruda no homem bonitão.
- Elijah! Quanto tempo irmão. – ele fala
Então eu pude ver que a genética da família do Klaus é extremamente boa.
Nesse momento me veio a curiosidade sobre o sobrenome deles, e então parei para reparar que na parede da sala tem um brasão e que logicamente não reparei da primeira vez que eu estive aqui, e lá tem o sobrenome deles. Eles são a família Mikaelson.
Eles se aproximam de mim, e a garota pergunta ao Klaus:
- Quem são eles Nik?
- Nik? – eu pergunto olhando para ele
- Meu nome não é Klaus. É Niklaus. – e ele se volta para ela – Rebekah, esses são Hayley e Daniel Marshall.
- Daniel Marshall? – Elijah questiona impressionado
- Sim, sou eu. – Meu pai responde
- É um prazer. – Elijah fala e aperta a mão do meu pai.
E logo me dá um sorriso de tirar o fôlego.
- Eles serão nossos hóspedes em Nova Orleans. – Klaus fala aos irmãos
E antes que eu pudesse se quer perguntar “o que?”, meu pai logo responde um enorme SIM.
E Klaus completa:
- Antes que me pergunte lobinha. Isso ai, é o elo de criação. – ele sorri arqueando uma das sobrancelhas.
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