POV Nathan
(Finalmente hehehe)
Louisa segurava Alice no colo, enquanto Annabeth amamentava Benjamin e Percy observava com muito amor a cena em que sua família se encontrava. Eu agradecia por isso (quero dizer... Por Louisa segurar Alice), pois não sei se conseguiria segurar minha afilhada. Ela era tão pequena e frágil, me fala a impressão de que eu poderia quebrá-la.
Eu observava com muito carinho cada detalhe de Alice e os guardava em minha memória. Sua boquinha tão pequena formada em um biquinho enquanto dormia. Seu cílios em onda, sem que ela precisasse de algum tipo de rímel. Sua orelhinha já furadinha e com o primeiro brinco, um brinco de coruja.
Seus pezinhos e mãozinhas se esticavam e ela se espreguiçava algumas vezes, mas logo voltava a dormir. Quando olhei levemente para o lado, afim de encontrar os cabelos quase cacheados de Louisa, a mesma me ditava com os olhos verdes brilhantes pelos quais me apaixonei.
Ela se colocou um pouco mais para o lado, mas ainda em posição confortável, e me indicou que sentasse no braço de sua poltrona. Assim que o fiz, ela voltou novamente seu olhar para Alice e eu pude observá-la sem limites.
Seus cabelos estavam muito mais longos do que quando eu a conhecera. Estavam lindos, e sempre caíam como uma cascata em suas costas. Seu peito subia e descia com delicadeza, e sobre ele repousava um cordão com pingente. Um pingente que completava o meu.
Seus olhos verdes estavam mais brilhantes do que nunca, seu tom acinzentado se fazendo presente no meio dos olhos. Uma lágrima emocionada escorreu pela sua bochecha, até encontrar seus lábios.
Admito que parei meu olhar por lá, por alguns instantes. Lábios carnudos e rosados, nem precisava de batom para destacar seus lábios do rosto. Eles estavam fechados, então nem deu tempo de pensar em alguma outra coisa. Mas sei a olhar para suas mãos e por fim, voltei ao seu rosto.
Aquela menina era perfeita.
Me tirando de meus devaneios, Louisa gemeu de dor, e eu me senti meio mal por não lembrar que ela não poderia fazer muitos esforços por causa dos ferimentos.
Prontamente, saí do braço da poltrona e me coloquei á sua frente, delicadamente pousando minhas mãos nas suas para que ela percebesse que eu queria pegar Alice.
Seus olhos pararam em minhas mãos e ela me olhou sorrindo minimamente. Colocou minha afilhada em meu colo, mais delicada que uma flor. Levantou-se e ocupou o lugar onde eu estava antes, deixando a poltrona vazia para que eu pudesse sentar.
Mais uma vez eu me perdi em devaneios naquela tarde. Pensando na minha afilhada, pensando em Louisa. Pensando se eu poderia esconder o mais novo sentimento que se encontrava em meu coração: o amor.
(...)
Quando eu ofereci o meu quarto para meu irmão, eu não pensei que ele estaria falando sério quando me expulsava de casa. O que aconteceu com aquele ditado: "Gentileza gera gentileza"?
Explicar? Claro que vou. O quarto de meu irmão foi invadido por um enxame de vespas. O qie eu fiz? Ofereci meu quarto para o casal. É claro que eles poderiam ficar por lá, eu podia dormir no sofá, se era esse o caso.
Probleminha: meu irmão me expulsou, e eu tive que "procurar abrigo" na casa de Percy e Annabeth. Tudo bem, ele não me expulsou. Ele, basicamente, disse que não me queria com dores nas costas um dia antes de começar o Colégio, então pediu um favor para Percy, que aceitou, é claro.
Eu acho que é um complô contra mim.
Por fim, ali estava eu. Um vento frio batia no meu rosto, e eu estava esperando que Percy ou Annabeth atendessem. Eram quase oito horas da noite, eu já havia jantado em casa e pego meus materiais para a escola.
Amanhã começa mais uma fase da minha vida: o Ensino Médio. Essas palavras me causam arrepio.
Annabeth atendeu a porta. Ela estava com uma blusa cor mude e calça jeans. Seus cabelos estavam em um coque improvisado (mas lindo, devo ressaltar) e no rosto apoiava o seu mais novo óculos de grau.
Ela sorriu para mim, no seu colo estava minha afilhada. Sorri novamente para ela e me ofereci para pegar a bebê, sem nenhuma palavra. Annabeth me entregou Alice a me deu passagem para entrar, deixando um beijo na minha bochecha quando passei ao seu lado. (Devemos deixar claro que eu corei)
- Boa noite. - Falei. Adebtrei o corredor que levava até a sala e me deparei com a cena mais linda do mundo. Quer dizer, eu achava que era.
Louisa usava o moletom gigante que ganhou de Nico. Suas pernas estavam desnudas, só cobertas por um short jeans. Seus pés estavam encolhidos junto ao corpo, com suas meias de bolinhas pretas.
Ela segurava Benjamin, que usava uma calça de moletom é um tip top com os dizeres "Sou da dinda". Meu coração palpitou ao perceber que Louisa me olhava, e tratei de dar um sorriso lindo, modéstia à parte.
- Boa noite Nathan. Você gosta de frango? - Percy apareceu na porta da cozinha. Ele usava uma camiseta da Universidade de Nova Roma, e uma calça de moletom igual ao Benjamin. Não vou descrever mais que isso, seria estranho.
- Olá Percy. Gosto sim... - Falei - Mas eu já jantei. - Terminei. Percy fingiu cara emburrada, mas logo depois abriu um sorriso.
- Não vai nem experimentar minha comida? - Ele falou fazendo biquinho. Era fofo, mas confesso que o de Louisa era melhor. Dei risada.
- Não vai adiantar fazer essa carinha.
- Aliás, cabeça de Alga, eu vou fazer boa parte dessa comida. - Começou Annabeth.- Os bebês já mamaram, tenho certeza que Louisa e Nathan cuidam deles enquanto eu faço a comida.
- Isso, cuidamos de nossos afilhados. - Disse Louisa. - E você, maninho, vai aprender a fazer comida gostosa com a sua noiva.
Percy fez cara entediada para Louisa, que lhe devolveu a cara e lhe mostrou a língua. Sorri e peguei meu celular com uma das mais, fazendo uma foto linda de Louisa com Benjamin.
Ela reparou, estreitou os olhos e pediu que eu fosse até lá mostrar para ela.
- Me manda. - Ela falou.
- Não.
- Ué, por que não?
- Eu vou postar. - Decretei.
E eu ia mesmo. Fui até o Instagram e coloquei os filtros. Marquei Louisa, Will e Percy, que eram os babões quando se tratava de Louisa e Benjamin.
"Os bebês que a gente respeita <3"
Ficou lindo, e logo haviam muitas curtidas e comentários. Matheus também comentou, e isso me deixou levemente incomodado, mas deixei de lado esse ciúmes.
Eu não sou um bebê! Mas o Benjamin é lindo né? Puxou a tia, claro <3
Claro que Louisa não iria comentar algo diferente, ela era sempre assim. Dei risada, curti o comentário e fui responder.
Claro que é um bebê! E o Benjamin é realmente muito lindo! Se ele nem é seu filho e já tem tanta beleza, imagine quando tiver filhos! Eles serão dignos da beleza do meu pai!
No fundo, eu esperava realmente que a beleza viesse do meu pai também. Esperava chegar ao filho dela e dizer "Ei, filhão, você é a cara do seu avô".
Louisa deu risada ao meu lado, ainda segurando Benjamin, assim como eu ainda segurava Alice. Eles adormeceram, e Louisa disse que seria bom colocá-Los nos berços e ficar por lá conversando até a hora do jantar.
Eu esperava que isso acontecesse. Que pudéssemos ter uma conversa de verdade. Sem que ninguém nos atrapalhasse. Sem que eu me embolasse. Apenas uma conversa civilizada.
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