História Uma nova vida - (Hatake Kakashi e leitora) - Casa da tia Raquel

Capítulo 32

"Depois que terminamos, fechamos a casa e saímos caminhando até a casa da tia Raquel."

Enquanto andávamos, conversamos o fato dele estar super envergonhado de dormir lá. Expliquei pra ele o quão bobo ele estava sendo, pois não tem ambiente melhor do que a casa da tia. Meu tio é aquele tio piadista, porém não, ele não solta piada do tipo "a, é pavê ou pacumê", não, ele solta piada boa, que te faz engasgar de tanto rir. Óbvio que o Hatake não iria entender nada, pois geralmente piada brasileira, só brasileiro entende, não adianta traduzir.

Passou uns cinco minutos andando, chegamos na casa da tia Raquel. Eu amo o fato de ser muito perto da minha casa, isso me faz lembrar de quando eu "fugia" de casa e ia pra lá, sempre foi o meu refúgio.

Bati na porta e já fui entrando, sempre tive esse costume aqui, pois me sentia de casa.

S/n - Oi tia, chegamos! - falo alto ao ponto dela escutar.

Tia - Oi filha, vai entrando, tô aqui na cozinha. - ela grita pra eu poder escutar.

E assim eu faço, saio puxando o platinado até a linda e perfeita cozinha da tia. A cozinha dela é tão perfeita, ela sempre gostou muito de cozinhar, então investiu seu dinheiro aqui, bem fofo.

Assim que a vejo dou um abraço nela, depois o Kakashi a cumprimenta. Eu ensinei ele falar "oi, boa noite", muito fofinho o sotaque, juro.

Ela me dá um sorriso e fala:

Tia - Eu apoio - fala alegremente.

Eu fico vermelha ali e faço o sinal negativo com a cabeça. A Raquel é a tia mais tradicional que você conhece, sempre é aquela que pergunta dos namoradinhos, aquela que tem a melhor comida entre as tias, aquela que te mima. Enfim, melhor tia não tem. Lembrei que não vi o tio ainda, então eu decido perguntar pra ela.

S/n - Tia, cadê o ti driano?

Sim, é assim que eu chamo meu tio, é mania minha desde pequenininha, quando eu não conseguia falar "tio Adriano" ainda. Mas vamos combinar, é muito fofinho.

Tio - Atrás de você, nega - fala rindo.

Eu viro rapidamente e vejo meu tio com os braços abertos e um sorriso no rosto. Eu corro até ele e dou um pulo em cima dele. Eu estava morrendo de saudades desse homem e o quanto eu o amo, não está escrito.

Meu tio sempre foi como um segundo pai pra mim, assim como a tia era minha segunda mãe. Meu tio sempre foi o engraçadão, como já disse. Então ele me levava pra brincar em parquinho, brincava comigo lá, ia em vários brinquedos, igual criança mesmo. Não sei como nunca quebrou nada lá, pois ele é fortão. Ele que me ensinou jogar bola, a gostar do meu time, ele que me incentivou a lutar. Sim, eu lutava jiu-jitsu, como pode? Hoje eu não lembro nada, confesso, mas sinto saudades.

O soltei, dei um sorriso e disse:

S/n - Que saudades que eu estava de tu, homem.

Tio - Não, nem fala. Pode perguntar a sua tia, eu estava quase definhando aqui de tanta saudades sua - fala com uma cara séria.

S/n - Deixa de ser exagerado sô - falo rindo, pois essa "cara séria", não me engana.

Tio - Tô falando ué, não acredita em mim? - diz doido pra rir.

S/n - Claro que sim tio, confia - digo rindo.

Rimos juntos e do nada ele me solta um:

Tio - Então esse é teu namoradinho? Muito branquinho não acha? Não era você que falava que gostava dos "morenos"? - diz em tom de zoeira.

S/n - Que isso tio, me amarro num branquinho também - falo dando um sorrisinho.

Tio - Mas ó, você não desmentiu a parte do namorado, hein?!

S/n - Não, mas ele não é meu namorado tio - falo rindo.

Tio - Haha, okay então, se tu diz, tá dito.

Isso me fez lembrar todas as vezes que eu vim com um amigo aqui, sempre, digo e repito, SEMPRE eles me apoiavam com esses amigos. Não só a tia, mas o tio também, já perdi as contas de quantas pessoas já foram. E meu pai? Bom, meu pai sempre ficou "pé da vida" com isso tudo, já que ele sempre teve muito ciúmes de mim, por ser a única filha mulher dele e ser a caçulinha né.

Eu apresentei o Hatake para meu tio e ficamos conversando ali. Assim que a comida ficou pronta, atacamos ela. Minha tia fez o meu prato favorito (strogonoff, arroz, batata palha e para beber, Pepsi) eu amo demais. [imagine sua comida predileta]

O platinado amou, ficou toda hora falando "que delícia", "meu Deus, isso é um pedaço do céu", "como pode eu nunca ter comido isto?" e diversas outras coisas. Ele realmente amou, mas também né, não tem como não amar strogonoff, ainda mais o da minha tia.

Depois que comemos, ajudei o tio a lavar a louça. Aqui sempre foi assim, a tia cozinha e o tio lava, acho perfeito a dinâmica, assim ninguém fica com o peso de tudo.

Enquanto isso, estava o platinado e a dona Raquel conversando na sala. Dava pra escutar a mulher do Google tradutor falar. Acho bem fofo eles se darem bem, é o que eu mais quero no momento.

Saio dos meus devaneios quando escuto meu tio dizer algo.

S/n - Repete? Não prestei atenção.

Tio - Eu vi que não - fala rindo - estava pensando em alguma coisa específica? Tipo voltar a morar aqui? - diz praticamente pedindo a Deus pra isso acontecer.

Dou um sorriso e falo.

S/n - Não seria uma má ideia, seria? - pergunto confusa.

Tio - Olha filha, sou suspeito para falar, mas eu acho uma ideia ótima - sorri.

S/n - Eu tenho minhas dúvidas sabe, eu fiz amizades lá no Japão, uma tão forte que aceitou a vir pra um país totalmente diferente, que ele não sabe falar nada, só por minha causa. Tenho medo de perder todo mundo de lá.

Tio - Como você disse, são amizades fortes. Se caso você decidir voltar, isso não vai acabar com o que vocês têm. Um bom exemplo disso, é o Théo. Olha a distância de vocês, mas mesmo assim continua a mesma amizade.

S/n - Você tem razão, não acho que acabaria tudo, mas mesmo assim, não tenho certeza de nada ainda.

Tio - Eu te entendo, mas pensa com calma, sobre tudo o que você quer pra sua vida. Pois cada decisão é importantíssima.

Fiquei refletindo sobre isso enquanto secava a louça, mas o problema é que eu não vou perder apenas uma amizade, mas sim um namorado que eu amo demais. Eu realmente não sei o que fazer, porém não quero estragar minha noite por problemas que posso resolver bem depois, no caso, quanto eu estiver longe do Brasil novamente. Pois isso pode ser apenas uma vontade momentânea, por causa das minhas antigas memórias voltando a tona.

Depois que terminamos, fomos até a sala onde estava os dois e ficamos lá jogando conversa fora.

Depois de um tempo, decidimos ir dormir. Despedi do meu tio e o Kakashi fez o mesmo. Minha tia nos levou até o quarto do Vittim onde iríamos ficar e depois nos despedimos, ficando apenas eu e o platinado.

Assim que tranquei a porta, senti as mãos do Hatake passar pela minha cintura e me abraçar, ele começou a beijar meu pescoço, o que me fez arrepiar. Virei pra ele e falei quase inaudível:

S/n - não faz isso amor, não aqui.

Kakashi - por que não? É um belo quarto - dá um sorrisinho safado.

S/n - meus tios vão escutar - digo receosa.

Kakashi - então é só você não fazer barulho, amor.

Por um momento, quase caio na tentação, porém desisto.

S/n - vamos deixar isso pra amanhã amor, pode ser? - dou um sorriso.

Kakashi - está bem, amanhã então - ele sorri de volta.

Tiramos a nossa roupa, fiquei apenas de calcinha e ele de cueca e nos deitamos. Ele me puxou pra conchinha e me abraçou, me fazendo poder sentir todo seu corpo quente em minha pele. Não consigo segurar o sorriso, eu tenho um namorado tão perfeito.

S/n - ei Hatake... Te amo, viu?

Kakashi - Também te amo, s/s - me dá um beijo na nuca.

S/n - Boa noite, mô - o abraço mais forte.

Kakashi - Boa noite, baby.

Passou nem cinco minutos, nós já tínhamos caído no sono.

Continuaaa....