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História Uma outra Alice - O gato de Cheshire


Escrita por: AnonymousHunter

Notas do Autor


Hello *0*
Será que eu tenho leitoras fantasmas? '0'
Aproveitem :3

Capítulo 4 - O gato de Cheshire


Fanfic / Fanfiction Uma outra Alice - O gato de Cheshire

- Alice! Alice! – Começo a correr pelos corredores enquanto chamo pela garota. Eu não estava nem aí se ia levar uma surra ou não, mas algo me dizia para procurá-la. Algo me dizia que ela estava em perigo.

Corro por vários andares, sem parar até mesmo quando minhas pernas começaram a latejar. Meu peito subia e descia com rapidez, e minha garganta queimava.

Corro em direção ao quarto, escancarando a porta e me deparando com a loira sentada no chão. Ela estava cabisbaixa, respirando devagar. Suas mãos esfregavam o chão sem parar.

- Me sinto...me sinto pequena. Me sinto pequena! – Ela olha para mim, com uma expressão de puro pavor. – Por que você estão tão grande desse jeito? Eu...estou minúscula! – Ela gritava e esperneava sem parar. 

- Alice. Ei, Alice! – Corro até ela e a pego no colo, recebendo chutes e socos. – Alice, acorda! – Jogo a garota no cama e fico dando tapinhas em seu rosto, mas de nada adianta. Então os olhos dela se fecham, e ela para de gritar. Entra em um sono profundo. Sua testa estava suada, e seu vestido estava sujo. Ela devia de estar no chão há um bom tempo. – Pobre garotinha...- Passo a mão em seu rosto e dou um beijo em sua bochecha. Eu queria que ela ficasse bem...

 

Algumas horas depois, ouço batidas na porta. Peço para que entrem, e então Castiel aparece. Ele estava com olheiras enormes e tinha uma colher nas mãos. Ele se aproxima de Alice e a abraça. Permanece a abraçando por longos minutos, e então se levanta.

- Vocês são grandes amigos, não? – Ele me olha fixamente, mas não responde. Então ele levanta a colher na frente do rosto e com uma expressão voada diz:

- Colher....- E a joga em cima de mim, rindo descontroladamente. 

- Por que você fez isso? Dê essa colher para mim! – Ele estava pulando e rindo.

- Você quer a colher? Pegue a colher! – Então ele a pega e acerta em mim mais uma vez. Eu estava começando a ficar irritada. Me levanto e dou um empurrão nele, fazendo-o cair no chão. 

- Escuta aqui, eu não sou a madame Red para você querer jogar coisas em mim! Eu sou Chaper, uma garota legal e que quer cuidar da Alice! Qual o problema de vocês? – Cuspo as palavras com grosseria, gesticulando e ameaçando chegar mais perto dele. – Desde quando eu cheguei aqui, comecei a ser mal tratada! Você devia me agradecer por estar cuidando dela e não por estar rindo e pulando feito um retardado como você! Saia do meu quarto AGORA! – Quando termino, meu coração estava acelerado. Minha cabeça doía e eu sentia que minha garganta iria explodir. Eu estava farta dessas pessoas, estava farta de ser considerada maluca quando na verdade eu não era. Sim, cansei desses retardados. 

- “Chaper Müller, dezesseis anos. Veio de Nashkagh, Polônia. Apresenta sinais de bipolaridade e depressão fortíssimas. Tentou suicídio duas vezes e ameaçou seus pais de morte. Entrou em River Side no dia sete de Janeiro de 1972.” - Viro-me bruscamente para a janela, onde Lysandre estava sentado com um livro preto nas mãos. Ele havia subido enquanto eu gritava com Castiel.

- O que é isso? – Me aproximo dele, olhando-o de um jeito confuso. 

- Sua ficha. Parece que não são apenas eles os malucos.

- Essa ficha está errada! Isso não é verdade!

- Se lembra das alucinações que teve? Dos devaneios? É sintoma de depressão. Esquecer deles é sintoma de bipolaridade. Cheper, olhe seus pulsos. – Levanto as sobrancelhas e olho para eles. Tinha duas cicatrizes em cada um deles.

- Isso...isso não é possível! Eu não sou maluca!

- É o que está na sua ficha, Cheper.

- Como conseguiu a minha ficha?

- Sou sobrinho da madame. Moro aqui apenas por falta de opção. Eu não sou louco. – Derrubo o livro das mãos dele e saio do quarto. Corro até o banheiro e me sento no chão. Isso estava mesmo acontecendo? Eu era mesmo maluca? Eu havia mesmo tentado me matar? E por qual motivo? 

De repente uma memória invade minha mente, e tudo em minha volta some novamente.

“Eu estava dentro de um carro, de cabeça para baixo. Meu nariz sangrava e minha cabeça doía. Tinha fumaça e cheiro de gasolina no ar, e o cinto apertava meu peito. Eu olho para o lado e vejo meu irmão inconsciente. Ele não se movia e sangue escorria de sua testa. Então os bombeiros chegam e me tiram de lá, abandonando meu irmão.”

- Mike. O Mike morreu. Ele morreu, ele se foi. A culpa foi minha, foi toda minha. – Eu estava em transe e não tinha como eu sair dele sozinha. 

 

- Eu o matei, eu o matei, eu o matei...- Horas se passaram e eu ainda estava em transe. Lysandre tinha razão, eu também era maluca. 

Ouço passos do lado de fora e a porta do banheiro se abrindo. Os sons eram abafados, e a voz da pessoa me chamando também estava.

- Maluca. Maluca. Ei, chapeleiro! – Recebo tapas no rosto e só assim acordo. Alice estava parada na minha frente,  segurando minha cartola. Sua expressão era vazia e de seus lábios não vinham nenhum sorriso. 

- O quê? O que aconteceu?

- Enquanto você estava correndo, sua cartola caiu. – Ela a coloca na minha cabeça, deixando um pouco torto. – O coelho me disse que você tinha me ajudado, e que a lebre tentou te bater e você ficou brava. Chapeleiro maluco, você precisa aprender a se controlar. É muito nervoso. Já tomou seus remédios? – Espera aí...coelho? Lebre? Chapeleiro maluco? Do que essa garota está falando?

- Quem é o coelho, Alice? Quem são essas pessoas? – Ela me olha confusa, tentando assimilar o que eu disse. Inclina a cabeça para o lado, pensativa.

- Ah. O coelho é o de cabelos cinzas, a lebre é o ruivo e o Chapeleiro é você. Tem também o gato, que me dá poções para eu mudar de tamanho.

- Gato? Mas que gato?

- O gato de cheshire. Ele tem um sorriso largo e amedrontador. Ele vive sorrindo e sempre me diz “Por aqui, Alice.”, e eu o sigo. 

O homem loiro do recreio. 

- Alice, fique aqui.

Me levanto com rapidez e saio do banheiro. Eu sabia que tinha algo e errado com o comportamento dela e que envolvia algo mais que a esquizofrenia. Eu sabia que aquele loiro era esquisito. Talvez eu não seja tão louca assim.

Corro pelos corredores tentando achar o misterioso gato, mas não o encontro. Estava prestes a desistir, mas então me lembrei do uniforme que ele vestia. Era vermelho e tinha uma cruz no peito.

Enfermaria.

Começo a correr novamente, procurando pela sala. Meus olhos passam por cada porta em cada corredor e então, no quarto andar, leio a palavra “Enfermaria” em uma das portas. Entro sem hesitar e encontro um homem parado de costas. Ele não se moveu, não ficou surpreso. Por um tempo eu pensei que ele não fosse fazer nada.

Mas então ele fez.

Se virou bem devagar e a primeira coisa que vi foi seu sorriso largo e assustador. 

Na placa de reconhecimento em seu uniforme, estava escrito “Dakota Cheshire”. “Gato de Cheshire”.

- Você precisa de algo, mocinha? – Ele vem caminhando até mim, deslizando calmamente. Quando ele para a centímetros de mim, digo:

- Quero saber o que você faz com a Alice.


Notas Finais


E aí? Gostaram? e.e
Mim ser índio do mal hoho
Kissus *3*


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