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História Uma patricinha em minha vida 2 (SEGUNDA TEMPORADA) - Capítulo 16


Escrita por: LeninhaMiller

Capítulo 16 - Capítulo 16


             

 

            — Natalie, eu posso explicar.

            — Pois eu quero que me explique... — passou a mão no rosto, ficando nervosa — Eu sabia, viu? Se eu ficasse distraída com a Priscilla, iria rolar alguma merda.

             — Natalie, fica calma. Você mesma escutou toda a conversa e sabe que não vai acontecer de novo.

            — Ainda bem, né, Kelly? Olha a sua idade e olha a idade do Edgar! O que você tem na cabeça?

            — Natalie, você está exagerando. É muito normal ter casais assim que tem a mulher mais nova e o homem mais velho, e vice-versa.

            — Kelly, pode ser até normal. Mas é uma diferença gritante, cara. É claro que uma hora as coisas não vão dar certo.

            — Tá bom. Foi mal...

            — Eu fico me perguntando como você teve coragem... A Kelly que eu conheço nunca agarraria um menino desse jeito.

            — Ele é bonito, poxa... Não aguentei e dei um beijo mesmo. Mas acabou... Nós vamos ficar só na amizade e pronto.

            Natalie suspirou e disse:

            — Tudo bem. Eu não quero mais discutir com você. Mas é só isso mesmo que aconteceu lá na cachoeira, né?

            — Claro, Natalie. O que mais poderia ter acontecido?

            — Ok... Vamos entrar e tomar um banho? Daqui a pouco a Laura vai assar uma carne.

            Kelly assentiu e acompanhou a amiga. Alguns já estavam tomando banho nos banheiros dos quartos, que foram divididos assim: Um era da Priscilla e da Natalie, outro era da Laura e do Betão e tinha o da Kelly e do Ygor, que iriam dividir a cama de casal. E perto da sala tinha um quarto pequeno, em que o motorista Edgar ia posar. A casa ainda contava com mais um quarto enorme, que estava trancado e pertencia ao Sérgio Smith e a sua esposa Maria.

            Após ter tomado um banho, Natalie entrou no quarto com uma toalha enrolada no corpo e outra no cabelo. Ela foi escolher uma roupa no guarda-roupa, enquanto a Priscilla estava em cima da cama jogando um joguinho no celular.

            — Amor, o que aconteceu lá fora com a Kelly? Parece que vocês estavam discutindo... — comentou Priscilla.

            Natalie tinha tirado a tolha e estava vestindo uma calcinha preta de renda. Priscilla a olhou com um enorme desejo, mas tinha que se controlar para participar do churrasco.

            — E nós estávamos discutindo mesmo.

            — O que houve? Tem a ver com a Laura?

            — Não. Dessa vez a minha irmã é inocente... — disse Natalie, colocando o sutiã — Mas o Edgar não.

            — O quê? Ele e a Kelly ficaram na cachoeira?

            — Sim, Priscilla. Ela o agarrou na cachoeira, vê se pode? Foi por isso que ele saiu bastante irritado de lá.

            — Caramba... Mas eles vão continuar juntos?

            — Não. Ele deu um fora nela, mas foi melhor assim. O Edgar é muito velho para ela.

            — Mas o que tem isso, Natalie? A Kelly está quase completando dezoito anos.

            — Priscilla, você pirou? Esses tipos de relações não dão certo.

            — Há casos e casos, Natalie.

            Com esse comentário dela, Natalie lembrou-se da mulher que a Priscilla havia conhecido no supermercado.

            — Se você não namorasse comigo, pegaria aquela tal de Camila?

            — Que pergunta é essa, Natalie?

            — Pegaria ou não, Priscilla? — perguntou Natalie mais uma vez ainda de calcinha e sutiã.

            — Quer saber mesmo? Pegaria sim. Aquela mulher é uma puta de uma gostosa. Agora chega, tá bom? Você está ficando chata já com esse ciúme bobo.

            — Chata, eu, Priscilla?

            — O que você disse, Natalie? — perguntou a Priscilla, pegando a toalha para tomar um banho.

            — O quê? — questionou a Natalie, percebendo que tinha imaginado coisas.

            — Por que você me perguntou se era chata?

            — Não. Eu... Eu estava distraída. Me desculpe.

            — Tá bom. Mas você não é chata, meu amor. Nem sei de onde tirou isso. — disse ela, dando um selinho em Natalie.

No outro quarto, Ygor estava passando um creme pelo corpo em frente ao espelho, enquanto Kelly estava deitada e agarrada a um travesseiro.

            — Kelly, ainda não é hora de dormir. Precisamos jantar!

            — Eu quero ficar aqui... — disse ela com uma voz manhosa.

            — Kelly rejeitando comida é porque a coisa está feia mesmo.

            — O Edgar me deu um fora. Esqueceu?

            Ygor virou-se para olhá-la e disse:

            — É mesmo? Nem sei por que está assim... Você não gosta do Edgar.

            — Ah, para, Ygor.

            — Não paro. Você está assim por causa da Laura. Pronto, falei!

            — Claro que não. Que viagem!

            — Se é mesmo viagem minha para de fazer corpo mole e vamos para o churrasco.

            Kelly suspirou e se deu por vencida.

            — Tá bom, Ygor. Eu vou.

            — Isso, garota! E tira essa tristeza do rosto! Hoje é dia de alegria.

            A noite já tinha chegado, e após todos terem tomado um banho, foram para a área do fundo, onde haveria o churrasco. Betão foi retirando as carnes da geladeira para salgar, e Laura começou a preparar a churrasqueira. Em seguida, Ygor e Kelly chegaram e começaram a retirar as bebidas e levá-las para a área. Priscilla e Natalie também se aproximaram e sentaram em uma espreguiçadeira perto da piscina.

            Minutos depois, Laura começou a assar a carne com a ajuda de Betão. E Ygor ofereceu bebida para todo mundo, menos Edgar que não quis beber. Ele estava satisfeito somente com o churrasco e os refrigerantes. Já Natalie teve uma ideia para animar mais a casa e fez uma pergunta para a Kelly:

            — Toca para gente, amiga.

            — Não, Natalie. Eu tenho vergonha. — respondeu Kelly.

            Laura acabou ouvindo a conversa das duas e disse:

            — Agora eu fiquei curiosa... Você toca violão, Kelly?

            — Um pouquinho. — disse Kelly, olhando para ela.

            — Um pouquinho nada. A Kelly arrebenta. — disse Natalie, saindo da espreguiçadeira — Vou lá pegar o violão.

            Laura sorriu e piscou o olho para a Kelly, que acabou ficando mais envergonhada ainda. Em pouco segundos, Natalie trouxe o violão, que era do Sérgio Smith. Ele gostava de tocar quando era mais novo, mas devido ao trabalho nem deu moral mais ao instrumento.

            Kelly pegou o violão e perguntou:

            — O que querem que eu toco?

            — Toca “Havana” para nós, Kelly. Eu amo essa música. — pediu Ygor.

            — Mas gente, já vou logo avisando que sou péssima em Inglês. — respondeu Kelly.

            — Nós vamos te ajudar, linda. — disse Laura.

            Kelly deu um sorriso e começou a tocar aquela música. Ygor e Laura se aproximaram da espreguiçadeira, que a garota estava, e começaram a cantar junto com ela. Natalie e Priscilla também acompanharam.

            Enquanto isso, Betão estava bebendo uma cerveja sentado na mesma mesa em que Edgar comia um pouco de churrasco.

            — Não vai beber um pouco, cara? — perguntou o Betão ao motorista.

            — Não. Eu bebia quando era mais jovem, mas decidi parar.

            — Fez bem. Minha mãe mesmo é viciada em bebida e cigarro e sempre passa muito mal.

            — E o seu pai? O que ela acha disso?

            — O meu pai morreu de problema no coração há cinco anos.

            — Nossa... Que barra, hein, cara?

            — É... Mas a vida é assim mesmo.  

            Após a música “Havana”, Kelly tocou mais algumas músicas conhecidas. Ao observá-la, Betão acabou se lembrando do que houve na cachoeira e perguntou:

            — Você e a Kelly deram um beijão na cachoeira, hein?

            Edgar deu um sorriso e comentou:

            — Pois é... Mas eu disse a ela que não vai rolar. A Kelly é muito nova para mim.

            — E tem mais, cara... — bebeu um gole de cerveja — Pensa em uma patricinha mimada? Ela consegue ser pior que a Natalie.

            Edgar deu um sorriso e continuou olhando para a Kelly tocando o violão. Ele não pensava isso dela. Não mesmo. Com isso, acabou percebendo que o Betão estava olhando muito sério para a Laura cantando perto da Kelly. Ele estaria com ciúmes?

As horas foram passando, e todo mundo já estava bem satisfeito com o churrasco, tanto é que havia sobrado pouca carne. Além disso, já estava um pouco tarde. Por causa disso, Edgar disse a todos:

            — Eu vou dormir, meninos. Qualquer coisa, me chamem... E não coloquem fogo na casa, por favor.

            Edgar saiu de perto deles, e Ygor perguntou:

            — É chato que fala, né?

            Os garotos deram uma risada com a fala dele. No mesmo momento, Natalie disse:

            — Eu e a Priscilla vamos também... — pegando a mão da amada.

            — Sei.... — disse Ygor — Vocês vão é fazer outra coisa, isso sim.

            Natalie deu uma risada e entrou com a Priscilla dentro da casa. Em seguida, Ygor também entrou, pegando mais uma pequena garrafa de cerveja e indo para área da frente para deitar em uma das redes enquanto o sono não chegava.

Na área, Betão estava com a Laura em seu colo e a beijando. Enquanto isso, Kelly estava deitada em uma espreguiçadeira com uma garrafa de cerveja na mão.

            — Amor, apaga a churrasqueira para mim e guarda o restante da carne?

            — Tá bom.

            — Eu vou ali ver a Kelly. Ela parece ter bebido muito.  — disse Laura, saindo do colo dele.

            Betão foi até a churrasqueira, e Laura caminhou até a Kelly, que a olhou e fez uma pergunta:

            — O que você quer, Laura? — disse Kelly com uma voz arrastada.

            — Kelly, me dê essa garrafa.  

            — Não. Você não é a minha mãe.

            Laura nem pensou duas vezes, já foi tomando a garrafa dela, colocando-a na outra espreguiçadeira e pegando na mão da garota.

            — Levanta daí! Vou te levar até o quarto.

            — Eu não quero ir. Quero ficar aqui bebendo mais um pouco.

            — Para com isso, Kelly. Não vou te deixar aqui desse jeito. — disse Laura, pegando o corpo dela para levá-la nos braços.

            — Me deixa no chão, Laura. — disse Kelly, tentando sair das mãos dela. — Me deixa no chão!

            — Nem pensar. Você vai agora para o quarto.

            Laura passou com a garota nos braços perto de Betão e depois foi em direção ao quarto em que ia posar a Kelly e o Ygor. Após terem chegado lá, a irmã de Natalie colocou a garota em cima da cama, mas a mesma não queria ficar.

            — Não. Eu não quero ficar aqui, Laura.

            — Kelly, você precisa descansar. E eu vou chamar o Ygor para cuidar de você.

            Antes que a Laura saísse, Kelly pegou no braço dela e a olhou nos olhos.  

            — Não vá... Eu quero que você fique aqui comigo, Laura.

            — Eu não posso, Kelly.

            — Por favor, Laura... Fique comigo. Eu... Eu amo você!

            — Para com isso, Kelly. — pediu Laura, olhando bastante séria para ela.

            — Eu amo você, caralho! — gritou Kelly.

            Laura ficou sem palavras e percebeu que o Betão estava na porta todo sério ao ver aquela cena. E mesmo que a garota estava bêbada, ele tinha achado estranha aquela declaração, porque a Kelly não era tão próxima de Laura.



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