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História Uma patricinha em minha vida 2 (SEGUNDA TEMPORADA) - Capítulo 37


Escrita por: LeninhaMiller

Capítulo 37 - Capítulo 37


                 

 

            Laura nem estava acreditando que Kelly queria dar um tempo no namoro. E como ela sabia que dar um tempo nem sempre era sinônimo de coisa boa, resolveu digitar uma resposta a namorada.

 

            Laura: Kelly, que porra de mensagem é essa?

            Laura: vc está brincando, né?

 

            Porém, Kelly apenas visualizou e não quis responder. Laura suspirou, jogou o celular em cima da cama e ficou andando de um lado para o outro extremamente nervosa com aquilo.

            — Isso não pode estar acontecendo...

            Laura não poderia deixar as coisas daquela maneira. Assim, desceu rapidamente a escada e foi para a rua pegar um táxi. Ela iria até a farmácia resolver essa história de uma vez por todas. Se Kelly queria um tempo, então teria que falar com todas as letras na frente de sua namorada.

            Na farmácia, Kelly estava muito triste em seu quarto agarrada a uma almofada em formato de coração com a seguinte frase “Eu te amo”, que havia ganhado de Laura nas férias. Já tinha chorado horrores escrevendo aquela mensagem para a Laura, mas não podia fazer nada. O seu pai não queria aceitar de forma nenhuma o namoro das duas garotas.

            Neste instante, Fabinho abriu a porta do quarto com um pequeno skate na mão e foi até a irmã, notando que a mesma não estava nada bem.

            — Por que você está triste, maninha? — perguntou ele, sentando na cama dela.

            — A mana só está um pouco com dor de cabeça.

            Ele ficou triste e respondeu:

            — Não quero que você fique doente, maninha.

            Ela sorriu e disse:

            — Eu vou ficar boa e logo vou te levar na pista de skate.

            — Promete?

            — Prometo.

            — A Laura vai estar lá também?

            Kelly ficou sem graça, mas para não o deixar mais triste, respondeu o seguinte:

            — Acho que sim, Fabinho.

            Em poucos minutos, Laura chegou até à frente da farmácia, que estava com poucas pessoas comprando medicamentos.

            — Chegamos, senhorita. — disse o taxista.

            Ela pagou a corrida ao taxista e entrou no estabelecimento. Rafael, o pai de Kelly, a avistou e tirou o seu sorriso do rosto que a poucos segundos estava estampado no rosto.

            — Boa tarde, Sr. Rafael.

            — Boa tarde, Laura... O que você precisa hoje? — perguntou ele, tentando ser agradável.

            — A Kelly está?

            — Não... Ela não está. Quer deixar algum recado?

            — Sim... O senhor poderia dizer a ela para me ligar?

            — Por quê? Aconteceu alguma coisa?

            — Eu estou tendo algumas dúvidas em matemática... E ela é muito boa nisso.

            — Ah, claro... Digo sim.

            — Ok... Obrigado.                            

            — Por nada. — sorriu.

            Laura saiu da farmácia, e ele tirou o sorriso falso do rosto. Em seguida, Diana, a sua esposa, desceu a escada indo até ele, observando que uma garota acabava de sair.

            — Quem era, querido?

            — Apenas mais uma cliente... E a Kelly? Continua chorando lá em cima por causa daquela filha do Sérgio?

            — Querido... Não fala assim. Ela está muito triste ainda.

            — Eu é que estou triste por ela ter me dito que gosta de uma menina. Isso é um absurdo! E está proibido tocar no nome dessa Laura aqui em casa.

            — Ok... — respondeu ela, sem graça.

            Antes da Laura sair por completo da frente da farmácia, ela avistou o Fabinho brincando com o skate perto da janela do quarto de Kelly. Então, assobiou para chamar a atenção dele.

            Fabinho olhou para baixo, avistou a garota e sorriu. Laura sorriu também e deu um tchauzinho para ele, mas o que ela não previu era que o garotinho iria chamar a irmã, que ainda estava sentada na cama.     

            — Maninha, a Laura está aqui.

            — Quem? — questionou a garota, surpresa.

            Kelly olhou para a Laura sem saber o que dizer, e a filha de Sérgio percebeu que o Rafael tinha mentido para ela. Desse modo, fez sinal para que Kelly viesse falar com ela. A garota não podia sair, mas disse que iria conversar com ela.

            Kelly voltou a olhar o irmão e pediu:

            — Fabinho, eu vou falar com a Laura e já volto. E se o papai e a mamãe perguntarem alguma coisa, apenas diga que fui na casa da Natalie. Tudo bem?

            — Tá bom.

            Kelly deu um beijinho no rostinho dele e saiu do quarto, descendo a escada sem fazer barulho. Ela aproveitou que os pais estavam conversando distraidamente com um cliente no balcão e saiu de fininho do estabelecimento. 

            Ao chegar do lado de fora, ela avistou a Laura na esquina com uma carinha séria. A patricinha nem pensou duas vezes e já foi andando rapidamente até a garota. Ao ficarem de frente uma para a outra, as duas acabaram se beijando apaixonadamente na frente de todos que passavam por ali.

            Após o beijo, as duas ficaram bem emocionadas e deram um abraço bem forte.

            — Por favor, não dê tempo no nosso namoro, Kelly. Eu não vou aguentar ficar sem você. — disse Laura ainda no abraço.

            — Desculpa por ter escrito aquilo... Eu fiquei sem saber o que fazer, porque o meu pai não quer aceitar que eu namore você.

            As duas saíram do abraço, e Laura pegou nas mãos dela e olhou em seus olhos.

            — Eu sei... O seu pai me disse que você não estava na farmácia, mas quer saber? Eu não me importo. Eu apenas me importo com você. E não vai ser qualquer um que vai atrapalhar essa coisa boa que estou sentindo toda vez que olho para você. Agora só resta saber se você quer entrar nessa aventura comigo e parar com essa besteira de tempo. Eu quero tempo, sim, pelo resto dessa vida, mas com você!

            — Eu quero muito.

            Laura sorriu beijando as mãos dela, fazendo Kelly sorrir também. E parecia que naquele momento só existia as duas e ninguém mais. Loucura? Não. Amor? Sim, o amor entre duas garotas, que queriam enfrentar tudo que houvesse pela frente.

            — Vem... Vou te tirar daqui. — disse Laura, levando a garota até um táxi.  

            Enquanto isso, Beatriz tinha chegado na casa depois de ter almoçado na casa do irmão e trouxe o que havia comprado na “Smith Pop”. No entanto, na casa estava apenas a Leila sentada no sofá passando esmalte nas unhas, enquanto a sua gatinha Belinha estava dormindo no carpete.

            — Oi, Leila... Cadê a Priscilla?

            — Ela mandou mensagem dizendo que está arrumando o cabelo no salão do Ygor.

            — Ah, sim... Vou para lá agorinha arrumar o meu também. E você? Vai na festa conosco, né?

            — Com certeza! Não quero perder essa festa por nada!

            No salão, Ygor estava acabando de arrumar o cabelo de Priscilla, e Natalie estava conversando com eles sobre os últimos acontecimentos.

            — Eu chamei a Laura para vir também, mas ela não quis... — disse a patricinha.

            — Ué, por quê? — perguntou o Ygor, curioso.

            — Ela disse que a Kelly não estava atendendo as ligações dela. 

            — Nossa... O que houve, hein?

            — Eu acho que é porque ela está muito ocupada na farmácia.

            — Ah, mesmo assim, Natalie, tem que dar uma atenção ao amor. Não concorda comigo, Priscilla?

            — Com certeza. — disse Priscilla — Sempre tem que mandar alguma mensagem ou ligar para demonstrar que se importa com a pessoa.

            — E o colégio, Natalie? A sua irmã contou alguma novidade?

            — Ela disse que entrou três alunos novos na sala dela, e um deles é uma patricinha como eu. — sorriu — E também a professora Carolina foi embora. Agora quem vai dar as aulas de Português é um tal de Nicolas.

            — Opa... Um homem no pedaço? Pena que eu já me formei... — disse ele, sorrindo, fazendo as garotas sorrirem também.

            Enquanto isso, na mansão dos Tardelli, o advogado Danilo Tardelli estava olhando alguns documentos de um cliente em seu escritório. E o cliente, por sua vez, decidiu quebrar o silêncio que estava presente naquela sala.

            — Dr. Danilo, eu queria muito parabenizá-lo.

            — Pelo o quê, Sr. Matias?

            — O senhor tem um filho muito talentoso. As minhas duas filhas mesmo foram a um show da banda dele em Niterói e já viraram fãs.

            Danilo Tardelli ficou calado olhando os documentos, e o homem continuou a sua fala.

            — Inclusive, hoje à noite tem um show da banda dele na boate “The Empire”. O senhor vai estar lá, né?

            — Acho que não, porque eu não conheço essa boate.  

            — É uma nova boate, e ela fica aqui no Rio de Janeiro, Dr. Danilo.

            Danilo Tardelli o olhou e retirou os óculos. Já estava farto de ouvir aquela conversa e ainda mais por saber que logo mais o filho faria um show em sua cidade.



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