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História Uma patricinha em minha vida 2 (SEGUNDA TEMPORADA) - Capítulo 44


Escrita por: LeninhaMiller

Capítulo 44 - Capítulo 44


         

 

            As horas continuaram a passar, e o sinal tocou anunciando o final das aulas no colégio. Nisso, Leozinho saiu todo desapontado ao lado de Marcinha, que já estava com o livro em mãos para ler quando chegasse em casa.

            — Olha, mano... Eu, o Betão e a Laura escolhemos esse livro aqui:  “O Crime do Padre Amaro” de Eça de Queiroz. E vamos nos encontrar na casa da Laura amanhã para discutir o que vamos falar sobre ele.

            — Ah, legal... Eu já li esse livro. — disse Leozinho com uma cara triste.

            — O que foi, mano?

            — Nada...

            — Nada? Eu não acredito. Me fala... O que foi?

            — O Yuri... Ele nem quis me ajudar a escolher o livro, mas o chamei para gente se encontrar aqui no colégio amanhã à tarde na biblioteca para fazer o trabalho, mas não sei se vai vir.

            — Entendi... Mas se ele não vier, diga ao Nicolas que você vai fazer sozinho.

            — Sim... Eu farei isso se precisar.

            Atrás deles, Juliana estava vindo ao lado de suas duas novas amigas, a Paula e a Keyla, que estavam bastantes irritadas com o professor Nicolas.

            — Ai, esse professorzinho fez uma sacanagem conosco. Ele me colocou com aquele garoto gordo lá do fundo. — disse Paula.

            — Nem me fala, Paula. E eu que estou com aquela menina horrorosa que senta atrás de mim. Ela tem umas roupas que parece até as que a minha avó usa.

            As duas notaram que Juliana não falou nada, e Paula a questionou:

            — E você, Ju? Não vai dizer nada sobre aquela gorda ridícula que você vai fazer o trabalho?

            — Vocês querem parar de falar nesse assunto? Que saco!

            — Tá bom. Não vamos falar mais nada. — disse Paula, estranhando a reação dela.

            Enquanto os alunos estavam indo embora, Nicolas foi até a sala dos professores guardar alguns livros em seu armário, e a diretora Luciana entrou no local para falar com ele.

            — Nicolas, o que você está achando dos alunos do terceiro ano? Eles ainda estão sentindo a falta da professora Carolina?

            Nicolas fechou o seu armário e olhou para ela.

            — Sinceramente?

            — Sim.

            — Eles estão reagindo até bem as minhas aulas, mas gostaria de fazer uma pergunta a senhora.

            — Ok... Qual é a sua dúvida?

            — Como a escola toda lida com o bullying aqui dentro?

            — Bullying?

            — Sim. A senhora sabe que aqui há bullying entre os alunos, não é mesmo?

            — O senhor mal chegou aqui e já diz que a escola tem bullying?

            — E muito! Não é pouco não. Hoje mesmo na sala do terceiro ano, eu até propus a eles um trabalho em dupla para se socializarem mais.

            — Bem... Realmente, já tivemos alguns casos por aqui, mas todos foram resolvidos.

            — E, pelo jeito, os casos continuam, não é?

            — Sim, é inevitável, infelizmente. São adolescentes e estão sempre querendo competir um com o outro.  

            — Não... A senhora está tratando isso como se fosse normal, mas não é. Esses garotos precisam perceber que o que fazem é errado e prejudica a vida dos outros de uma forma assustadora. E eu tenho experiência com isso. Uma sobrinha minha sofria bullying na escola e nunca contava aos pais e nem aos professores o que estava acontecendo. Ela até se cortava pensando que com isso aliviaria a sua dor, mas é claro que não aliviava. Só trazia mais danos a ela. A sorte é que comecei a dar aula na escola dela e notei o comportamento e falei com o meu irmão para conversar com ela e buscar uma ajuda psicológica. Por isso, é importante que os professores fiquem atentos e conversem com os seus alunos sobre isso.   

            Luciana ficou até sem palavras e lembrou-se do caso da Allysson Collins, que se suicidou por causa dos vários ataques de seus colegas. E então, comentou:

            — Eu entendi o que quis dizer... Nós realmente precisamos falar sobre isso com todos aqui.

            — Isso, Luciana! Nós temos que fazer uma campanha aqui nesse colégio para conscientizarem os alunos o quanto o bullying é prejudicial.

            — Certo! Nós vamos fazer. Pode ter certeza!

            Luciana não gostava muito de falar sobre o bullying no colégio, pois trazia à tona o que havia acontecido a aluna, e isso não era nada bom para a reputação da instituição. Mas, por outro lado, a ideia de Nicolas era muito boa e podia dar certo, fazendo com que o bullying diminuísse e acabasse de vez naquele colégio.

            Priscilla saiu do trabalho e foi andando até chegar em casa. Enquanto isso, ela ficou pensando no quanto Camila era ousada, e isso estava a deixando cada vez mais enlouquecida. Ao chegar em casa, apenas Beatriz estava na sala juntamente com a gatinha de Leila. E a Leila, por sua vez, tinha saído para comprar algumas coisas depois do almoço.

            — Oi Bia... — disse Priscilla, sentando-se perto dela.

            — Oi, amiga... Posso te perguntar uma coisa?

            — Claro.                                                                        

            — O que você estava sonhando ontem? Porque escutei uns gemidos e depois você gritou “Não”.

            Priscilla ficou um pouco corada de vergonha, mas resolveu contar o que estava acontecendo.

            — Eu sonhei com a Camila.

            — O quê? Com a sua patroa? Você está interessada nela?

            — Acho que sim... Eu sinto uma grande atração por ela, mas sei que não é nada mais que sexo, porque amo mesmo é a Natalie.

            — Priscilla, Priscilla! Isso é muito sério!

            — Eu sei, Bia... Mas eu não vou deixar acontecer nada.

            — E não deixe mesmo, Priscilla. A Natalie ama você demais. E se essa mulher ficar te provocando, dê um jeito de se afastar dela.

            — Sim... É isso que vou fazer.

            Na mansão, Laura chegou e jogou a mochila em cima do sofá, dirigindo-se até a mesa, onde Natalie, Sérgio e Maria já estavam presente para almoçar. Depois que todos começaram a comer, Laura fez uma pergunta a irmã:

            — Mana, você conseguiu o trampo lá?

            — Consegui. Amanhã cedo, eu posso começar.  

            — Que negócio é esse de trampo, Laura? É trabalho, minha filha. — comentou Sérgio Smith.

            — Tá bom, pai.  — disse Laura, sorrindo.

            Sérgio Smith ficou um pouco sério diante daquela situação, porque queria que a filha focasse mais nos estudos. Mas, por outro lado, tinha ficado muito feliz por ela ter conseguido o trabalho. Até lhe forneceria um trabalho na loja, mas as vagas já estavam todas preenchidas.

            Horas depois, a noite chegou. Priscilla, Beatriz e Leila se arrumaram e foram para a faculdade. Enquanto andavam, comentavam sobre as suas expectativas em relação aos cursos e tudo que aconteceria logo mais. Natalie também estava indo no carro amarelo de Kelly, que havia ganhado dos pais a pouco tempo para ir até a faculdade como pagamento pelas ajudas dela no estabelecimento.

            — Caramba, Kelly... Adorei a cor desse carro! E é muito confortável. — disse a patricinha.

            — Valeu, amiga! É a minha cor preferida.

            — Agora eu só vou poder ter um quando ter minha carteira de habilitação.

            — Mas é fácil, amiga. Você vai passar de boa.

            — Tomara... — pensou um pouco — Tenho uma coisa para te contar.

            — Sério? O que é? — perguntou Kelly, ouvindo e prestando atenção na frente, enquanto dirigia.

            — Eu vou me mudar para o apartamento!

            — Não brinca!

            — E tem mais: consegui um trabalho em uma cafeteria.

            — Isso é muito bom, amiga. Você vai trabalhar com o que gosta. Mas e o que o seu pai falou sobre isso?

            — Ele não gostou muito de saber que eu ia trabalhar, pois atrapalharia os meus estudos, mas eu disse a ele que não queria ficar dependendo dele.

            — É... Eu te entendo. Agora eu, estou ajudando os meus pais na farmácia até me formar. Depois, vou montar a minha própria farmácia.

            Logo Kelly parou o carro no estacionamento da faculdade. Em seguida, Natalie saiu do carro e avistou o Guilherme saindo de seu carro na cor prata.

            — Kelly, aquele é o Guilherme?

            Kelly saiu do carro e respondeu:

            — É sim, amiga. Eu não te falei, mas ele voltou e vai fazer o curso de Pedagogia aqui.

            — Nossa... Eu nem me lembrava o quanto ele é gato.

            Kelly sorriu, observado o garoto e disse a amiga:

            — Natalie!

            — Brincadeira! Só tenho olhos para a Priscilla.

            O rapaz as viu e foi falar com elas, cumprimentando-as com beijinhos no rosto. Enquanto isso acontecia, Priscilla e Leila entraram na mesma sala, já que iam fazer o mesmo curso. No começo ficaram um pouco acanhadas, mas logo as outras meninas foram conversando com elas. Além das meninas, havia vários garotos bonitos, que inclusive, jogaram charme para as duas amigas, mas elas nem ligaram.

            De repente, a professora chegou e foi mandando todo mundo entrar na sala. Priscilla e Leila ainda não tinham visto quem era a mulher, mas esperavam ansiosamente para saber quem era e do que se tratava a disciplina.

            Quando a professora entrou na sala, Priscilla quase caiu da cadeira de tanto susto, porque era a Camila que estava entrando por aquela porta com um lindo sorriso no rosto e esbanjando sensualidade e elegância em um terninho na cor azul escuro.

            — Priscilla, está tudo bem? — perguntou Leila, observando o quanto a amiga estava fora de si.

            — Não. Eu não estou nada bem, Leila. — respondeu a garota, e Camila deu um sorriso em direção a ela.

            — Boa noite, pessoal. Eu sou Camila Viana, e a disciplina que vou trabalhar com vocês é a de História da Arte, Arquitetura e Cidade 1.



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