História Uma promessa impossível x amor verdadeiro - O plano

Rukia, após a conversa com seu pai, não sabia o que fazer. Ela amava Renji, mas foi por culpa dela que sua mãe tinha ido parar no hospital. E agora fora proibida de se encontrar com seu namorado e se insistisse provavelmente seria transferida de colégio.

No dia seguinte acordou bastante desanimada. Mal tocou no café da manhã, pois estava sem fome. Hisana ainda estava no quarto descansando e para não ter que se esforçar descendo as escadas fazia seu desjejum na cama mesmo. Byakuya olhou para a garota e não falou mais nada, pois tinha certeza que ela não iria contrariá-lo.

“Estou indo...”

“Boa aula, filha.”

“Obrigada.” A frieza de seu pai era o que mais a incomodava. Sempre inexpressivo, nunca conseguia saber o que ele estava pensando, porém de uma coisa sabia... Que era um homem que dificilmente voltava atrás em suas decisões e odiava ser contrariado.

“E aí? Que cara é essa?” perguntou seu vizinho e amigo de cabelos laranja assim que a viu.

“Oi Ichigo. O clima em casa está péssimo...”

“Por quê? Sua mãe não está melhor?”

“Sim... É que ontem levei o maior sermão do meu pai...”

“Sério?”

“É... Ele me proibiu de namorar... E ainda por cima me ameaçou me transferir de escola se eu o desobedecesse...”

“Cara, que chato!” falou o menino coçando a nuca. “Em casa, não está tão diferente assim. Minha mãe não me proibiu exatamente de namorar a Orihime, no entanto meio que sugeriu que eu terminasse com ela...”

“O que? Mas por quê?”

“Ela me disse que é por causa da promessa da tia Hisana...”

“Ahhh... me desculpe Ichigo...”

“Não tem porque se desculpar... Nem você nem eu temos culpa disso tudo estar acontecendo. Nós não sabemos o que fez sua mãe fazer essa promessa... Eles nunca nos disseram...” comentou coçando a cabeça.

“Verdade, mas temos que arranjar um jeito de convencê-los a mudar de ideia...”

“Pois é... Vamos pensar nisso depois... Bom, chegamos à escola... Depois nos falamos.” diz o menino.

“Ok, até depois...” os dois amigos então se despedem e cada um vai para sua sala de aula.

A manhã demorou a passar, mas já era hora do almoço. Renji não estava entendendo bem a atitude de sua namorada, pois ela estava o ignorando praticamente desde que chegaram ao colégio e evitando um contato maior com ele. Enquanto isso, Ichigo conversava com Orihime nos fundos do colégio para que ninguém os visse, contando em detalhes sua situação e a de Rukia para a ruiva.

“Ahh coitada da Kuchiki san... Deve estar sendo difícil para ela, mas e você? E nós? Como vamos ficar? Teremos que nos separar?” indagou a bela adolescente com os olhos lacrimejando.

“É claro que não... Sabe que eu te amo, não é? E nunca eu vou te largar...” prometeu abraçando a garota.

“Promete?”

“É claro que sim, sua tonta!” respondeu antes de abraçá-la com força.

“Ok, assim eu fico mais sossegada...” nisso sentiu os lábios de Ichigo nos seus. Ficaram se beijando por mais alguns minutos até que o sinal que indicava o final do intervalo do almoço tocou. “Acho melhor irmos...” disse a ruiva depois de se separarem.

“Sim...” concordou o menino meio contrariado. Pegou a mão da menina e seguiram juntos para a sala de aula.

O período da tarde passou até que rapidamente. Quando o último professor dispensou os alunos, o jovem Abarai levantou-se rapidamente de sua mesa e segurou o braço da namorada puxando-a para fora da sala.

“Precisamos conversar...” o tatuado não falou mais nada e levou a baixinha para o laboratório de ciências que estava vazio.

“Vamos, desembucha! O que está acontecendo afinal? Você está estranha desde que chegou hoje!”

“Bom, é que...” e entre algumas lágrimas a pequena contou tudo o que tinha acontecido na noite anterior.

“O que? Seu pai quer nos proibir de namorarmos? E se não obedecermos, irá transferi-la de colégio?” perguntou irritado o rapaz de cabelos vermelhos.

“Sim... E pior que quando ele põe uma coisa na cabeça, nada e ninguém conseguem tirar...”

“Mas Rukia, nós nos amamos!”

“Eu falei isso para ele, então eu andei pensando e talvez, a gente podia fingir que terminamos. Aí tentaríamos nos encontrar fora do colégio.”

“O que? Eu não posso concordar com isso!”

“Mas é apenas por um tempo, até minha mãe melhorar!”

“Entendo, e como faríamos isso?”

“É fácil. Quero dizer, se o Ichigo e a Orihime concordarem em nos ajudar... Pelo que eu entendi, hoje de manhã, o Ichigo me contou que sua família também não concorda muito com o namoro dele. Só que antes de te contar o que eu estou planejando, tenho que falar com ele primeiro.

“Rukia...”

“Confia em mim, Renji, por favor...”

“Está bem... Me pedindo assim, não tenho como negar...” falou o tatuado puxando-a para os seus braços...” Só que agora eu quero outra coisa...” diz malicioso.

“O que?”

“Isso...” a baixinha sente então os lábios do namorado nos seus num beijo cheio de amor e de paixão. Um pouco depois eles se afastam, pois tinham que ir embora.

Antes de entrar em sua casa, a pequena Kuchiki passou na casa do seu amigo e vizinho para lhe falar sobre o seu plano.

“Boa tarde, tia! O Ichigo está?”

“Oi querida, boa tarde! Está sim. Pode subir, ele está no quarto dele.” Masaki responde com um sorriso.

“Obrigada.” agradece a garota já subindo. Chegando lá, bate na porta e o chama “Ichigooo, posso entrar?”

“Pode sim. E aí?”

“Oi, quero conversar com você sobre algo.”

“Ok. Sobre o que quer falar?” pergunta o menino curioso.

“Eu te contei sobre os meus pais terem proibido meu namoro... Como minha mãe ainda está se recuperando, eu tive uma ideia, no entanto envolve você e sua namorada também.”

“E que plano seria esse?”

“Como nossos pais sempre quiseram que nós namorássemos, eu pensei que a gente podia fingir que estamos somente para eles pararem de ‘encher’ o saco.”

“O que?”

“Seria só fingimento, é claro. Aí a gente podia sair como um casal, mas depois nos encontramos com o Renji e a Inoue. Só por um tempo, é claro, até minha mãe melhorar e meu pai esquecer esse negócio de me transferir de colégio.”

“Não sei não... Essa história está meio esquisita.”

“E você quer que eu faça o que? Se não fizermos isso, eu nunca mais vou poder ver o Renji!”

“Ok, vou falar com a Orihime sobre isso...” conhecendo o bom coração da garota, Ichigo sabia que ela ia aceitar para poder ajudá-los.

“Obrigada. Bom vou indo então.” diz a baixinha já saindo do quarto do ruivo que se despede com um aceno. Já sozinho, liga para sua namorada e lhe conta o plano que acabara de ouvir. Como ele imaginou, ela aceitou cooperar. Ficaram conversando um bom tempo até que Masaki lhe chamou para jantar. Despediu-se da amada e desligou o celular ainda achando que o negócio não ia dar certo. Enfim, como era para ajudar sua melhor amiga a qual considerava também uma irmã, resolveu cooperar, apenas para não vê-la sofrer mais.     

Continua...