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História Uma Questão Do Destino - Capítulo 04


Escrita por: Kaneki482412

Notas do Autor


Vou tentar ser curto, então primeiro: muito obrigado a AloneMinHae e a Incognoscivel0 pela imensa ajuda e segundo: desculpa a demora, eu tive um bloqueio e isso atrasou tudo, mas sem maus delongas vamos pro capítulo

Capítulo 4 - Capítulo 04


                     Lucca

     Já se passou uma semana desde que eu vi aquele pequeno ômega abusado, ousado, irritante, lindo, viciante e estranhamente tentador, e como eu posso dizer, essa semana foi um INFERNO! Eu não transei com ninguém durante todos esses sete dias e não é por falta de oportunidade, afinal, mesmo que eu não tenha ido em nenhuma festa, porque não quero rever aquele ômega depois dá última vez, um monte de ômegas vieram dar em cima de mim, mas todos eles me pareceram entediantes e seus aromas me deixaram enjoado, a e por algum motivo eu tenho tido uma estranha vontade de comer amoras silvestres e ando muito estressado e ansioso, mas com certeza isso tem a ver com o fato de estar na seca, e acho que o fato de eu não conseguir transar agora deve ser por causa do que aconteceu com aquele maldito ômega.

    - No que eu estava na cabeça!? - Grito irritado comigo mesmo enquanto relembro do que eu fiz naquele dia.

                      FLASHBACK:

     "Abri os olhos lentamente sentido a luz do sol os incomodando, pisquei algumas vezes ao mesmo tempo que me acostumava com a luminosidade, assim que já estou totalmente acordado, percebo que tem alguma coisa entre os meus braços e encostada no meu peito, era quente, eu podia sentir a sua respiração contra a pele do meu peito, com calma para não o acordar eu levantei a coberta que nos cobria, olhei na sua direção, vendo um pequeno ser adormecido, de cabelos rosas e macios, abraçado ao meu peitoral, parecia buscar inconscientemente por mais do meu aroma, naquele momento eu senti um calor estranho no meu peito seguido pela mesma misteriosa emoção que eu tinha sentido durante a nossa noite.

     Não presto muita antenção nesse sentimento e volto a focar nesse pequeno ômega de aparência apetitosa, ele estava sorrindo enquanto se esfregava lentamente no meu peito e respondia negativamente a qualquer movimento que eu fazia para me afastar ou diminuir o contato, algumas vezes soltando um gemido de reclamação, outras se agarrando mais ainda em mim, então como eu não quero o acordar eu só o abracei calorosamente liberando um pouquinho a mais de meu aroma, e ele pareceu se alegar com o feito, na verdade, isso foi muito estranho, porque normalmente se um ômega faz isso comigo eu o empurro na hora e só vou embora, não gosto muito dessa melação, mas dessa vez, eu estava muito alegre em o ter nos meu braços.

     - O que você fez comigo seu nanico pevertido. - Pergunto enquanto, sem pressa, levo uma de minhas mãos até os seus cabelos e só agora notando as marcas da noite, ele estava lotado de mordidas e marcas de chupões bem grandes e evidentes, sem falar que meu aroma por algum motivo tinha grudado em sua pele, assim como o seu tinha grudado na minha e por alguma razão desconhecida isso me deixou muito feliz e meu alfa interior muito orgulhoso dizendo algo sobre marcar território ou sei lá, mas isso não era muito importante, o que me incomodava de verdade era uma dor irritante nos meus dentes, não sei o que tinha causado isso, mas estava me incomodando bastante.

     Saí dos meus pensamentos quando o ômega começa a dar sinais que ia acordar, então eu decidi fingir que estava dormindo, ele abriu os olhos sem muita pressa e eu em contra partida fechei os meus, não consegui ver nada do que ele fez, mas eu pude entender o que ele fazia, ele não demorou muito para levantar e logo pude escutar a porta, provavelmente do banheiro, ser aberta e fechada, esperei alguns momentos para voltar a abrir os olhos olhando ao redor e vendo que as roupas dele ainda estavam ali, alguns segundos depois algo um pouco inesperado aconteceu.

      - SEU FILHO DÁ PUTA DESGRAÇADO!!! - Ouvi o grito estridente do rosado enquanto o mesmo abriu a porta rapidamente a batendo na parede. - OLHA O QUE VOCÊ FEZ SEU MALDITO!! - Eu olho para ele enquanto o mesmo voltava a gritar ao mesmo tempo que apontava para a gargantilha no seu pescoço, e só agora noto que a mesma está completamente mordida agora eu entendo de onde veio essa dor nos dentes.  

     - Calma calma. - Falo fazendo sinal com as mãos para ele se acalmar e em resposta ele me olha enfurecido e vem para cima de mim com uma claro vontade assassina, depois de uma pequena perseguição pelo quarto e alguns arranhões eu não tenho escolha a não ser o imobilizar, e quando quero dizer imobilizar eu quero dizer o prender na cama ficando em cima dele enquanto segurava os seus dois pulsos com as minhas mãos. - Por favor, se acalme se não eu vou ser forçado a te beijar. - Digo brincalhão para tentar o acalmar e em seguida me aproximo de seu rosto, mas de repente ele me chutou direto nos documentos.

     - Tente e eu arranco essa sua maldita lingua desgraçado. - Ele falou irritado e enquanto eu me contorcia de dor na cama pelo chute certeiro desse ômega endemoniado.

     - Não precisava disso sabia? - Pergunto irritado e ele me olha enfurecido.

     - E você não precisava ter quase quebrado a minha minha gargantilha com esses malditos dentes! - Ele fala ainda irritado. - Na verdade, essa gargantilha nem era minha, e agora vou ter que escutar as reclamações do meu amigo. - Fala e da um suspiro, logo em seguida volta a me encarrar com raiva. - E se eu não estivesse com essa gargantilha? Já imaginou se por acidente você tivesse me marcado!? - Perguntou indignado e eu o encaro sem entender direito.

     - Mesmo que eu quisesse te marcar eu só conseguiria se você me desse autorização seu idiota. - Digo já sem qualquer paciência com aquele ômega, ele parece ficar perdido em seus pensamentos por alguns momentos, mas antes que eu fale mais alguma coisa ele se levanta e vai colocar a sua roupa que estava espalhada pelo quarto.

     - Isso foi um erro. - Ele disse e eu o olhei indignado, tinha sido ele que me provocou e agora vai me dizer que se arrepende!? Que merda é essa! - Se me ver em uma festa ou em algum outro lugar, apenas vá embora. - Assim que o ômega rosado falou isso eu fico simplesmente sem ação, eu tenho que ir embora? Por que eu? Tento perguntar mas ele foi mais rápido e quando dei por quanta estava sozinho no quarto.

     - Que ômega desagradável. - Falo irritado. - Pode ser bonito, cheiroso, sedutor, tentador, gostoso, sexy, bom de foda... - Continei listando as qualidades dele até me dar quanto que tinha perdido o raciocínio então simplesmente dei um fodasse pra tudo e fui para casa."

     Desde aquele dia eu tenho estado preocupado com o fato de que nem percebi que eu mordi a gargantilha dele com tanta força a ponto de quase a quebrar, essas gargantilhas foram feitas para aguentar sem quase nenhum arranhão a mordida de um alfa descontrolado no cio, imaginar que eu faria um coisa dessa sem perceber é uma coisa quase surreal, por isso e outros motivos eu acho que me afastar desse ômega é uma boa solução, mas parece que o meu alfa interior não está gostando dá ideia, então hoje eu marquei de ir no médico, e por isso os meus pais estão loucos achando que eu estou doente, e nem posso discordar, porque a essa altura, até eu acho que estou doente.

     - Quer saber. - Falo para mim mesmo. - Não vou sofrer por antecedência, vou no médico, ele me diz o que tem de errado e eu dou em jeito de consertar, pronto fim do sofrimento. - Digo sorridente e depois dou uma risada descontraída para...bem...deu vontade, então eu ri, pronto.

                    ~Quebra de Tempo~

     Deu a hora de eu ir pro médico e eu já estava pronto e preparado para sair, mas tem um pequeno probleminha: os meus pais, eles estão loucos de preocupação, e sinceramente estou sem paciência para eles.

     - Mas filho, não seria melhor nós irmos com você? - Minha mãe, Vitória, pergunta preocupada e por conhecidencia já estava arrumada para sair assim como o meu pai.

     - E se for algo sério? - Meu pai, Alberto, pergunta já com uma cara de pânico, sendo sincero, mesmo ele sendo um alfa ele consegue ser mais paranóico que qualquer humano nesse mundo.

     - Não precisam se preocupar tanto. - Falo com uma expressão neutra. - Não é nada demais, vocês estão exagerando, de novo. - Digo e em seguida dou um suspiro cansado.

     - Mas, filho...! - Ambos dizem ao mesmo tempo e eu desisto, acho que ter ele juntos talvez possa ser útil, pelo menos, atrapalhar não vai, eu acho.

     - Tá,  podem vir, mas não vai ser nada demais e vocês vão só perder um dia interio de trabalho nas suas empresas. - Falo como se fosse um pai dando bronca em crianças insistentes.

     Depois disso eles sorriram largo e logo em seguida todos nós saímos de casa, indo pro caro, que por sorte, era rápido mesmo sendo dirigido por alguém como meu pai, que parava a cada sinal "perigoso", e perigo no caso seria um gato olhando pro outro lado da rua ou uma idosa caminhando muito lentamente na calçada, sinceramente, não sei por que eles dispensam o motorista quando o assunto não é de trabalho, mas de qualquer forma nós conseguimos chegar a tempo no hospital para a consulta.

     - Não falem nada desnecessário para o médico. - Digo olhando nos olhos de meus pais já na frente dá porta da sala do médico. - Ou melhor, não falem nada, fiquem quietinhos e deixem eu e ele conversarmos. - Termino a minha fala e eles apenas se limitam a concordar com a cabeça.

     Sem mais delongas eu abri a porta e o doutor nos recebeu muito bem com um sorriso no rosto em seguida pedindo para nós sentarmos.

     - Muito bem. - Ele fala ainda sorrindo e se senta na sua cadeira do outro lado da mesa. - Qual seria o problema? - Pergunta olhando na direção de meus pais que estavam de mãos dadas sentados nas cadeiras da minha direita eles definitivamente estão preocupados demais de novo, depois de ouvir a pergunta do doutor eles desviam o olhar para mim.

     - É o seguinte doutor eu tô me sentindo estranho esses dias. - Falo e ele olha na minha direção com um rosto mais sério.

      - Defina o que quer dizer com "estranho" - Ele disse olhando direito nos meus olhos e eu posso perceber que os meus pais também estão me encarando.

     - São várias coisas. - Digo desviando o olhar para a parede. - Por exemplo, eu não tô, como eu posso dizer? Ficando... "entusiasmado" com os ômegas e antes de uma semana atrás eu era bem ativo nessa área. - Falo envergonhado e sem saber muito bem que palavras devia usar.

     - Então você tinha uma vida sexual ativa, mas agora não consegue ficar excitado, é isso? - Ele pergunta com um sorriso no rosto e solta uma risada bem baixinha.

     - Não é só isso. - Disse com um olhar mortal para esse doutor risonho. - Eu também ando ficado ansioso e estressado, ah e os aromas de ômegas estão me deixando enjoado. - Assim que eu termino a frase ele parece pensar um pouco e do nada seu rosto fica mais sério que antes.

     - Você por acaso tem tido alguma vontade incomum durante essa semana? - Pergunta ainda sério e eu fico um pouco confuso mas logo respondo.

      - Bom, eu tenho tido vontade de comer amoras silvestres, muitas amoras silvestres. - Falo e meus pais concordam silenciosamente.

     - Eu já tenho uma ideia do que é. - O doutor diz voltando a sorrir. - Mas eu ainda tenho algumas dúvidas. - Disse ainda sorrindo, esse doutor é definitivamente estranho. - Por acaso, antes de seus sintomas começaram você havia se relacionado com um ômega? - Pergunta com um sorriso insinuativo.

     - Sim. - Respondo rápido sem entender o rumo dessa conversa.

     - E ele tinha aroma de amoras silvestres? - O doutor questiona mas parece que já sabia a resposta.

     - Acho que sim. - Respondi rapidamente e noto que o rosto de meu pai, que estava pensativo, se ilumina como se tivesse entendido o enigma.

     - Só mais duas perguntas. - Ele diz enquanto o meu pai falava algo no ouvido da minha mãe, e tal coisa fez ele ficar extremamente surpresa e... feliz? - Primeiro, você sentiu algo diferente quando conheceu ou se relacinou com esse ômega? Tipo uma atração inexplicável e irresistível. - Ele se pronuncia do nada me tirando de meus pensamentos e eu decido apenas concordar com a cabeça. - Ótimo, então a minha última pergunta antes do diagnóstico é bem simples. - Nesse momento eu estou me corroendo de curiosidade, afinal, pelo jeito sou o único que não desvendou o mistério ainda, e todos estão sorrindo. - Vocês entraram simultaneamente em um tipo de cio ou pré-cio adiantado? - Assim que ele pergunta isso eu fico confuso com o porque ele queria saber disso, mas não demorei muito para o responder.

     - Sim, por quê? - Nenhum deles parece ouvir a minha pergunta já que os meus pais começam a comemorar enquanto o doutor os parabeniza. - Vocês vão falar o que tá acontecendo ou só vão ficar dando uma de loucos até eu desistir e ir embora? - Pergunto irritado e eles param as comemorações para me olhar sorridentes, confesso que estou com medo desses sorrisos.

     - Resumindo. - O doutor fala alegre. - Meus parabéns, você encontrou o seu destinado! - Quando escuto essa frase meu corpo paralisou, destinado? Eu? Como? Onde? Quando? Espera, aquele ômega abusado é o meu destinado?

     - Parabéns filho!!! - Meus pais falam juntos pulando em mim e me abraçando.

     - Espera aí. - Falo empurrando os meus pais para longe e olhando novamente nos olhos do doutor. - Você está brincando né? Isso não pode ser verdade, deve ser uma brincadeira ou uma piada - Falo com um sorriso de nervosismo ao mesmo tempo que suava frio. - Vocês devem ter combinado isso! Vocês então tentando me enganar para eu parar de sair com várias ômegas é isso? - Pergunto olhando na direção dos meus pais, eles se entre olham confusos. - Aquele desgraçado é um ômega que vocês contrataram né? E esse doutor é um ator que vocês pagaram para me enganar, porque não tem como isso ser verdade. - Digo em pânico, isso não pode acontecer! Se eu tiver um destinado vou ser forçado a entrar em um relacionamento sério e não vou poder mais transar com quem eu quiser!

     - Eu te garanto que sou um doutor muito bem formado e que essa é a verdade. - Escutando isso eu percebo a loucura que eu tinha dito, meus pais eram preocupados e estressados, mas nunca tentariam fazer uma coisa dessas, mas sendo sincero, preferia que essa loucura fosse verdade do que eu ter um destinado. - E eu posso provar que é verdade se você quiser. - Ele fala enquanto pega algo de baixo da mesa, e assim que ele mostra o que é eu fico em choque, é a gargantilham quebrada daquele ômega.

     - Isso não é necessário doutor. - Minha mãe se pronuncia e eu a olho confuso.

     - Agora temos que ir procurar o nosso futuro genro. - Tá, pela primeira vez na vida eu vejo eles deixarem toda a preocupação de lado mas não estou feliz com isso.

     - Acho que pelas horas não será necessário. - O doutor diz sorridente enquanto olha no relógio dá parede e passa a mão pela gargantilha, sinto vontade de questionar, mas uma sensação inesperada me faz perder a voz.

     - Doutor Ricardo! - Escuto uma voz já conhecida depois de ouvir a porta ser subitamente aberta. - A gargantilha nova já chegou? O Alex tá me infernizando a semana toda por causa... - Ele para a sua fala no meio quando nota a minha presença.

     - O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO AQUI!? - Gritamos ao mesmo e o doutor cai na risada enquanto os meus pais parecem ficar eufóricos quando entendem que aquele era o meu possível destinado, eu e o ômega rosado apenas nós encaramos, ele indignado com a minha presença e eu suando frio prevendo o caos que viria a seguir, é oficial, eu tô fodido.

            ~Fim do Capítulo~

                ~Continua~


Notas Finais


E esse doutor Ricardo sempre colocando lenha na fogueira né kkkkk

Bom...era isso por hoje, então até o próximo capítulo, tchau tchau


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