O dia começava apenas a amanhecer agora mas, no palácio de Scott&Lion, os nobres já haviam acordado com excepção de Alianne e Thomas que ainda dormiam sem saber de nada. Mya, Arthur, Bella e Mary sentavam-se de volta da mesa do pequeno-almoço, ainda vazia, a conversar.
-Mya, peço permissão para falar- pede Mary
-Claro Mary! As aulas de Alianne estão a correr bem?
-Sim ela, de facto, aprende tudo muito rápido- responde Mary
-Mas...?- pergunta Mya prevendo a continuação da sua frase
-Ela, há relativamente pouco tempo, perguntou-me se ela me contasse uma coisa, se eu lhe contaria, Mya. Disse-lhe que contaria se fosse algo de perigoso mas ela disse que era só curiosidade e não me contou nada.
-Não compreendo, ela sempre discursa comigo à vontade!- diz Mya
-Mary, tirando isso, ela não tem feito perguntas esquisitas ou algo do género?- pergunta, por sua vez, Arthur
-Não, sua alteza- respondeu respeitosamente Mary
-Bella, tendes algo a dizer sobre Alianne?- pergunta Mya agora a Bella
-Ela tem um desempenho fantástico nas aulas e tem um claro dom para os idiomas. No entanto, não era com ela que me preocupava antes de ouvir o discurso de Mary, mas sim com Thomas. Ele tem feito demasiadas perguntas desde a primeira aula em que lemos um trecho em Latim.
-Que perguntas?
-Sobre Catelyn, ele está obcecado por saber de toda a história. Mas não acredito que ele desconfie da sua ligação com ela. Como ele me diz, ele deseja apenas saber quem é o descendente dela e saber se ele não nos ajudaria a obter novamente liberdade perante Maraquias do Sul.
-Mas se ele continuar à procura, eventualmente poderá encontrar algo Mya!- diz Arthur preocupado
-Nenhum livro menciona que ele existe. Neste momento todos os que sabem das origens dele estão sentados de redor desta mesa ou então a minha égua Brianne e confio que nenhum de vós ou sequer um animal dos estábulos lhe conte.
-Tem a minha palavra Mya- diz logo Mary
-E a minha- acrescenta Bella
-Então, planeais contar-lhe no 16º dia do seu nome?- pergunta Arthur
-Tal como decidi quando ele nasceu- responde Mya
-Tudo bem, então concordais que o deixemos continuar a ler livros sobre Catelyn?
-Ele nada coseguirá descobri, acalmai-vos.- responde Mya- Obrigada por terem vindo Mary e Bella e me contarem tudo isto. Sereis recompensadas por um pequeno-almoço divino. Eldora?
-Sim majestade?- diz a serva aproximando-se e Mary reconhece-a
-Fazei o melhor-pequeno almoço que este reino já viu.
-Claro majestade- disse sorrindo para Mya.
Enquando Eldora pousa todas os tabuleiros de prata contendo comida em cima da mesa, Thomas e Alianne chegam e juntam-se aos pais na mesa das refeições e instantaneamente pegam nalgo e começam a comer sem reparar nas restantes pessoas que falam de tudo e algo mais excepto Mary que continua a olhar fixamente Eldora mesmo depois de ela se encostar numa parede à espera que lhe dessem mais ordens.
-Mary, estais bem?- pergunta Mya que viu primeiro por estar de frente para ela, a sua fixação em Eldora
-Mya, eu conheço essa serva- responde-lhe Mya
-De onde?
-Adoraria saber! Eldora, certo?- chama Mary sem saber bem o que esta a fazer, com voz carinhosa chamando a serva – Estava aqui a discutir com Mya que eu a conheço de algum lado mas não sei de onde. Poderá ajudar-me?
-Duquesa, tamanha beleza como a sua não é esquecida facilmente. Reconheço-a, de facto. Penso que da última festa da rainha feijão realizada à 12 anos no castelo de Scott&Lion por ordem da Rainha Catelyn.
-Vós fostes a rainha feijão, já me recordo agora. Obrigada
-Não necessita de agradecer Duquesa- diz Eldora voltando à sua posição anterior aguardando ordens junto a uma parede do salão
-Mary, estivesteis nessa festa da rainha feijão?- pergunta Thomas
-Sim, Thomas. Porque perguntaís?
-Éreis convidada de Catelyn? Éreis sua amiga?
-Digamos que sim- diz Mary cuidadosamente olhando previamente para Mya
-Tu conhecia-la! Como ela era?
-Um pouco a tua mãe, Mya, bondosa e protetora- diz Mary sorrindo e olhando para os principes e Mya que respirou de alivio ao ver que Mary não revelara nada. Thomas diz algo para Alianne que mais ninguém ouve por causa da conversa que Bella e Arthur mantiveram enquanto Thomas questionava Mya
Quando acabaram, pegaram ainda cada um em uma torrada e levantaram-se
-Hum-hum- aclara Arthur a voz para Alianne e Thomas reperarem neles- Não se esqueceram de algo?
-Desculpe pai- diz logo Alianne- Temos permissão para sair?
-Onde vão?- pergunta Mya acabando as suas papas de aveia
-Para a biblioteca- diz Thomas
-Podem ir mas, por favor, sentem-se e comam as vossas torradas antes, não quero que sujem os livros.
-Não tem necessidade, mãe- diz Thomas e ambos pousam as suas torradas e saem a correr para a biblioteca do palácio
-Não pararam nem para comer as torradas, o que irão eles fazer?
-Procurar sobre a festa da rainha feijão e sobre Catelyn- diz Bella – Com toda a certeza
-Eu vou ver- diz Mary levantando-se dado ser a única que já havia acabado- E tentar levá-los a fazer qualquer outra coisa. Com a sua permissão.
-Obrigada Mary- diz Mya
Mary sai, então do salão de pequeno-almoço e avança até à biblioteca real, situada o palácio. Quando não estava a dar aulas à princesa ou a perder tempo em perder-se pelo palácio, Mary passava o seu tempo na biblioteca, sitio que ela achava fascinante por conter tantas histórias que mesmo uma pessoa que passasse a vida a ler cada livro, conseguiria lê-las a todas.
Entrou sorrateira na biblioteca, pretendendo fazer uma surpresa aos principes mas quem acaba a fazer uma surpresa são os principes a Mary. Enquanto escutava o que diziam esperando o melhor momento para les pregar um susto, Mary descobre o maior segredos dos principes.
-Muito bem, neste aqui diz que a festa da rainha feijão foi criada por Lyanna II enquanto do seu reinado com George IV. – diz Thomas – Ora, acontece que após esta morrer, a festa foi cancelada por já não haver rainha e principalmente porque o rei estava doente.
-Desgosto de amor?
-Não diz mas acredito que sim pois ele não voltou a casar tendo assim uma única filha, Catelyn que foi treinada para ser rainha, desde então. Mas à exatamente 12 anos, Catelyn decidiu fazer de novo a festa. Mas porque?
-Diz aqui!- aponta Alianne- Está em Latim: Catelyn decidira fazer uma aparição publica após ter sido atacada na floresta e todo o povo achar que ela estava morta.
-Bem, a vida dela não foi muito facil, pois não?- comenta Thomas
-Não, mas ela era uma boa rainha e acredito que uma boa mãe. Se ela tivesse possibilidades, não iria deixar o filho dela morrer. Começo a aceitar a tua teoria Thomas- diz Alianne e Thomas sorri vitorioso
-Bem, vós sereis uma boa rainha e mãe também Ali, tenho a certeza!- diz Thomas e num impulso volta a beijar a sua irmã que à tento não beijava pois a mãe não os havia deixado tanto tempo sozinhos agora que tinham aulas e obrigações.
Mary que assistira a tudo ficara impávida e lembrou-se do que Alianne lhe queria dizer, provavelmente contar sobre ela e Thomas. Deixou-se estar no seu sitio e esperou que os principes acabassem de se beijar e retomassem a conversa. Passados mais uns minutos intrometeu-se
-Então, Alianne e Thomas. Que estaís a ler? Posso ajudar em algo?
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