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História Cisne Negro. (Taekook) - Cavalo de Troia.


Escrita por: ggukalicious

Capítulo 12 - Cavalo de Troia.


Fanfic / Fanfiction Cisne Negro. (Taekook) - Cavalo de Troia.



— Para quem é o serviço especial da vez? 

— Sr. Ryu. — Yoongi fez uma careta — Boa sorte. 

— Vou precisar. 




Era senso comum entre todos os dançarinos do Cisne Branco que Sr. Ryu era pirado. Toda vez que um deles ganhava um serviço especial com ele, saiam da sala com histórias parecendo de um hospital psiquiátrico. Um homem de aproximadamente quarenta anos, com desejos incomuns e opiniões que ninguém havia pedido. Esse era o Sr. Ryu. 




— V. — o homem cumprimentou — Que prazer vê-lo novamente. 

— Sr. Ryu. — Taehyung deu seu melhor sorriso, parado na frente da porta de madeira — O que planejou pra hoje? 

— Algo que gosto muito. — ele indicou para que o dançarino se sentasse ao lado dele na cama — Eu perguntei ao Sr. Kim se poderíamos ver um filme. Ele disse que sim, por meia hora, que é o máximo das sessões. Mesmo que não vejamos tudo, é o meu filme favorito. Igual você é meu dançarino favorito.

— Assim eu fico sem graça. — disse — Qual filme é? 

— Diário de uma Paixão. — ele balançou a cabeça — Você já viu? 

— Acho que já. Você sabe como é, não tem muito tempo para entretenimento na vida de trabalhador. 

— Você trabalha muito duro, V. — Sr. Ryu sorriu — Vamos ver apenas o começo. Se você gostar, ache um tempo para assistir. Dá próxima vez que vier aqui te pergunto o que achou. 

— Está me dando dever de casa, Sr. Ryu? 

— Não é dever de casa se você se diverte! 




Taehyung sabia que apesar de ter um parafuso a menos, Sr. Ryu era inofensivo. Talvez só tivesse problemas e ninguém para escutá-lo, era o que pensava. Já no começo do filme o homem se punha a chorar e o Kim teve de segurar sua risada e usar um lenço pata limpar suas lágrimas. Os trabalhos especiais não eram tão ruins, afinal. Tinha coisas muito piores para se fazer na vida.

Ele próprio já tinha visto o filme junto de seus amigos, na casa de Lisa. Sem spoilers, chorou bastante com o final. Era uma boa memória para se ter em momentos como esse. 

Meia hora depois, Sr. Ryu se despediu com o rosto molhado e uma reverência exagerada. Taehyung foi rapidamente em direção ao vestiário para poder retocar sua maquiagem. 



Mensagem de "Jeon" 



Jeon: Cheguei. Começo assim que esse número acabar. 



Ele não pode conter um sorriso de animação. Dessa vez tinha que conseguir alguma pista sobre quem era o desgraçado que andava brincando consigo. Ele tinha exatas meia hora para encontrar o que estava procurando, nada mais nada menos. Seria uma oportunidade única, já que tinha certeza que Jungkook seria permanentemente banido do clube. 

Não muito longe do palco de apresentações, o Jeon suspirava. Ele tinha aceitado fazer parte do plano sem nem pensar nas consequências ou no que teria que fazer. Tolo. Tinham mais de vinte homens ali e pelo menos cinco seguranças visíveis, estava ferrado. Apanharia para valer dessa vez. 

E tudo por um plano que ele suspeitava que não daria certo. O Cisne Negro, quem quer que fosse, tinha passado por todo o processo de proteger sua localização ciberneticamente e se deixaria ser pego por simples câmeras? Não. Estava fazendo aquele plano estúpido pelo simples fato de deixar Taehyung mais calmo. 

O mais velho lhe dava nos nervos. Parecia que cada pequena ação sua era um ataque pessoal para Jungkook. Do mesmo jeito que aceitou fazer o plano, ofereceu sua ajuda em torno dessa maluquice. Puro impulso. Era realmente um idiota. E agora já não tinha mais como sair. 

Quando a apresentação terminou, ele encarou o copo de bebida à sua frente, suspirando novamente. Ele era apenas o cavalo de troia de toda aquela situação que tinha se metido. Burro, burro, Jeon Jungkook. Taehyung nem mesmo gosta de sua presença. 




— Legal essa dança, não foi? — ele disse para o homem com quem compartilhava a mesa — Acho que foi a melhor que já vi daqui. 

— A melhor? — o homem perguntou — É um cliente recorrente? 

— Venho quando tenho tempo. — ele engoliu o seco — Poucas vezes por mês. 

— Entendo. — o homem respondeu — Como venho toda semana, posso dizer com certeza que o melhor grupo ainda está por vir. Aquele com V, SUGA, Wonho... 

— V? Ele é muito bom. — Jungkook se levantou com o copo na mão — Não é nada pessoal, cara. 




Ele usou o copo para nocautear o homem com quem conversava. A música erótica imediatamente parou e os gritos começaram. Uma trilha de sangue escorria pelo pescoço do homem e outros dois já tinham se levantado para a briga. Usou a cadeira para se defender do segurança que gritava e acabou recebendo um soco no rosto vindo de outro convidado. 

Era igual o filme Esparta, onde 300 espartanos contra sete mil gregos. A questão era, lê não tinha armas nem o preparo dos espartanos, tinha apenas cerro conhecimento de luta devido à sua fissura em academia, mas estava longe de conseguir lutar contra trinta pessoas.



— PEGUEM-NO! 



Era a segunda vez que estava sendo perseguido por um motim por causa de Taehyung. Em poucos segundos já estava cercado no canto do clube. Ele viu seguranças vindo do corredor que Taehyung tinha indicado e concluiu que deveria sair dali logo se não quisesse virar janta. Conseguiu entrar na parte de trás do bar e nocauteou o barman com um soco no nariz. Não teve tempo mas, internamente, tinha se desculpado com o homem.  

Ele bufou e começou a jogar as garrafas caras de bebida em um ato desesperado de manter os seguranças longe de si. Não tinha saída. Tudo isso porque Kim Taehyung tinha pedido. Valeu à pena? 

Agarrou um pano de prato em cima da bancada e enfiou em uma das garrafas de whisky que tinham a idade de seu seu pai. Usando o isqueiro que estava em sua jaqueta acendendo a garrafa em chamas e jogou no chão a poucos metros dali. Claro, era mármore. Não ficaria aceso por muito tempo. No entanto, foi o suficiente para dispersar a multidão que se direcionava a saída. Ele não poderia se misturar com eles, seria apreendido, apenas tinha que sair do salao principal. E rápido

 E pela primeira vez no dia, escutou o que sua cabeça dizia. Corra. 











— V! Onde você vai!? — Yoongi agarrou seu braço — A Sra. Son acabou de falar para ficarmos aqui! 

— Eu já volto! Acho que deixei meu brinco cair. — disse — Não se preocupe. 




Assim que a briga começou no lado de fora, a velha Sra. Son foi até o vestiário dos garotos avisar que deviam ficar quietos ali até que o problema fosse resolvido, já que os seguranças haviam deixado seus postos e não queriam jeopardizar a integridade se seus trabalhadores. Era a oportunidade perfeita. 

Taehyung deixou o vestiário e subiu para o andar de cima, onde ficava o escritório do Sr. Kim e a sala das câmeras. Sem os seguranças ali, entrou quieto com os saltos na mão para não fazer nenhum barulho. 



— Tudo bem... Eu consigo. 


Ligou o computador que mostrava as telas de vigilância e procurou os arquivos de filmagens passadas. Explorou abas no computador por quase cinco minutos até achar o dia exato do primeiro dia do ataque do Cisne. 

A pessoa com certeza tinha planejado isso. Se chamar de Cisne Negro, sendo que Taehyung trabalhava no Cisne Branco. E ainda tinha a audácia de apelidar o Kim de patinho feio — que, de acordo com a história, era um Cisne. Adiantou as filmagens do dia para o horário de sua dança e comecou a procurar na plateia. 

Tinha que ser alguém que conhecia. Um estranho não faria isso consigo. Era algo pessoal, fedia à vingança. Olhou e tirou dezenas de fotos, nenhum rosto parecia ser familiar. Chega reconhecer alguns como convidados do Cinse, mas não alguém que teria algo contra Kim Taehyung

 Pegou seu celular, já ansioso que a briga poderia estar acabando. Observou mais uma vez o ângulo dos vídeos e tentou achar a pessoa entre os homens que assistiam sua dança. 



— Você só pode estar brincando com a minha cara. 



Os convidados do Cinse geralmente usavam roupas formais, como ternos ou sobretudos. O Cisne Negro estava bem ali, usando ironicamente, um terno branco. Havia apenas um detalhe. Ele usava luvas, uma máscara preta, óculos escuros e um chapéu. Com uma câmera daquelas, nem com um milagre conseguiria identificar o culpado. 

Frustrado socou as teclas do computador até ser desligado. Tinha ido até ali para nada? Colocado tudo em risco? Em risco até mesmo de irritar o Cisne? Deveria ter algo mais que ele podia fazer. Alguma coisa, qualquer coisa. 



— Sr. Kim... Me desculpe. 



Saiu sigiloso da sala de segurança e andou até o fim do corredor para o escritório. Prometeu para o universo que se comportaria se o chefe não estivesse lá dentro. 

O universo o atendeu. 



— Se eu fosse Kim Namjoon... Onde eu colocaria os arquivos? 



O sistema de segurança do Cisne Branco era incrivelmente complicado para uma simples boate de strippers masculinos. Toda noite, trinta convidados eram permitidos de entrar, tendo que escanear suas identidades antes de pisar no local. A lógica era simples, se a pessoa quisesse expor a boate, seria levada junto. 

As identidades escaneadas tinham os números guardados e eram enviados para o escritório de Namjoon, impressos e material original era destruído. Todos os arquivos na história de funcionamento do Cisne estavam guardados em um galpão em algum lugar de Seul. Sem contar, é claro, por os mais recentes. Que ficavam no escritório até Namjoon arranjar tempo para movê-los de lugar. 

Revirou algumas gavetas na mesa, procurou nos papéis que estavam por ali. Estava ficando sem tempo. Cada minuto ali era mais perigoso. 



— Vamos, vamos, por favor.... 



A estante era sua última esperança. A primeira gaveta estava vazia. A segunda continha um celular e uma caixa pequena que ele rezou para que não fosse uma arma. A terceira com certeza foi o milagre que tinha pedido — os arquivos. 



— Está vendo, Jungkook? Milagres existem. 



Não precisou de trinta segundos para achar a lista do dia que precisava. Agarrou a pasta na velocidade da luz e saiu disparado da sala, sem nem olhar para trás. Tinha realmente uma chance! 



Um balde de água fria. 



Passos fortes subiam as escadas. Era isso. Acabou. Não poderia nem descobrir quem é que estava brincando com sua vida. Seria demitido e ficaria sem dinheiro para pagar a universidade. Fim de jogo. 

Sua única opção era entra no armário de limpeza, se esconder e rezar por outro milagre. 













Uma mão quente cobria sua boca para que não gritasse. Dentro do armário de limpeza, escuro e com cheiro de produtos, outro corpo era prensado contra o seu. 

E ele não precisou de muito tempo para descobrir quem era. O escuro não era uma limitação quando se vê a pessoa todo dia. Jungkook. 

Assim que os passos se distanciaram, o mais novo respirou fundo e acendeu as luzes do lugar, tirando sua mão do rosto de Taehyung. 





— O que é que você está fazendo aqui? — sussurrou — Eu falei para você fugir depois da briga. 

— Eu não posso controlar tudo. — respondeu — Eles bloquearam a saída, tive que me esconder. E aparentemente nós pensamos o mesmo. 

— Deve ser a única coisa que temos em comum. 




O Kim suspirou e removeu a máscara preta de seu rosto, limpando o suor frio que escorria em sua testa. Jungkook observava sua roupa como uma criança vendo seu animal preferido no zoológico. Desta vez não estava tão descoberto, tinha um top preto cintilante e um belo colar caro. Claro, suas partes baixas ainda eram seguradas por um fio e tinha longas meias translúcidas que iam até as coxas e se seguravam com um suporte. Seus saltos na mão eram a cereja do bolo. O Jeon traçou o olhar por todo seu corpo ate se encontrar com seus olhos escuros e abaixar a cabeça, envergonhado. 




— O que é que você está olhando? — ralhou. 

— Nada. — balançou os ombros — Só está me lembrando muito daquele dia. 

— Pois esqueça. E chegue para lá. 

— Não dá, aqui é muito pequeno. — Jungkook mordeu os lábios — Por que você está nervoso? Eu não fiz nada. 

— Eu não estou nervoso! 

— Fique quieto! — ralhou — O que foi? Você está com medo deu te beijar de novo? 

— Não seja ridículo. 

— Ah... Espera um pouco. — ele sorriu — Não fui eu que te beijei. Você me beijou. 

— Foi um erro. 

— Não parecia. — ele cruzou os braços — Eu não sabia que era você, mas qual a sua desculpa? Por que você me beijou, Taehyung? Por que me beijou se desgota tanto de mim?

— Você me provocou. — ele bateu o pé — Usou meu ponto fraco contra mim, eu estava exausto e sem pensar direito. 

— Isso é injusto. — falou — Posso não ser a melhor pessoa de todas, mas eu nunca faria nada sem a sua permissão. Você queria tanto quanto eu. 

— E daí? Para que falar disso agora, Jungkook? 

— Então você admite que queria me beijar? 

— Foi um acontecimento de uma vez. Eu cedi pra você, onde quer chegar com isso? 

— Quer dizer que teria transado comigo se não tivessem interrompido? 

— Você está maluco? Está querendo amaciar seu ego, é isso? — bufou — Eu nunca em mente sã ficaria com você, Jungkook. Nunca. Será que dá pra esquecer disso!? 





O Jeon ficou em silêncio, evitando o olhar furioso do mais velho. Sequer tinha notado esse tempo todo sua face machucado pela briga que tinha começado a pedido dele. 





— Seu rosto... 

— Vai melhorar. — disse friamente — Afinal, você conseguiu alguma coisa? 

— A pessoa estava completamente coberta. — falou — Mas consegui os scanners das identidades dos convidados daquele. Talvez tenha algo útil, qualquer coisa....

— Identidades? 




Jungkook riu baixinho e balançou a cabeça, deixando os pensamentos de lado.




— Aigoo, Kim Taehyung, seu gênio do mal. 











Notas Finais


O resultado do último capítulo me deixou feliz! Aqui está meu presente de Natal para vocês🎅🎅. Feliz festas e aproveitem 💜

Jungkook quer enfrentar o Tae sobre isso desde o dia que se beijaram. Eita... E ainda tivemos um pequeno POV do JK. Gostaram?

Comentem se gostaram por favor 🥺💖


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