História Uma Simples História - O Coração De Emy

Elas adentram na casa e Katy vai direto à cozinha, “Fica a vontade aí, tá?”, Emy anda pela sala observando as coisas, ela deixa a mochila num cantinho e se senta no sofá “Ok, obrigado”. A casa estava cheia de caixas e embalagens que ainda não foram abertas, e Emy pensou em algo “Hey! Se você quiser, eu posso te ajudar com a arrumação da sua casa”. Katy aparece na porta da cozinha de avental e diz “Sério? Você quer mesmo me ajudar a organizar as minhas coisas e as dos meus pais?”. Emy olha para ela “Ah, claro... Mas afinal, onde é que eles estão?... Trabalhando?” e retornando para a cozinha Katy responde “Sim, eles costumam trabalhar muito e viajar a negócios”.

Emy levanta do sofá e vai para a cozinha também “Katy, quantos anos você tem?”, ela responde coando o café “Tenho 16, e você?”, Emy diz olhando os poucos detalhes da cozinha “Uh... Eu tenho 18 anos”. Logo depois que a baixinha escutou isso ela pensou em algo que Emy poderia fazer tendo aquela idade e acaba deixando escapar um sorriso bem malicioso, ela cora um pouco e tenta disfarçar ”Legal. Ah, o café está quase pronto” diz pegando dois copos numa caixa em cima da mesa, um amarelo e o outro azul com estampa do Finn de Adventure Time.

Sentindo o aroma do café, Emy diz “Hmm, o cheiro está gostoso”, Katy adoça o café e serve “Quer com leite?”, a garota alta imagina algo um tanto malicioso e fica ruborizada “Ahn... claro! Amo café com leite! ehehe”. Katy sorriu pegando uma caixa de leite já aberta na geladeira “Legal, eu também gosto muito” e nenhuma das duas percebe a malícia uma da outra.

Com o café servido Katy entrega o copo amarelo a Emy e elas se sentam a mesa continuando a conversa “Emy, me fale sobre essa sua tatuagem, por que a fez?”. Olhando o ombro, Emy respira fundo lembrando o motivo de ter feito aquele coração e volta a olhar Katy “Fiz para a minha mãe quando eu tinha 15 anos... era meio que um presente que fiz para ela” disse dando um leve sorriso.

Observando a tatuagem, Katy comenta “Legal! E ela gostou?”, Emy dá um gole no café com leite e depois responde “Ela ficou é muito brava, brigou comigo. Falou que esse coração um dia iria virar um tomate murcho... Ela falava de um jeito tão engraçado que eu só dei risada...”. Emy deu um pequeno riso lembrando a maneira que a mãe falava, então ela continua “Mas no final ela até que amou o presente”, seus olhos começaram a ficar marejados, e Katy ficou preocupada, foi ao lado de Emy e a abraçou “Hey, o que aconteceu?”.

Começando a lagrimejar iniciando um choro baixo Emy tenta falar “É que... em alguns meses depois ela... faleceu...”, dito isso ela desaba no ombro de Katy não aguentando mais segurar o choro. Então sem saber muito o que fazer Katy diz “Nossa... eu sinto muito por isso Emily... Tenho certeza de que ela está num lugar muito melhor...” e Emy falou “Tudo bem. Já faz um bom tempo”. Se afastando do abraço, Katy fala “Espera um pouquinho aí tá?” e vai até a sala abrindo uma caixa e outra, ela pega algo e retorna para a cozinha.

Entregando uma caixinha de lenços à Emy, disse “Aqui, pegue isso e assoe”, a garota pegou falando “Obrigado...” e assoou o nariz, continuou “...E me desculpe pelo choro. Eu... sou uma chorona”. Katy se senta novamente ao lado de Emy passando a mão nas costas dela “Está tudo bem, pode chorar a vontade. Vai ajudar a aliviar um pouco a dor aí dentro” ela aponta para o peito dela e volta a abraça-la.

Aos poucos Emy foi parando de chorar, Katy agora fazia carinho na cabeça dela. Elas ficaram assim por um tempo até que a alta levou uma mão até o pescoço da baixinha e se afastou um pouco do abraço, deixando seus rostos próximos um do outro. Ambas ficaram coradas, podiam sentir a respiração uma da outra, e então Emy aproximou mais de Katy e selou seus lábios num beijo. Katy gemeu um pouco ao toque, quis mais, mas acabou recuando. Não sabia o que fazer.

Sem saber onde enfiar a cara Emy virou o rosto olhando o relógio na parede da cozinha, e sendo 23h38, ela salta da cadeira “Nossa! Já é bem tarde! Eu preciso ir. Amanhã tenho que acordar cedo”. A baixinha, que se assustou com o salto que a garota deu, diz “Ah... Tudo bem. Você vai ficar bem?” terminou referindo a mãe dela. Emy pega a mochila que deixara num canto da sala, se direciona até a porta, abre e se vira “Vou ficar bem”, depois disso ela, um tanto sem graça, tenta forçar um sorriso de lado e saiu.

Ela vai para casa, sobe as escadas e entra no banheiro, toma um banho morno e se ajeita para dormir. Ficou pensando em coisas aleatórias de sua vida, do passado e do futuro, chorou um pouco mais por causa da mãe, e pensou em Katy, no beijo que dera nela, imaginava onde as duas estariam daqui a algum tempo. Depois de tanto ficar pensando e imaginando ela fecha os olhos e finalmente consegue adormecer. Enquanto isso Katy pensava se ela realmente iria ficar bem, ainda estava preocupada com Emy por causa da mãe, e também envergonhada por causa do beijo. Não sabia por que o recusou, já que queria aquilo desde o instante que a viu.

Ela subiu correndo até o quarto pegou um livro e se deitou na cama começando a ler tentando distrair a mente até conseguir alcançar o sono e dormir. Mas foi em vão, não parava de pensar no que aconteceu se torturando por não ter aproveitado. Então ela cobriu o rosto com o livro e se deixou levar pelos pensamentos até que conseguiu se apegar ao sono tendo ótimos sonhos...