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História Umbrella High School - Festa do Terceirão


Escrita por: PJ_Redfield

Notas do Autor


Boooom diiiiaa, povo lindo e maravilhoso *--*
Em primeiro lugar, quero agradecer imensamente por acompanhem tão fielmente minhas loucuras nesse colegial, saibam que cada um de vocês têm um pedacinho do meu coração <3 obrigada mesmo!!
Espero que gostem!
Boa leitura...

Obs.: Imagem da nossa "querida" Jéssica foi alterada ;-)

Capítulo 19 - Festa do Terceirão


Fanfic / Fanfiction Umbrella High School - Festa do Terceirão

* * * Jéssica * * *

 

Apesar da Ada parecer extremamente estressada por alguma coisa, eu me concentrava na “brincadeirinha” que eu incluiria na festinha do Chris.

Isso será só zoação...

Mas servirá para aproximar ainda mais o Chris da novata...

Claro, não agora... Momento de ódio e depois de reconciliação, sei que daqui há uns dias esses dois terão um laço inquebrável e sem minhas armas iniciais que já possuo, seria difícil conseguir o que eu quero.

Mas sou paciente...

Já plantei a semente e a mudinha está florescendo.

Eles jamais podem imaginar o que está por vir, mas quero mais, preciso de mais... Mais paixão, mais amor, mais CONFIANÇA! Porque quando eu colocar meu plano em ação, destruirei aquela garota, ela ficará aos PEDAÇOS, juntará os CACOS do seu pobre coração e derramará LÁGRIMAS INFINITAS DE SANGUE!

Ela merece...

Depois do que me fez.

Claro que ela não sabe, mas não importa, porque desde que entrou aqui, vive me desafiando e insiste em não ficar no seu lugar... Quer aparecer, se sentir a maioral e coitada, mal sabe ela que essa escola é MINHA.

Mas ela saberá...

E hoje terei uma amostra do prazer que sentirei com minha vingança.

Lágrimas e mais lágrimas...

Sim, o Chris ficará mal por uns dias e depois da minha vingança, coitado... Ele está apaixonado e até lá, estará totalmente dependente da novata, mas ele é essencial, não posso descartá-lo.

Desculpe, querido...

Mas você está marcado para sofrer.

E sair como o maior culpado por tudo isso.

Mas em momento algum o obriguei a algo, ele que é como todo homem: na raiva súbita, não ouve, não vê e não pensa.

E essa foi minha jogada inicial.

Só que hoje, vou fortalecer esse laço... Ou melhor, rompê-lo para fortalecê-lo, é complicado, mas depois que minha vingança se realizar, fará sentido e todos deverão me aplaudir em pé.

Veremos...

Minha cara Jill, nem pense que esta festa será divertida para você.

 

* * * Chris * * *

 

Minhas mãos suavam e eu não entendia direito o porquê.

Eu coloquei uma polo preta e uma calça jeans escura, completando com uma boa dose de perfume e uma boa ajeitada no cabelo.

Quando desço, já escuto a música e vejo algumas pessoas chegando. Vou até meus amigos e esfrego as mãos tentando imaginar a hora que ela viria e eu teria sossego com a minha boneca.

A Sherry vai estar aqui!

Sim, ela vai estar... E hoje talvez seja o dia de eu contar da Claire.

Melhor eu contar do que ela saber por outra pessoa.

-- Que galã...

Ao olhar para o lado, vejo o Leon rindo com os demais e reviro os olhos.

-- Pronto para o ataque, Redfield?

-- Mais do que pronto!

-- Então aponta para alguém e vai...

-- Já tenho meu alvo da noite!

-- Huuuum...

Eles riram e me empurraram me fazendo rir e ajeitar minha camisa.

-- Mas e aí, viu o jornal da escola hoje?

Kevin joga o negócio na minha frente e reviro os olhos ao ver na capa uma imagem minha com o Albert no chão.

-- Aqueles abelhudos não tem mais o que fazer da vida!

Jogo o jornal no lixo e eles riem, mas desviam de mim olhando um grupinho de meninas que chegavam.

-- Cara, olha as gatas que estão chegando!

Joseph faz os demais checarem a mulherada também e nisso noto a distração do Piers ao lado dele.

-- Eu queria saber onde essas pernas se escondem na escola! Olha só, que coxão dessas garotas! Que bundinha empinada! Que...

-- Ei, ei, ei... – Kevin riu – Se acalma.

-- Você fala isso porque já tem sua namorada!

-- Mas eu nunca fui um desesperado assim!

Eles riram e vou até o Piers que parece se assustar em me ver perto.

-- Tudo bem?

-- Sim...

-- Seu pai está bem?

-- Sim, está ótimo.

O Piers anda meio estranho há uns dias e insiste em me esconder isso, está bem óbvio... Mas é estranho, já que sou o melhor amigo dele e sempre me contou tudo, sabe que pode confiar em mim e sei que posso confiar nele cegamente.

-- Você anda meio estranho...

-- É mesmo?

-- Sim... Quer me contar o que está acontecendo?

-- Quero.

Quando ele vira para mim, posso ver que seja o que for, é importante e ele está aflito com isso.

Mas por que ter receio em me contar?

-- Agora?

-- Não, não quero estragar sua noite com a Jill... Mais tarde, tudo bem?

-- Legal. – Eu sorri – Mas não quer me dar uma dica?

-- Acho melhor não...

-- Só me diz uma coisa... É uma garota?

Ele não respondeu, apenas ficou calado encarando o vazio e eu ri.

-- Redfield!

Leon me joga uma cerveja e outra para o Piers que só discorda com a cabeça e a deixa de lado. Então o empurro de leve e indico as pessoas chegando.

-- Ela vai vir para festa?

Ele não diz nada.

-- Ela é mais nova?

Ele desvia e eu rio dele.

Quem diria... O certinho Piers Nivans de atrás de uma garota mais nova!

Ou melhor... Quem diria Piers Nivans de atrás de uma garota!

Ele sempre foi o focado nos treinos, nos estudos e em tudo, mas menos no corpão das líderes de torcida e nas pernas que passavam por nós e rebolavam o quadril para chamar nossa atenção... Então ele deve estar gamado mesmo, só espero que seja uma garota legal que vai valorizá-lo da forma que ele merece.

-- Mais alto, Josh!

Leon fala para o Josh que estava perto das caixas de som e do computador para controlar tudo e ele aumenta o som. A maioria era eletrônica como a rapaziada curtia e quanto mais o tempo passava, mais pessoas chegavam e formavam grupinhos de dança e papo.

Meus amigos indicavam as garotas que achavam mais gostosas e faziam acordos de quem as pegaria antes e quem nem tinha chance. Mas os olhares foram puxados para porta quando uma morena de olhos claros apareceu com um vestido curto e colado ao corpo bem desenhado.

-- Uou... Eu ainda me surpreendo com ela!

Joseph baba ao ver a Jéssica na porta e desvio sem paciência, mas ao ver que ela vem na minha direção, procuro um lado para correr.

-- E aí, gato...

Ela passa o braço pelo meu pescoço e me afasto dela que sorri.

-- Quer companhia para mais tarde?

Vejo que meus amigos sorriem maliciosos para mim e imagino o que ela e eles diriam se eu desse o fora que eu gostaria nela.

Se a Jill me ver assim com ela, já era...

-- Vou checar a comida na cozinha, fica a vontade, Jéssica.

Eu saio dali respirando fundo e pensando em uma maneira de me livrar de vez dessa garota.

Cara, é a Jéssica!

É, eu sei... Mas agora, é a Jill para mim.

Cara, É A JÉSSICA!

Sim, ela é hipnotizante e sedutora, mas ainda tem a Jill.

CARA, É A JÉSSICA!!!

Não... É a Jill.

No momento em que decidi tentar com a Jill, a Jéssica e todas as outras ficaram automaticamente no passado... Ela não é como as outras, pelo contrário, é única e principalmente apaixonante.

A Jéssica já era... E as outras também.

Respiro fundo e desvio meus pensamentos, até que algo me chama a atenção na porta e vejo quem eu tanto queria que chegasse. Meu sorriso é espontâneo ao vê-la meio sem jeito com a Sherry que apontava para alguma coisa.

Droga... E agora?

Ela está... MARAVILHOSA!

Um vestido que caía muito bem nela e o cabelo trabalhado em uma trança que a deixava mais linda e romântica, bem do jeitinho dela.

E a Sherry... Droga.

Como me livro dela?

Acho que a jogada de hoje é: seja mais rápido!

Eu pego a Jill e não a deixo sair de perto de mim até contar da Claire, aí a Sherry não terá mais pelo que me acusar e tudo resolvido.

Ou será que espero até ela sair e pego a Jill escondido?

Não, não, não... É hora de mostrar para meus colegas que essa boneca já tem um dono e que ele não pretende dar a chance de outro chegar perto.

É isso.

Respiro fundo e caminho até elas.

A Sherry não parece me notar, mas a Jill logo me vê e me dá aquele sorriso meigo com o poder de virar o meu mundo de pernas para o ar. Quando eu paro diante delas, a Sherry vira para mim e me encara curiosa.

-- Boa noite, meninas...

-- Chris? Recepção na porta?

-- É isso aí.

Concordo e olho para Jill que ainda sorri.

Sei do perigo que estou correndo, mas valerá a pena...

Então pego na mão dela e olho de canto para Sherry que nos encara sem entender nada, mas sorrio e viro para ela.

-- Vou ter de roubar sua amiga, Sherry...

-- Para quê?

Eu sorri e desviei dela, puxando a Jill comigo e a deixando ali agora com uma expressão de espanto e horror.

É isso aí... Eu sou o cara que roubou o coração dessa boneca... E ela roubou o meu. Isso não vai mudar nem que você e todo mundo queira, já era, a Jill é minha e não largo mais.

Vou até o outro lado da sala com ela comigo e ao me virar, a puxo para mim em um abraço e vejo que TODOS nos encaram.

-- Enlouqueceu?

A Jill me empurra de leve e eu rio.

-- Sim... Por você.

-- As pessoas estão olhando!

-- E daí?

Ela desviou de mim parecendo constrangida, mas me aproximo novamente a puxando pela cintura e ela olha para mim daquele jeitinho envergonhado dela.

-- Posso te beijar?

-- Não!

-- Por quê?

-- Porque não...

-- Está com vergonha de me assumir, é?

Ela riu e eu peguei uma mecha de seus cabelos para enrolá-lo em meu dedo enquanto ela me observava.

-- O que está fazendo comigo?

-- O mesmo que você está fazendo comigo, Chris.

Com seu sorriso doce, eu novamente a puxo para perto sentindo minha garganta doer de saudade do sabor dos seus lábios. Mas ela desvia o olhar e sei que não quer se expor... Só que é meio tarde para isso, TODOS estão olhando e todos já notaram que existe algo entre nós.

O que posso fazer?

Essa noite só quero aproveitar grudado nela, só isso.

E quando começa a tocar uma música mais romântica no som, olho para meus amigos e vejo o Leon apontar para mim e piscar.

Leon é o cara.

-- Dança comigo?

-- Achei que não soubesse...

-- Por algumas pessoas vale a pena tentar.

Ela me olha de canto e a puxo novamente para perto de mim enquanto mantenho fixo meus olhos nos dela. Eu não sei direito o que fazer, mas só de estar perto dela, poder tocá-la, acariciá-la e demonstrar o que sinto, já parece o suficiente.

Meu coração dispara no peito sem explicação... Mergulho naquele azul incomparável de seus olhos e me lembro de cada momento que tivemos juntos desde que ela esbarrou em mim no primeiro dia.

Cada pensamento confuso, cada sentimento envolvido, cada desejo... Ela me encantou desde que a vi pela primeira vez e confesso que tenho medo de onde isso possa me levar.

Estou apaixonado, não posso mais negar isso...

Mas até ONDE esse sentimento pode ir?

Até ONDE ele pode me levar?

Não quero perdê-la...

Não quero que outro chegue perto dela...

Ela é minha.

Só minha.

Mas como garantir isso?

Como dizer isso a ela?

-- No que está pensando?

Ela pergunta para mim enquanto ainda estou submerso em seus olhos e sorrio, encostando a minha testa na dela e me esquecendo de tudo ao redor, mesmo sabendo que o foco do momento era nós dois.

-- Estava me lembrando de quando esbarrou em mim.

-- Você me olhou de um jeito... – Ela riu.

-- Acho que você já me amarrou ali mesmo...

-- Amarrei?

-- Sim.

Com seu sorriso meigo, levo minha mão até seu rosto e o acaricio de leve vendo seus olhos brilharem com meu carinho.

Será?

Aproximo mais meu rosto dela sabendo dos perigos aos quais ficaríamos expostos depois disso, mas nada mais pareceu importar... Então coloco meus lábios nos dela e sinto que tudo para.

Ela me corresponde sem se afastar e quando decido aumentar o beijo, começo a mover lentamente a minha boca e ela me acompanha parecendo se importar tanto quanto eu com os abelhudos ao nosso redor.

Meu coração enlouquece dentro do peito e por um momento sinto pavor com a hipótese de perdê-la... Preciso dela.

Minha Nossa, como preciso dela.

Não posso perdê-la.

Quando afasto um pouco meus lábios, abro os olhos e pego seu sorriso e seu olhar brilhante para mim. Mas ao levar os olhos ao nosso redor, vejo meus amigos brincando de suspirar e fazendo corações... Os demais parecem pasmos, mas as garotas parecem com raiva... E a Sherry nos encara perplexa e furiosa.

Acho que coloquei as cartas na mesa agora...

Vejam mesmo que essa boneca É SÓ MINHA!!!

-- Acho que a Sherry vai me bater depois...

-- Ela tem razão para isso?

-- Eu já te disse que nunca fui o melhor partido... Ela falará horrores ao meu respeito para você.

E como vai...

-- A culpa é sua por ela ter o que falar.

-- Sim, mas... Não vai me deixar por isso, vai?

-- Depende...

Olho para ela que me encara séria.

-- Como assim?

-- Tem algum horror muito grande para ela me contar?

Na verdade não, mas... A Claire ser a minha irmã e... Bom, tem a Jéssica que todos sabem que sempre fui meio enrolado com ela.

-- Talvez...

-- Então sugiro que seja você a me contar.

Apesar do seu sorriso leve, eu sabia que ela era sincera, afinal, melhor saber por mim do que pela Sherry ou outro alguém.

Mas não preciso estragar o momento agora, não é?

-- Podemos deixar assuntos complicados para o final da festa?

Ela riu e revirou os olhos.

-- Podemos?

-- Se quiser se arriscar...

Eu ri e a puxei para mais perto novamente, agora sentindo algo estranho em meu peito. Acariciei seu rosto e coloquei meus lábios novamente nos dela tentando me desligar do resto.

Seu sabor doce me invadiu e o sentimento parecia triplicar, se é que é possível... Tudo parecia melhor, o errado parecia certo, o feio parecia bonito e o imperfeito soava como perfeito.

Até que alguém me puxa pelo braço fazendo minha boca se afastar da boca da Jill e vejo um par de olhos furiosos em minha frente.

-- Podemos conversar um minuto?

Sherry.

-- Tem que ser agora?

-- Sim! Precisa ser agora!

Reviro os olhos sabendo do sermão que eu ia ganhar dela, mas quando ouço a Jill rir, olho para ela que faz um sinal para nós.

-- Vão lá, eu espero aqui...

-- É bom esperar mesmo, porque você é a próxima!

A Sherry a repreende também e meu estresse surge quando me afasto com ela e deixo a Jill toda linda e perfeita ali sozinha e desprotegida dos gaviões que tem por todos os lados.

Quero ver se alguém tenta alguma coisa!

Vai se arrepender!

-- Que droga é essa, Chris?

 Antes de sair dali, ela vira para mim parecendo muito irritada e reviro os olhos já impaciente.

-- O que foi?

-- Por que está fazendo isso com a Jill?

E lá vou eu explicar para mais uma pessoa...

-- Não me interprete mal, Sherry... É diferente com ela.

-- “Diferente”? É para eu rir?

-- Não!

-- Você está brincando com ela!

-- Não estou brincando com ela, Sherry!

-- Ah, não?

-- Não!

-- Então me fala... O que ela disse quando contou para ela que a Claire é sua irmã? Ah, não, espera, você deve ter mentido sobre isso, porque ela não sabe... E o que ela disse quando contou que você arrasta um caminhão pela Jéssica, a garota que faz de tudo para ferrar com ela? Ah, não, espera... Você escondeu isso também?

Ela falava rápido, mas bem o suficiente para eu ver sua raiva e sentir minha irritação florescer.

-- Eu ainda não falei sobre isso...

-- E quando pretende falar? Por que mentiu da Claire? O que você disse?

-- Eu não menti, eu só... Não contei.

-- Por que não?

-- Porque no começo achei que era só uma atração como qualquer outra e perto da Claire, ela estaria automaticamente perto de mim.

-- Isso é muito sujo, Chris!

-- Eu sei, mas... Depois me enrolei e tive medo de contar.

-- E a Jéssica?

-- Ah, fala sério, Sherry... Se ela souber da Jéssica, ela me mata.

-- TODOS sabem da Jéssica! Se não fosse eu, qualquer outro poderia contar para Jill sobre vocês dois!

-- Não tem mais nada entre eu e ela!

-- Não acredito em você!

-- Não me importo se acredita ou não, só não ferre com o que eu tenho com a Jill por causa disso!

-- Quer que eu minta?

-- Não... Eu vou contar para ela.

-- Quando?

-- Hoje.

-- A Claire vai te matar quando souber! E com razão!

-- É, essa é outra doida que terei de aguentar...

Com meu resmungo, a Sherry revira os olhos e cruza os braços, suavizando sua expressão e olhando de canto para Jill.

-- Ela é uma garota legal, Chris...

-- Eu sei.

-- Não a faça sofrer, por favor...

-- É para valer, Sherry, anda, me dá um voto de confiança.

-- Como pode me pedir isso sabendo que eu te conheço bem?

-- Não me conhece... Sabe só da minha fama de garanhão, mas não me conhece de verdade.

-- Tudo bem... Mas cansei de te ver ser galanteador com inúmeras garotas bobas que pensavam que tinham chance com você.

-- Eu sempre deixei claro o que eu queria e nunca enganei ninguém!

-- É difícil acreditar sabendo que você corre tanto de atrás da Jéssica e agora, por pura “coincidência”, está de atrás da Jill... A garota que a Jéssica quer fazer quebrar a cara de todo jeito... Até parece que você está usando a Jill por pedido da Jéssica e depois se livrará dela apenas para vê-la sofrer.

Essa era a ideia inicial...

Se a Jill souber que um dia houve um acordo entre mim e a Jéssica, ela nunca mais me dará uma chance.

Mas eu estava irritado, não sabia o que dizia... Eu já gostava dela antes e agora não quero saber do meu “benefício” nesse acordo, só quero minha bonequinha comigo.

Isso não é errado, não é?

-- Eu nunca faria isso...

-- Acho bom.

-- Eu... Eu gosto dela, Sherry.

-- Então conte tudo!

-- Vou contar...

-- Tudo bem.

Ela respira fundo e me encara de canto.

-- E é bom falar para Claire também ou ela vai te matar quando souber!

-- Vou falar...

-- Ela não vai acreditar que gosta de verdade da Jill.

-- Eu sei...

-- E ela tem razão de sobra para isso!

-- Eu sei, Sherry!

Já não aguentando mais o jeito repreensivo dela, olho para Jill que estava parada observando um quadro da minha casa e suspiro.

É tudo ou nada...

-- Nos falamos depois.

Não olho mais para Sherry e vou em direção a minha bonequinha distraída, mas quando me vê, sorri animada.

-- Um sermão?

-- Dos grandes... E sei que é só o começo.

-- Você merece.

-- Eu sei... Mas só o que me importa é você e mais ninguém.

Ela sorriu e me aproximei dela querendo sentir sua presença mais próxima, mas alguém me puxa novamente e reviro os olhos ao ver o Joseph que olha para Jill com um sorriso malicioso.

-- E aí...

-- Oi. – Ela o cumprimenta.

-- O que você quer, Joseph?

-- Calma, Redfield... Só vim dizer que a Jéssica está te esperando no jardim.

Ele enlouqueceu???

Olho para Jill com o canto do olho e vejo que ela me encara com uma expressão completamente diferente agora.

Droga...

-- O que ela quer?

Ele sorriu malicioso e levantou os ombros.

Se eu for, a Jill me mata!

E se eu não for... A Jéssica pode vir aqui.

DROGA!!!

O QUE EU FAÇO AGORA?

-- Recado entregue, brou!

Ele sai e olho de canto para Jill que não sorri mais.

-- É íntimo dela?

-- Não! Quer dizer...

Sem mentiras, Chris!

-- Vou ver o que aquela louca quer e já volto... Me espera aqui?

Ela levanta os ombros parecendo brava e me puno mentalmente.

Me aproximo e dou um beijo leve em seu rosto, mas ela continua com a mesma expressão e saio rapidamente para voltar mais rápido ainda.

Droga, Jéssica!

O que você quer, garota?

Vou para fora da casa e não encontro ninguém.

Fico um pouco por ali, mas nada dela e de ninguém... A música continua lá dentro e posso sentir minha bonequinha desprotegida dos abutres lá dentro, andando sozinha e distraída.

Que se dane!

Vou entrar e esclarecer tudo de uma vez!

Assim nem a Jéssica e nem ninguém poderá dizer algo para ela sobre mim que possa comprometer o que temos.

Desisto de esperar e me viro para caminhar, mas dou de cara com o Piers que quase esbarra comigo e eu rio ao empurrá-lo de brincadeira.

-- Está me seguindo?

-- O que está fazendo aqui?

-- Ah, eu... A Louca da Jéssica tinha me chamado e achei melhor vir do que deixá-la ir falar comigo na frente da Jill.

Ele me olhou desconfiado e eu desviei.

-- O que queria me dizer?

Agora ele que desvia, coça a cabeça e ao voltar a olhar para mim, eu rio do nervosismo dele para me contar da tal garota.

Para que tanta enrolação?

-- Precisamos conversar, Chris...

-- Estou esperando.

Ele desvia de novo respirando fundo e espero já entediado, querendo voltar desesperadamente para os braços da minha bonequinha.

-- Piers, anda logo, quero voltar para dentro...

-- É, seu momento lá dentro com a Jill vai gerar muita falação.

-- Esse povo é muito fofoqueiro.

-- É sim...

-- Mas o que quer me dizer?

Ele desvia de novo, mas dessa vez volta com os olhos sérios em mim e não entendo o porquê de tanto nervosismo para me falar que está apaixonado por alguma garota por aí.

-- Chris, eu...

-- Está apaixonado.

Ele me olha surpreso e eu rio.

-- Isso já é óbvio, agora me conta a parte que está te incomodando.

É estranho essa reação dele, afinal, sempre me contou tudo.

A não ser que...

-- É A JILL???

-- O quê? Não!

-- Ah, tudo bem...

Respiro fundo me acalmando do segundo de delírio e espero ele que me olha fixo com um jeito sério e apreensivo.

-- Você está certo, estou apaixonado...

Eu sabia!

-- E por que não me contou antes?

-- É que... É complicado.

-- Há quanto tempo?

-- Alguns meses...

O quê?

-- Por que não me contou, cabeçudo?

-- Chris, preciso que me escute... – Ele respirou fundo – Ela é MUITO importante para mim, me apaixonei completamente e não foi intencional, eu juro, nunca quis esconder isso de você.

Acho que cada vez estou mais perdido nessa história.

-- Relaxa, não vou te punir por ter escondido de mim, é só que... Achei que confiasse em mim como confio em você.

Ele desvia de mim e encara o chão.

-- É complicado...

-- Eu conheço ela?

-- Sim...

-- Já falou com ela?

-- Sim, mas...

-- Isso é ótimo!

Era óbvio que ainda estava nervoso, mas eu não entendia o porquê.

-- Pode ao menos tentar ficar calmo depois que eu contar?

Fiquei mais perdido.

-- Sei que vai querer quebrar a minha cara...

Mais perdido.

-- E com uma certa razão talvez...

Super perdido.

Por que eu quebraria a cara dele por estar apaixonado?

Isso devia ser óbvio para mim ou será que é normal eu nem ter ideia da razão de eu quebrar a cara dele por isso?

-- Fala logo, Piers, quero voltar lá para dentr...

Minhas palavras foram interrompidas por um barulho de passos rápidos e vejo alguém todo ensopado por algo verde sair correndo de dentro da casa... Um alguém que a princípio pareceu estranho, mas depois eu reconheci completamente.

-- Jill?

 

* * * Jill * * *

 

O que aquela garota quer com o Chris?

E por que ele foi tão rápido falar com ela?

O que eles têm em comum?

Será que são... Íntimos ou algo assim?

Ou ela apenas quer dizer para ele ficar longe de mim porque me odeia?

Não gostei disso...

O Chris nunca me disse que tinha qualquer relação com a Jéssica e saber disso do nada, não me animou.

Será que é isso que ele quer me contar?

Droga... Será que já ficaram alguma vez?

Descarada!

Só pode ser isso!

Eles ficaram alguma vez e ele tem medo de me contar!

E ela... Adorando me ver apaixonada por ele ou odiando por ver que ele não quer mais saber dela, algo do tipo.

Mas é uma resposta viável para o jeito dele e o da Sherry... Será que eu deveria falar com ela e perguntar que droga é essa?

Não sei o que fazer...

Acho que vou esperar por ele e dar a chance de me contar o que quer que seja de tão ruim...

Sim, farei isso!

Vou esperar e dar essa chance para ele!

Pronto, decidido.

-- Jill?

Dou um salto de susto quando vejo o garoto que vi de cueca no vestiário masculino naquele “incidente” e ele ri parecendo se lembrar que caí justamente no colo dele enquanto estava daquele jeito.

-- E aí, tudo bem?

-- S-Sim... Bem.

-- Legal, é... Meu nome é Leon.

-- Ah... Ok... O meu nome você já sabe.

-- Sim, é... O Chris está te chamado lá fora.

O quê?

-- Lá fora?

-- Isso, lá no jardim... Ele disse que você entenderia.

Jardim?

Nosso primeiro beijo foi lá...

Esse garoto não sabe sossegar!

Eu ri sozinha e concordei com o tal Leon.

-- Tudo bem, vou lá... Obrigada por me chamar.

-- Não por isso.

-- Tchau.

-- Tchau, Jill.

Eu saio dali me sentindo mais aliviada em ficar sozinha e principalmente longe dele... Isso é muito constrangimento.

Quando chego na parte de fora, o jardim está todo escuro e paro diante dele pensando se realmente eu deveria entrar ou era melhor esperá-lo ali fora, porque nunca fui fã de um lugar escuro.

Ah, deixe disso...

É o Chris, não é?

O que de mal ele faria a você?

Ele já provou que realmente gosta de mim e pelo seu constrangimento na sua ousadia passada, ele viu que não sou dessas, então talvez esteja apenas querendo me assustar ou fazer uma surpresa.

Quem entende direito os garotos?

Quem entende direito Chris Redfield?

Eu não sei...

Mas quero tentar.

Com um sorriso nos meus lábios, entro a passos lentos no jardim que estava muito escuro, eu apenas ouvia o barulho da água escorrendo da fonte e me aproximei dela já que ali havia um pouco de iluminação.

Cadê ele?

-- Chris?

Eu o chamo e nada.

Mas depois de alguns segundos, eu escuto uma risada e as luzes se acendem comigo dando de cara com aquela vaca de vestido colado.

-- Jéssica?

Ela ri e vejo que as demais frangas estão com ela fazendo a mesma expressão para mim. Viro e vejo os meninos do futebol do outro lado, mas o Chris não estava ali.

-- Está pronta para surpresinha do Chris para você?

Olho novamente para Jéssica, mas sou acertada em cheio por algo molhado e gosmento. Abaixo a cabeça para ver e não identifiquei o que era, mas a Jéssica riu.

-- Acertem ela!

Sem ter tempo de sequer pensar, sou apedrejada com aquela coisa gosmenta por todas as direções até que escorrego e caio.

Mas eles não param.

-- Já chega!

A Jéssica fala com gargalhadas e quando tiro as mãos do rosto, vejo que meu corpo está completamente sujo com aquela coisa gosmenta e fedida que jogaram em mim.

-- Espero que tenha valido a pena vir para festa, querida!

A Jéssica ri e olho para ela, as demais a acompanham gargalhando da minha cara, mas quando vejo os garotos do time, a maioria deles apenas desvia. Mas três deles não conseguiam conter as risadas na minha direção.

Eu não sabia o que pensar.

Não sabia o que fazer.

-- O Chris manda lembranças...

Chris?

Não...

Foi ele que planejou isso?

POR ISSO INSISTIU PARA EU VIR PARA ESSA DROGA DE FESTA?

Não, não pode ser!

Mas a Jéssica o chamou aqui fora e ele veio correndo... E sumiu.

Foi por isso?

PARA PLANEJAREM OS DETALHES DISSO?

NÃO, NÃO PODE SER!

Sinto as lágrimas virem pelos meus olhos, mas eu tremia muito, não conseguia me mexer, então a Jéssica ri novamente.

-- Ah... Ela vai chorar.

Droga!

Levanto meio escorregadia dali e saio correndo ouvindo as gargalhadas deles por minha causa. Minhas lágrimas saem descontroladas e contorno a casa para não passar mais vergonha e não ser mais motivo de chacota.

Corro em direção ao portão sem olhar para mais nada.

Preciso sair daqui!

Minhas lágrimas mantém minha visão embaçada, mas minha direção continua e consigo sair da área da casa correndo pela rua de volta para casa.

Isso realmente tinha que acontecer comigo?

O Chris, não...

Você fez isso?

Você teve parte nisso?

Não, não pode ser...

MAS ENTÃO POR QUE FOI FALAR COM ELA???

O QUE TINHAM QUE FALAR LÁ FORA ONDE FUI MASSACRADA???

MENTIROSO, MENTIROSO!!!

EU ACREDITEI EM VOCÊ!

EU ME APAIXONEI POR VOCÊ!

COMO PUDE SER TÃO ESTÚPIDA???

NÃO, NÃO, NÃO, NÃO PODE SER, NÃO PODE SER!!!

Eu acreditei...

Eu me apaixonei...

Acho que realmente mereci isso por ser tão otária e acreditar nas suas mentiras, Chris Redfield.


Notas Finais


Pois é...
Uma vítima já foi, falta mais uma ainda!
As tretas da festa ainda não acabaram, então NÃO PERCAM O PRÓXIMO CAPÍTULO!!
Jéssica tramando como sempre, o Chris um bobinho apaixonado e a Jill... Bom, foi a trágica vítima da vez!
E agora como fica esse casal, hein!?
Será que ela continuará pensando que ele tem culpa?
Será que ele a convence do contrário?
E agora a Sherry sabe de tudo... Pensa bem, Chris!
E a confissão do Piers ficou para próxima ;-) sorte ou azar??

TRETAS, TRETAS, TRETAS, MAIS TRETAS E MAIS UM TANTÃO DE TRETAS!!!

Espero que tenham gostado!
Até a próxima *--*
Bjooon :-)


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