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História Umbrella High School - Conhecendo Colegas Novos


Escrita por: PJ_Redfield

Notas do Autor


Booom diiia, povo!
E nesta bela manhã de sexta-feira chega mais um capítulo fresquinho que contará um pouquinho do Carlos, concluirá encrencas da Jill e iniciará encrencas para o Jake... Sem mais spoilers!
Espero que gostem!
Boa leitura...

Capítulo 4 - Conhecendo Colegas Novos


Fanfic / Fanfiction Umbrella High School - Conhecendo Colegas Novos

* * * Jill * * *

 

Eu o segui até uma sala ao fundo e ele fechou a porta com mais força do que o normal me deixando assustada... Ele parecia tão bonzinho.

Quando sentou na cadeira de atrás da mesa que havia ali me fez um sinal para sentar na que dava de frente para ele e eu sentei preparando meus ouvidos para os berros se fosse necessário.

-- Então, Jill... O que aconteceu?

-- Fiquei trancada...

-- Eu avisei para não fechar a porta.

-- Não fui eu, professor!

-- Como assim?

Ele me olhou curioso parecendo realmente cogitar a possibilidade de eu ser inocente, então aproveitei para contar tudo.

-- Aquela garota me odeia, professor! Juro que eu não fiz nada e ela já me ferrou antes da primeira aula e agora quando me fechou lá dentro!

-- Quem?

-- A líder de torcida... Jéssica.

Ele se esticou na cadeira e respirou fundo. Eu não conseguia saber se estava bravo comigo ou decepcionado, sei lá... Só sei que eu não poderia ficar quieta quanto a isso, se eu não falasse dela, ele me veria com outros olhos e não quero de jeito nenhum que isso aconteça.

-- Eu juro que não foi minha culpa, professor... Sei que a conhece há anos e eu acabei de aparecer, mas eu juro que jamais me trancaria de propósito para ver os meninos sem roupa, eu não sou assim! Era mais fácil eu sair correndo!

-- E justamente porque conheço ela há anos que acredito em você...

O quê?

Ah, então ela é podre mesmo... Ótimo! Ele pode me inocentar dessa causa então, mas não acho que ficará tudo em perfeita condição.

-- Obrigada.

-- Jéssica é mimada e desesperada por atenção, deve ter cuidado com ela que pode te meter em altas encrencas.

-- Já notei... Mas não deu para evitar essa, eu estava distraída arrumando tudo e não notei quando surgiram.

-- Tinha mais alguém?

-- Sim, mas eu não consegui ver quando fecharam a porta.

-- Deviam ser as amigas dela...

-- Mas e agora, professor?

Ele me olhou parecendo refletir e me apavorei em pensar que me mandaria fazer as aulas práticas dele, mas ele sorriu.

-- Bom, eu não sei direito como isso vai repercutir, os meninos são tagarelas e as líderes, então... É melhor se preparar, porque isso vai se espalhar.

-- Pode deixar.

-- Vou pensar bem sobre isso e ver o que faço a respeito, se o diretor me procurar, não poderei mais te deixar fora das minhas vistas...

-- Tudo bem...

-- Mas damos um jeito em seu probleminha com minhas aulas.

Ele piscou para mim e eu sorri agora contente em conseguir a confiança dele que indicou a porta para mim.

-- Pode ir... Mas como combinamos, quero um trabalho seu sobre a história do futebol americano, técnicas, função de cada jogador, enfim... O que encontrar.

-- Tudo bem.

-- Para semana que vem, certo?

-- Pode deixar e obrigada por acreditar em mim, professor.

-- Não por isso... Anda menina, vá para o refeitório.

-- Certo, até mais!

-- Até!

Eu saí até que feliz já que podia ter sido mil vezes pior... Nossa, esse professor se tornou o meu favorito e quem diria que eu ia adorar justo o que dá Educação Física? Jamais eu acreditaria nisso se me contassem.

Quando fecho a porta caminho de volta ao vestiário dos garotos rezando para que não estivessem mais lá, mas pelas vozes e risadas só podiam estar.

Respiro fundo e reviro os olhos decidindo sair sem olhar para eles ou só de lembrar deles de cueca eu ficaria vermelha como um pimentão... Acho que nunca mais olho para eles e principalmente para o garoto que me segurou quando saí.

Mas agora que pensei, não vi os olhos sonhadores lá... Ainda bem! Não que ELE não fosse uma bela visão proveitosa, mas se eu o visse de cueca não teria mais coragem de encará-lo.

Entre os armários do nada surge um garoto que faz eu me assustar e encará-lo feio.

-- Credo, garoto!

-- Foi mal... – Ele riu.

Ele era moreno e usava óculos grandes meio bregas, tinha um estilo diferente meio que a mãe arrumou ele para vir para escola.

Eu ignorei notando que ele tinha o celular na mão e apontou para mim, mas eu empurrei a mão dele para longe.

-- E então, me conta como foi a sensação de sair e pegar os caras do time peladões!

Os meninos do time estavam ao fundo e riram com as palavras do bocó na minha frente que encarei sem entender.

-- Quem é você?

-- Sou editor do jornal da escola!

-- O quê? Jornal?

-- Sim! Me conta mais sobre o que aconteceu, como fez para pegar eles sem roupas?

-- O quê?

-- Planejava isso desde quando?

-- O QUÊ?

Os garotos lá atrás riram parecendo curtir meu pavor com as perguntas que estavam prontas para me incriminar.

-- Eu não planejei nada! Me trancaram!

-- Aham, sei...

Ele me olhou com um sorriso irônico e tentei desviá-lo para sair, mas ele se meteu na minha frente.

-- Sai da minha frente.

-- Calma aí, preciso de mais informação...

Então eu parei... Como ele soube tão rápido o que aconteceu aqui?

-- Como sabia o que aconteceu?

-- Sou jornalista é minha função...

-- Ou foi porque uma garota podre e sem escrúpulos foi correndo te contar para me ferrar mais ainda?

Ele desfez o sorriso e tudo se esclareceu... Aquela garota quer me ferrar para valer! Qual é o problema dela, Minha Nossa?

-- Some da minha frente.

Eu o contornei e caminhei para fora, mas ele reapareceu na minha frente e vi que os meninos do time olhavam, mas eu não virei para eles.

-- Espera, me conta mais de você... É a garota nova, a sensação atual da escola, todos querem saber mais!

-- Não tem nada de mim que poderia interessar a alguém.

-- Ah, eu duvido... As preferências sobre matérias, lazer, comida... Garotos.

Ouvi os meninos rirem mais ao ouvir isso e encarei o garoto tentando descobrir se ele me achava com cara de otária ou se realmente estava falando sério.

-- Talvez como faz um carinho, como gosta de um...

Eu desviei o olhar dele e as risadas ecoaram pela cantada escrota do moleque antes de me ferrar para humanidade... Então eu vi um balde com água suja ao lado do armário e levantei o olhar para ele sorrindo agora com minha mente ligando o botão de maldade.

-- Você quer conhecer o jeito que gosto de fazer carinho?

Ele olhou admirado e me olhou todo pomposo agora, ajeitando a camisa como se eu fosse agarrá-lo ali mesmo.

-- Quero sim...

-- Então fecha os olhos.

-- Como?

-- Fecha os olhos...

Eu falei docemente para ele que sorriu sem jeito e fechou os olhos comigo sentindo vários pares de olhos observarem aquilo e me virei para os meninos do time que estavam sentados nos bancos apenas esperando para ver o que eu faria.

Quando vejo aqueles olhos verdes cintilantes mais ao fundo parecendo intrigados, eu desvio, pego o balde de água e derramo na cabeça do idiota na minha frente arrancando gargalhadas da minha plateia.

-- Escreva isso no seu jornal!

-- O que é isso?

-- É minha demonstração de carinho para você!

Eu desviei dele que cuspia a água suja e parecia indignado com minha ação, mas não dei bola.

-- SUA LOUCA!

-- Ah, isso aí! Já descobriu alguma coisa sobre mim na prática!

Eu bati a porta pisando firme em direção ao vestiário já vendo os meninos do time saírem aos risos ainda.

Mas são uns sem vergonha, só estavam me esperando para ver o que ia acontecer!

Eu bufo alto e vou pegar minha bolsa e me olho no espelho tentando me acalmar com meu dia que passou e que ainda virá.

Cara, o que eu fiz para aquela garota, hein?

Tanto ódio assim ninguém ganha de graça, devo ter pisado no calo dela de algum modo.

Saí com minha mala nas costas em direção ao refeitório que eu sabia onde ficava graças ao mapa do Carlos. Quando cheguei me encolhi pela quantidade de alunos no lugar.

Ótimo, não conheço ninguém para sentar junto!

Vou até a fila de comida e escolho bem devagar o que eu queria olhando para os lados para ver se pelo menos via o Carlos de longe, sei que já me sentiria melhor em saber para qual direção correr se precisasse... Mas não o encontrei.

Então sinto que meu braço é bruscamente puxado por alguém e quando olho dou de cara com um garoto loiro, alto, bonito, mas todo de preto com algumas correntes e cara explícita de uma pessoa que não é das melhores para se socializar.

-- E aí, gata... Perdida?

-- Não.

-- É a garota nova, não é?

-- Sim.

Ele me deixava intimidade só pelo jeito que ele falava e pelo jeito malicioso com que me olhava por completo, então puxo meu braço, mas ele não solta.

-- Dá para soltar meu braço?

-- Que isso, gata, não gosta de um contato maior?

-- Não!

-- Não seja difícil... Vem sentar comigo e meus amigos hoje, garanto que nos daremos bem.

Ele indicou algum lugar e lá vi uns garotos todos de preto mal encarados e que nos olhavam com sorrisos de maldade, mas ao observar direito, vejo um rosto conhecido... Bem ao canto, distraído com um livro, estava o Carlos.

O quê?

Ele não estava entrosado, mas estava com eles na mesa.

O garoto me puxou mais perto e eu o empurrei, mas ele ainda não me soltava me fazendo ser mais brusca.

-- Me solta!

-- Vem comigo...

-- Não!

-- Solta ela, Albert.

Com uma voz familiar, olho para meu lado onde tinha alguém encarando friamente o garoto que me segurava. Quando me soltou vi que meu braço ficou vermelho e os olhos sonhadores me puxou de leve para perto dele ainda encarando o brutamontes de um jeito ruim.

-- Ela já entrou na sua lista, Redfield?

-- Fica longe dela, Albert...

-- E se eu não quiser ficar longe?

-- Eu vou fazer você ficar.

-- Está tentando me ameaçar?

-- Não esqueça que já apanhou de mim antes e posso facilmente te dar uma surra de novo, com o maior prazer.

-- Eu estava bêbado... Foi um acidente apenas.

-- E se não quiser que ocorra mais um acidente sugiro que fique bem longe dela.

Eles se encararam e já foi nítido que entre os dois já existe um ódio antigo que pode facilmente estourar.

Mas mesmo com isso, tive que segurar a expressão para não me derreter com o jeito fofo dele em vir me socorrer.

Ele não é lindo? É, sim... Demais.

O garoto carrancudo finalmente nos deu as costas e saiu me deixando soltar o ar dos meus pulmões agora. Então os olhos sonhadores virou para mim com uma expressão suave e deu um sorriso de canto.

-- É melhor ouvir quando te digo que qualquer um é melhor para fazer amizade do que o Albert e quem o rodeia.

-- Obrigada por me ajudar...

-- Não por isso.

Os olhos dele eram ainda mais verdes assim de perto e meu coração acelerava como um louco em estar perto dele de novo e saber que me salvou de um mal encarado que sabe o que lá pretendia fazer comigo.

-- Mas é sério, ok... Fique bem longe dele.

-- Não foi uma opção minha ele ter se aproximado agora.

-- É, eu vi... Mas olhos atentos ainda mais que você resolveu fazer amizade com o irmão dele.

-- O quê?

-- Aquele com quem você sentou de manhã.

-- O Carlos?

-- Sim.

-- Irmão dele?

-- Isso aí.

O quê?

Não é possível... Não, não pode. Ele deve ser adotado.

É isso que ele tinha dito que se eu soubesse não ia querer mais falar com ele? Ele não tem culpa de ter um irmão otário, então isso não me faz deixar de gostar dele e ser grata por ter me ajudado.

-- Já decidiu aonde vai sentar?

-- Isso também não é uma opção, não conheço ninguém.

-- Ah, talvez eu possa ajudar... Já pegou o que queria?

Ele aponta para minha comida e eu concordo mesmo antes querendo ter pego mais coisas, mas nada mais importa com esse sorriso lindo em minha frente.

-- Vem cá, vou te indicar um lugar...

-- Mas não com...?

Eu olhei na mesa dele que era o destaque do refeitório, garotos bonitos rindo a toa e as garotas com caras de má fofocando entre elas e trocando risinhos.

Ele riu e eu fiquei paralisada com a beleza do garoto, mas tentei desviar para não me entregar.

-- Não te colocaria em tamanho perigo também, já que parece que inimigos você já conquistou.

-- Nem me fale...

Com seu sorriso, ele me indica um caminho com a cabeça e ando alguns passos com ele até que aponta para uma direção.

-- Está vendo lá atrás, aquelas três meninas?

Eu vi ao fundo três garotas que sorriam de algo que viam em um celular. Todas eram bonitas, bem vestidas e pareciam amigáveis.

-- Sim...

-- Vá até lá, acho que vão gostar de você.

-- Ah... Tudo bem. Obrigada.

-- Não por isso... – Ele sorriu – Ah, e bela demonstração de carinho com o bocó do George, ele mereceu cada gota daquela água.

-- Ah, esse era o nome dele?

-- É, ele se acha um jornalista, mas é um mala insuportável... Jamais conte nada a ele ou sairá no folheto da escola no dia seguinte.

-- Certo... Obrigada pela dica.

-- Não por isso.

Em ouvir ele sorrir ao falar isso pela terceira vez percebo que talvez eu esteja agradecendo demais e parecendo uma bocó. Então ele coça a cabeça e aponta para mesa dele ao lado onde vejo alguns olhares e sorrisos dos meninos que nos olhavam agora.

-- Eu vou... Boa sorte com as aulas, espero que tenhamos mais algumas juntos.

-- É, eu também...

Minha resposta foi tão automática que desviei do sorriso doce dele sentindo meu rosto ficar vermelho e ele ri.

“Eu também”? Jill, controle-se!

-- Nos vemos depois... Até mais, boneca.

Ele me chamou de boneca de novo...

Ele sai e me mantenho firme para não me desmanchar em balões e pirulitos de tão abestalhada que eu estava por ele... Tão fofo.

Meu herói... Me salvou do dragão e me mostrou o caminho da luz, é muita perfeição para uma criatura só.

Desvio os pensamentos e sigo para mesa que ele indicou notando o olhar de ódio de uma garota que sentava com uma outra de óculos que encarava algum lugar suspirando e vi o tal George na mesa mexendo no celular.

A garota era muito bonita, tinha a pele escura e olhos verdes vivos que brilharam de raiva quando passei.

Isso aí, Jill... Você tem o dom de causar inimizades apenas com sua existência.

Reparei que as demais mesas estavam cheias e ao chegar até as meninas e parar na frente da mesa, as três me olharam curiosas.

Uma era ruiva, tinha o cabelo longo e liso, tinha um rosto delicado e simpático, era muito linda e me deixou certa de que os garotos faziam fila por ela. A que estava ao lado direito dela, era uma loira de cabelos mais curtos e jogados a deixando com um charme que devia arrancar palpitações dos garotos também. E a outra, tinha um olhar doce, um cabelo ruivo também, mas parecia extremamente meiga e tímida... Era bonita e parecia extremamente sonhadora.

Elas me observavam com sorrisos amigáveis e rezei para que não pertencessem ao lado negro da força da escola.

-- Oi...

 

* * * Claire * * *

 

Fim do terceiro período

 

Assim que saí da sala peguei meu celular e já abri um sorriso com a mensagem que recebi dele...

 

“Você está linda... Quando te vi na troca de períodos mais cedo, tive vontade de te dar um beijo.”

(0302)

 

Eu sorri como uma bocó pelo jeito dele, que mesmo doce, fofo, carinhoso, lindo e perfeito, sempre tinha uma pitadinha de ousadia.

 

“Se meu irmão te pegasse comigo, nós dois nos daríamos muito mal.”

(Claire)

 

“Ele vai ter que saber um dia...”

(0302)

 

Essa história de novo...

Meu pai me proíbe terminantemente de sair com um garoto, por isso namoro escondido há meses. Se ele soubesse, nem consigo imaginar o que poderia fazer comigo ou com meu cúmplice.

E meu irmão é outro... O Chris surta quando pensa na ideia e eu estar saindo com alguém, mal sabe ele que tenho um namorado para valer.

O que mais me dói é esse segredo, os encontros escondidos, as mensagens discretas no celular e a saudade que nos castiga nas férias ou nos dias que ficamos nos olhando apenas de longe.

Eu o amo... Sou completamente apaixonada e faço tudo por ele. E sei que ele faz o mesmo por mim, não tenho dúvida nenhuma do que sente por mim também, afinal, sempre quis ir falar com meu pai e abrir o jogo para o Chris, mas sempre pedi que não fizesse nada. E ele é muito paciente, amoroso e compreensível, qualquer outro já poderia ter me chutado ou curtido não falar com meus pais.

Mas ele não... Ele é o homem da minha vida, quem eu já decidi que não quero perder jamais e farei tudo do impossível se necessário para estar ao seu lado.

 

“Sabe que por enquanto temos que continuar em segredo.”

(Claire)

 

“Eu sei... Nos encontramos hoje?”

(0302)

 

“Sim! Estou louca de saudade de você, meu amor <3”

(Claire)

 

“Eu também minha ruivinha, minha vida... Eu te amo <3”

(0302)

 

“Eu também te amo muito!”

(Claire)

 

Quando chego ao refeitório já vejo lá atrás a Sherry e a Rebecca que acenam para mim... Mas meu olhar se prende ao dele que me observa daquele jeitinho doce de sempre fazendo meu coração murchar de saudade sem poder abraçá-lo, beijá-lo e gritar aos ventos que o amo.

Abaixo o olhar para digitar com um sorriso nos lábios...

 

“Não me olha assim, ou não aguento.”

(Claire)

 

“Hahah imagina eu então! Hoje, no lugar de sempre?”

(0302)

 

“Sim, nos encontramos lá!”

(Claire)

 

“Então até mais tarde, meu amor... E vá preparada, quero te encher de beijos!”

(0302)

 

“Eu também *--* ”

(Claire)

 

Guardo o celular no bolso e vou pegar o de sempre para comer, indo para mesa das meninas trocando um último olhar com ele que logo é chamado pelo amigo e tem que desviar de mim para manter as aparências.

-- Oi, meninas!

Elas sorriem para mim e eu sento ao lado delas que conversavam sobre alguma coisa que inicialmente ignorei, por ainda procurar o olhar dele em meio aos outros.

-- E como foram as aulas, Claire?

-- Ah, a mesma coisa de sempre... O seu pai nos encheu de trabalhos de casa para fazer, credo.

-- Ah, ele adora ficar até tarde distribuindo notas baixas para o pessoal.

-- Imagino a felicidade dele com isso!

Nós rimos e a Rebecca me olhou curiosa agora se envolvendo na conversa com um sorriso feliz.

-- Hoje já começam nossas aulas de teatro!

-- Já?

-- Sim, pelo jeito querem causar esse ano... Ouvi boatos de que querem colocar “Romeu e Julieta”, imagina só!

-- Nossa, vai ser muito trabalhoso...

-- Sim, mas será lindo!

Rebecca era muito sonhadora e romântica, mas extremamente tímida quanto aos garotos já fazendo a Sherry sorrir e pegar no pé dela.

-- E imagina só a Becca fazendo par romântico com o seu amado Billy, não é mesmo?

Nós rimos e a Becca a empurrou ficando vermelha e olhando para os lados.

-- Não fala isso em voz alta, alguém pode ouvir!

Rimos mais ainda e agora ela nos acompanhou cobrindo o rosto de vergonha, afinal, há séculos sabemos que ela é apaixonada pelo Billy, um garoto do teatro que foi a razão pela qual a Becca entrou nisso e me arrastou junto. Como a Sherry participa do grupo de Química, fui eu quem sobrou mesmo, então eu parti ao teatro para a Becca não correr.

-- Ainda lembro dele interpretando Hamlet... Ele é incrível!

-- É, ele é muito bom.

-- Me derreto cada vez mais quando vejo o vídeo dele...

Ela puxa o celular e coloca para rodar pela milésima vez o vídeo do Billy interpretando Hamlet e suspira apaixonada.

-- Olhem só que sonho!

Ela nos mostra e fingimos interesse e então suspiramos com ela rindo até que reparamos a presença de uma garota parada na frente da nossa mesa nos olhando meio receosa.

Tinha um cabelo escuro longo que descia por seus ombros destacando seus olhos azuis com a pele bem branquinha que ela tinha... Era linda. E com um sorriso amigável, ela parece meio sem jeito e incomodada.

-- Oi...

-- Oi!

Nós respondemos e ela continua meio sem jeito parecendo sem saber o que dizer direito e me lembro de alguém na minha sala dizendo que havia entrado uma garota nova e como não me lembro de seu rosto, deve ser ela.

-- Quer sentar?

-- Ah... Eu posso?

-- Senta aí! – Sherry responde.

Ela sorri de verdade agora e senta no banco na nossa frente parecendo sem jeito ao colocar as coisas que comeria na mesa.

-- Você já deve ter ouvido muito isso, mas... É a garota nova, não é? – Eu pergunto.

-- Sim, sou eu...

-- Legal! Meu nome é Claire!

-- O meu é Sherry!

-- E eu sou Rebecca, mas prefiro só Becca mesmo!

-- Muito prazer... Meu nome é Jill.

-- Prazer, Jill... Conta para gente de você, como estão sendo as aulas e o que está achando da escola.

Ela sorriu mais a vontade agora e começou a falar contando sobre tudo e conforme revelava coisas mais espantosas, eu ficava de cara...

Mas não me impressionou, nunca fui com a cara da Jéssica e seu bando de ratas, o pior é que às vezes dou de cara com elas na minha casa já que meu irmão é do time e os meninos vão treinar lá em casa e elas vão de brinde.

-- Essa história do vestiário vai se espalhar! – Sherry disse.

-- Verdade... – Becca sorriu sem jeito.

-- Mas o importante é que você caiu em uma mesa do bem agora... – Eu sorri – Pode vir sentar com a gente todos os dias, se quiser!

As meninas me olharam concordando parecendo ter gostado dela assim como eu e a Jill sorriu finalmente parecendo aliviada.

-- Obrigada, eu quero sim.

-- Mas e aí, Jill... Já viu algum garoto que chamou sua atenção?

-- Sherry! – Eu ri.

-- O que é? – Ela riu.

Jill desviou o olhar parecendo meio sem jeito e nós três rimos já absorvendo a resposta dela.

-- Conta para nós!

-- Ah, é... Tem um garoto que esbarrei hoje de manhã... E tive todas as aulas com ele até agora e foi ele que me indicou essa mesa e... Ele me ajudou com um mal encarado que queria me arrastar para mesa dele.

-- Aiii... Ele está na sua! – Becca sorriu.

-- Ele só foi educado... Fofo.

-- E você já está apaixonada!

-- Não, não estou!

-- Está sim... – Eu ri.

Os olhos brilhantes dela ao falar do menino a entregavam completamente e ela sorriu levantando os ombros se parecer sem chatear em confessar.

-- Quem é ele?

-- Aí que está... É do time de futebol.

-- Ui... Toma cuidado, realmente esses são um perigo.

-- Mas veja pelo lado bom! – Eu sorri – Meu irmão é Capitão do time e vai levar o time lá para casa amanhã e minha mãe sempre faz um banquete de salgados para eles, vocês podiam ir comigo depois da aula e a Jill já aproveita para babar pelo garoto e nos mostrar quem é!

Elas riem e a Jill me encara na tentativa de me repreender e sorri com a gente, então ela concorda.

-- Onde é sua casa?

-- Não é muito longe... Vamos caminhando amanhã, topa?

-- Sim, tudo bem.

-- Legal!

Eu gostei dela! Ela se encaixa perfeitamente em nós e quanto mais rápido se familiarizar conosco, mais rápido seremos inseparáveis como eu, a Sherry e a Becca.

-- Mas de quem o seu príncipe encantado te salvou?

-- Do Albert...

Nós três a encaramos perplexas... Que azar, essa garota já atraiu todas as frutas podres da escola em menos de um dia de aula.

-- Fica longe dele!

-- E dos irmãos dele também...

-- É, Sherry! E seu livro? – Eu ri.

-- Ah, nem fala... Vou falar com aquele garoto depois, sem risco de meus pais me pegarem perto dele ou eles surtam!

-- O que aconteceu? – Jill pergunta.

-- Eu me bati com o irmão do Albert e ele ficou com meu livro... Espero que por acidente! Tenho que pegar de volta depois.

-- Com o Carlos?

-- Não, o outro... Espera, conhece o caçula?

-- Conheço... Ele que me ajudou de manhã e fez o mapa para mim.

-- Melhor ficar longe dele, Jill...

-- Mas ele não fez nada, não tem culpa de ter um irmão idiota!

Estava na cara de que ela se apegava fácil e era teimosa porque mesmo podendo ser possível do garoto ser gente boa, eu não me arriscaria ser vista com ele sendo que o irmão dele poderia me marcar por isso.

-- Jill... – Eu respirei fundo – Tome cuidado... O irmão dele é muito perigoso e geralmente o povo corre mais do Carlos justamente por parecer bonzinho, mas ele sempre desperta suspeitas.

-- Por que diz isso?

-- Às vezes ele fica dias sem aparecer, leva altas faltas e notas baixas por isso e depois reaparece meio machucado e todo roxo parecendo que se envolveu em alguma briga... Mas geralmente fica calado no canto dele e se isola.

-- Será que o irmão faz isso com ele?

-- Já pensamos nisso, mas acho que não... O Albert sempre pareceu ignorar o Carlos, então achamos que é só cara de bonzinho que ele tem e talvez seja tão encrenqueiro quanto o irmão ou até mais! – Sherry disse.

Jill nos olhou assustada, surpresa e decepcionada... Não sei se vai acreditar em nós, mas melhor manter distância, só por precaução.

-- Só... Fique atenta. Não fique sozinha com ele, só para garantir.

-- Tudo bem...

Ela desviou começando a comer suas coisas agora e a Becca puxou o assunto do teatro com ela dizendo que poderia se dar bem lá... A Jill já mudou de expressão e logo voltou a sorrir de novo e a conversa voltou ao normal.

Mas eu realmente gostei dela... Talvez entre nós possa crescer uma grande amizade.

 

* * * Albert * * *

 

-- Idiota!

Eu cheguei na mesa dos moleques e sentei irritado querendo arrebentar a cara daquele almofadinhas do Redfield.

-- Redfield cortou seu barato com a mina, foi? – Krauser perguntou debochado.

-- Cala a boca!

-- Fica frio, ele não vai estar com ela o tempo todo!

-- Ela é gostosa, você viu?

-- Vi, sim... Põe gostosa nisso, não é a toa que o Redfield já caiu em cima.

-- Dane-se, aposto que laço primeiro! Palavra de homem!

Ele e os demais riram e eu desviei olhando para o erro genético da minha família ao lado pendurado em um livro... Carlos. Eu reviro os olhos em ver meu irmão caçula pendurado naquela perda de tempo sem nos dar atenção.

Então vejo o Jake que olhava pensativo um livro de Matemática extremamente bem cuidado que não fazia o estilo dele, já que rabiscava e tentava desenhar em tudo que via pela frente.

Eu levanto e puxo o livro da mão dele que me olha acordando de seus devaneios e eu ri com os demais.

-- Que droga é essa? Vai virar uma bichinha também para ficar pendurado em um livro o tempo todo?

-- Deixe disso, me devolva...

-- Desde quando tem um livro tão bem cuidado? Ainda mais dessa droga de matéria e com aquela velha mala da Annette?

Ele não responde, então olho o livro e abro a primeira página lendo o nome “Sherry Birkin”... Fala sério!

-- Como conseguiu o livro daquela patricinha?

-- Me bati com ela de manhã e fiquei com ele sem perceber...

-- E por que essa porcaria ainda está inteira?

-- Porque vou devolver...

-- Você está louco? Olha a oportunidade que tem de acertar uma na filhinha daquela velha nojenta e aquele idiota fanático de Química?

-- Ela não tem nada a ver com isso...

Apesar do Jake ser meu irmão menos odiado por ser menos bichinha, ele ainda dava umas tropeçadas querendo cair do lado dos bons moços... Mas sorte que tem a mim para guiá-lo.

Então abro o livro e arranco a capa com algumas folhas fazendo os demais rirem, o Carlos me olhar feio e o Jake arregalar os olhos.

Rasgo mais um tanto rindo agora e ele arranca o resto do livro de mim que amasso as folhas que tirei e jogo nele que olha preocupado para o antigo pertence da patricinha.

-- Devolve agora... Está do jeito que ela merece.

Eu ri com os demais daquilo pensando em como a patricinha ia surtar quando visse o livro da matéria da mamãezinha dela naquele estado...

É isso aí, comigo patricinha nenhuma e zé mané nenhum tem chance.


Notas Finais


Carlos irmão do barra pesada da escola, será que é confiável?
E como o Jake vai devolver o livro para Sherry nesse estado?
E Claire com um namorado secreto?
Huuum... Detectando mais tretas a caminho *--*
Espero que tenham gostado!
Até a próxima!
Bjooon :-)


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