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História Ume — A Paixão De Kakashi - (REESCRITO) — Ninja Na Arte de Provocar — Este Jogo é Para Dois


Escrita por: Thay-27

Capítulo 4 - (REESCRITO) — Ninja Na Arte de Provocar — Este Jogo é Para Dois


Fanfic / Fanfiction Ume — A Paixão De Kakashi - (REESCRITO) — Ninja Na Arte de Provocar — Este Jogo é Para Dois

Eu joguei o livro mais pervertido que eu já li no grande Hokage.

Sim, eu provavelmente seria levada para a prisão ANBU por isso.

Claro que ele pegou o livro no ar, ele era um Shinobi. Mas seus olhos arregalados brilhavam com um divertimento que eu nunca vi, ele ergueu uma de suas sobrancelhas e ela quase se escondeu debaixo da bandana em sua testa.

Eu não pude evitar, meu mecanismo de defesa fez com que o susto me levasse a atacar quem quer que fosse. Além disso, quem entra numa casa pela janela?!

Ele estava se divertindo. Cretino. Os olhos dele e a forma que a máscara se moviam provava isso. Mas como ele podia fazer isso comigo? Eu era apenas uma civil e agora, a beira de um colapso nervoso.

Ele não disse nada depois daquela pergunta, eu sequer conseguia xingá-lo. Meu coração batucava desesperado em meus ouvidos enquanto ele sorria e me encarava.

Aquele maldito livro deveria tê-lo acertado a testa! 

Então ele parou e abriu o exemplar que joguei, ele folheou devagar e então suspirou. Os ombros que eu não tinha notado tensos relaxaram e eu permanecia prestes a ter um ataque cardíaco.

— Ro... — Engoli seco e tentei não engasgar com aquele maldito excesso de saliva. — Rokudaime, o que faz aqui!? Por kami! Quase me mata do coração! Poderia ter usado a porta...

Ele ignorou tudo o que disse e se escorou no batente da minha janela, ela era alta o suficiente para que ele conseguisse passar por ela como se fosse uma porta.

— Como está seu ombro? — Perguntou ainda ignorando tudo o que eu havia dito, então olhou para o livro e continuou. — Acabei colocando meu livro dentro de sua bolsa por engano quando trombamos mais cedo e não costumo ficar sem ele. 

Respirei fundo e me ajeitei no sofá, acabei me recostando demais enquanto dava sequência a leitura. Me sentia tão envergonhada, tanto por ter sido pega lendo algo que não era meu, quanto por saber o que ele lia.

Se Kami quisesse me levar agora, seria o momento ideal. 

— Está melhor, eu... — Tentei responder, juro que tentei. Mas tinha me empolgado com a leitura e acabei me excitando tanto quanto a personagem principal, e pensando bem, seria melhor para a minha saúde mental se eu não pensasse nos diversos motivos para que ele gostasse desse tipo de leitura. — Eu poderia tê-lo levado para o senhor na parte da manhã...

Não era mentira, claro que iria devolver. Mas faria isso assim que conseguisse chegar ao fim da história, seria uma tortura não continuar e ficar sem saber o que aconteceu.

Ele coçou a nuca, um pouco calado demais para quem estava se divertindo demais com a minha falta de jeito. Então se aproximou, eu congelei feito uma estátua e ele apenas me entregou novamente o livro.

— Depois me conte o que achou da leitura. — Ele disse suavemente e eu me preparei para olhar em seu par de ônix, o Hokage suspirou e pigarreou desviando o olhar do meu. Pela primeira vez, ele parecia tão envergonhado como eu costumava ficar. — Desculpe ter entrado dessa forma, queria apenas ter certeza de que estaria bem depois do que houve, certo... tenha uma boa noite, Ume. 

Embasbacada e com uma provável cara de taxo, peguei o livro no ar enquanto o Shinobi fazia questão de olhar para todos os lados, menos para mim. Ele não disse nada depois que segurei o exemplar, apenas girou o corpo e partiu por onde havia entrado e sumiu no meio da noite.

Eu não consegui agradecer, então levei ao peito o exemplar e sorri para a noite escura que caia fora da minha janela.

Uma noite de certa forma, curiosa.


[...]


"Ele era quente. E fez minha pele arder por onde seus lábios passavam, eram estímulos demais. As mãos firmes e consideravelmente maiores que as minhas não deixavam nem um pequeno pedaço do meu corpo para trás, parecia desesperado e impaciente. Era intenso.

Meu balcão estava um caos, o apoiador de talheres e parte das taças estavam estilhaçadas no chão, espalhadas até sobre o tapete. Tudo caiu quando ele passou o braço sobre a bancada e me colocou sentada ali, para devorar meu pescoço e me apertar como se sua vida dependesse disso.

Incontrolável. Arrebatador. Excitante. 

Ele mordiscou e beijou a pele fina enquanto tomava o caminho até a minha orelha. 

Então ele gemeu meu nome e se esfregou conta meu corpo, tremi em resposta e tudo aquilo ainda era pouco, que queria muito mais. 

Então ele repetiu...

— Ume... — Gutural e baixo como um rosnado, me levou a uma estranha loucura me fazendo puxar aquele colete verde musgo contra mim."

— Merda! 

Minha cabeça latejou junto com o despertador, depois do toque irritante e persistente, eu tive a certeza de que dessa vez o coloquei para tocar. Me dobrei para alcançar o botão e finalmente minha cabeça agradeceu. 

O livro de bolso continuava ali, apoiado no travesseiro vazio, aberto na mesma página em que acabei deixando de ler por ter pego no sono.

Foi uma leitura e tanto. 

Fechei a capa com cuidado, afinal, se ele havia se deslocado para vir de surpresa a minha casa por causa dele, não consigo imaginar o que mais ele poderia fazer se o encontrasse dobrado ou com orelhas. 

Ao ver a capa finalmente fechada, senti meu rosto esquentar e um leve sorriso entregar o quanto eu havia gostado de ler. Não só pelas cenas em que o romance era arrebatador, mas também para as outras em que o personagem se dava ao ponto de enlouquecer a mulher que ele queria. E saber que eram as mesmas páginas que o próprio Rokudaime vivia folheando, deixava tudo muito mais intenso.

— Não faça isso consigo mesma, Ume. — Suspirei derrotada, eu não precisava passar por isso. Não dessa vez.

Guardei o exemplar na minha bolsa e tomei coragem para ficar de pé, não podia me atrasar, houve muito alvoroço no dia anterior para que eu abusasse assim do meu novo cargo. 

Aproveitei a fina garoa que formava um véu silencioso e úmido do lado de fora, e vesti um dos poucos vestido de mangas compridas. Agarrado ao corpo na medida certa, ajeitei os cabelos e escondi as olheiras que apareceram essa manhã. 

Depois de correr para o outro lado da rua, encontrei minha mesa abarrotada de trabalho. Eu provavelmente teria que debater com Nara antes de fazê-lo pagar por toda essa folga.

Deixei as pilhas de lado e busquei no refeitório o café mais forte e amargo que tinha, o dia seria longo e ao contar com todas aquelas folhas. Aquela xícara pequena não seria suficiente.

Voltei para a minha sala rezando para não ser incomodada até que todo o trabalho estivesse terminado, eu sempre odiei ser interrompida e isso começou desde que ainda morava com meus pais.

Então me mudei, pelo puro prazer da paz e sossego, e para me ajudar com a preguiça, fiz questão de que fosse próximo ao meu trabalho. 

Puxei os cabelos para atrás das orelhas e empurrei a porta da minha sala, pronta para dar início a todo o trabalho que eu tinha. 

Mas os documentos não estavam mais ali. Minha mesa estava extremamente vazia.

Demitida...?

Isso seria a única coisa que poderia explicar a falta de trabalho em cima da minha mesa. Então outra onda de pânico me tomou e a xícara começou a tremer junto com a minha mão.

Mas ainda havia um papel ali, tão pequeno e amarelado quanto o último bilhete que eu tinha recebido após minha gafe na reunião.

Tentando não derrubar todo o meu café na mesa o peguei.


"Espero que termine sua leitura,

já que pareceu interessada no conto.

Trouxe seus documentos para a minha sala,

Venha buscá-los quando finalizar.

Estarei esperando."


Att. Rokudaime Kakashi 



— Isso só pode ser brincadeira... 

Passei os dedos pelo rosto, meu pânico estava se transformando em raiva. Como ele podia brincar assim com meu trabalho?

Só podia ser um teste!

Bufei jogando o bilhete de volta na mesa e bati a xícara na madeira, deixei minhas coisas espalhadas e caminhei em direção a sala principal batendo a ponta dos saltos.

Ele não podia fazer isso comigo, meu coração não é tão jovem para aguentar esse tipo de coisa! 

Com o livro na mão bati na porta sem me importar se estava vazia ou não, era cedo e provavelmente estaria sendo uma idiota fazendo isso naquela hora.

— Entre! 

A saliva acumulou na minha boca e minha garganta secou, talvez meu inconsciente desejasse que não tivesse ninguém atrás daquela porta.

— Senhor Rokudaime, eu... — Estava pronta para brigar com ele, pronta para dizer que eu não podia ajudá-lo a amenizar seu trabalho se ele o tirasse da minha sala.

Mas quando eu entrei, ele me cortou.

— Bom dia, Ume. Espero que tenha terminado sua leitura antes de ter vindo até aqui.

Ele permaneceu sentado com o rosto concentrado no documento que analisava, não ergueu os olhos para mim e muito menos para o pequeno livro que eu abraçava com força.

— Eu... 

Eu tentei novamente, mas Kakashi ergueu os olhos parando sua análise no documento que tinha em mãos, passou os olhos por todo o meu corpo medindo a mim devagar antes de voltar a olhar em meus olhos

Eu corei. Violentamente e dolorosamente, os olhos dele tinham uma força que eu não conseguia encarar. Então ele suspirou e voltou a encarar o documento. 

— Retorne a minha sala quando tiver terminado, Ume. Não quero que conteste uma ordem minha, estarei te aguardando e entregarei seu trabalho quando voltar com suas considerações finais sobre o que leu. Pense nisso como um trabalho extra.

Eu não consegui responder, não consegui debater com aquela ordem ridícula. Como eu poderia dar as considerações finais sobre um livro que não tinha nada a ver com meu trabalho? Ainda mais sendo tão explícito do jeito que era.

Engoli a saliva tentando fazer minha garganta parar de arder e fiz uma leve reverência, eu não tinha como debater com ele, além disso eu só queria correr desesperadamente daquela tensão que tinha tomado a sala.

Era uma grande brincadeira de mal gosto! 

Minha mente se debateu inquieta quando bati a porta da minha sala. Entretanto, eu só conseguia pensar em como os cabelos acinzentados dele caiam levemente por cima das sobrancelhas claras. Mesmo tão coberto, parecia tão atraente e...

— Você é uma grande imbecil. — Suspirei me jogando na cadeira.

Nada podia justificar aquela situação que ele estava colocando minha pobre vida e claro, minha saúde mental.

Abracei aquele livro com tanta força que os nós dos meus dedos doeram, eu estava a ponto de ter um colapso.

De uma assessora que cumpria os deveres para que o próprio Rokudaime não se sobrecarregasse com o trabalho, para uma criança sendo obrigada a ler e ainda fazer considerações finais. 

— Por Kami, se a intenção era me fazer passar por uma maldita vergonha, ele esta no maldito caminho certo!

Tudo o que eu queria saber era como eu poderia, com a minha pouca coragem e fraca sanidade mental, dar minha opinião sobre um livro feito especialmente para adultos.

Nunca pensei que ele poderia ser um cretino.

Cretino!

— Você está lamentavelmente fodida, Ume. — Bufei indignada.

Derrotada, coloquei o maldito livro em cima do bilhete. 

Cheio de armadilhas e artimanhas.

Abri o livro com tanto ódio que minha única vontade era de dar o troco, eu estava sendo feita de boba e ele sequer olhou para mim quando sai da sala. Nem mesmo minha vergonha me impediria de fazê-lo pagar.

— Muito bem Rokudaime, faremos do seu jeito então.

Estalei a língua e me acomodei na cadeira, procurei a página onde eu tinha parado e retomei a leitura. A vergonha estava me estrangulando, mas eu precisava dar o troco.


"Ela juntou as mãos na frente do corpo enquanto seu amado a media descaradamente, sabia que estava preso em seu jogo e com os seios levemente espremidos entre seus braços os lábios dele entreabriram. 

O sorriso que se formou fez com que ele engolisse fortemente a saliva, então ela aproveitou que os olhos dele subiram para encarar sua boca pintada com o vermelho que ele tanto gostava e mordiscou o lábio inferior.

— Não brinque com meus desejos, querido. — Ela soltou manhosa enquanto deixava sua mão delicada descer sobre o peito dele. — Me torture de outra forma... 

Era subentendido, o homem exalou o ar com força e avançou para cima dela com desejo acumulado e com a promessa de tomar para si todos os seus desejos."


Eu não conseguia entender, como um livro poderia me causar tanta falta de ar. Era tão difícil parar de ler que acabei devorando o livro em pouquíssimo tempo.

Mesmo com toda a história explícita entre eles, era um lindo romance.

Passei os dedos nos cabelos tentando diminuir o nervosismo e o frizz por causa do tempo chuvoso, o livro tinha acabado e estava na hora de devolvê-lo. Além de eu querer recuperar meu trabalho, queria fazê-lo pagar de qualquer forma.

Então abri um dos botões daquele vestido de mangas e ergui levemente a barra para que mostrasse um pouco mais do meu corpo, muito mais do que eu estava acostumada. 

Com uma coragem que eu não tinha, deixei o conforto da minha sala para provavelmente bancar a tola. Claro que isso podia acontecer, não só pela minha falta de jeito, mas também por achar que meu corpo que era longe dos padrões fosse chamar a atenção que eu precisava.

Mas ali estava eu, com aquele livro preso entre meus seios expostos o suficiente para que quase estivessem pulando para fora e bati na porta. 

Eu já tinha me arrependido antes mesmo dele responder.

— Entre!

A sala ecoava uma gritaria incessante e o loiro sorria abertamente segurando um pergaminho pesado nas costas.

— Obrigado Kakashi-Sensei! Estarei a caminho!

O Rokudaime apenas assentiu e deixou que o loiro saísse de sua sala, ele então se arrumou em sua mesa e puxou a bandana de seus cabelos acinzentados.

— Creio que já teve tempo suficiente para ler, Ume. — Ele se levantou e depois de dar a volta em sua mesa, apoiou o corpo na beirada do outro lado. — O que tem para me dizer sobre o livro?

Mordi o lábio, era difícil pensar com ele me olhando tão sério e esperando o que eu tinha para dizer. Me aproximei um pouco, só o suficiente para que a altura dele fosse uma vantagem para mim. Ele cruzou os braços e foi o que eu precisava para me mover e deixar o livro descer o suficiente para mostrar o que eu queria.

Me sentia uma vadia, por Kami, socorro!

Eu não ouvia nada além do meu coração batendo em meus ouvidos e isso me deu o pouco de coragem que eu precisava para esticar o braço e estender o livro para que ele pegasse.

O Rokudaime uniu as sobrancelhas e soltou um dos braços para alcançar o livro e o silêncio foi ensurdecedor para mim. Me arrumei como a moça do livro e juntei as mãos apertando o decote para fora e me curvei para que fosse o máximo parecido com o livro.

Aquilo era a ponta do precipício, cavem um buraco para mim, eu imploro! 

— Devo dizer Rokudaime-Sama, que é uma leitura incrível. — Respirar era tão difícil e fingir que eu era esse tipo de mulher era ainda pior. — O romance cômico é divertidíssimo e o caos do interior que eles partilhavam até nos momentos mais íntimos, foi avassalador!

Ele simplesmente ficou mudo, me olhando como se tivesse trago um cão raivoso pronto para atacá-lo. Ele engoliu com dificuldade o suficiente para que eu conseguisse ouvir de onde eu estava e as ônix que estavam presas em mim, tremiam entre o decote que eu fazia questão de não olhar e o meu rosto.

Ele parecia estar em pânico.

BINGO

— Muito bem, Rokudaime-Sama. Posso pegar meu trabalhoso volta? — Debochei suavemente. 

Doce é o sabor da vitória. 

Sabendo que ele não diria nada, me estiquei para buscar a pilha de documentos que estavam ao seu lado. Depois desse dia, sumiria da visão dele por semanas, talvez meses. 

Ele continuou me olhando e por pouco consegui alcançar minha rota de fuga.

Eu senti o mundo girar inteiro em um segundo, meu corpo que era para estar fugindo daquela sala agora, estava apoiado sobre a mesa de madeira. Rápido como um trovão, logo estava encaixado entre minhas pernas com os olhos fechados e as sobrancelhas unidas.

E eu estava em choque.

Se eu tivesse um coração utilizável, agora ele estaria saindo pela minha boca. Mas ele fez o favor de tirar a habilidade desse meu pobre músculo de bombear sangue. 

O Hokage respirava com dificuldade sobre mim e tudo o que eu conseguia fazer era observar, de olhos possivelmente arregalados para o quão perto ele estava.

A sala silenciosa. Nenhum de nós dois se dignou a dizer nada, mas eu fui a primeira a quebrar o silêncio quando o senti agarrar minha cintura e apertar a região. 

Foi um gemido por falta de ar.

Meu corpo começou a queimar e ele abriu os olhos para me mostrar suas ônix incandescentes, meu corpo foi puxado mais para a ponta da mesa e eu comecei a sentir o calor que vinha dele.

Debruçado sobre mim.

Me olhando como se fosse capaz de me devorar.

E eu era uma presa fácil.

— Ume...



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