1. Spirit Fanfics >
  2. Unconditionally - Harry Styles Fanfic >
  3. Como tudo aconteceu

História Unconditionally - Harry Styles Fanfic - Como tudo aconteceu


Escrita por: BlackCatComenta

Notas do Autor


Olá amigos leitores!!!
Todo mundo preparado pra ouvir o Harry???
Espero que gostem!!!
Ficou enorme, porque queria mostrar tudo desde o início...hahahaha
Bem, sábado já temos o penúltimo capítulo e a surpresa da Érika!!!

Capítulo 30 - Como tudo aconteceu


Fanfic / Fanfiction Unconditionally - Harry Styles Fanfic - Como tudo aconteceu

HARRY

Querido diário...

Mentira, não vou começar assim minhas memórias! Isso seria ridículo e absurdamente previsível.

Arranco mais uma folha do pequeno caderno encapado em couro, que descobri esquecido no meio de algumas coisas velhas na casa de Los Angeles, e tento mais uma vez fazer uma “cesta” na lixeira, mas errei de novo.

Me recosto no sofá no escritório da casa da minha mãe, em Holmes Chapel, e suspiro fundo, pensando em como vou começar a escrever sobre ela.

Isso mesmo, quero escrever nesse caderno velho minhas memórias da Érika, porque segundo Niall será bom pra mim colocar tudo no papel, mas não tenho ideia de por onde começar e, mais ainda, não quero chegar ao fim, porque ele é triste...e eu nunca gostei de finais tristes, embora parece que esteja fadado a tê-los na minha vida amorosa.

Ontem foi meu aniversário de 24 anos e eu me sinto como se tivesse pelo menos uns 50 anos agora. Estranho não é? Mas é assim que me sinto.

Cubro meu rosto com as mãos e algumas imagens da minha vida se passam como um filme pela minha mente...e eu não sei quais delas me parece mais trágica agora, mas deixo que venham assim mesmo, porque ando meio masoquista ultimamente, do tipo melancólico, que apenas quer que a vida passe e a dor diminua, mas que adora sentir cada momento dela como se isso fosse fazer com que eu me sinta melhor.

Todas as imagens que passam na minha cabeça agora são da Érika e tento espantá-las daqui, embora eu estivesse querendo justamente escrever minhas memórias dela em um diário há um minuto atrás...mas agora não quero mais pensar nisso, não é boa ideia nesse momento, porque sinto que vou começar a chorar de novo se continuar com essa merda agora.

Ela não me mandou sequer uma mensagem no meu aniversário, nem mesmo aquelas impessoais, com emogis de bolo e palminhas. Eu esperei, esperei muito...mas ela não mandou e me sinto um imbecil por ter esperado pelo menos por isso.

A primeira vez que vi a Érika, naquela manhã  de junho, num estúdio  fotográfico  em Londres, eu senti tesão...muito tesão! Quando vi ela sentada com aquela roupa recatada, digitando rapidamente no seu celular, eu quis mesmo transar com ela. Por isso, criei coragem e a chamei pra almoçar  comigo, porque eu não  sou do tipo que dorme com pessoas que nem conhece. Já  fiz isso muitas vezes na minha época negra, por isso sabia bem que não queria mais fazê-lo!

Provoquei ela bastante aquele dia, porque queria saber como ela ia reagir  as minhas investidas diretas, mas acabei gostando de ver ela se forçar  a manter o controle. Fui direto com ela: disse com todas as letras sobre a minha sexualidade e que queria transar com ela, já esperando uma bofetada ou um convite pro hotel dela...nenhum dos dois aconteceu e eu me vi gostando muito do nosso papo naquele dia.

A Érika, sei lá, conseguiu puxar minha alma pra fora de mim, me fazendo querer me abrir com ela, mesmo ela sendo uma jornalista. Eu sabia que isso poderia me foder, porque ela poderia publicar todas as coisas que eu disse aquele dia...mas eu arrisquei e confiei no meu instinto e deu certo: ela nunca publicou nada.

Nem me importei com as fofocas e, desde aquele almoço, eu queria mostrar ao mundo que eu conhecia ela. Foi estranho  e eu estava bêbado na hora, mas foi como me senti quando a segui nas redes sociais e fiz piadas maliciosas em postagens, levando  meus fãs  e a imprensa a loucura.

Ela me encantou em apenas um almoço  e eu queria mais dela...muito mais!

Desde o princípio eu sabia que não  ia dar certo nada entre nós, mas eu queria muito conversar com ela de novo...e transar com ela. Depois  eu veria como ia ser e talvez a gente pudesse se encontrar de vez em quando pelo mundo, quem sabe? Ela não  me pareceu do tipo que tinha casos e curtia  sexo casual, mas eu também não  curtia, então  a gente podia chegar a algum ponto comum sobre isso.

Porém eu nunca imaginei que o tesão  e a empatia que ela me despertou fossem me levar a me apaixonar por ela como me apaixonei!

Então, vieram as notinhas de fofoca e as mensagens provocativas dela, enquanto eu estava em Paris, e eu tive um ataque subido de insensatez e fui atrás dela em Londres. Foi fácil saber qual quarto ela estava e subir (eu sempre fui bom em jogar meu charme nos funcionários de hotéis, quanto mais onde me conheciam). Fiquei muito inseguro sobre como ela me receberia, mas quando ela abriu a porta, eu só pensei em beijar ela e, quando ela me correspondeu, eu soube que ela estava sentindo o mesmo que eu e, naquele momento, perdi totalmente o controle e me entreguei a ela e ao tesão louco que ambos estávamos sentindo.

Saímos naquela noite com Liam, Sophia e Margot...e eu me senti tão a vontade com a Érika! Depois que transamos, pela primeira vez, no hotel dela, eu me senti a vontade de contar a ela todo meu caso com Louis, porque ela se sentiu a vontade de me contar sobre seus ex namorados e, não sei, eu só queria ficar ali pra sempre, naquela cama, com ela. Ali, eu sabia que ela ia ser especial pra mim, mesmo que a gente nunca conseguisse dar certo junto.

Isso me deixou com medo, mas deixei de lado. Quando ela me disse sobre seu ex Brian, eu pude sentir o quanto ela deve ter sofrido na pele o preconceito por ser mexicana, mas isso só me fez admirar ela mais ainda! Eu sei como o preconceito pode foder com a vida de uma pessoa, eu sei disso porque vivi isso quando Louis foi impedido de assumir que era gay por puro preconceito...eu sofro esse preconceito diariamente por não aceitar que rotulem minha sexualidade! Só quem assume ser algo diferente de heterossexual sabe como é difícil bater no peito e dizer que é gay, ou bissexual, ou pansexual, ou seja lá o que sinta de verdade ser.

Quando ela me mandou mensagem dizendo que estava em Nova York, pros desfiles da New York Fashion Week, eu logo movi montanhas pra mandar pra ela convites na primeira fila e, porra, foi muito bom ver ela ali, linda, me vendo desfilar.

O desfile acabou e eu me troquei rápido pra encontrar ela. Logo a vi conversando com um cara, que deveria ser modelo, pelo porte. Vi que ela ainda esta cansada e fora do fuso horário e maquinei na minha cabeça como tirar ela de lá e levar ela pra longe, sem chamar atenção. Quando descobri que ela esta conversando com o seu ex, o que era noivo de outra, eu tive vontade de ser deselegante com ele, mas me segurei (como ele pôde ser tão burro de fazer aquilo com uma mulher como a Érika?). Não senti ciúme dele, porque ele me pareceu um idiota e, não sei, não me pareceu que a Érika sentia algo por ele, por isso eu fiquei com vontade rir...muita vontade!

Quando tirei ela de lá, me convidei pra ir pro hotel dela, mas querendo levar ela pro meu apartamento. Me senti inseguro ao perguntar se ela queria ir e, quando ela recusou, eu me sinto ainda mais inseguro, mas logo ela me disse que queria dormir comigo e eu me senti, sei lá, bem? Não transamos naquela noite, porque eu sabia que ela estava acabada de cansada...mas quando ela disse que ia na minha festa no sábado, eu mal pude esperar pra ver ela lá!

Tive muito medo de impor minha presença pra ela naquela época, de forma meio obsessiva, porque eu queria mesmo estar com ela todo o tempo que pudéssemos ter juntos. Ela me surpreendeu e não parecia se importar com a minha intensidade, o que me deixou feliz!

Quando vi ela no meu apartamento na hora da festa, eu logo puxei ela pela mão e a levei pro meu quarto...e ganhei o melhor boquete de todos. O que senti me assustou, porque não era pra ser mais do que algo casual e apenas envolvendo sexo. Por isso eu deixei ela sozinha a maior parte da festa, mas não em aguentei de ciúmes ao ver ela conversando com o Zayn e, depois, fiz a maior loucura de todas: beijei ela na frente dos convidados. Foi uma noite ótima e eu exigi de mim mesmo manter o controle sobre meus sentimentos, afinal ela estava indo pra Berlim e eu não sabia quando ia ver ela de novo...como foi difícil deixar ela no aeroporto aquele dia!

Depois, ficamos quase dois meses sem nos ver e, numa noite pra mim (que era manhã pra ela), em que recebi uma foto muito quente (enquanto ela estava em Londres e eu em Los Angeles), eu nem pensei duas vezes e fretei um jatinho pra ir ver ela em Londres, por 12 horas...as melhores 12 horas da minha vida!

Flashback on

“___Niall, que horas são?___pergunto pra ele, que esta brincando no seu iPad.

___O que? Sim...são quase meia-noite...vamos beber?___ele pergunta sem entender nada.

___Não, me arrume um jatinho agora!___digo já vestindo minhas roupas, após a sessão de fotos___estou indo pra Londres.

___Você esta louco, Hazz?___Niall pergunta dando um pulo da cadeira em que estava___você tem um desfile depois de amanhã, nem que quisesse conseguiria ir e voltar a tempo e...___ele continua, mas nem estou ouvindo mais.

___Niall, escuta!___eu digo___me arruma a porra do jatinho e deixa o resto comigo, falou?___eu digo, colocando as mãos em seus ombros___eu estarei de volta, certo? Estarei aqui na hora certa pro desfile.

___Tudo bem!___ele suspira resignado___essa garota te pegou de jeito, heim amigo? Espero que ela valha o sacrifício que você esta fazendo e a úlcera que terei se for sempre assim___ele revira os olhos.

___Ela vale, meu amigo...ela vale!___eu digo e ele me ajuda a arrumar minhas coisas.

Chego em casa e arrumo uma sacola de mão, pois ficarei com a Érika em Londres pouco mais de 12 horas antes de ter que voltar, devido a diferença de fuso horário.

Quando esta tudo pronto, Niall avisa que conseguiu um jatinho pra sair de Los Angeles as dez da manhã de sexta-feira, daqui a oito horas, chegando a Londres as cinco da manhã de sábado. Uma merda, pois devido ao fuso horário eu perdi 8 horas! O jatinho vai me esperar e eu volto a Los Angeles as seis da tarde de sábado em Londres, chegando aqui cerca de sete da noite...pelo menos na volta o fuso horário me ajudou. Meu desfile começa as dez horas da noite, no sábado.

Só de pensar na verdadeira jornada que vou enfrentar eu quase enlouqueço, então decido dormir um pouco, já que só dormirei de novo na volta.

Quando me deito, penso se vale a pena fazer essa loucura pela Érika.

Assim que ela abre a porta do seu quarto de hotel, em Londres, eu sei a resposta: valeu muito a pena.”

Flashback off

Valeu a pena o sacrifício que eu fiz aquele dia, mas depois daquilo eu fiquei meio louco de medo...eu estava me entregando a ela de forma muito plena...o que seria de mim? Ela nunca disse que me queria e nunca fez qualquer sacrifício por mim...e se eu estivesse nessa sozinho? Por isso, resolvi me afastar dela.

Fiz de tudo, menos me envolver com outras pessoas, embora eu tenha feito de tudo pra mídia achar que sim (porque eu sabia que a Érika saberia também), mas minha decisão durou apenas até ver ela de novo...e quando ela me falou um monte de merdas, naquela festa em Los Angeles, eu soube que ela estava magoada comigo...e me doeu tanto! Aí foi quando eu soube que estava de quatro por ela...completamente apaixonado! Eu queria sacudir ela e fazer ela gritar comigo, me xingar, me bater, qualquer coisa, menos o conformismo que ela tem com tudo, mas quando ela me olhou com os olhos cheios de mágoa e disse que eu tinha sido um erro, eu pude sentir que ela me queria tanto quanto eu a queria e, do jeito dela, ela também estava apaixonada por mim.

 O que eu sentia pela Érika naquele momento era diferente do que eu sentia pelo Louis...ainda é diferente, na verdade. Eu a queria de um jeito intenso e não sabia como lidar com aquilo! Eu sentia a necessidade de estar perto dela, transar com ela, dormir ao seu lado e rir de nossas conversas! Eu já admitia pra mim mesmo que não faria pelo Louis o que fiz por ela, como ir de Los Angeles a Londres só para vê-la. E isso...essa minha falta de limites com relação a tudo que envolvia ela, me deixou assustado e me fez tentar cortar nosso vínculo.

Me enchi de álcool pra ter coragem de ir falar com ela no seu hotel depois daquele encontro e, quando ela aceitou ser ao menos minha amiga, eu já comecei a jogar minhas cartas pra ter ela de volta, mas quando eu joguei tudo na mesa e ela me rejeitou, eu me senti derrotado e um imbecil por ter deixado que meu medo me impedisse de ter ela, porque agora eu a tinha perdido. Porém ela voltou atrás e me deu uma chance...uma chance que eu não queria desperdiçar.

Naquela época, ela já estava atrás de um apartamento em Los Angeles e eu fui ver uns com ela, mas eu, não sei por que, coloquei defeitos em todos...eu sabia que isso era irracional, mas eu queria que ela ficasse na minha casa em Los Angeles...eu queria mesmo fazer isso por ela. Na época acho que eu, mesmo inconscientemente, já queria que ela aceitasse morar comigo.

Passamos uma semana juntos nessa época, e pude ver que a Érika era uma mulher como eu nunca tinha conhecido. Quando ela voltou, poucos dias depois, pra passar o fim de semana comigo, eu a convidei pra ir comigo pra Holmes Chapel nas festas de fim de ano. Morri de medo dela dizer não, porque naquela época eu não sabia como a cabeça dela funcionava. Ela me disse que não podia ir porque ia pra casa e, quando dei por mim, estava me convidando pra ir com ela no Natal pra Miami, mas ela disse sim...ela disse sim e eu fiquei mais do que aliviado por ela querer dar esse passo de envolver a família e tal.

A cada dia que passei com ela me apaixonei ainda mais, se é que isso era possível! Tudo ficou muito bem entre nós, até que a mãe do Louis morreu, no dia 7 de dezembro, com apenas 43 anos. Eu adorava Jay e senti muito sua morte, por isso fui de Los Angeles pra Doncaster apoiar a família Tomlinson. Eu ia encontrar com a Érika dia 8, pois era minha folga e ela estava vindo pra Los Angeles, mas ela mesmo me mandou ir pra Doncaster...ela entendeu, eu acho, mas nunca soube se ela estava apenas fingindo aceitar! Porém, ver Louis de novo, tão triste, me fez questionar se eu ainda sentia algo por ele...e isso ficou na minha cabeça durante todo aquele mês de dezembro.

Mesmo quando deixei meus compromissos de lado, desmarcando uma sessão de fotos em Milão, e voltei correndo pra Los Angeles pra ver a Érika, pois sabia tudo que ela teve que ler durante aquelas horas em que estive no X Fator, eu ainda me questionada.

Eu sabia que eu queria ela acima de tudo, tanto que não hesitei em remarcar a sessão de fotos que eu tinha que fazer, viajando por dez horas, com fusos horários totalmente diferentes, por causa dela. Mas eu me perguntava: era ela que eu queria mesmo? Era por ela que eu estava apaixonado? Ou era apenas uma forma de fugir do que eu sentia pelo Louis? Ir atrás dela foi uma forma de compensá-la ou foi meu amor por ela que me fez fazer essa loucura?

Naquele mês de dezembro, a Érika, pela primeira vez, fez uma loucura por mim: ela foi comigo pra Milão e Paris, deixando de lado seus compromissos em Los Angeles. Essa atitude dela me deu mais segurança sobre nós, porque eu me sentia pisando em ovos com ela, pois ela não era muito de demonstrar afeto, enquanto eu sou extremamente exagerado nesse ponto.

Eu tinha medo de estar me jogando numa relação, já tão fadada ao fracasso, sozinho. Mas, ela ter ido comigo, me deixou com peso na consciência pelas dúvidas que eu andava tendo com relação ao Louis. Porra, eu estava tão bem com relação aos meus sentimentos pela Érika...eu tinha certeza que estava completamente apaixonado por ela, mas naquele momento eu estava em dúvida: eu a amava ou apenas a queria com loucura? Nossa relação começou movida a sexo, pois é inegável o fogo que existe entre nós, mas será que esse tesão todo estava me impedindo de ver que o que eu sentia por ela era apenas um paixão de momento?

No natal, fui com ela pra Miami e conheci toda sua família. Me senti em casa e, durante aqueles dias, as dúvidas com relação ao Louis sumiram da minha cabeça e eu tinha certeza de que não havia outro lugar no mundo que eu queria estar senão ao lado dela. Eu já estava fazendo planos de pedir ela pra morar comigo e tentar diminuir o ritmo de trabalho a ponto de encaixar nossas agendas. Eu senti que ela estava disposta, de verdade, a nos levar a sério.

Eu não sentia isso nela antes...ela foi sempre tão prática com tudo que as vezes eu sentia que ela estava comigo apenas porque podia, mas que me largaria quando percebesse que estava sendo demais pra ela, com toda essa coisa da mídia, meus fãs e seu trabalho, que eu sempre soube que era muito importante pra ela.

No ano novo, fomos pra casa da minha mãe em Holmes Chapel e lá eu senti as dúvidas crescerem no meu peito. Não eu relação ao Louis, pois eu andava evitando até mesmo pensar nisso, mas quando ela conversou com a minha mãe e fez seus planos pra 2017, sem me incluir neles, eu fiquei muito puto, ainda mais porque antes da minha mãe entrar eu estava prestes a dar um passo enorme e pedir a ela que fosse morar comigo, em Los Angeles, além de ter ficado quase duas horas com Niall no telefone ajeitando minha agenda, porque exigi da YSL um ritmo de trabalho mais concentrado e com folgas maiores, pra poder ficar com ela.

Eu sabia que era o momento errado pra pedir isso a ela, porque eu ainda estava muito confuso com o que sentia pelo Louis, mas a gente estava tão bem desde que viajamos juntos que eu me enchi de esperanças de que meu futuro era ao lado dela.

Foi a primeira vez que brigamos. Eu me senti como se fosse apenas um tapa buraco na vida dela, mas tive muita dificuldade em dizer isso a ela, o que acabou em uma discussão. Eu senti como se ela estivesse ali comigo apenas porque não tinha outra coisa pra fazer...e isso quase me matou. Mas, ela conseguiu me deixar mais calmo e acabamos a noite vendo os fogos e fazendo planos, juntos dessa vez. Nesse dia, definimos algumas coisas sobre nós e eu me senti confiante de que poderíamos levar nosso relacionamento a diante...eu só tinha que me convencer de que o Louis era passado.

Então, aconteceu o pior: eu fui pra Sydney e encontrei o Louis. Passamos uma semana trabalhando lá e, na última noite, ele me chamou pra jantar e eu fui. Eu sabia que deveria ligar pra Érika na hora e contar pra ela que ia jantar com ele, porque eu não gosto de fazer nada pelas costas das pessoas, não sou um mentiroso traidor, mas eu não consegui...porque eu sabia que ela ia ficar magoada e ia me pedir pra escolher e, naquele momento, eu não queria ter que fazer escolhas, porque eu não sabia o que queria. Então, me convenci de que era apenas um jantar e nada mais, que serviria pra eu esclarecer meus sentimentos pelo Louis. Eu contaria pra Érika depois.

Toda minha vida é regida a 3 regras: ser sempre sincero, respeitar o próximo e fazer minhas próprias escolhas. Infelizmente, não posso colocar a regra de não magoar as pessoas, porque aprendi que quase sempre magoamos alguém ao escolher ir por um ou outro caminho. Por isso, sei que magoei a Érika quando decidi ficar com o Louis. E magoei o Louis quando escolhi a Érika, antes mesmo que ele conseguisse mais do que alguns beijos de mim.

Mas naquele jantar, quando ele disse que ainda me amava, que não tinha renovado com a Adidas e que tinha decidido investir na carreira de cantor, tudo pra poder ficar comigo como se deve, sem segredos, eu senti que tinha que fazer aquilo...eu tinha que ficar com ele e descobrir se eu ainda o amava ou se amava apenas o que foi nosso amor quando éramos tão jovens.

Sem tentar, eu talvez nunca me livrasse da dúvida...eu nunca saberia se eu tinha superado ele. Naquele momento, quando ouvi ele dizer tudo que eu passei anos sonhando que ele diria, eu quis a ele...não pensei na hora se a escolha era pra uma noite ou pra todas, porque eu não funciono desse forma...eu sou movido ao momento e, por isso, costumo fazer muitas loucuras.

Foi uma escolha impulsiva, eu agi por impulso quando o beijei e quando fui pro hotel dele...mas no momento era o que eu queria fazer. Com a escolha feita, eu o beijei e, quando ele me levou pro quarto dele, eu fui. Mas quando ele tentou tirar minha camisa, me empurrando pra cama, eu simplesmente travei e não consegui seguir em frente.

Logo eu, que nunca tive qualquer restrição com relação ao sexo, me senti sujo ali com ele...porque eu era da Érika e, naquele momento, eu soube disso. Eu já sabia a resposta: eu amava a Érika. Eu amei Louis por anos, mas naquele momento eu soube que eu amava a Érika.

Eu me arrependi de ter ficado com ele, lógico que me arrependi. Me arrependi de ter agido por impulso, porque eu tinha que ter analisado as coisas com calma e não sair beijando ele sem pensar nas consequências.

Agradeço aos céus por ter visto como as coisas eram antes que fosse tarde demais, antes deu ter dormido com ele...agradeço por ter visto, com aquela escolha impulsiva, que o que eu sentia por ele ficou no passado, porque quando a Érika me perguntou sobre isso eu fiquei pensando o que eu teria feito se eu percebesse que sentia algo pelo Louis ainda.

A verdade é que se eu passasse a noite com ele e visse que ainda sentia algo por ele, eu provavelmente teria terminado com a Érika, mas talvez me arrependesse amargamente depois...e ai eu já teria perdido ela pra sempre.

Mas, da forma como as coisas aconteceram, sem pensar nos “e se”, a verdade é que eu saí do hotel do Louis e fui direto pro meu hotel, já decidido a trocar meu voo e ir encontrar com a Érika em Nova York. Eu ia contar tudo que aconteceu e implorar pra que ela me entendesse. Ia dizer que dali pra frente, eu seria só dela de corpo e alma.

Mas a mídia chegou antes de mim e ela ficou sabendo de tudo da pior maneira possível. Eu fiquei desesperado quando soube o que estava acontecendo, mas estava embarcando pra Nova York e tive que esperar até chegar lá pra começar a ligar e mandar mensagens pra Érika, que ela ignorou sistematicamente.

Quando cheguei em Nova York ela não estava no Surrey, hotel onde estava hospedada, e eu fiquei meio louco sem saber onde ela estava até que um de meus funcionários me ligou e disse que Margot estava na minha casa, em Los Angeles, pegando as coisas da Érika.

Na mesma hora voltei pro aeroporto e voei pra Los Angeles, mas ela já não estava mais lá. Assim, voltei pra Nova York e demorei quase uma semana pra conseguir descobrir o paradeiro dela, no México.  Nunca me senti pior do que quando cheguei na minha casa, em Los Angeles, e vi que ela já tinha ido embora e eu não tinha a menor ideia de pra onde ela tinha ido.

Eu me senti vazio, desesperado, e se não fosse Niall, sempre meu amigo Niall, eu não sei o que teria feito. Fui atrás dela no México e eu sabia que agora ela teria que me amar incondicionalmente, ou eu não teria chance de fazer ela me perdoar.

Assim que cheguei e me declarei, ela disse que me amava e eu achei que estava tudo bem, mas demorou mais alguns dias até que ela resolvesse voltar pra mim. Eu tentei explicar a ela tudo, mas eu senti que ela ficava dando voltas e voltas apenas em torno de um ponto: ela estava convicta de que eu a trai. Eu não achava que a tinha traído de forma tão importante, porque eu iria falar com ela de qualquer jeito.

Eu não pretendia enganar ela, em nenhum momento pensei em enganar ela. Mas a Érika vive muito de acordo com as regras que a sociedade impõem...ela não enxerga o mundo como eu. Eu sempre achei que o que importavam eram os sentimentos e, se eu disse a ela que a amava e que era todo dela, é porque eu era...eu não consegui enxergar que ela não poderia ver as coisas como eu via.

Eu sempre soube que apenas amor não bastava, pois na época em que eu e Louis terminamos a gente se amava, mas não podíamos ficar mais juntos porque ele escolheu sua carreira...ele tinha escolhido ficar com a Eleanor e esquecer o que tivemos por causa de seu contrato com a Adidas. Pra mim, sobraram apenas o gosto amargo de manter um relacionamento com ele as escondidas, até que nenhum de nós dois pode mais suportar isso.

Mas com a Érika era diferente, porque eu a amava e ela me amava, nós queríamos ficar juntos e nada estava nos impedindo, a não ser a mente dela, que insistia em não me perdoar pelo que aconteceu com Louis. Por isso eu fui insistente, eu realmente achei que ela poderia me perdoar, porque eu a perdoaria na hora. Então em insisti e insisti.

Nem mesmo quando ela teve um surto de raiva, dizendo que eu estava sufocando ela e que não queria me perdoar, eu não consegui enxergar que pra ela as coisas não estavam sendo tão fáceis quanto eu achava. Eu fiquei arrasado quando ela disse que eu a sufocava e deixou bem claro que me achava um babaca egoísta e inconsequente. Por isso, naquela hora, eu resolvi deixar ela em paz, porque eu me toquei que minha presença constante estava fazendo mal a ela.

Enquanto acabava de arrumar minhas coisas, pra ir por Japão, eu pensei que ela tinha razão, eu fui mesmo egoísta...eu levava tão a sério o lema de fazer minhas próprias escolhas, e não dever nada a ninguém, que passei por cima dos sentimentos da Érika, dos sentimentos de Louis, tudo em nome de uma escolha minha.

Naquele momento, eu decidi que mesmo que ela não me perdoasse eu iria mudar, era hora deu começar a pensar mais com a cabeça e menos com o coração, pra evitar magoar as pessoas a minha volta. Quando decidi ficar no México, tentando reconquistar a Érika, eu não pensei que a sufocaria com minha presença, eu apenas pensei que a amava e que tinha que reconquistar ela...fui egoísta mais uma vez. Eu não percebi que estava sufocando ela...como não percebi que estava magoando ela ficando com Louis.

Mas eu ia mudar isso em mim...por ela eu ia aprender a ser menos impulsivo e pensar nas consequências dos meus atos. Mas, enquanto eu pensava nisso, ela veio até mim e disse que me aceitava e que queria ficar comigo...eu achei que ela tinha me perdoado e, mais uma vez, não enxerguei a dificuldade que ela tinha de superar uma traição, que pra mim não tinha sido algo tão importante.

E esse foi meu erro, mas eu só ia saber disso muito tempo depois, porque enquanto estávamos no México ela me perdoou.

Ela me perdoou...ela ficou comigo e disse que me amava. Ela aceitou morar comigo e aqueles dois meses que ela passou naquela favela, comigo indo sempre pra lá, foram os melhores da minha vida. Lá, ficamos longe da mídia e apenas rindo das notinhas mentirosas...fomos muito felizes!

 A Érika estava como uma menina, sorrindo sempre e me mostrando, a cada dia, que estávamos indo no caminho certo. Mas isso só durou até voltarmos pra Los Angeles, onde nossos problemas começaram. E, alguns meses depois, eu percebi que ela nunca tinha me perdoado de verdade.

Érika acabou se rendendo a mim porque eu fui insistente, não lhe dei trégua, mas ela não me perdoou pelo que houve com Louis e, somente muito depois, eu percebi isso. Pra ela, somente os sentimentos não era suficientes, ela era muito mais razão do que emoção...e a razão dela dizia que eu a traí e que uma traição não era perdoável.

No começo, quando fomos morar juntos em Los Angeles, tudo estava bem. Assumimos pra todos que estávamos juntos e, apesar deu sentir certa insegurança nela, eu resolvi fingir que não estava acontecendo. Era tão bom voltar pra casa e encontrar ela lá...eu me sentia tão completo que cheguei a pensar em pedir ela pra se casar comigo e já podia ver até mesmo os filhos que teríamos um dia.

Eu lhe dei um anel de compromisso, pra saber se ela ia aceitar bem. Primeiro, quando ela viu a pequena caixinha, eu pude perceber que ela ficou com medo e agradeci aos céus por ter tido a ideia de pedir pra ajustarem os anéis pros dedos médios, porque ela ficou bem mais calma quando viu que os anéis era pra esses dedos. Mas ela disse que sempre o usaria e eu quis pular de felicidade, mas deixei pra lá, pra não assustar ela mais.

Ela aceitou tornar nosso romance público e eu tive muitas esperanças de que tudo ia dar certo. Mas as coisas foram mudando aos poucos, sem que eu percebesse. Primeiro, senti ela apenas distante, mas depois fui vendo que ela não estava mais dando tudo de si no nosso relacionamento. Ela esta se distanciando emocionalmente de mim e isso estava me deixando muito angustiado. Eu tentava fazer de tudo, de tudo mesmo, pra provar pra ela, a cada dia, que eu a amava e que estava falando sério sobre isso, mas eu não via retorno e isso ia me matando aos poucos.

Quando ela me chamou pra ir na festa da NHW com ela, eu tive muita certeza de que a gente estava na mesma sintonia e que o distanciamento que eu sentia nela era coisa da minha cabeça. Quase morri de ciúme quando conheci o ex dela e soube que eles estavam trabalhando juntos em Los Angeles. Mesmo sabendo que ela não tinha qualquer interesse nele, não pude deixar de sentir que ele era o cara certo pra uma mulher como ela, enquanto eu era apenas um modelo cheio de escândalos por onde passo.

Nessa festa, me abri com ela e falei sobre as minhas inseguranças com o nosso relacionamento, mas, como sempre, apenas de ver ela sorrir e dizer que me amava eu esqueci tudo e decidi acreditar que estava tudo bem com a gente, que a gente se amava e poderia passar por cima de todos os problemas.

No dia do aniversário dela, eu me desdobrei pra remarcar meus compromissos e fazer uma festa surpresa pra ela na nossa casa. Ela adorou e foi a melhor noite que tivemos, mas na manhã seguinte eu atendi o telefonema do corretor dizendo que o apartamento dela estava comprado, pois tinham aceitado sua oferta...senti meu mundo cair. Eu ia viajar naquela manhã e tivemos uma briga feia. Expus meu coração pra ela e soube que ela não tinha me perdoado pelo meu sumiço, logo no começo do relacionamento, e muito menos pelo Louis. Ela disse que ate perdoou, mas não conseguia esquecer, o que é a mesma coisa pra mim. Senti todos os meus medos e inseguranças chegarem a superfície e soube que a gente não ia mais ficar juntos...ela não queria..ela não podia me amar do jeito que eu queria e merecia, depois de tudo que fiz por ela...por nós.

Ela podia até me amar, mas não podia me perdoar...então não tínhamos chances. Érika não esquecia o que houve em Sydney e passou a ficar paranóica com as notinhas dos sites e as teorias dos fãs sobre eu e Louis. Ela queria, mas não conseguia abstrair isso. E eu não podia mais lutar contra isso, porque eu já tinha feito de tudo pra provar a ela que eu estava indo de cabeça nesse relacionamento, mas ela não estava.

Érika me dava apenas partes dela, principalmente na cama, mas ela não compartilhava a sua vida comigo. Porra, ela nem mesmo me disse sobre o que pretendia fazer com seu emprego, se mudando definitivamente pra equipe de Los Angeles. Podem parecer coisas pequenas, mas um casal precisa decidir as coisas juntos. Ela estava sempre sorrindo perto de mim, me escondendo seus medos e inseguranças ao invés de sentar comigo e conversar. Eu senti como se eu fosse apenas um corpo que ela usava, uma companhia agradável que aparece uma vez por mês, mas eu queria mais dela...eu queria tudo dela e, se ela não ia me dar isso, eu não queria mais ficar com ela, porque isso ia me matar.

Viajei devastado, trabalhei 24/7, no modo piloto automático. Não atendi as ligações dela e nem respondi as mensagens, mesmo tendo lido todas, várias vezes. Me afastei de tudo e segui apenas trabalhando, porque não podia deixar meus compromissos de lado.

Se ela me amasse e me quisesse de volta, ia ter que lutar por mim...e ela não fez isso. Quando voltei pra Los Angeles, depois de passar duas semanas chorando no colo da minha mãe em Holmes Chapel, ela tinha saído da minha casa e eu soube que era o fim. Chorei muito, quase me perdi de novo e, mais uma vez graças ao Niall, eu consegui me manter focado no trabalho.

Até que eu encontrei com ela, em setembro, por puro acaso, numa festa que fui apenas porque era um dos principais doadores de verba pra ajudar em Serra Leoa. Ela falou comigo e eu tive que me afastar, porque me senti sem ar...sem ela. Mas ela veio atrás de mim e eu não resisti e quebrei a promessa que fiz a mim mesmo de não transar com ela, nunca mais, a menos que ela me desse o que eu queria. Por isso não atendi quando ela ligou, várias vezes, e não respondi nenhuma mensagem. Me custou muito, mas ela não disse, em nenhuma mensagem, o que eu queria dela, que era comprometimento. Eu queria que ela se comprometesse comigo, de verdade, que ela se desse a esse relacionamento.

Mas, naquela sala, naquele momento, eu fui fraco e não resisti a ter ela na minha frente, querendo ficar comigo. Depois que transamos numa sala vazia, eu estava feliz, com esperanças de que pudéssemos voltar a ficar juntos, indo devagar desta vez.

Depois que ela me disse naquela sala, enquanto eu transava com ela, que me amava, eu me senti realmente iludido com a possibilidade de continuar de onde paramos. Mas, enquanto eu esperava por ela, que estava se despedindo das pessoas pra ir embora comigo, Brian me disse que a Érika tinha recusado a promoção de seus sonhos: ser uma repórter número 1 da NHW. Isso aconteceu em janeiro. Ali, eu soube que ela jamais me perdoaria pelo Louis, porque ela tinha escolhido a mim ao invés de sua promoção.

Brian me disse que o preso que ela teria que pagar pela promoção era me deixar....mas ela não fez, ela não me deixou, mas eu pisei na bola com ela e aconteceu toda aquela merda em Sydney. Ali, eu sabia que era mesmo nosso fim. A Érika me amava, pude sentir isso nela naquela noite como nunca senti antes, mas ela não estava conseguindo passar por cima da minha traição e seguir em frente e, quando descobri sobre a promoção que ela perdeu, eu vi que as coisas eram ainda piores do que um simples perdão por uma traição.

Ela tinha se jogado no nosso relacionamento numa época em que eu não tinha feito isso.  E, quando eu me joguei, ela ficou com medo de se jogar nessa relação de novo, pois ela fez isso naquela época, agora eu sabia, e perdeu seu emprego dos sonhos...e eu não correspondi a isso. Se ela não podia superar o Louis, não adiantava eu provar a ela que eu havia superado.

Fui pra casa e chorei por dias depois que Brian me disse sobre a promoção. Ela não me ligou mais, mas eu nem esperava isso depois da mensagem vazia que mandei pra ela, de propósito, pra que ela não me procurasse.

No meio de dezembro, meses depois da nossa separação, encontrei com ela em Los Angeles, numa festa chata que eu fui apenas porque sabia que ela estaria lá. Eu sabia que era ridículo eu ir por causa dela, mas não pude evitar a vontade que senti de ir, pelo menos pra ver ela de longe. Jurei que ia apenas ficar afastado, mas quando cheguei lá e a vi, eu tive que me aproximar e, na minha mente insana e iludida, ela ia dizer que me amava e que estava disposta a dar tudo de si pra mim, pra nós.

Ela estava linda e com os olhos tão vulneráveis, mesmo estando com raiva de mim...eu sabia que se eu pedisse a ela pra voltar ela voltaria, mas eu não queria que fosse assim...eu não queria ficar com ela se ela tivesse dúvidas sobre meu amor ou sobre a gente dar certo. Por isso me afastei e essa decisão me custou muito. Mas, antes de ir embora, eu tive que dizer a ela porque eu fui embora em setembro, mesmo que eu tivesse jurado a mim mesmo que não ia fazer isso.

Não sei, eu apenas...eu apenas queria que ela soubesse que eu não era um garoto indeciso, que tive meus motivos pra ir embora. Tivemos uma conversa e eu podia jurar que ela ia ceder e me dizer o que eu queria ouvir, mas ela não disse...e eu fui embora mais uma vez arrasado quando ela me perguntou o que eu queria dela, porque se ela precisava perguntar, era porque não estava mesmo pronta pra me dar. Eu só queria comprometimento...desta vez, eu queria que ela se comprometesse com a gente, de verdade e, por menos que isso, eu não queria dar mais uma chance pra nós, porque eu sabia que não daria certo, mais uma vez.

Eu quase me acabei depois daquele encontro no meio de dezembro, porque sentia que tinha mesmo chegado ao fim. Decidi vender minha casa em Los Angeles, porque não queria mais lembranças dela ali. Não queria ficar olhando pra todos os cantos e quase poder ouvir sua risada, o cheiro dela nos lençóis e o espaço que ela deixou no closet, vazio.

Quando fui lá arrumar minhas coisas pra colocar o lugar a venda, eu olhei pra nossa foto no meu quarto e não consegui resistir quando as lágrimas escorrem pelos meus olhos. Foi tão difícil...

Agora, no fim de janeiro, vim pra Holmes Chapel, passar meu aniversário com minha família. Eu não quero mais festas, não quero mais notinhas...eu quero apenas paz e sossego. Quem sabe assim eu esqueço a Érika e refaço a minha vida?

Grande parte de nossos problemas foram por causa da nossa fama, da nossa exposição. Eu sei que ela não gostava de ser exposta nas redes sociais e sei que ela tentava evitar a todo custo demonstrar isso, mas a machucava. Sua insegurança nasceu dela mesma e da minha burrada com o Louis, mas eu sei que ser exposta daquele jeito contribuiu e muito pra que tudo virasse uma bola de neve.

Bem, não deu muito certo vir pra cá, porque eu não esqueço ela um segundo sequer.

Não consigo esquecer a Érika! Deus, como eu quis procurá-la nesse mês e meio que não a vejo! Mas eu não posso, pois sei que a única chance que temos seria ela passar por cima de toda essa merda e resolver nos dar uma chance. Não posso cometer o mesmo erro do México e ficar em cima dela, porque não daria certo, de novo.

Eu sei o que quero, mas ela não sabe e, se ela vier pela metade como da outra vez, eu não quero. Eu sei que errei em ter perseguido ela no México e implorado perdão, porque talvez, se eu tivesse deixado ela ter espaço, ela poderia ter voltado pra mim por livre e espontânea vontade e não pela minha insistência. Mas agora não adianta mais, acabou!

Me forço a levantar do sofá, espantando as lembranças, e pelo menos ir tomar um banho, pra me sentir humano de novo e evitar que minha mãe se preocupe ainda mais comigo.

Fico muitos minutos embaixo do chuveiro, sentindo a água quente cair por todo meu corpo e me relaxar, pois estou precisando disso. Ainda sinto a falta dos meus cabelos longos, mas decidi cortá-los numa tentativa de me sentir diferente, como se fosse inaugurar “uma nova fase de Harry Styles”...mas não deu certo!

Quando saio, paro no meio do quarto e pego nas mãos o enfeite mexicano que a mãe dela me deu no natal de 2016, ainda antes do Louis, antes do México, antes de tudo dar errado. Eu o trouxe comigo da casa de Los Angeles, pra sempre me lembrar daqueles dias felizes.

Porra, eu amo tanto a Érika...eu queria tanto que ela me perdoasse, que ela fosse capaz de esquecer tudo isso e se concentrasse apenas em mim, no que sou...no que sou pra ela. Queria que ela pudesse mesmo passar por cima de tudo que houve, em cima dos medos dela, que se abrisse comigo e estivesse disposta a tentar, de verdade, fazer a gente dar certo.

Nesse momento, escuto minha mãe me gritar e visto uma calça de moletom e uma camiseta rápido, ainda meio molhado, porque ela parece aflita.

Desço as escadas correndo e encontro uma cena que já imaginei em meus devaneios: no meio da sala, ao lado da minha mãe, e parecendo mais nervosa do que nunca, esta a Érika.

Paro ainda na escada, a alguns degraus do fim, sem conseguir me mexer mais. Érika me olha e parece respirar enfim...mas eu ainda não consigo puxar o ar pra dentro dos meus pulmões, pois estou sem ação nesse momento.

 

 

 

 


 


Notas Finais


Vejo vocês sábado e, gente, o epílogo esta ficando tão fofo...acho que vão gostar do final deles!!!
Beijos!!!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...