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História Underground - Influências


Escrita por: polypop

Notas do Autor


Anteriormente...
- Ele fez uma vítima fatal. A primeira que temos notícia... um homem, um trabalhador... eu o encontrei sem vida próximo à Tower Bridge. – Lily disse com pesar.
- E essa criatura? – Perguntou Victor.
- Um vampiro. A criatura é um vampiro. – Respondeu Vanessa.
...
- Tudo bem. – Disse Ethan. – Podemos tentar, montamos uma equipe organizada para a missão, com uma condição, você não vai. – Ele disse olhando para Vanessa.
- Ethan! – Ela protestou.
- Ele está certo, chérie. Se for uma armadilha para te atrair, sua vida estaria em perigo, não podemos arriscar. – Falou Ferdinand.
- Nos dividiremos. – Sugeriu Lily. – Um grupo vai para os túneis e o outro fica aqui com Vanessa. Ficaremos em contato constante.

Capítulo 26 - Influências


            A noite começou a cair e uma chuva fina descia sobre o Museu Britânico, mas passava despercebida por Vanessa e Catriona que conversavam enquanto tomavam um chá no café localizado na ala central.

- Obrigada pelo caderno. – Disse Vanessa devolvendo as anotações de Bram Stoker.

- Não foi nada. Devo te agradecer pelo tempo dedicado. – Ela respondeu com sinceridade e Vanessa sorriu. – Eu posso te fazer uma pergunta? – Catriona disse ponderando.

- Claro.

- Você não teve nenhum outro contato com Mina?

            Vanessa apenas meneou a cabeça e encarou o chá que esfriava na xícara. Então ela suspirou e disse a verdade.

- A última vez que eu tive qualquer tipo de contato foi quando Lily encontrou o homem caído. – Os olhos claros de Catriona a encararam. – Eu tenho evitado.

- O que?

- Evitado ter contato. Não sei. – Ela desviou o olhar. – Quando eu estou com Ethan eu... eu não sonho ou vejo nada. É como se...

- Ele bloqueasse o que quer que esteja querendo te contactar. – Ela terminou a frase e Vanessa apenas concordou com a cabeça. – Interessante.

- Eu não tenho ficado sozinha ultimamente. – Ela disse, mas neste momento, Catriona já não estava mais prestando atenção.

- Quando entraram na sua casa, Ethan estava viajando, certo?

- Foi no dia que ele voltou, na verdade. – Vanessa respondeu e deu um gole no chá.

- Mesmo assim... interessante. – Ela refletiu.

- O que?

- Como não faz o menor sentido Ethan entrar na equação.

            Vanessa franziu a testa sem entender o que ela queria dizer.

- Não se preocupe. – Catriona sorriu. – Se está te fazendo bem, continue fazendo seja lá o que for e me poupe dos detalhes.

            Vanessa sorriu de volta ruborizando levemente.

- É que de acordo com a profecia... se você for realmente Amunet, – ela sempre fazia questão de frisar a condicional enquanto Vanessa não aceitasse o fato. – não há nada falando sobre uma terceira força envolvida. Vou precisar estudar mais, só isso.

- Mesmo se a profecia diz respeito a mim... – Vanessa mordeu o lábio. – isso seria algo bom, não? Conseguir bloquear Amon-Rá.

- Acho que para você sim. – Ela deu um sorriso verdadeiro.

- Mas não para Mina. – Vanessa disse séria. – E se ela estiver tentando contato esse tempo todo? – Ela falou ansiosa.

- Calma. Você disse que viu Mina enquanto estava acordada. – Vanessa assentiu. – Se ela quisesse entrar em contato ela tentaria em outro momento, quando você está no trabalho, por exemplo. – Vanessa assentiu novamente respirando mais calma.

- Você pode estar certa.

- Vamos achar Mina. Daqui uns dias vamos revirar aqueles túneis e encontrar Mina e os outros.

- Se Deus quiser. – Vanessa fez uma prece silenciosa à Deus e ao Universo.

 

 

 

 

            Ethan abriu a porta do flat assim que a campainha tocou e antes mesmo de Vanessa terminar de entrar, ele já foi entregando uma taça de vinho branco. Um aroma delicioso exalava da cozinha.

- O que você está inventando? – Ela perguntou curiosa observando o avental natalino que ele usava.

- Nada demais. – Ele disse dando de ombros e voltando para a cozinha. – Só um risoto. Estava assistindo um programa da Nigella Lawson[1], aquela mulher desastrada me inspirou. Parecia ser extremamente fácil com ela fazendo. – Ele sorriu.

            Vanessa sorriu de volta.

- E então?

- Não é difícil. Mas ainda falta a finalização. – Disse ele acrescentando o queijo e a manteiga na panela e mexendo bem  para incorporar. Assim como a Nigella, ele fez uma bagunça no fogão.

            Vanessa deixou a bolsa no sofá da sala e voltou para a bancada da cozinha, onde Ethan tinha improvisado uma arrumação para diferente para o jantar. Ele não tinha pratos ou talheres elegantes, mas tinha harmonizado os utensílios que possuía, mantendo uma atmosfera aconchegante com as velas acesas.

            Ela agradeceu pelo jantar especial, sem mesmo provar. O cheiro estava ótimo e a dedicação dele já valiam o elogio. Ele serviu o risoto ao funghi ainda fumegante. O ponto de cozimento e o tempero estavam corretos e o prato combinou muito bem com o Chardonnay, que também entrou na cocção. Vanessa elogiou novamente a habilidade culinária de Ethan, mas por mais gostosa que estava a refeição ela continuava com a mente dispersa e longe dali.

 

 

 

 

            Vanessa estava respondendo um e-mail pelo celular quando Ethan se deitou ao lado dela. Ela desligou a tela do aparelho e o colocou na mesa de cabeceira antes de se aconchegar no peito de Ethan. Ele alisou os cabelos compridos e a beijou no topo da cabeça.

- O que aconteceu? Você parece preocupada.

- Me encontrei com Catriona hoje.

- Hartdegen? – Ele não precisava falar o sobrenome, o nome dela por si só já era bastante incomum, mas gostava de chama-la assim.

- Fui devolver o caderno. – Preguiçosamente ela fazia círculos com dedo no tórax dele.

- Terminou de desvendar?

- Li e reli tantas vezes que decorei todas as palavras e frases. Também tirei cópia dele, então o objeto não é mais essencial.

- Você não está com saudades do caderno, né?

- Não. – Ela deu um meio sorriso. – Ela me perguntou se eu tive contato com a Mina.

- E teve?

- Não. Somente aquela vez.

- Isso te preocupa. – Não era uma pergunta.

- Quando estou com você eu não sinto nada. É como se você bloqueasse qualquer tipo de contato.

            Ethan levantou a sobrancelha.

- Catriona falou uma coisa que eu não tinha reparado.

- O que?

- Quando entraram na minha casa você estava viajando.

- Foi no dia que eu cheguei de viagem. – Ele disse sem a intenção de corrigi-la.

- Mas não estava fisicamente perto. – Vanessa ainda estava apreensiva.

            Ele coçou a cabeça sem entender onde ela queria chegar.

- Ela disse que você não fazia parte da equação. Da profecia.

- Não deixe a Hartdegen te encher com essa conversa. – Ele disse abraçando-a com ternura. – Você está bem, está segura.

- E Mina?

- Vamos acha-la. – Ele a olhou nos olhos. – E no dia que você a viu eu não estava viajando, eu estava bem aqui. Se ela quisesse te encontrar, ela usaria todas as intermináveis horas que fico longe de você para isso. – Ele deu um sorriso provocante.

- Ela falou o mesmo sobre não me preocupar com Mina. – Então ela percebeu a insinuação de Ethan e algo se acendeu nela. – Horas intermináveis? – Ela engoliu seco, apenas aquele olhar dele já a faziam queimar por dentro.

- Você não faz ideia de como é tedioso ficar apenas imaginando o que eu poderia estar fazendo com você.

            Devagar, ele afastou uma mecha de cabelo que estava caída no rosto dela e roçou o polegar na dobra da orelha. Os olhos dele estavam em chamas. Horas intermináveis longe dela e tempo demais conversando quando poderiam estar aproveitando para outra coisa. Claro que ele também amava as conversas e todo tempo que passava com ela, mas o desejo que sentia era ilimitado.

- Então faça agora. – Ela respondeu rouca.

            Ele a beijou sedento, as mãos traçando linhas pelas costas dela, por baixo da camisola.

            Ela retribuiu os beijos com a mesma intensidade. E com um único movimento puxou a camisola por cima da cabeça. Os bicos dos seios ficaram rijos. Ela gemeu quando ele abocanhou o mamilo e com movimentos lentos lambeu a pele.

            Sem nenhuma pressa, ele alternou as lambidas com beijos e desceu para a barriga, cada vez mais baixo.

- Ethan. – Ela gemeu baixinho arquejando o quadril.

- Sempre com pressa, Van... – Ele disse segurando-a na cama e beijando a parte interna das coxas.

            Ela suspirou quando ele beijou o tecido fino da calcinha. Um pequeno espasmo percorreu todo o seu corpo e ela sentia se derramar por ele. Ethan riu com malícia, a ereção doía dentro da calça, mas provocá-la e vê-la se contorcer na cama quase implorando por ele era delicioso.

            Ele subiu e a beijou novamente e ela o abraçou com as pernas, prendendo-o junto a ela. As batidas do coração estavam descompassadas e a respiração ofegante, não sabia por quanto tempo aguentaria aquela aflição.

- Preciso de você. – Ela murmurou arquejante entre um beijo e outro. Ele apenas meneou a cabeça assentindo e ela o soltou. Em um movimento nada delicado ele tiro a calcinha de renda, deixando-a exposta. Com a boca ele a tomou de uma vez. Como uma fera faminta, ele explorou cada parte dela, sorvendo todo líquido que fluía dela.

            Ela agarrou o lençol e se contorceu na cama gemendo alto o nome dele quando chegou ao clímax. Ele só a soltou quando ela parou de tremer, a região sob sua língua ainda pulsava quando ele deu um último beijo.

            Tranquilamente ele subiu beijando-a suavemente. Barriga, peito, pescoço e lábios.

- Amo te fazer implorar. – Ele disse ferino.

- Canalha! – Ela respondeu em um sorriso.

- Quer dormir agora – ele sussurrou. – Ou...?

- Ou? – Ela sussurrou de volta, os olhos acesos com as pupilas dilatadas de desejo.

            Ele mordiscou o lábio inferior e a puxou para mais um beijo. Ela rolou sobre ele, beijando-o lascivamente, os cabelos negros caíram em cachos largos envolvendo os dois.

- Ou eu te faço implorar agora. – Ela disse baixo, enquanto montava no volume enrijecido ainda preso na cueca.

            Ele gemeu ao senti-la quente e úmida ansiando por ele. Ela mordeu o lábio, segurando um sorriso perverso ao percebe-lo pulsando involuntariamente e rebolou para provoca-lo.

- Vanessa... – ele gemeu baixinho.

             Ela saiu de cima dele e o ajudou a se libertar da peça de roupa. Antes de colocar a camisinha, ela admirou o membro ereto que latejava a cada toque dela.

            Novamente ela montou sobre ele, posicionando o  órgão em sua abertura, antes de descer sentindo todo o tamanho entrando completamente nela. Ela começou com movimentos calmos e com o auxílio dele foi aumentando a velocidade até entrarem em um ritmo. Sobe e desce. Sobe e desce. Lento e rápido. Lento e rápido. Cada vez mais rápido. Até que os sons e os gestos se convergissem em um só propósito. De novo ela atingiu o clímax, com espasmos tão fortes que o fizeram explodir também.

            Ofegante e finalmente satisfeita ela desabou sobre ele.

 

 

 

 

            Programaram de explorar o Greenwich Foot Tunnel no fim de semana. Apesar do apelo turístico do local, eles esperavam encontrar uma movimentação menor se fossem no início da manhã. Os dias estavam mais curtos com o avanço do outono e durante a semana quase todos trabalhavam, conciliar um horário não foi fácil, mas finalmente conseguiram.

            Com o dia decidido, eles começaram a organizar os mapas antigos do local e os suprimentos, com todas as armas físicas e espirituais que tinham à disposição.

 

 

 

 

            Lily tinha acabado de voltar do almoço e estava com os mapas antigos abertos em cima da mesa. Ela descobrira uma passagem que foi fechada após a Segunda Guerra e isso a levou à crer que outras passagens poderiam existir no local, afinal de contas, durante a Guerra quase todas as cidades da Inglaterra construíram túneis subterrâneos para que as pessoas pudessem fugir em caso de ataque. Só restava encontrar a entrada dessas passagens e verificar até onde elas levariam.

            Ela estava tão concentrada estudando o mapa que não ouviu quando a corpulenta mulher negra entrou na sala e a chamou.

- Croft! O que está fazendo?

- Perdão, senhora Walker, não a vi entrando. – Ela disse se levantando imediatamente.

- Certo. – A mulher a olhou de cima a baixo e revirou os olhos. – Tenho algumas denúncias sérias contra você. Entregue seus dispositivos móveis pessoais e me acompanhe, por favor.

- O que? – Lily estava incrédula com a afirmação da chefe. Que tipos de denúncia? Quem tinha denunciado?

- Fui informada que dados do nosso sistema foram vazados, inclusive imagens. – Mina, Lily pensou, mas tentou não demonstrar. – A senhorita terá todo o tempo para elucidar isso. Vamos.

- Eu... eu não... – Lily gaguejou.

- Se eu fosse você, evitaria qualquer tipo de comentário, ou a situação pode se agravar. Enquanto tudo não for resolvido, receio que ficará afastada de sua função atual.

            Lily apenas assentiu e seguiu a mulher e o colega que carregava seu notebook e seus dois celulares. Uma terceira pessoa permaneceu na sala mexendo no computador de mesa.

            Lily tinha vontade de chorar, mas aguentou, em nenhum momento demonstrou fraqueza. Ela sabia que toda sua vida seria revirada. Todos os dados que estivessem no computador ou celulares seriam acessados, todas suas conversas. Toda sua privacidade estaria ali, escancarada para quem quer que estivesse analisando o processo. Era uma conduta de praxe, ela sabia, mesmo assim ela se sentia violada.

            Ela passou o resto do dia respondendo perguntas sobre o porquê dela ter dado prioridade ao caso da Mina, passando por cima dos prazos habituais. Ela sabia que só estavam mantendo ela na sala e fazendo as mesmas perguntas para terem tempo de verificarem todos os seus arquivos. Lily manteve a calma e respondeu a tudo o que foi questionada.

            Ao final do expediente lhe entregaram os equipamentos, além do conjunto de uniforme completo e o novo posto de trabalho. Na manhã seguinte, ela acompanharia um colega nas rondas pelo Hyde Park. Lily pegou os objetos e jogou tudo dentro da bolsa em silêncio. Ela saiu da sede da Scotland Yard sem olhar para ninguém e partiu direto para casa.

 

[1] Nigella é uma chef de cozinha, apresentadora de televisão e jornalista britânica.


Notas Finais


Ç O C O R R O que eu não sei dar nome aos capítulos!
Mas se Ethanessa funciona, nada mais importa na vida.


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