1. Spirit Fanfics >
  2. Ungues Taxus - Hiatus >
  3. Capítulo II - Adeus

História Ungues Taxus - Hiatus - Capítulo II - Adeus


Escrita por: sahpio

Capítulo 2 - Capítulo II - Adeus


O céu estava nublado, Hades tinha certeza que logo logo iria chover. Ele ergueu a cabeça, quatro filas gigantescas de todos os alunos de Hogwarts estava se dirigindo ao ar livre a fim de dar um último adeus a Alvo Dumbledore.

 

Ao lado de Morpheus estava Harry, chorando, o moreno sentiu compaixão pelo garoto. Já que ele era o principal alvo e agora não possuía ninguém para protegê-lo do Lorde das Trevas, coisa que até mesmo ele tinha receio.

 

— Hey. – chamou ele tentando ser amigável – Vai ficar tudo bem.

 

O Potter olhou para ele e sorriu, eram poucas as vezes que conversavam mas mesmo assim se ajudavam bastante mesmo que indiretamente. A cerca de uma hora todos haviam recebido a notícia que abalou a escola, Hades gostava do diretor, ele era carismático, humilde e fazia muito bem o seu trabalho. Uma pena a sua morte vir tão rápido. 

 

O garoto cicatriz não o respondeu mais, tentou se concentrar em tirar as lágrimas de sua face enquanto o caixão negro levitava um pouco acima deles trazendo o corpo pálido e sem vida de uma lenda. 

 

Hades olhou para frente e viu Luna chorando, colocou as mãos no seu ombro a fim de tentar acalmá-la, se lembrou que Dumbledore havia feito muito pela família Lovegood que era tida antes como completos pirados, e ainda é por certos ignorantes.

 

O moreno olhou em volta, a maioria chorando, outros com a cabeça baixa e os professores tentando parecer fortes aos alunos mas falhando miseravelmente. Todos estavam sentindo essa grande perda. 

 

Só que o que mais chamou a atenção do corvino foi sem dúvida, Kiara, a jovem estava no final da fila da Casa dos Leões com os braços em volta de si e murmurava várias desconexas. Hades, ouviu algumas partes como "tudo vai acabar", "vamos todos morrer", "eu falei para você tia", isso não era uma boa ideia". Nada que ele entendia.

 

Todos sabiam, Kiara teve um surto psicótico ano passado e quase fora expulsa de Hogwarts, afinal, ameaçar a professora McGonagall dizendo que mataria ela enquanto dormia rasgando sua garganta e depois entrar em seus aposentos de noite não era algo que qualquer um teria coragem. Ela foi classificada como mentalmente instável, ouviu dizer que ela conheceu um renomado psiquiatra durante sua viagem pela Europa e quando voltou à escola tudo parecia normal.

 

Mas ainda sim, Hades não confiava nela, nem um pouquinho. Parecia perfeita demais para tão pouco tempo, parecia falsa demais.

 

— Senhor Néfus. – chama o professor Flitwick enquanto aponta para o seu lado.

 

O garoto entendeu o recado. Foi uma surpresa ser chamado de última hora para pronunciar as últimas palavras da escola ,ao lado dos professores é claro, á Dumbledore. Se sentiu honrado. Sorte dele que conseguia captar tudo que lia. Então, ele seguiu até aquela multidão de alunos e usou o feitiço de voz para aumentar o tom. 

 

— Meus caros companheiros, hoje tivemos que encarar a difícil realidade da perda. Com toda certeza não é algo fácil de lidar, isso forma um buraco no nosso coração, ainda mais quando se trata de Alvo Dumbledore. Ele dirigiu essa escola de uma maneira que a levou a uma fama tão gigantesca que hoje somos conhecidos mundialmente, obviamente, enfrentamos desafios mas o nosso diretor deixou um legado incrível para Hogwarts. Um legado tão valioso e majestoso, e cabe a nós, alunos e professores, honrarmos a memória dele cuidando dessa escola. Afinal ele não foi só o grande Dumbledore, ele foi o nosso diretor.

 

...

 

Ozzy sabia que não deveria estar ali, mas ainda sim, sentia algo dentro de si que parecia se mexer quando ela sai de perto daquela porta. Espionar a conversa de colegas era uma coisa, mas espionar a conversa de um professor seria pior ainda.

 

A senhorita Cullen é uma professora extremamente impaciente, talvez o cargo para os que lecionam Defesa contra Artes das Trevas seja mesmo amaldiçoado. Mas mesmo assim, isso não era motivo para estar com o ouvido rente a porta escutando a conversa dela com o seu filho. 

 

— Eu não acredito nisso Nathaniel! É a terceira vez nessa semana.

 

Ah sim, devo ter esquecido citar que a professora Aline Cullen era mãe de Nathaniel, o lufa-lufano viciado em arte. Ela estava apenas curiosa, A Brooks é observadora e percebeu que o colega não estava no Salão Principal para dar a notícia da morte de Dumbledore. Coisa que ainda estava presa em sua garganta.

 

— Mãe, compreenda. Como quer alcançar nossos objetivos sem alguns gastos? – Ela ouviu a voz do Cullen.

 

Ozzy ouviu um som, parecido com o de um livro caindo da prateleira, e passos, passos que se aproximavam cada vez mais da porta em que estava escorada. Isso a fez correr.

 

 

Talvez Vênus fosse a única que não estivesse fora do salão comunal da Grifinória para o enterro do diretor, não que ela não se importasse, afinal querendo ou não, Hogwarts perderia uma de suas grandes barreiras, mas mesmo assim não se importava muito. Dumbledore, a olhava estranho, como se sentisse pena de si.

 

Ela levantou o olhar ao ver os dois gêmeos Weasley chegando carregando a irmã de ambos nos ombros. Os três riam, pareciam estar se divertindo. Isso a fez pensar, por que ela e Aurora, sua irmã, não eram mais assim? Ela sente falará de alguém para conversar às vezes.

 

Mandando esse pensamento para o espaço a mesma abre um sorriso ladino ao ver Fred e Jorge vindo em sua direção um de cada lado e ambos com uma maleta que a ruiva suspeitava ter algumas de suas brincadeiras hilárias.

 

— Será que ela topa Fred?

 

— Não sei, acho que ela não tem manha para isso.

 

— Digam o que querem e veremos se posso fazer ou não? – fala a Kaled com um tom de superioridade.

 

— Você que pediu! – dizem ambos ao mesmo tempo, e logo após isso os ruivos levantam para ela duas bolinhas de coloração verde, aparentemente inofensivas – Está vendo isso?

 

— Obviamente.

 

— Você não gosta de herbologia tanto quanto nós, certo Vênus?

 

— Certo.

 

— E seria uma pena se a professora Sprout tivesse uma crise de coceira tão grande que tivesse que abandonar a sala por algum tempinho, não acha? – pergunta Fred arqueando a sobrancelha e sorrindo com segundas intenções.

 

— Seria algo horrível com certeza. – Vênus coloca a mão no coração e faz cara de dor a fim de colocar o seu sarcasmo na conversa.

 

— Então...o que acha de fazer um pequeno favor para nós e coloca isso no suco de abóbora dela? – Termina Jorge chegando ao ponto final de toda essa encenação. A princípio, a ruiva nada respondeu, parecia que o seu cérebro deu uma espécie de "pause".

 

— Eu disse para você Fred! Ela não tem coragem.

 

— Não Jorge. Eu disse para você que ela não aceitaria esse desafio!

 

A palavra desafio ecoou em sua cabeça, para ela isso não era apenas mais uma sabotagem qualquer, era uma questão de honra. Complicado de entender para terceiros, mas Vênus sabia que iria fazer isso, então ela se levanta e pega ambas as bolinhas das mãos dos gêmeos Weasley e se levanta sorrindo.

 

— Bem, eu ainda tenho 10 minutos não?

 

Nada mais foi dito, os três saíram em disparada pelos corredores de Hogwarts dando risadas. Todos os alunos sabiam que antes de começar a aula Pomona Sprout deixava um copo de suco de abóbora próximo as suas amigas plantas enquanto ia reclamar com o guarda-caça da escola sobre os animais que comiam suas plantas.

 

— Ela está ali. – diz Fred escorado numa janela enquanto aponta para a professora de herbologia conversando com Hagrid. 

 

Os três ruivos se esgueiraram enquanto chegavam até a estufa, ao chegarem lá a Kaled tentou abrir a porta mas não conseguia, nem mesmo o Allorromora parecia funcionar.

 

— Está trancada.

 

— Isso não é um problema para nós, não é Fred?

 

— Sem dúvida Jorge – responde o Weasley pegando do bolso uma agulha bem fina que ia se expandindo. O mesmo a colocar na porta e ela abre. – Deveríamos abrir uma loja com essas coisas irmão.

 

Vênus entrou na estufa com cuidado, ela tentava fazer o mínimo de barulho enquanto os gêmeos vigiavam a porta. A garota avistou de longe um copo com líquido alaranjado, provavelmente o suco de abóbora, ela pegou ambas as bolinhas verdes no bolso e o colocou ambas no suco.

 

Ao caírem, as substâncias verdes fizeram o local cheirar muito mal por alguns segundos, tão mal que a ruiva pensou que ia morrer asfixiada. Mas logo o odor desagradável passou e ela saiu correndo.

 

— Feito? – perguntam os Weasley's.

 

— Muito fácil, pensei que era um desafio. – responde a Benson sorrindo de lado.

 

De longe, eles conseguiram ver a professora de herbologia se despedindo de Hagrid, Fred logo lançou o feitiço Colloportus para trancar a porta e começaram a correr para dentro do castelo. 

 

— Bem, vamos ficar aqui para observar de longe a aula que o quinto ano terá. – proncuncia Jorge sorrindo para o irmão.

 

Vênus revira os olhos mas ainda sim sorri, então, como de nada tivesse acontecido ela segue novamente em direção a estufa como uma aluna que não tinha feito nada de errado e seu semblante calmo parecia comprovar isso.

 

— Será uma ótima aula.

 

 

— Ai esse era o meu tênis favorito! – reclama Ozzy tirando o seu ALL star branco que agora estava sujo de um líquido amarelo pegajoso. 

 

— Fale baixo garota. – adverte Ronald fazendo a mesma mostrar as língua.

 

Os quatro sabiam que bisbilhotar o escritório do falecido diretor não era algo que um aluno sensato iria fazer.

 

Enquanto Hermione procurava algo nas estantes, Harry estava curioso sobre a penseira, e infelizmente, a Brooks havia ficado de ajudar o Weasley bobão a procurar por algo no chão. Não que ela não gostasse dele, apenas o achava pateta demais.

 

— Ei gente, se liga nisso. – comenta Rony com um pedaço de baixo pertencente a uma xícara de porcelana na mão – Ontem o senhor Fudge disso que ele tinha sido envenenado, e aqui ainda tem um pouco de líquido. 

 

— Perfeito – Diz Hermione pegando da mão do mesmo com cuidado – Eu e Ozzy iremos ver do que se trata mais tarde.

 

— Achou algumas coisa Harry? – pergunta a corvina preocupada com tudo que poderia estar acontecendo em sua cabeça.

 

Ele pisca alguma vezes parecemos sair de uma espécie de transe e se volta aos amigos.

 

— Ozzy, ontem era que dia da semana?

 

— Quinta-feira. Mas o que isso tem haver?

 

— Vamos lá gente, qual monitor fica de guarda nos corredores dessa parte do castelo toda quinta?

 

— A Kiara! – exclama Mione – Harry isso é genial.

 

— Tem razão, podemos perguntar para ela se viu algo. – concorda o ruivo.

 

— Ou se fez algo. – cita a morena que logo tem um olhar meio estranho dos seus amigos – A vamos gente, vocês todos viram o surto dela ano passado.

 

— Kiara nunca seria capaz de contribuir para algo assim, ela mudou. – interrompe o Potter.

 

— Não leve a mal Harry, apenas verifique, eu mesma acho que um aluno não pode fazer algo desse porte, mas talvez ela saiba quem estava aqui ontem. – retruca Ozzy tentando parecer um pouco mais afável no tom de voz

 

— Ela tem razão – responde a Granger para o amigo – Eu irei falar com ela essa noite, eu prometo.

 

— Se fosse para desconfiar de alguém eu apostaria na garota que surtou ontem, acho que é Scarlett o nome dela. – diz o Weasley arregalando os olhos como se estivesse se lembrando – Foi bizarro.

 

— Concordo com o Rony – Coloca Ozzy – Ela é deveras suspeita, ninguém sabe de nada sobre ela!

 

— Ei vocês!

 

O coração da garota da Casa do Corvo deu um pulo, tropeçou, e quase parou. Olhou para a direção da voz esperando que não fosse um professor, monitor ou algo do tipo. Suspirou ao ver que era Aurora, caso sua memória não estivesse falha ela era amiga do Harry ano passo, não iria os dedurar. Assim esperava.

 

— Olha é melhor vocês darem no pé, estou ouvindo passos. – fala a morena olhando para o lado e fazendo um sinal para irmos.

 

Os cinco correram em disparada pela torre enquanto ouviam vozes o chamarem. Obviamente, eles não pararem pois seria burrice. Com isso, chegaram ofegantes a Torre Oeste, Ozzy estava com as mãos nos joelhos e tentava regular a respiração. 

 

— Eu quero ajudar. – apresentou-se Aurora.

 

— Ajudar em quê? – pergunta Rony se fazendo de desentendido.

 

— A descobrir que é o maldito traidor dessa escola. – sugeriu ela mostrando um olhar determinado.

 

— Tem certeza disso? – pergunta o Potter tentando não olhar nos olhos da garota. 

 

Tudo bem, ele e a Black tiveram uma situação difícil ano passado, ela assumiu os sentimentos dela pelo garoto mas fora ignorada brutalmente, isso a machucou. Mas não era hora de pensar nisso, ela suspirou, estava aí por Dumbledore. 

 

— Absoluta – Diz ela e logo recebe um abraço e um aperto de mão de garota da Corvinal.

 

— Bem vinda ao time! – responde Ozzy tentando ser receptiva fazendo a mesma soltar uma risada.

 

— Então...o que eu posso fazer?

 

— Iremos te explicar, mas não é seguro conversar aqui. Venha conosco – Hermione chama todos e os guia em direção ao local mais seguro de Hogwarts, o local onde já havia preparada a poção Polissuco, o banheiro feminino.

 

 

— Um pequeno surto?! – grita Hydra olhando para Scarlett com o seu melhor olhar de "Eu vou esganar você".

 

Estavam na sala comunal das Serpentes, o monitor estava em pé em frente a loira que estava sentada no sofá com uma das mãos em sua cabeça, parecia que sentia dor. Mas Hydra Altiorem não se importava com isso, ela sujou o nome de sua casa e não havia desculpas para isso.

 

— Me desculpa… – murmura ela olhando para baixo, seu coração ainda estava batendo rápido demais e sua mente estava em outro lugar.

 

— Eu não queria recorrer a isso… – Ele diz colocando a mão em sua face nervoso – Menos 15 Pontos para a Sonserina por interromper um aviso importante da atual diretora e agir de forma inadequada. 

 

Scarlett suspira e se encosta no encosto do sofá de couro preto, as coisas estavam indo de mal a pior. Era bom que ganhasse o jogo de Quadribol para levantar o ânimo, não só o dela mas como de toda Hogwarts.

 

— Mas me diga Scarlett – Começa o Herdeiro de Salazar – Por quê aquela reação exagerada quando a professora McGonagall citou uma investigação?

 

O Gaunt não podia mentir, estava um tanto intrigado com tamanho alvoroço causado pela colega, afinal, se ele tivesse algo haver com a morte de alguém fingiria apenas estar chocado e não faria um escândalo como o da loira.

 

— Isso não é da sua conta! – responde ela de forma ríspida saindo dali rapidamente e indo na direção do dormitório feminino.

 

— Você não conseguirá tirar nada dela desta forma.

 

Hydra se vira e vê outra colega sua, a filha do prisioneiro de Azkaban, a filha do traidor dos Potters, a filha que se recusava a aceitar o legado da família Black. Aurora não conversa muito com o monitor a menos que fosse necessário, mas isso não a impedia de ter pequenos diálogos.

 

— E como acha que eu deveria agir senhorita Black? – Pergunta arqueando a sobrancelha e cruzando os braços.

 

— Talvez seja melhor esquecer isso. Quanto mais falarmos mais comentários ofensivos irão cair sobre a Sonserina. – retruca a jovem – E você não quer isso, não é mesmo?

 

Ela estava certa. O rapaz era sensato e sabia que os boatos começariam a aparecer logo logo, dizendo que Scarlett matou Dumbledore ou sabe se lá o que, e isso provavelmente não seria bom para a reputação de sua casa. Autora Sol tinha razão, mas ele não iria admitir, não para ela. Por isso apenas saiu do local a deixando sozinha no salão.

 

 

Ao entrar na biblioteca Lilith percebeu que está estava silenciosa demais, não que ela achasse isso ruim apenas era estranho demais. A ruiva caminha em direção a uma mesa com os livros de Aritimância em sua mão, no caminho ela vê Harry Potter e o seus amigos, Ronald e Hermione. 

 

Ela olha de relance para o ruivo, que apenas retribui o olhar e dá um leve aceno com a mão, que é ignorada pela Chanelle. Ele se faz de desentendido e volta a conversar com Hermione que olha para mesma torto. 

 

Lilith suspira e se senta numa mesa afastada deles, ela abre seu livro a fim de começar a estudar. Passando algumas páginas ela vê que ali uma carta, a ruiva não consegue evitar não sorrir. Molly Weasley era realmente um amor, a via como sua segunda mãe, ou melhor a única mulher que desmontou um instinto maternal para si, já que sua progenitora…

 

A jovem balança a cabeça, não era hora de pensar nisso, precisava se concentrar e estudar. Devia parar de fantasiar a vida perfeita que poderia ter tido se tudo fosse diferente. Mas Lilith se lembra da última vez que a encontrou e não resistiu, abriu a carta e iniciou a leitura. 

 

— Lili! – o grito assustou a ruiva a fazendo pular da cadeira e guardar o papel rapidamente – Que bom que te achei!

 

— Isso é uma biblioteca garota! – adverte a bibliotecária olhando feio para si.

 

Malina Dunham não era nem de longe uma pessoa discreta, pelo contrário, era tão hiperativa que muitos achavam estranho sua amizade com alguém tão fechada quanto Lilith. Mas coisas como essa aconteçam, hoje as duas são quase inseparáveis.

 

— Vai perder pontos se continuar gritando numa biblioteca assim Malina.

 

— Ah quem se importa? – responde a morena sorrindo e se sentando na frente da amiga – Tenho novidades, ou melhor, fofoca.

 

A ruiva revirou os olhos mas não resiste em dar uma risada pela fala da lufa-lufana, Lilith sabia que quando ela chegava desta forma era para contar um podre de alguém, afinal a Duham sabia de tudo.

 

— Bom, vá em frente conte-me – a ruiva continua virando as folhas do livro em busca da página onde havia parado os estudos.

 

— Se prepare… – começou ela, e a francesa sabia que sua amiga havia aprontado alguma – Eu estava perambulando pelo castelo e...eu vi o Potter, o Weasley, a Granger e uma garota da Corvinal saindo do escritório do Dumbledore.

 

Lilith sentiu o ar faltar nos seus pulmões, lembrar do nome do diretor a fazia pensar que o mesmo não estava mais entre eles, e isso doía, e muito. Mas saber que o trio que se metia em confusões todos os anos e uma colega sua estavam se intrometendo nos assuntos e pesquisas do Ministério da Magia era no mínimo interessante.

 

— Como ela era? A garota.

 

— Ela tinha cabelos morenos, uma pele muito pálida e… – Malina coloca a mão no queixo tentando se lembrar e logo abre a boca novamente –  Ela tinha um piercing no nariz, além de ser muito gata.

 

Ozzy Brooks, a garota que se sentara ao seu lado mais cedo no Salão Principal, ao ouvir do piercing já sabia que era ela pois a mesma era uma das únicas pessoas que tinha isso na Corvinal, já que para Lilith, a ideia de furar o seu corpo lhe assustava um pouco. A ruiva revirou os olhos a ouvir o último comentário da amiga, afinal a morena achava toda garota linda.

 

— No escritório? Eles estavam dentro ou fora?

 

— Dentro – responde a Duham pegando uma bala no bolso e colocando na boca – Pareciam procurar algo. Você tem ideia do que podemos fazer com essa informação? Poderíamos usá-la para...

 

— Tenho. – interrompe a ruiva – Todavia, nós não faremos nada. 

 

— Ai você é muito chata – retruca Malina colocando um bico falso em seus lábios – Mas ainda sim tem razão. 

 

A morena olha para o relógio que estava em seu pulso e arregala os olhos se levantando as pressas.

 

— Oh Merlin! Esqueci de minha aula de herbologia. Bisous Lili!

 

E novamente a lufa-lufana sai em disparada em direção a estufa de Hogwarts, a ruiva solta uma risada. Malina gostava de colocar algumas palavras na língua francesa no meio de suas frases, Lilith não lhe contava, mas tinha uma pronúncia horrível.

 

Após isso a Chanelle volta a ler sobre a matéria que queria se superar mesmo não gostando nem um pouco dela, aritimância.

 

 

— Cara, eu realmente não entendo você. – diz Newt espantado por ver que seu amigo ainda estava com dificuldade de enxergar – Pensei que tivesse arrumado os seus óculos semana passada.

 

— E eu tinha – murmura Nathaniel – Mas, como sabe, sou um desastre em poções e acabei os deixando cair na minha mistura e bum!

 

Ele tinha razão, o moreno era tão ruim na matéria do professor Snape que havia tirando "P" no NOM'S mesmo que tivesse virado a noite decorando os ingredientes e lendo o livro de poções. Realmente, ele era péssimo nisso.

 

— De qualquer forma, eu não preciso de poções para ingressar no meu futuro e brilhante cargo de Ministro da Magia.

 

— Eles nem ligam para isso. – cita o Baudelaire fazendo um gesto de "tanto faz" – Você é quase um prodígio em Defesa Contra as Artes das Trevas.

 

— Isso porque minha mãe é a professora. – responde o Cullen dando uma risada.

 

— A assustadora professora Aline Cullen Rossi. Ela não vai com minha cara, não sei por que.

 

— Ela pegou você flertando com uma colega minha descaradamente.

 

— E desde então ela vem pegando no meu pé! – esbraveja o grifano – E olha que eu nunca mais tirei os olhos daquela porcaria de quadro na aula dela.

 

— Com o tempo você se acostuma. Em casa ela normalmente dá um golpe de judô no meu pai por não fazer o que ela pediu. – suspirou o lufa-lufano – É assustador.

 

Newt deu um tapinha amigável nas costas do amigo.

 

— Nem imagino como seja.

 

— Agora, vamos. Se não iremos nos atrasar para a aula da professora Sprout.

 

Seguindo em direção à estufa, a aula seria com os texugos e com os leões, depois ele iria para o treino de Quadribol, pois de acordo com o atual Ministro da Magia, Fudge, nada podia parar.

 

— Ai que bom que achei vocês.

 

Newt se vira e vê Kiara próxima a ambos, a mesma se aproxima e coloca os braços em volta do ombro de ambos ficando entre eles. 

 

— Preparados para mais uma aula chata de herbologia? – pergunta ela um tanto animada demais.

 

— Herbologia não é chato. – retruca Nathaniel.

 

— É sim cara.

 

Seguimos em direção a estufa fazendo piadas com o moreno por achar que a professora Sprout fazia arte enquanto podava aquelas plantas. E obviamente, a Hall e o Baudelaire se mataram de rir.

 

— Boa tarde alunos. – diz a professora após nossa entrada na sala – Enquanto esperamos mais colegas virem podem ir colocando isso.

 

A mulher oferece máscaras, bem duras aliás, para os três. A monitora da Grifinória olha torto para o objeto mas logo vê que os outros alunos também a usavam por isso ela coloca também. 

 

Nathaniel acena para um de seus amigos da Lufa-Lufa e vai se sentar com ele, já o Owen segue com a amiga para a primeira fileira. Olhando para baixo, ambos puderam ver uma espécie de planta, se é que isso fosse uma planta, que tinha tentáculos que lembravam um polvo e se mexia de maneira que o fazia pensar em vomitar.

 

— Aula passada vimos sobre o Acanto, hoje iremos ver sobre a Carnivorus Borbuterantes, planta a qual se alimenta de aranhas e lagartixas – começa Pomona tomando um gole de seu suco – Não sente necessidade de alimentar-se de humanos, apesar de que, se esses se aproximarem demasiado, essa planta pode retirar algum membro do corpo do bruxo-alvo, como dedos e orelhas. Além disso…

 

A explicação para, a professora Sprout começou a se coçar como se milhões de formigas estivessem picando ela a todo momento, ela deixou cair aquele chapéu, que Newt não achava nem um pouco bonito, e passou a se coçar inteira. As risadas dos alunos começaram quando ela passou a pular para tentar afastar o que quer que estivesse lhe causando o incômodo, o que gerou uma espécie de dança bem estranha.

 

— Um minuto, eu já retorno. – diz ela saindo de sala enquanto pulava. 

 

A estufa inteira estava se deliciando com o momento, inclusive o Grifano, ele olhou para o lado e viu Kiara com sua melhor cara de choque e riu ainda mais.

 

— Não diga que isso não foi engraçado ein. Ela parecia um macaco pulando.

 

O som do riso abafado da morena se fez presente, afinal fora isso mesma que havia acontecido. 

 

 

— Eu estou dizendo Noah! Aquela garota tem alguma coisa haver com tudo isso!

 

Ernesto Macmillan não era o colega de quarto perfeito para Pierre, mas era suportável a ponto de ambos conversarem e manterem uma boa relação. Todavia, o lufano estava irritando os ouvidos do mesmo dizendo que sua amiga, Scarlett, estava no meio de todo aquele drama da morte do diretor.

 

Noah olhou em volta e viu que o clima no salão comunal da Lufa-Lufa não poderia estar pior. Normalmente o local era regado a risadas de alunos que estavam provavelmente animados com o próximo jogo de Quadribol, a visita ao vilarejo de Hogsmeade ou algo do tipo. Mas agora, parecia que tinham passado por uma avalanche de Dementadores. O mesmo tipo de cena que viu na morte de Cedrico Diggory.

 

— Olha cara, a Scarlett é meio... – ele não achou um adjetivo específico para descrevê-la, afinal isso era impossível em sua opinião – exagerada, mas não creio que ela seria capaz de fazer algo assim. Então, cale a boca!

 

O Harem se levanta um tanto irritado, não gostavam quando falavam sobre a loira, ele achava repugnante que alguns alunos julgassem os outros por boatos já que ninguém sabia nada sobre a vida da Kaiser antes dela vir para Hogwarts, nem mesmo Noah. Isso era estranho.

 

Ele balançou a cabeça a fim de afastar esses pensamentos, estava duvidando de sua melhor amiga. Ele sabia que ela nunca iria ser capaz de fazer isso…

 

Seu foco mudou assim que viu a figura de Nathaniel Rossi Cullen passar pela entrada do salão, Pierre não gostava dele, gostava de dizer que ele era como uma obra de arte, perfeito de longe mas de perto é um borrão que ninguém compreende. Ele amava usar esse trocadilho artístico para provocar o mesmo. 

 

Mas se sua mente não estivesse brincando com ele novamente, Noah não se lembrava de ter visto Nathaniel na hora que a notícia da morte de Dumbledore pairou no ar. Por isso, se aproximou dele com o seu típico sorriso sarcástico.

 

— Eae Cullen! – diz passando o braço em volta dos ombros do mesmo – Não vi você hoje mais cedo no Salão Principal, onde estava? Ah já sei! Devia estar pintando um daqueles seus rabiscos horríveis.

 

O Rossi apenas revira os seus olhos e tira o braço do lufano de si e segue em direção aos dormitórios, só que este, por mais que estivesse usando os seus óculos estava trombando em tudo. Pierre suspirou, do que adianta usar óculos se continuava a agir como um cegueta.

 

— Ei Harem. – chama um de seus colegas lhe estendendo um papel dobrado – Deixaram isso para você. 

 

O mesmo o pega e dá um sorriso, finalmente a normalidade iria voltar. O mesmo retira sua capa e a leva para o seu dormitório, também pega um pacote de bombons explosivos, doce que o mesmo é viciado. Segue apressado para fora do salão comunal e adentra os corredores de Hogwarts.

 

Obviamente, ele não devia estar ali afinal o toque de recolher já havia sido dado. Era provável que o zelador Flinch e aquela gata enxerida começassem a gritar atrás dele. 

 

Os seus pés passam a correr em direção a Torre de Adivinhação, local que ficava deserto a noite assim como a maioria da escola. Ele subiu as escadas com rapidez, e viu uma silhueta feminina sentada próxima a janela. Scarlett escolhia esse lugar justamente porque ela odiava adivinhação. 

 

O mesmo foi até o seu lado, e vendo que a mesma estava quieta percebeu que algo estava errado, já que ela nunca fica quieta. O Harem colocou o braço ao redor de si, estava preocupado a última vez que ela ficou assim era devido a problemas pessoais que ela teimou em não o contar.

 

— Você sabe como eu gosto de brigar não é? – pergunta ela sorrindo para o amigo.

 

— Como sei, quando nos conhecemos você quase quebrou meu nariz.

 

Ela riu.

 

— Sim...bem eu consegui reivindicar os treinos de Quadribol e reviver o jogo contra a Corvinal.

 

— Isso é ótimo! – exclama Noah vendo ela desviar o olhar – Por que essa cara entã Scarlett?

 

— Eu não jogarei no próximo jogo.

 

Algumas pessoas poderiam dizer que isso não era nada, mas o lufa-lufano sabia o quanto o quadribol significa para a loira e como ele a ajuda até hoje com os seus problemas do passado, na verdade esse problema foi a única coisa que conseguiu retirar sobre o passado dela.

 

— O que estão fazendo aqui?!

 

Olhando para trás o Harem viu o garoto que havia sido o orador mais cedo no funeral de Dumbledore. A pele morena, o cabelo trançado e o olhar de sabe-tudo eram pontos que faziam ele se lembra muito bem dele. Hades Morpheus Néfus. Noah não tinha nada contra ele, mas não gostava nem um pouco de como os corvinos se vangloriavam de sua inteligência.

 

— Nada que seja da sua conta sangue-ruim! – provoca a Kaiser com seu típico sorriso irônico na sua face.

 

— Preciso falar com você Noah. – disse Hades após ignorar a fala da loira.

 

— Sobre?

 

— Você sabe. – Ele disse curvando a cabeça na direção de Scarlett – Ou quer que eu fale isso na frente dela?

 

— Olha cara…

 

A voz do moreno perde a força ao ver o que estava no final do corredor, Madame Norra, o maldito gato do zelador enxerido. 

 

— Quem está aí?

 

Falando no diabo.


Notas Finais


Oi amados, então eu ia postar domingo mas aí eu lembrei que hoje é o nível dos gêmeos! Então como o Fred e o Jorge são amados imensamente por mim resolvi colocar uma brincadeira deles no capítulo, espero que tenham gostado.

Ih olha lá, a mãe do Nath é a prof. de DCAT. Não ficou bem definido o por quê dele não estar presente mas logo logo tudo ficará claro, como água.

Lembrando que eu postei agorinha uma Interativa de Percy Jackson, se quiserem dar uma olhadinha eu agradeço.

E aos personagens que apareceram pouco, eu só digo que todos terão seus moemntos então paciência. Então antes que eu me esqueça, as anotações de Hogwarts estão abaixo.

https://docs.google.com/document/d/1yO5aXRirbdhneYkrECYnaZjwjTdjgOs5wIDxkkQ3gKc/edit?usp=drivesdk


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...