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História União de almas - A confissão


Escrita por: Yuuki123

Capítulo 6 - A confissão


Fanfic / Fanfiction União de almas - A confissão

Os dias se passaram e Harry ansiava cada vez mais estar nos braços de Snape novamente. Quando completou uma semana do ocorrido, não aguentando mais a abstinência, resolveu arriscar novamente dar a poção ao professor que agia como se nada tivesse acontecido. Possivelmente não lembrava-se de nada. Harry repetiu seu plano, preparou a poção e batizou a bebida do professor, o que lhe rendeu mais uma noite de sexo selvagem com Severus. 

Voltou a sua sala comunal sentindo-se um lixo, mas não podia evitar...amava muito o professor. Repetiu a dose mais algumas vezes, mas estava morrendo por dentro. Sentia-se sujo e a pior pessoa do mundo pelo que estava fazendo, começou a entrar em depressão e se cortava regularmente para aliviar a dor e culpa que sentia. Um dia no banheiro de noite, viu seu braço. Havia finas linhas brancas que ele escondia a todo custo de todos. Pegou a navalha de se barbear e posicionou no braço direito. Apesar de ser destro, sempre usara a mão esquerda ao manipular a navalha para evitar aplicar muita força e algo pior acontecesse, afinal não podia morrer se não Snape também morreria. Porém, aquele dia estava mais machucado que o normal, pois durante um de seus encontros forçado por Harry com a poção, Snape dopado dissera que o amava. Aquilo quebrou seu coração. Sem perceber colocou mais pressão do que devia, resultando em um talho da onde jorrava muito sangue. Harry sentiu-se tonto e desesperado. Não podia morrer ou Severus iria junto! O menino segurava o pulso com a mão e procurava a varinha para poder fechar o ferimento, mas sentiu-se tonto,  caiu batendo a cabeça e desmaiou no chão do banheiro.

Severus sentiu um aperto no coração. Não podia acreditar que continuava com aquilo. Desde a primeira vez percebera que Potter vinha tentando lhe dopar com poção do amor. A primeira vez fingiu beber para ver o que o menino faria, o que lhe resultou numa noite quente em que ele não poderia mais negar seus sentimentos. Como não estava pronto para assumir seu amor por Harry, fingiu que nada aconteceu. O problema é que antes de que tivesse coragem de agir, Harry tentou de novo dopa-lo. Aproveitando a oportunidade, fingiu novamente, podendo sentir seu calor mais uma vez. As tentativas agora se tornaram frequentes, mas o pior é que ele sempre fingia beber a bebida batizada para poder sentir o menino que sempre fugia antes que ele acordasse. Teria que contar. Não podia continuar enganando o menino e estava ridículo já, afinal ele era o adulto. O problema é que por mais que quisesse não conseguia formular a frase já que todo seu ser queria rejeitar esses sentimentos. Até que naquela noite, em um de seus “encontros” com Harry, finalmente conseguirá dizer que o amava. Mas o menino começou a chorar e fugiu. Como podia ser tão burro? Harry pensaria que era efeito da poção do amor e não seus reais sentimentos. Tinha que esclarecer o mau entendido.

Enquanto Snape estava perdido em pensamentos, sentiu uma dor repentina no coração. Não sabia como, mas tinha certeza que algo de errado acontecera com Harry. Focou em sua ligação com o garoto e sentiu para onde deveria ir. Após meses grudado ao garoto, Snape aprenderá como localiza-lo através de sua ligação. Correu pelo castelo desesperado na calada da noite e com quadros reclamando da luminosidade que vinha de sua varinha, até que chegou a um dos banheiros masculinos do castelo. Demorou um pouco para entender a cena. Harry estava deitado de barriga para cima no chão do banheiro, seu pulso direito sangrava abundantemente e em sua mão esquerda havia uma navalha. Após um tempo sem reação, acordou e pois-se a ajudar o menino. Usou um feitiço para fechar o ferimento e forçou-o a beber uma poção de cura que trouxe por precaução. Quando viu q Harry estava menos pálido, pegou ele no colo e o levou até seus aposentos. Harry tentara se matar? O que o fez chegar a esse ponto? Essa e outras perguntas martelavam na sua cabeça. Estava confuso e com medo de perdê-lo. Achou melhor não levá-lo a enfermaria pois o que ele fez era sério.

Harry lembrasse vagamente de sentir que alguém o ajudava e carregava no colo, mas não entendeu o que acontecia. Viu um vulto. Era Snape? Provavelmente não, pois o professor não teria uma expressão tão preocupada e desesperada direcionada para si. Até conseguia imaginar a cara emburrada e sem interesse dizendo “Não cansa de chamar atenção, Potter?”. Aos poucos foi recobrando a consciência e se viu na cama de Snape. O professor estava em sua poltrona com um copo com firewhisky na mão e uma expressão acabada. Harry estranhou e o chamou.

- Professor...?

Snape levantou abruptamente e seguiu em direção do menino. Harry se encolheu e fechou os olhos aguardando o esporro, mas tudo que sentiu foi Snape o abraçando. Confuso diz novamente:

- Professor...?

- Achei que iria te perder...nunca mais faça isso Harry. Disse Snape o apertando mais.

Harry sentiu seu ombro úmido. Snape estava chorando? Ele estava preocupado com Harry?

- Desculpe, não farei...mas por que está chorando?

Snape se afasta um pouco, o encara nos olhos e diz:

- Porque eu te amo e pensei que te perderia.

Harry ouvira certo? Snape o amava? Harry sente um calor aconchegante em seu peito e da um sorriso meio bobo, mas logo a realidade bate em sua porta.

- Como gostaria que isso fosse verdade...

- Mas é verdade!

- Não, não é. É só o efeito da poção que não acabou.

Snape estava irritado. Harry não acreditava nele, teria que conta toda a verdade. Será que conseguiria? Seu orgulho permitiria? Mas ao ver lágrimas escorrendo por suas bochechas sua mente clareou e com um suspiro começou a dizer:

- Não estou sobre o efeito de nenhuma poção. Eu realmente te amo.

- Está sim! Eu batizei sua bebida com poção do amor.

- Eu sei, mas desde a primeira vez que você o fez eu nunca bebi de verdade, estava apenas fingindo. Me desculpa.

Harry estava consternado. Como assim ele sabia? Desde a primeira vez? Então tudo que ocorreu era verdadeiro e seu sentimento era correspondido de verdade? Não podia acreditar, uma felicidade começou a lhe inundar. Snape o amava. Era tudo verdadeiro. Até que pensou “Espera...” e disse furioso:

- Por que você fingiu? Por que me fez sofrer achando que você não me amava? Por que não me contou a verdade antes??

- Desculpa. Eu não sabia o que sentia direito então a primeira vez eu deixei rolar para ver o que você faria e quais os meus sentimentos por você. Porém, ao perceber que o amava eu não conseguia ter coragem para lhe dizer como me sentia, então fingi que nada aconteceu até que pudesse organizar meus pensamentos e sentimentos. Só que você tentou novamente me dopar e não conseguia segurar mais o desejo de te ter em meus braços novamente e por isso fingi de novo. Quando vi, encontrava-me em um caminho sem volta em que meu orgulho não permitia admitir que eu gostava tanto de você e lhe contar a verdade. Está noite quando finalmente consegui dizer que te amava, percebi todo o erro que cometi e sabia que não acreditaria por achar que eu estava sob efeito da poção.

Harry ficou em silêncio por alguns minutos absorvendo toda aquela informação. Então, Snape o amava de verdade  e também ansiava por ele e por cada encontro. Sua cabeça estava um caos. Não sabia o que pensar, era muita coisa para assimilar. Tudo que conseguiu fazer foi puxar Snape para um beijo apaixonado que foi prontamente correspondido. As coisas começaram a esquenta e Harry palpou a virilha de Snape, que segurou sua mão e disse:

- Melhor deixarmos para continuar depois.

- Mas eu quero...Disse Harry manhoso.

- Você não está totalmente recuperado por perder tanto sangue, e não precisamos ter pressa, temos todo o tempo do mundo pela frente.

Ficaram os dois deitados abraçados conversando até Harry cair no sono. Snape lhe perguntara por que Harry tentará de se matar. Hesitante, ele lhe explicou que não tentou, foi apenas um acidente. Enquanto o menino dormia, Snape observou com mais cuidado seu braço. Estava cheio de pequenas linhas brancas quase imperceptíveis, sobrepostas por uma maior e mais grossa. Quanta aflição causara ao garoto durante seu fingimento? Não podia permitir que isso continuasse.

No dia seguinte, Harry acordou com uma leve dor de cabeça e incomodo, mas sentia-se bem melhor. Procurou a sua volta pelo professor mas não o encontro.

- Snape?

O professor saiu do banheiro e se apoiou no batente da porta. Estava vestindo apenas uma calça preta com os botões abertos revelando um pedaço da cueca boxer preta e sua toalha estava sobre seus cabelos, o qual ele secava com movimentos de fricção. A cena era muito sensual para Harry, que sentiu ruborizar.

- Pode me chamar de Severus se quiser, afinal estamos namorando.

- Estamos? Perguntou Harry inocentemente.

- A não ser que você não queira...

- Eu quero!

Com isso se levanta e da um beijo de bom dia no Professor. Foi o melhor dia de sua vida, estava radiante, Severus o amava, tudo ocorria bem, Severus o amava e aí por diante. Severus não acreditava como era bom ter falado a verdade, se soubesse da leveza e paixão que sentiria teria contado tudo mais cedo. Ao chegar na mesa para o café da manhã comprimento a diretora e todos ali presente.

- Aconteceu algo bom Snape? Pergunta McGonagall com um olhar significativo.

“Droga!” Pensou Snape, ela sabia. Desde que a diretora assumiu o cargo ela estava se tornando mais parecida com Dumbledore. Essa feição de quem sabe de tudo realmente o irritava. Controlando-se para não deixar transparecer sua irritação, apenas diz:

- Não, nada.

Minerva da um leve sorriso, mas não preciosa mais o homem. Porém sabia que uma hora teriam que falar sobre o assunto.



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