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História União de almas - Depressão


Escrita por: Yuuki123

Capítulo 7 - Depressão


Fanfic / Fanfiction União de almas - Depressão

Snape temia que Harry voltasse a se cortar por isso o tratava que nem vidro. Começou a pesquisar sobre depressão, pois queria o menino bem. Essa sua preocupação não era infundada, pois quando observou o braço de Harry viu que algumas marcar eram muito antigas para terem sido feitas apenas aquele ano devido o incidente da poção. Durante suas pesquisas descobriu que muitas atitudes que Harry tinha podiam ser sintomas da depressão, como tristeza profunda, irritabilidade, sentimento de culpa, falta de concentração e baixa autoestima. Por mais que seus amiguinhos irritantes tiravam Snape do sério, é possível que foi graças a eles que Harry conseguiu se manter sã durante todo o caos de sua vida. Eles eram a terapia de que Harry precisava para conseguir juntar forças e seguir em frente. Agora Snape queria ajudar o garoto, mas não sabia como já que não interagia bem com as pessoas.

Harry percebia que algo havia mudado após Severus ter percebido que ele se cortava, e não era o fato de estarem namorando agora. É como se o professor temesse que ele quebrasse e aquilo o incomodava. Sempre soube que era mais triste que as pessoas normais, em muitos dias de sua vida não tinha um pingo de coragem de continuar, mas sempre fora forte devido seus pais terem dado a vida para salvá-lo. Mas não pode negar que sempre que tinha que ficar com os Dursley e até o dia que recebeu sua carta de Hogwarts não sentia um pingo de vontade de viver.

Próximo as provas Snape estava excessivamente protetor, o que deixava Harry um pouco desconfortável. Não é que não gostasse da atitude dele, mas já estava forçando a barra. 

- Severus, o que houve? Você anda agindo estranho.

- É impressão sua Harry.

- Não, não é. Você me trata como se fosse quebrar a qualquer momento e eu não vou.

- Não vai? Perguntou inocentemente Severus erguendo uma sobrancelha.

- Não vou.

- Como posso ter certeza disso? 

Desde que Snape o salvou, não tocaram no assunto dos cortes e sabia que isso incomodava o outro. Desde que começou a namorar Severus ele não se cortava com medo dele perceber, mas as vezes tinha vontade. Se culpava por isso, sua vida estava perfeita agora, tinha um lindo e carinhoso namorado, amigos incríveis, não precisava mais voltar para os Dursley...então por que não se sentia equivalentemente feliz?

Snape encarava Harry, que olhava suas mãos evitando encara-lo. Deu um suspiro. A hora da conversa séria tinha chegado. Segurou as mãos do menino e disse:

- Harry eu sei que não está bem. Te conheço por anos, mas nunca havia percebido como se sentia até ver suas cicatrizes. Estudei bastante pois estava preocupado com você e descobri que o que tem é uma doença chamada depressão. 

Harry já tinha ouvido falar disso, mas não acreditava que seria o caso. Ele não era doente e sim a pior pessoa do mundo, imundo, nojento. Fechou a cara sem gostar do que ouvira e disse:

- Não sou doente!

- Não é vergonha ter depressão! Muitas pessoas tem e aceitar a doença é o primeiro passo para a cura. Deixe-me pelo menos explicar do que se trata. Disse um Snape preocupado

Vendo a preocupação do outro, Harry apenas assentiu não acreditando muito naquilo.

Com paciência e muito amor Severus explicou calmamente tudo que descobrira sobre a doença, o que era, seus sintomas e como tratar. Harry no começo parecia que estava ouvindo por ouvir, mas ao explicar os sintomas começou a prestar mais atenção.

Quando Snape lhe listará os sintomas seu interesse aumentou, afinal era exatamente o que sentia. Resolveu prestar mais atenção...será que tudo que sentia era culpa de uma doença? Um falta de neurotransmissores? Após o término da explicação Harry se endireitou e disse:

- Digamos que eu tenha essa doença...a única coisa que devo fazer para curá-la é terapia e, se necessário, tomar uma poção que reponha esses neurotransmissores?

- Se curar da depressão é difícil...as vezes são necessários anos de tratamento e em alguns casos não há cura mas geralmente sempre há uma melhora se realizado tudo corretamente. O importante é a pessoa perceber que há pessoas que o amam ao seu redor e nunca desistir.

- Bem se isso me ajudar a me sentir menos lixo, não custa tentar.

Com isso, Harry começou sessões de terapia com Severus. Contava-lhe como se sentia, o que fazia, desde as coisas mais bobas até as mais importantes. Severus ia ajudando o menino a se entender melhor emocionalmente, era paciente e o guiava nas decisões quando necessário, mas nunca dizendo o que ele tinha que fazer, para que ele pudesse trilhar sua própria vida. Não queria admitir, mas as sessões realmente o ajudou. Não se sentia mais tão mal e com tanto ódio de si mesmo. Em um dia após uma deliciosa noite de amor, Harry suspira com satisfação e encarando o teto diz:

- Obrigada.

- Pelo que? Responde Severus confuso.

- Eu não entendia a mim mesmo, me odiava muito e achava isso normal. Porém você não desistiu de mim mesmo quando viu o quão quebrado eu era, em vez disso, você resolveu me ajudar.

- Eu não fiz nada de mais.

- Fez sim, você me guiou e me ajudou a me encontrar. Posso não estar curado ainda mas melhorei muito graças a sua ajuda.

- Tudo que fiz é porque te amo Harry.

- Eu também te amo Severus.

Com isso Severus beija Harry apaixonadamente sabendo que é ao lado desse frágil, mas forte menino, que Severus quer passar sua vida.



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