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História Unidos Pelo Caos - Deixando o Passado Para Trás


Escrita por: Monique_Dixon

Notas do Autor


Gente Gente Gente ME DESCULPEMMMMMM
pela demora, caracas quase tres meses sem postar, mas cheguei a um estagio em que a minha imaginação começou a dar thu-thi, Fiquei a escrever um pouquinho por dia, ai quando não saia nada , eu parava e so retornava no outro dia, mas enfim conseguiii terminar este capitulo!!!
Sei que estamos num estagio muito meloso e dramatico da fic ( para quem não se lembra [ com razão] Daryl e Emily se separaram contra sua vontade)mas é um mal necessario pois se um dia eles se reencontrarem garanto que sera hot hot hot hot e mais um pouco de hot,
Quero agradecer a todas que estão acompanhando a fic e que não desistiram apesar da autora ser muito atrasada. =\
Espero que gostem, tentei colocar muito sentimento neste capitulo.

Capítulo 41 - Deixando o Passado Para Trás


Fanfic / Fanfiction Unidos Pelo Caos - Deixando o Passado Para Trás

 

Eu abri meus olhos assim que acordei, mas tornei a fecha-los logo em seguida por conta da claridade. Após alguns segundos abri-os novamente, dessa vez preparada para enfrentar a luz. Sentei-me na cama sentindo fortes dores em minhas pernas e costas. Certamente eu estava sofrendo os efeitos colaterais por ter sido trancada dentro aquele maldito porta-malas por horas. Logo os sons de utensílios em movimento chegaram aos meus ouvidos e finalmente me dei conta de onde eu estava. Olhei ao redor e não encontrei Leander. O pânico me invadiu e eu quis correr dali para bem longe e nunca mais voltar. Sua presença me trazia segurança. A única coisa boa que aconteceu desde que fui capturada. Eu, que sempre fui calculista, fiquei sem reação. Ver-me sozinha naquele galpão cercada por rostos estranho fez-me voltar à época em que havia sido capturada pelo Governador.

Havia dois homens ali parados revirando e arrastando caixas de papelão que pareciam pesadas, eram Aleph e Bob. Então um deles olhou para mim ao perceber que eu havia me levantado.

-A bela adormecida acordou. -disse ele passando por mim sem se importar. Era Aleph.

Risadas seguiram-se ao seu comentário, provavelmente estavam zombando de mim. Bob depositou uma caixa no chão e caminhou em minha direção enquanto limpava as mãos em sua calça já bastante suja. Eu ainda aturdida, dei alguns passos para trás. Meus joelhos encontraram a cama, me fazendo cair sentada sobre ela. Bob se inclinou por cima de mim quase me fazendo deitar. Seu rosto estava quase colado ao meu e eu senti sua respiração quente e alcoólica

-Você está horrível, mas nada que um bom banho não resolva. -disse ele sorrindo a olhar para meus lábios.

Para me afastar de sua presença eu me inclinei ainda mais para trás. Ele abriu os braços sobre mim e os apoiou na cama fazendo-me ficar debaixo dele.

-Vejamos o que temos aqui? - ele elevou uma das mãos até o meu decote e puxou a blusa para frente espiando para dentro.

Eu senti as dores aumentarem devido a minha posição desconfortável, mas ainda havia forças para revidar.

-Saia de cima de mim, seu porco! –exclamei.

Ele se contraiu surpreso, mas recuperou-se rapidamente gargalhando de modo que pude avistar seus dentes amarelados pela nicotina.

-Eu gosto disso, boneca. Continue, mas tem algo que você não sabe sobre mim. O que o Bob quer o Bob...

-Largue-a! -alguém interrompeu.

Bob ficou imóvel sobre mim. Ele olhou por cima do ombro para ver quem o deteve. Eu fiz o mesmo.

Leander”

 Ele estava de pé sobre a moldura da porta. Meu rosto iluminou-se ao vê-lo, mas havia algo diferente nele. Seu rosto estava rígido e seus lábios tremiam.

-Eu mandei largar ela! –ele repetiu sem desviar a atenção.

Eu estava tensa. Achei que Bob não fosse ceder, mas surpreendentemente ele se ergueu de cima de mim, ainda que respirando descompassadamente. Assim que me vi livre levantei-me rapidamente e corri para os braços de Leander. Ele, por outro lado, me acolheu apenas com o olhar, mas não encostou em mim. Seus olhos continuavam fixos no brutamonte a nossa frente.  Era assustador presenciar os dois, a poucos passos de distância um do outro, se encararem como dois lobos ferozes prontos a se atacarem.

Eu ainda tentei puxar Leander pelo braço, mas ele não se moveu. Ao invés disso, afastou-me empurrando-me para longe. Quando eu estava a uma distância segura, Leander ergueu o punho fechado e sem dizer nenhuma palavra socou a face de Bob que, pego de surpresa, caiu no chão. Leander montou nele e deu mais dois socos antes de se erguer com o peito arfante.

-Nunca mais encoste nela! Ou acabo com você! - disse ele sem erguer a voz.

 Eu estava muito assustada, mas antes que eu pudesse absorver a cena que havia presenciado Leander me pegou pelo braço e me puxou para o lado de fora do galpão. Ele apertava meu braço com força, mas era obvio que ele fazia isso inconscientemente, portanto achei não melhor dizer nada a ele. Eu fui obrigada a sentar sobre uma lixeira verde enquanto ele erguia minhas pernas e começava a massageá-las. A princípio com um pouco de violência. Eu gemi de dor, mas depois ele suavizou o toque.

-Desculpe. –disse ele. – é que ainda estou... não vejo a hora de cair fora daqui!

-Obrigada por ter me defendido. -eu agradeci em voz baixa ainda um pouco assustada por sua reação de segundos atrás. -Não sei como agradecer...

Leander que estava compenetrado na massagem as minhas pernas ergueu a cabeça e seus olhos, embora azuis, estavam faiscantes e semicerrados. Ele jogou a cabeça para o trás fazendo sua juba loira acumular-se no lado direito de sua cabeça.

-Não há do que agradecer, Emily. - disse ele baixando os olhos novamente para o que estava fazendo. Ainda parecia muito bravo. Seu peito arfava e suas mãos suaves tremiam ao me tocar. -Só fiz o que deveria ter feito na última vez em que nos vimos.

-E o que teria feito? -eu perguntei. Não tinha muita certeza se queria ouvir a resposta.

 Em minha lembrança veio a última vez em que nos vimos Daryl tinha partido para procurar Michonne e Merle e eu, preocupada com sua ausência, os segui mesmo com os protestos de Leander para que eu não fosse. E logo em seguida, a sua declaração “eu amo você, Emi” dissera ele na ocasião. Depois de tudo aquilo, não nos vimos mais, e tudo se transformou em uma confusão de dor, sofrimento e desespero e o assunto foi deixado de lado. Mas agora que nos víamos frente a frente às recordações voltaram à tona e eu não sabia como encará-lo.

-Primeiramente eu não teria deixado que partisse atrás dele. - ele respondeu tentando ser bem humorado, entretanto sua tentativa de esconder amargura ao falar sobre Daryl foi inútil. -E em segundo lugar, você não teria sido fatiada como uma carne em um açougue.

Ele sorriu desta vez com sinceridade, eu também sorri amarelo ao olhar para minha mão contendo apenas quatro dedos. O bom humor passou tão rápido tal qual viera e acabamos em um silêncio constrangedor. Ele baixou a cabeça e voltou a massagear minhas pernas mais uma vez. A dor, logo percebi, começou a diminuir e meus movimentos ficaram mais rápidos.

-Não se preocupe, a dor logo passa e estarei boa de novo. – eu disse mais para puxar assunto e quebrar aquele silêncio incômodo.

 Leander mudou de postura. Não parecia mais irritado, mas sim cauteloso. Ele ergueu a cabeça, dessa vez olhando para todos os lados. Aleph continuava ocupado com as caixas lá dentro. Brayton arrumava um carro com o capô aberto e Bob estava um canto limpando nariz ensanguentado. Encarava-nos de longe com aquele olhar homicida, mas não podia nos ouvir devido à distância. Mesmo assim Leander disse um sussurro que somente eu pude ouvir.

-Suas pernas precisam estar boas até o anoitecer. - disse ele de maneira sombria.

Eu arqueei as sobrancelhas sem entender; parecia que ele queria me dar uma indireta, mas antes que eu pudesse perguntar mais uma coisa nossa privacidade foi interrompida por Brayton que desviara a atenção do carro.

-Ô Romeu, preciso de ajuda aqui.

Leander assentiu dando uma última olhada em minha direção. Ele se levantou e caminhou até o carro.

Eu voltei para dentro do galpão e não o vi por todo o dia.

 

[...]

Eu dormi muito mal aquela noite. Meus olhos inchados estavam úmidos pelas lágrimas que deles haviam escorrido. Pensar em Daryl... Na situação na qual me encontrava... Em Daryl novamente... Em Beth... Daryl de novo realmente não me fizeram bem. Quando achei que nada mais poderia piorar acordei assustada. Uma mão masculina tampava minha boca impedindo que eu gritasse. Acreditando que fosse Bob me debati, mas outra mão me segurou de tal forma que me vi imobilizada. Seu rosto se aproximou do meu. Senti sua respiração quente muito próxima do meu pescoço e em seguida sua voz como sussurro em meu ouvido.

-Calma. Sou eu. -disse a voz.

Senti um alívio instantâneo e meu corpo relaxou. Ao saber quem era parei de me debater e ele percebendo que já era seguro tirou a mão da minha boca.

-Leander! –sussurrei urgente. -Mas que susto!

-Shiiiu! –ele chiou pedindo silêncio.

Pelo seu tom de voz e obedeci imediatamente.

-Vamos embora!

Ele procurou no escuro pela minha mão. Ao encontrá-la segurou firmemente me ajudando a levantar. Ainda no escuro, senti que uma jaqueta grande era posta sobre meus ombros Leander acender uma lanterna e me guiou até a saída tomando o cuidado de não pisar nos homens que ainda dormiam no chão dentro dos colchonetes. Ele me soltou gentilmente e correu até a porta trancando-a em seguida. Apanhando um pedaço comprido de madeira o posicionou sob a maçaneta de modo que não fosse aberta por dentro. Eu que estava confusa, observei tudo em silêncio. Quando finalmente terminou, puxou-me pela mão e começou a caminhar em direção à mata.

 -Mas o que está havendo aqui? -eu perguntei quando nós já estávamos a uma distância segura do galpão.

Ele parou de súbito me virando de frente para ele. Estávamos no centro de estacionamento com os adormecidos há muitos metros de distância.

-Nós vamos embora daqui! -ele me disse falando ofegante. -Eu prometi que levaria para ele, Daryl. Eu vou cumprir minha promessa, Emi.

Eu assenti com a cabeça apesar de me sentir feliz não consegui expressar em voz minha gratidão então eu o abracei fortemente.

Não sei o que Leander sentiu naquele momento, mas os seus braços em torno de mim, me abraçaram com força e possessividade como se fosse nosso último abraço. Ruborizado, ele tornou a pegar em minha mão me levando para cada vez mais perto da floresta. Durante o percurso, ele evitou me encarar.

-Le, porque não vamos de carro? Assim não corremos o risco de ter aqueles zumbis atrás de nós.

-Por que os carros que possuímos são muito barulhentos e seriam encontrados em poucos instantes. Vai por mim, Emi. Melhor termos uma horda de zumbis atrás da gente do que aqueles três.  

 

[...]

Durante toda noite, enquanto caminhávamos não avistamos nenhum zumbi vagando pela mata. Talvez o aroma que as folhas desprendiam ao serem acariciadas pelo vento estavam afastando nosso cheiro. Cheiro de comida. Le parecia conhecer bem o interior da floresta.

 -Está vendo aquela arvore ali, de tronco fino? Depois dela vamos para o norte. - Ele me dizia.

Finalmente, graças à memória afiada de Leander atravessamos a floresta. Eu já podia ver por entre as árvores o asfalto negro da estrada.

-Você conseguiu Le... -eu sorri esperançosa. Ele também retribuiu e seus lábios se curvarem um sorriso.

Estavamos a poucos passos de pisar na estrada quando o barulho de motor pôde ser ouvido vindo de longe e vimos um carro se aproximar. As cenas seguintes passaram bem rápida até mesmo para mim que estava a um passo de sair da floresta. Um carro muito familiar passou por mim em alta velocidade e se Leander não tivesse me puxado pela cintura e me jogado atrás da arvore estaríamos encrencados. Quando perigo passou pude perceber o quanto eu e Leander estávamos próximos. Unidos pela cintura... Nossas respirações aceleradas pela adrenalina...  apesar de tudo que estava acontecendo aquele momento parecia mágico. Nossas bocas estavam próximas. Muito próximas...

-Foi por pouco. -eu disse quebrando aquele momento propositalmente. -Acho que conseguimos escapar...

 Leander levou o dedo ate meus lábios me silenciando.

-Ainda não. –ele sussurrou.

No mesmo instante, uma luz forte clareou a entrada da mata e pelo canto do olho eu percebi que era o mesmo carro que passara por nós. Agora estava muito próximo. Eu e Le não nos atrevemos a olhar. Eu ouvir passos de duas pessoas se aproximando.

-Aonde você vai? - perguntou um deles. Pela voz percebi que era Brayton.

-Talvez ainda esteja dentro da mata. Eles não pegaram carro. Estão a pé. - respondeu segundo, era Bob.

-Vamos! Não acredito que eles estejam a pé. Devem ter pego um carro pelo caminho. Vamos voltar para a estrada, lá perto do posto de gasolina. –Brayton voltou a dizer, um pouco impaciente.

Os dois retornaram ao carro e arrancaram pela estrada em alta velocidade. Eu e Leander respiramos aliviados. Lagrimas brotaram de meus olhos e começaram a cair sem minha vontade.

-Ei, ei, ei. Calma, não chore. Eu estou aqui. –Leander sussurrou mensamente e em seguida me abraçou. –Tudo vai ficar bem. Confie em mim.

 

* * *

Daryl:

Eu estava arrependido de ter gritado com Beth. Disse a ela coisas horríveis sobre todos que conhecemos estarem mortos, inclusive Emi... Mas agora eu via. Vi que ao invés de fazer meu coração acreditar numa mentira, devia buscar a verdade. Usar todas as minhas forças para encontra-la e depois encontrar os outros. Mas de onde tirar forças? De onde buscar esperança? Eu olhei para Beth que andava ao meu lado, com cara de poucos amigos. Ela ainda estava chateada comigo, estava brava na verdade, embora não quisesse admitir para mim. Mas de uma coisa eu tinha certeza. Se alguém pudesse me ensinar a ter esperança, esse alguém era ela.

-Beth... – eu a chamei. A loira nem se deu ao trabalho de virar.

-O que você quer? –disse ela friamente.

-Acredito em você agora... –eu disse um pouco desconfortável com a situação. “Essa é boa! O mundo acabando e eu aqui tentando agradar uma adolescente de dezesseis anos.” –Quando disse que a encontraremos. A Emi.

Beth largou aquela postura pouco produtiva e virou-se para mim, parando em minha frente.

-Fico feliz que tenha caído em si, Daryl. –disse ela com um sorriso.

Eu parei encarando-a. Foi difícil não sorrir para ela.

-Estamos sem comer a vários dias. –eu observei. – Por que não achamos algo pra você e depois tomamos viagem novamente?

-Pode ser... –disse ela sonhadora. –Mas onde encontraremos algo?

Eu já tinha a resposta. Apontei para uma casa abandonada a pouquíssimos metros a nossa frente. Beth sorriu por não ter visto a casa antes diante de seus olhos.  Nós entramos na casa e para nossa surpresa encontramos seu interior limpo e arrumado e muitos enlatados dentro dos armários. Eu era a favor de levar tudo, mas Beth disse que o dono da casa podia ainda estar vivo e não seria “humano de nossa parte” deixa-lo sem alimentos para si. Como eu queria agrada-la, nada disse, apenas concordei.

-Devíamos deixar um bilhete de agradecimento, não acha? –Beth dizia enquanto comíamos doce de leite sentados envolta da mesa.

-Por que? –perguntei mantendo minha paciência a custo.

-Para quando voltarem. –ela respondeu.

-Se voltarem... –divaguei pessimista.

Beth me reprendeu com o olhar. Como aquela baixinha podia ser assustadora quando queria.

-Mesmo assim quero agradecer. –disse ela.

-Talvez não precisemos... Talvez devêssemos ficar um pouco aqui, passar alguns dias recuperando as energias e se eles voltarem...

Beth sorriu pela segunda vez naquele dia.

-Então você acha que ainda existam pessoas boas no mundo? O que fez mudar de ideia?

-Você sabe. –respondi. – Emily...

Beth parou de sorrir e passou a me olhar constrangida.

-Ahh me desculpe, Daryl, eu não quis tocar no assunto.

–Não se desculpe. –respondi ao ver seu embaraço. Continuei. -Ela me fez mudar de ideia. Antes da Emi, eu era só um caipira ignorante que fugia das pessoas só por medo de ter o mesmo destino dos meus pais. Mas depois dela... – um sorriso se formou nos meus lábios e não pude conte-lo. –Tudo mudou. Ela via o bem nas pessoas, ela viu algo bom dentro de mim que nem mesmo eu era capaz de ver. Podemos estar a beira da morte agora, vivendo a sobra da morte todos os dias desde que esse inferno começou, mas este foi o período em que mais me senti vivo.

Beth não disse nada, mas me olhou compreensivamente. Ela pegou minha mão e apertou. Eu erguei os olhos para ela e sorri constrangido. Ela me devolveu o gesto.

Um latido ecoou em nossos ouvidos e nos assustamos. Eu me levantei e caminhei ate a porta. Abri-a. Merda! Dezenas de zumbis estavam atrás dela e agora invadiam o hall. Eu encostei a porta, mas não consegui tranca-la. Usei meu corpo para fecha-la, mas não pude sair dali.

-Beth! Beth! –gritei.

Ela veio correndo e me jogou a besta. Eu ainda atrás da porta a peguei ainda no ar.

-Corre Beth! Corre! –gritei para ela. Beth me obedeceu assim que eu peguei a besta eu saí de perto da porta e comecei a atirar nos zumbis que foram se aproximando.

Eu segui atrás de Beth gritando instruções.

-Beth pega suas coisas!

-Eu não vou deixar você! -ela gritou.

-Saia daqui agora! -eu ordenei. -Eu te encontro lá fora.

Nós corremos pelo interior da casa em direção a porta dos fundos.  Continue atirando flechas nos zumbis mais próximos. Eram muitos.

Finalmente consegui sair para o quintal. Beth não estava lá. Corri em direção à estrada e lá encontrei sua mochila. Mal tive tempo de apanha-la no chão e um carro preto passou por mim cantando pneu.

-BETH! –gritei desesperado. –BETH!

Mas o carro se fora. Maldição. Desgraça. Inferno. Como eu posso perder duas pessoas e da mesma maneira?! Não havia tempo para lamentar. Que se danassem os zumbis na minha cola. Eu não ia perder Beth também. A única pista que eu tinha sobre o rapto de Beth era que, no vidro de trás havia uma cruz branca e o carro era totalmente diferente do que havia levado Emily.

Eu corri durante toda a noite, mas o carro era rápido demais. O dia chegou fazendo minhas pernas que já não aguentava mais cederem me levando ao chão. Eu estava desnorteado, confuso, perdido, derrotado.

Então a olhar ao redor e vi que estava no cruzamento do trilho. O mesmo trilho que um dia Emily, Beth e eu havíamos planejado seguir. Era o fim. Eu estava desistindo de minha busca. Eu ficaria ali naquele ponto até que morresse de fome ou um zumbi me encontrasse. Sinceramente... não havia mais jeito.

Não sei por quanto tempo fiquei ali, arfante. Mas o meu destino não se cumpriria como eu previra. Um grupo de quatro, cinco homens se aproximaram me cercando por todos os lados.

O primeiro deles era um velho de cinquentas anos por ai,  segurava uma espingarda.

-Olha... Vejam Só o que temos aqui. - disse ele se aproximando de mim e estendendo a mão. Eu fui mais rápido. Me levante usando a ultima força que me restava e apontei a besta para ele que parecia ser o líder do grupo.

-O colete vai ser meu. Gostei das asas. –disse outro, um arqueiro atrás de mim.

-Calma! –rugiu o primeiro, mas não pra mim e sim para seu comparsa. Depois se voltou para mim. –Um besteiro. Eu respeito isso.

Eu continuei calado apontando a besta para ele.

-Sabe, um homem de rifle pode ter sido muitas coisas, fotografo, técnico de futebol naqueles dias... Mas um besteiro... é um besteiro de cabo a rabo. –continuou o líder do bando. –De quanto é essa? Cento e cinquenta libras? Eu aposto que ela dispara há pelo menos trezentos quilômetros por hora. Eu sempre quis uma arma assim.

Ele começou a rir e seus companheiros o imitaram. O arqueiro sentindo-se corajoso ainda soltou uma piada.

-Tá encrencado ai parceiro?

Eu ignorei o comentário e pressionei o gatilho levemente. O velho pareceu ficar com medo.

-Se puxar esse gatilho esses caras vão encher você de buracos, meu rapaz. É isso que você quer? Vamos cara. Suicídio é estupidez. Por que se ferir se pode ferir outra pessoa? Meu nome é Joe.

-Para onde vocês levaram Beth e Emily? O que fizeram com elas?!

Joe pareceu pela primeira vez, confuso.

-Beth, Emily? De quem você esta falando? –perguntou ele buscando resposta nos olhos de seus comparsas que também pareciam confusos e curiosos.

-Olha cara, não sabemos de quem você está falando. Palavra. Por que não se junta a nós quem sabe achamos essas gostosas por ai?

Eu ergui a besta mais alto.

-Calma, foi uma brincadeira. Desculpe. –ele tornou a rir. –Não foi a intensão. Jamais faríamos algo com amigos dos nossos amigos. Agora se forem inimigos...

Eu percebi a malicia em seu tom de voz e vi que antes andar do lado do inimigo do que no aminho dele. Abaixei a besta.

-Daryl. –me apresentei e os outros abaixaram as armas também.

-Seja bem vindo Daryl. –disse Joe.

Eu assenti. O bando começou a andar pelos trilhos. Eu dei uma ultima olhada na estrada antes de segui-los.

“Adeus Emi... Adeus Beth...”

Meu passado agora ficou para trás. Agora eu estava por conta própria.


Notas Finais


Será que ele vai realmente esquecer as duas? sera que vai deixar pra tras o seu passado emsmo?
No proximo capitulo !!!
Espero recadinhos de todas que lerem °_° *-*


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