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História Unidos Pelo Ódio - Capítulo XV


Escrita por: Almeida_Scarlet e Dodo_Hyuuga

Notas do Autor


Oi amores! Voltamos com mais um capítulo— um tanto que atrasado— pra vcs. Esperamos de coração que gostem!

Boa leitura! :3

Capítulo 15 - Capítulo XV


3 meses depois…

                             ****

- Eu já disse, Rock Lee. A resposta é não. - Neji proferiu para o luctiano do outro lado da linha, tentando não ser tão rude como o de costume. - Fico honrado pelo convite, mas vou recusá-lo.

- Neji Hyuuga, por favor! Eu estou te pedindo como melhor amigo de toda uma vida, que esteve com você em todos os bons e maus momentos!

- Te conheço a menos de um ano. - O Hyuuga pontuou.

- Mas não parece! Temos uma conexão especial, Neji! Tom e Jerry, se lembra?

Neji suspirou, tentando manter os olhos fixos na estrada. Estava voltando de uma missão, exausto e com uma dor de cabeça latente. Claro que com Rock Lee gritando em seus tímpanos tudo piorava e o trânsito congestionado também não ajudava em nada.

- Procure outra pessoa.

- Neji, não é assim que se seleciona um padrinho de casamento. Precisa ser alguém de confiança, alguém que possuí o carinho e o respeito dos noivos. E eu e o Gaara te adoramos!

Neji respirou fundo. Por que o carro na sua frente precisava andar tão devagar?

- Não sei se sou a melhor escolha.

- Neji, você precisa considerar que…

- Rock Lee, eu não quero ser o padrinho do seu casamento. - Neji o cortou ríspido. - E não porque eu não goste de você e do Gaara e sim porque se eu estivesse no lugar de vocês, não iria querer uma pessoa como eu por perto em um dia tão especial. Eu estou insuportável, Lee. E além disso, pareço um morto vivo. Estou entrando em missão após missão desde que-

- A Tenten se foi. - O Lee concluiu, com uma voz triste. - Eu também sinto muito falta dela, Neji. Toda a Lucts sente. Mas precisamos tocar com a nossa vida, seguir em frente. Principalmente você. - Ele fez uma pausa. - O casamento é daqui a dois meses, nos avise se mudar de idéia. Eu e o Gaara queríamos de coração que fosse você. E Neji, mesmo que você estivesse com lepra eu iria te querer lá comigo. Você é meu amigo.

Neji sorriu minimamente. Um péssimo amigo.

- Obrigado, Lee. Prometo que vou repensar sobre a sua proposta. - Afirmou, quase gritando um aleluia pela janela quando o carro mula finalmente saiu de sua frente. - Com carinho.

Rock Lee deu um gritinho empolgado, o que sempre fazia com quase qualquer coisa.

- Você é dez. Agora se me dá licença, tenho um casamento para organizar. Você nem imagina o quanto eu estou odiando guardanapos e toalhas de mesa nessa fase da minha vida.

- Parece medonho.

- E é! Até depois!

E o luctiano desligou, fazendo Neji se focar totalmente na estrada a sua frente. Em silêncio, ele fazia uma prece mental para chegar ao seu destino de uma vez por todas. E então, ele finalmente chegou em casa.

Não exatamente, afinal, aquela era a casa de Tenten.

Quando Neji se mudou para casa de sua antiga inimiga, Sasuke chamou-o de masoquista. E de certa forma, ele tinha razão. Mas o que Neji poderia fazer? Tsunade precisava de um agente para vigiar a casa da Mitsashi, já que como uma grande pesquisadora luctiana, Tenten tinha diversas invenções e relatórios importantes em seu lar que precisavam de supervisão agora que ela se foi. E literalmente, Neji já estava lá.

O Hyuuga guardou o carro na garagem e antes de sair dele, refletiu um pouco. Rock Lee estava certo, ele precisava superar a Mitsashi. Não só superá-la, mas aceitar que ela morreu e não iria mais voltar.

E essa, era a pior parte.

No primeiro mês após receber a notícia, Neji entrou em uma negação absurda. E, desobedecendo os seus superiores, decidiu procurar Tenten sozinho. Por sua própria conta, investigou e interrogou muitas pessoas. Encontrou com alguns agentes da Ice no processo, mas os imbecis nunca sabia de nada. E caso soubessem, Neji não tinha tempo ou paciência para insistir, acabando com eles nas primeiras piadinhas. Talvez não fosse o melhor método, mas pelo menos ele estava fazendo algo.

No começo do mês seguinte, o luto finalmente o atingiu de uma forma impiedosa. A casa de Tenten, mesmo tendo um mordomo, dois tigres e constantes visitas, era vazia sem ela. Não só a casa, mas todos os lugares e pessoas que a morena cativou em vida perderam um pouco do brilho sem a Mitsashi. Principalmente, ele.

Neji saiu do carro e logo entrou na casa, sendo recepcionado pelos tigres de Tenten. O Hyuuga se lembrava de quando teve que contar aos felinos que a dona deles não iria mais voltar. E com o tempo, eles perceberam aquilo e também sofreram com a perda.

- Zero, cheguei! - O Hyuuga gritou enquanto fazia carinho na cabeça de ambos os felinos. Mesmo parecendo ameaçadores, em geral eles eram como Garfield 1 e 2.

Vendo que não obteve resposta de Zero — que provavelmente devia ter ido ao mercado — Neji decidiu subir para o seu quarto. Precisava de horas de descanso e um bom banho urgentemente.

Ao passar pelo quarto de Tenten, ele não ousou olhar para a porta. Às vezes, ele desejava que ela saísse de lá com algum pijama horroroso que ela costumava usar e começasse a implicar com ele. Mas como aquilo não aconteceria, ele começou a criar medidas para minimizar a dor.

A primeira delas foi aceitar todas as missões que lhe fossem propostas. Ele transferiu todas as pesquisas de Tenten para um lugar seguro — sem o conhecimento da Lucts, claro — e com a consciência tranquila, afundou-se no que fazia de melhor: Ser um agente secreto. Eram missões curtas e perto de casa, mas ainda assim, cansativas o suficientes para manter a cabeça de Neji destraida.

O segundo passo, foi se afasta Hinata, Sasuke, Rock Lee, Itachi e companhia. Qualquer pessoa que o fizesse falar, visualizar, pensar, citar ou lamentar sobre a morte de Tenten estava temporariamente bloqueada de sua rotina. Consequentemente, ele ficou sozinho por um bom tempo.

Há não ser pelo dia atual, que sem querer acabou atendendo uma das milhares de ligações que rejeitava por e dia e se deparando com um convite para ser padrinho de um casamento. Infelizmente, Neji estava fugindo de situações que remetiam ao amor.

O último passo foi pedir para Zero esconder o desenho que ganhou das crianças do orfanato, da primeira vez que foi lá com Tenten. Era uma lembrança bonita, mas que se tornou tristes dadas as circunstâncias. Neji mandava doações para o orfanato através de Zero e o Hyuuga prometeu a si mesmo que quando saísse daquele fundo de poço, visitaria as crianças.

Neji tomou um banho quente e demorado. Deixou que a água lavasse todas as impurezas e levasse todas as frustrações que se acumulavam sobre seus ombros. Quando terminou, fitou seu reflexo no espelho que ficava em cima da pia. Ele certamente precisava fazer a barba e dar uma hidratação no cabelo. As olheiras contornavam seus olhos pérola e ele com certeza, tinha emagrecido alguns quilos.

Neji riu sem humor. Um pano de chão exalava mais vivacidade que ele.

Maldita mulher. Maldito sentimento. Maldito luto.

Já vestido, Neji ligou o Spotify e se deitou em seu colchão macio, emitindo um som de satisfação. Todavia, logo fez uma careta ao perceber que estava tocando Someone like you, Adele. Mudou a música e sua carranca apensas aumentou a se deparar com Sam Smith com To die for. Frustrado, ele desligou o telefone.

Tenten foi a primeira pessoa que ele se apaixonou de verdade. Ironicamente, ela também ela era a mulher que ele mais odiou na vida. Sempre ela estava lá, presente como um pilar central e sem ela, tudo desmoronou. E sobrou a ele a missão de concertar os destroços.

O Hyuuga fechou os olhos e respirou fundo, pronto para tirar um bom cochilo. Pelo menos, em seus sonhos ela estava viva.

Quando estava quase de entregando ao cansaço, um barulho alto o fez se levantar sobressaltado. Era o barulho de coisas caindo e considerando que Zero não estava em casa, certamente era um invasor.

Pegou sua arma que estava sob o criado mudo e saiu de seu quarto em alerta. O que houve com os alarmes de seguranças? Por que Zero não havia chegado? Onde estavam os tigres?

Neji engoliu em seco ao ver que os barulhos de coisas sendo reviradas vinham do lugar que ele evitava há dias, o quarto de Tenten. Agora ele tinha certeza, era um inimigo.

- Parado aí, caralho! - Neji gritou irado, não só pela invasão justo na hora que ele iria dormir, mas também pela indelicadeza da pessoa que entrou no quarto de seu falecido amor e nem o avisou. - Eu vou atirar!

A figura que estava literalmente virando o quarto de cabeça para baixo, levantou as mãos em sinal de rendição e encarou o Hyuuga. Neji franziu o cenho para a mulher, que parecia uma fã de rock misturada com algum tipo de tatuadora contemporânea. Tinha diversos piercings em seu rosto, óculos de grau e olhos azuis. Usava roupas negras e os cabelos vermelhos que combinavam com seus lábios, brilhavam graças a luz que entrava nas janelas do quarto de Tenten.

- Não atira.

Neji sentiu um arrepio correr por todo seu corpo. Não sabia se tinha sido pela voz estranhamente familiar da ruiva ou pelo colar com o símbolo da Ice que ela ostentava no pescoço. Pelo sim ou pelo não, ele segurou a arma com mais firmeza.

- E por que eu faria isso? Quem é você?!

- Não me reconhece, Neji? - A mulher indagou, abrindo um sorriso em seus lábios carnudos. Sorriso esse que Neji, independente de tudo, reconheceria em qualquer lugar.

Neji largou a arma, que caiu no chão fazendo um barulho alto. Trêmulo e assustado, ele não sabia como agir. Definitivamente, estava louco.

- Não é possível…


Notas Finais


Obrigada por lerem! Até a próxima!


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