1. Spirit Fanfics >
  2. United by chance >
  3. Eu sou!

História United by chance - Eu sou!


Escrita por: SraM1kaelson

Notas do Autor


Olá amores da minha life.
Voltei como tinha dito com um capítulo cheinho de novidades para vocês.
Então, só para relembrar para quem estava lendo a antiga versão da fanfic, é só me pedi que lhe darei um link para que possa terminar. Claramente não iria os deixar sem que terminasse. Por isso, me peçam que mandarei com todo o prazer. (a parti do capítulo 21)

Espero que gostem!

Boa leitura!

Capítulo 5 - Eu sou!


Fanfic / Fanfiction United by chance - Eu sou!

Minha cabeça doía bem menos depois de ter passado uns minutos desde que tomei o comprimido para passar o desconforto que sinto. Estava em pé diante da janela enorme do quarto de hospital, vendo o fluxo de pessoas andando de um lado para o outro na rua em frente. Todos me pareciam infelizes, ou talvez minha infelicidade estivesse afetando meu detector de alegria.

Meu coração estava apertado.

Seco minhas lágrimas tentando me manter forte. Preciso ser forte. Preciso ter a coragem de deixar a pequena bebê em um lugar que será melhor para ela, um ambiente onde ela possa ser amada como deve e ser feliz, sem ter nenhum rastro da minha miserável vida impregnada na mesma. Mesmo que essa seja a decisão mais difícil que terei que fazer na vida, não posso deixar que a bebê viva como eu vivo, saiba desde pequena os monstros reais que existem na escuridão da noite. Isso eu não posso permiti.

Que Deus tenha piedade da minha pobre alma profanada por abandonar o próprio sangue.

A porta do quarto fora aberta pela a mesma enfermeira que tinha me oferecido o remédio que implorei para a mesma me dar, mesmo com ela se recusando. Ela dizia que era normal por causa do parto, mas tudo o que eu queria mesmo era me livrar de toda dor, não só do corpo, mas também da alma. O que eu pretendo fazer com essa pequena vida que saiu de mim é muito cruel e difícil, até para mim que sou uma caçadora que mata monstros sem nenhum rastro de piedade. A mulher sorria e trazia consigo, segurando com todo cuidado do mundo, minha filha em seus braços. Engoli seco.

A mamãe não devia estar em pé. Ela me repreende, a mesma já tinha me avisado antes sobre isso, mas não dei a mínima

– Eu me sinto bem melhor. –Eu disse baixo, meu olhar fixo na criança em seus braços– Não tenho como pagar o hospital, preciso sair daqui agora.

– Não se preocupe com isso ainda. Sua filha precisa se alimentar. –Seus olhos pararam na bandeja ao lado da cama, a comida está intacta. Não sinto fome– Se você não comer não vai produzir leite e sua filha vai ficar com fome.

Passei a mão no rosto e a fitei, estou sem paciência para isso. Preciso sair daqui com o meu bebê e só. O resto pouco importa. Meu medo pelo sobrenatural está me deixando paranoica. Ela mesma pode ser um monstro disfarçado, como irei saber? A vida está cheia dessas brincadeirinhas de pessoas fingindo ser outra coisa.

– Você não vai alimentar sua filha? –Ela me questionou quando a pequena começou a chorar. Assenti

Sentei-me na cama, minhas pernas estão fracas demais para aguentar muito tempo em pé, e também será bem mais fácil alimentar o bebê já que nunca fiz isso na vida. Com calma, ela me entregou a pequena menina em meus braços, ela imediatamente parou de chorar. Encarei o azul belíssimo dos olhos da garota, na minha memória surgiu como um monte de fotos mostrando a minha mãe a me olhar. Todas, todas as vezes em que a chamava e ela me olhava com seu azul único. É igual. A pequenina começou a chorar, minha lágrima caiu em seu rostinho branquinho e isso a assustou.

Eu a amo com todas as minhas forças.

– Eu não vou conseguir fazer isso. –Falei para a bebê em meus braços que se calou quando percebeu o leite caindo em sua boca, o seu tão esperado alimentoEu te amo demais para deixar isso acontecer. Não vou te abandonar nunca.

 

Tombei a cabeça para trás encostando-a no sofá, Dean está sentado na outra ponta, em silêncio. Ele tomou outro gole da sua cerveja, o caçador ficou atônito quando lhe disse que quase entreguei Caroline para uma casa de adoção. O seu olhar para mim no momento me fez sentir mais vergonha do que já senti alguma vez na vida. Eu era imatura, nova demais, sem família achava melhor viver só ao invés de sentir a dor novamente da perda. Por isso não me apegava a ninguém. Eu tinha medo de me importar com alguém e o ver depois morrer. Eu não conseguiria perder mais ninguém.

– Eu não fiz isso. Não consegui –Contei ao Winchester, ele concentra toda sua atenção na TV desligada

– Mas você pensou. –Ele disse, consigo sentir a raiva em sua voz– Que tipo de mãe pensa em abandonar sua própria filha?

As palavras afiadas dele me fizeram engolir seco. Não sou a melhor mãe do mundo, mas faço o meu possível. Ninguém sabe pelo o que eu passei e senti enquanto carregava Caroline em meu ventre com os pensamentos carregados de dor por pensar em deixa-la longe de mim, longe de todo o mal que eu pensei que iria persegui-la, entretanto quem é mais apropriada para salvar sua criança a não ser a própria mãe?

– O tipo de mãe que pensou que seria o melhor para ela! –Exclamei, contendo a minha voz para não acordar a menina que dorme no andar de cima– Eu não sou uma mãe perfeita, disso eu sei, mas não mereço esse seu julgamento sujo. Fiz muitas coisas das quais me arrependo, não preciso que você me lembre as minhas inconsequências. Eu posso ter pensado, mas eu nunca abandonaria minha filha.

Dean me olhou depois de muito tempo e permaneceu calado.

– Eu me arrependo muito por não te contar sobre Caroline e por quase ter feito a pior decisão da minha vida. Pensei que estava fazendo o melhor, tudo o que eu queria era que minha filha ficasse segura. Desculpa, Dean. –Me desculpei sendo a mais sincera que eu consegui

O caçador me fitou, seus olhos são maravilhosos, suspirou pesado e bebeu da cerveja. Acho que agora está bem.

– Você tem ideia de como estou me sentindo agora? –Ele me questionou. Neguei– Eu perdi toda a vida dela. Um pedido de desculpas não trará esses anos de volta.

– Olha, não vou me desculpar mais que isso. Eu não queria que você se sentisse enganado e perdesse tudo o que perdeu esses anos, juro, me sinto muito culpada por isso, mas não vou me humilhar para você. –Falei

Depois de um tempo me encarando ele me disse:

– Você continua a mesma.

Eu sorri de lado e o Dean retribuiu o sorriso. E que sorriso. Analiso seu corpo, mesmo ele estando de lado percebo as muitas diferenças que possui, o caçador está muito mais forte que antes. Meu olhar se encontra com o dele, ele fazia o mesmo comigo. O desejo e luxuria em seus olhos verdes brilhantes me excitou. Ergui uma sobrancelha.

– Ela tem o mesmo sorriso que você. –Comentei, tento não demonstrar, mas ele percebeu e deu um pequeno sorriso

– Ela tem seus olhos. Uma perfeita combinação.

– Não quero nem pensar quando ela ficar adolescente com nossas combinações. –Falei rindo e ele me acompanhou

Me mexi um pouco e senti a dor na perna chata voltar. Coloquei a perna esquerda em cima do sofá, a saia só cobre uma perna minha deixando a outra desnuda até a metade da coxa. Como tinha imaginado antes estar roxo. Dean segurou meu tornozelo e virou levemente a perna para ver o estado da mesma, sua expressão é de surpresa. Ele passou de leve a mão no machucado, depois de colocar a cerveja em cima do centro, me arrepiei ao sentir seu toque em meu corpo.

Sua mão subiu para a minha coxa, Dean a apertou e me puxou para mais perto do mesmo devagar, me surpreendendo. Meu coração se acelerou. Estamos perto demais, consigo senti a respiração do mesmo, queria ter o controle da situação, mas a verdade é que estou morrendo de desejo do caçador a minha frente que diminui cada vez mais a distância entre nós. Mordi os lábios e rocei nossas bocas, ele me beijou com voracidade e pressa. Coloquei as mãos em volta do pescoço dele juntando mais nossos corpos. Por falta de ar afastamos nossas bocas. Eu estou completamente ofegante e ele também. Dean me um selinho e desceu os beijos até meu pescoço distribuindo em toda parte que ele encontra. Meu ponto fraco. Fechei os olhos sentindo pequenos choque de excitação em meus braços e pernas.

– Onde é seu quarto? –Ele me perguntou enquanto beijava meu pescoço, sua voz incrivelmente roca e sexy. Tanto ele quanto eu sabe exatamente onde isso vai parar

– Lá em cima –Falei pausadamente, ofegando

Tentei ficar de pé, porem a dor que senti ao tentar andar fez com que eu levantasse a minha perna fodida. Dean percebeu, botei meu braço em seu pescoço e em um movimento rápido, ele me ergueu segurando minhas pernas. Eu rir da minha situação. Enquanto o caçador sobe as escadas comigo, beijo seu pescoço fazendo carinho em sua nuca com minhas mãos. A respiração ofegante e rápida dele mostra o quanto ele está gostando. Aponto para a porta do meu quarto ao perceber que o homem parou de andar.

Dean me coloca sentada em cima da cama, e sem demora alguma ele me beija cheio de desejo e eu me deito trazendo-o comigo. Sua mão está em minha nuca, intensificando o beijo, e a outra passeia pelas curvas do meu corpo, parando na perna e a puxando para cima da sua cintura, ele pressionou seu tesão em mim. Gemi ao sentir sua mão gelada apertando minha bunda.

Tirei minha blusa e a joguei, fitando o loiro a minha frente que volta para a cama depois de ir fechar a porta. Sua boca foi direto para meu pescoço e depois para meus seios, ele retirou me sutiã que eu nem percebi, só quando senti sua língua circulando minha aureola. Ele tirou a minha saia e depois a calcinha, apenas com uma mão, enquanto a outra me excita mexendo no bico do meu seio. Gemi ao sentir sua língua em minha genitália. Dean começou a fazer um oral em mim, e ele sabe muito bem onde coloca a porra da língua.

– Ah que droga! –Exclamei em um pico alto de excitação, eu seguro seu cabelo e o pressiono para não parar com o que está fazendo

– Você é mais gostosa do eu me lembrava –Dean falou, senti sua respiração quente em minha intimidade

Ele voltou a fazer maravilhas com sua língua. Não vai demorou muito mais esforço do Winchester para me fazer goza. O mesmo se jogou do meu lado e continuou a me provocar mordendo meu pescoço e massageando meu seio. Virei-me ficando em cima dele, com a respiração regulada, o despir e retribuir o favor, fazendo da maneira que o fez enlouquecer e me dizer muitos palavrões. Antes mesmo que ele pudesse chegar ao seu ápice me puxou para cima e colocou a camisinha, que nem sei de onde ele tirou, e me penetrou.

Eu estou completamente embriagada com o tesão, Dean sabe exatamente o que fazer durante um sexo. Arranho suas costas durante o ato. E assim gozei novamente. Ele me virou fazendo ficar de costas para ele, senti a minha bunda arder com seu tapa, eu me mantenho em pé, pois o mesmo me segura. Eu não tenho mais forças nas pernas. Mordi os lábios, ele não parava com os movimentos.

– Ah puta merda, que delícia. –Ele falou e eu senti novamente o tapa

Ele me estocou algumas vezes até seu ápice chegar.

*     *     *

Abri meus olhos encarando o teto branco do meu quarto. Meu corpo está incrivelmente cansado, como se eu tivesse corrido a uma maratona, além do que, claro, estou sentindo a ressaca de beber descontroladamente ontem à noite. A culpa é minha, não era necessário beber todo o álcool que existe na casa de uma só vez, mas foi o único jeito que encontrei para controlar meu nervosismo. Depois de toda aquela ansiedade exagerada percebi que, mesmo que eu tenha escondido isso do Dean, ele me compreendeu mesmo que ainda não concorde comigo. Entretanto, fico feliz apenas que ele tenha entendido meu lado.

Virei-me para encarar a janela com a cortina tentando impedir a luz do sol de adentrar meu quarto. Um longo suspiro foi escutado por mim vindo do meu lado. Dean está dormindo tranquilamente como se não tivesse o porquê de acordar. Ele fica maravilhoso dormindo, na verdade ele é maravilhoso sempre.

Cobri meu peito com a minha saia jogada no chão, abri a cortina tentando ao máximo não pisar com o pé esquerdo. A rua está calma, um carro perdido passa pelo caminho, vejo o Sr. Gomez, um velhinho de 80 anos, cortando a grama. Seu filho passa tanto tempo em plantões que nem dá o devido valor ao pobre velho. Me sentei na cama, soltei a saia que caiu no chão e encarei o céu azul de NY. Sorri ao ver um pássaro cantar e se afastar do meu campo de visão, quase nunca os vejo, apenas escutava suas canções, hoje ele deu o ar da sua graça. Estiquei os braços para cima me alongando.

– “Todos nós iremos rir das borboletas douradas” –Dean citou o trecho do meu livro favorito, o único que li na adolescência, sua voz rouca por ter acabado de acordar fez ele ficar mais sexy

Olhei de supetão para trás, erguendo uma sobrancelha. Ele riu e deslizou o dedo em meu ombro onde está a tatuagem que fiz um tempo depois da morte do meu pai, me arrepiei com seu toque. Sorri de lado.

– Me lembro bem dessa sua tatuagem. –Ele disse malicioso

Eu balancei a cabeça franzindo o nariz.

Me virei para o caçador deitado novamente na cama, cobri meus seios com o lençol e o encarei. Meu olhar caiu bem em cima da sua tatuagem, uma estrela de Davi com um anel de fogo em volta. Eu já vi esse símbolo, mas não lembro onde.

– Eu não me lembro dessa sua –Falei

– Fiz enquanto procurava meu pai. É um símbolo anti-possessão. –Ele me esclareceu

– Isso explica porque eu já o vi. –Contei, mordi o lábio pensativa tentando me lembrar– É fofa –Disse sobre a tatuagem para o provocar e ele me olhou entediado, fingindo irritação

– Você não disse isso. –Eu dei de ombros– Vai se arrepender disso.

Eu sorrir ao ouvir o que ele falou. Em um movimento extremamente rápido, Dean me puxou para si pela cintura, segurou meus braços lado a lado do meu corpo. Ele usou o próprio peso para me manter imóvel embaixo do mesmo. Apenas o lençol entre nós. Tentei me soltar do mesmo, mas fora em vão. O caçador tem no rosto um sorriso bastante provocador.

– Diga para mim que minha tatuagem é foda e eu te solto.

– Não vou fazer isso. –Falei me remexendo na tentativa falha de me soltar– Eu não estava preparada, isso não valeu. –Minha voz saiu ofegante pelo esforço que fiz antes tentando sair

– Anda, gatinha. Só basta dizer.

– Afetei sua masculinidade falando que sua tatuagem é fofa? –Provoquei

Seus olhos semicerrados me fitando. Opa! Ele segurou com uma só mão meus braços acima da minha cabeça, sua outra mão fazia cocegas em mim. Eu ri descontroladamente. O que eu posso dizer, sou fraca para cocegas. Me remexia ainda mais debaixo do loiro enquanto ele me tortura com seus dedos rápidos.

– Para! –Pedi entre os risos e ele parou– Droga, essa porra é foda. Agora me solta! –Ele soltou meus braços

– Não foi tão ruim assim foi?

Lhe mostrei o dedo do meio com um sorriso irônico no rosto. Ele riu.

– Eu faço muito melhor que isso –Falei me referindo a provocação feita com cocegas

Ele balançou suas sobrancelhas me fazendo rir. E de fato, minhas provocações não são nada para fazer o outro rir, e disso o Winchester sabe. Os quatros dias que passamos na caçada foram cheios de provocações e joguinhos, um querendo superar o outro. As vezes só implorava para que John fosse fazer algo que não nos achava aptos para executar.

Seus olhos fixos em minha boca, seu rosto começou a se aproximar, mas, antes que pudéssemos selar os lábios Caroline bateu na porta. Empurrei Dean para o lado ao ver a maçaneta girar e perceber que a porta está destrancada. Cobri-me com o lençol às pressas sentando-me e a menina adentrou o quarto, como sempre faz. Ela deu dois passos e parou, ficou reversando o olhar de mim para o loiro, que surpreendentemente está vestindo suas calças.

– Estou com fome, de novo. –Agindo naturalmente Caroline falou, o que me fez franzi o cenho

Caroline nunca se deu muito bem nos amigos que lhe apresentava, sempre os tratou com desdém. Ciúmes é o nome. Demorou muito para que ela ficasse boazinha com Jacke, na base de duas semanas para a mesma se acostumar com a pessoa. Sempre desconfiada. Meu espanto é totalmente explicável, a menina me pegou com o Dean em minha cama e não fechou a cara, quando a mesma viu me despedindo do Alex, meu ex namorado, com um beijo na boca surtou. Não foi no bom sentido da palavra. A loirinha simplesmente disse para mim que não gostava do Alex e não queria ele em casa. Mas depois ela mudou de opinião quando ele lhe deu uma boneca, aí ela morreu de amores por ele.

Crianças.

No relógio do criado-mudo apontava ser 10:24. Ou eu dormir muito e não conseguir acordar ou foi a menina que esqueceu do café da manhã.

– Que horas você acordou? –Eu a perguntei

– Às 7 –Dean me respondeu, eu franzi o cenho olhando a menina. Se ela não me acordou, então o loiro quem levantou-se e foi lhe dar o que comer. Isso explica ele está de calça e a porta destrancada

Levantei-me da cama, enrolei o resto do corpo no lençol e caminhei em silêncio até meu closet procurar algo para vestir. Os dois me seguem com o olhar. Peguei um vestido e fui o mais rápido que eu pude para o banheiro me trocar, o mais rápido que minha perna permite. Abri a porta e os dois continuavam lá, Caroline está em pé na cama contando sobre algo muito animada. Animada o bastante para que continue a pular mesmo depois de me ver sair do banheiro.

– Pare de pular na minha cama –Mandei, ela parou e pulou em meu colo abraçando meu pescoço e entrelaçou as pernas na minha cintura. Caroline beijou repetidamente meu rosto– Oh, droga. –Falei com o susto que ela me dera, me equilibrei segurando na cama

– Está tão linda, mamãe

Ergui uma sobrancelha.

– O que você quer? –Perguntei-a sentando na cama

– Nada –Ela disse, Dean riu

A fitei esperando a resposta, a menina bufou, desistindo.

– Eu quero torta. Dean disse que eu podia comer torta.

Olhei para o caçador que deu de ombros para mim. Ele mesmo escutou-me muito bem quando proibi Caroline de comer torta pelo o que ela fizera antes com minhas coisas, ela precisa aprender a lição.

– Por que disse isso? –Eu perguntei ao caçador

– Eu tinha que arrumar um jeito dela voltar pra cama.

Inspirei, e assenti. Caroline sorriu para mim. Eu ainda não contei a menina sobre o Dean ser o seu pai, e parece que nem ele disse. O mesmo apontou com a cabeça para a menina sentada em minhas pernas, agora é a hora dela saber a verdade. Meu coração acelerou, imagino o sorriso irradiante que irá fazer.

Desde sempre a mesma quer saber quem é seu pai, mas eu desconversava e tentava explicar a ela o porquê de eu não dizer, porém a menina era pequena demais para me compreender com clareza. Então, ela só fazia um bico e saia com a cabeça baixa. Sei muito bem que foi covardia minha em não contar, pelo menos, para ela, mesmo que soubesse o nome não poderia fazer nada, afinal, é apenas uma criança. Coloquei para traz da sua orelha os cabelos que tentam cobrir seu rosto branquinho.

– Querida, –A chamei e toda sua atenção foi voltada a mim– nós temos que te contar uma coisa.

– Eu não vou poder comer a torta? –Ela me perguntou triste

– Não é isso –Dean a disse, ela sorriu de lado ao saber que comerá sua torta

Caroline me olha com curiosidade, seu azul está em um tom de claro lindo, percebo que mesma está mordendo a bochecha ansiosa para o que quero contar. Sempre apressadinha. Sorri para ela, eu não faço ideia de como irei contar a ela isso, apesar de se sair muito bem em entender as conversas adultas, Caroline só tem 6 anos. Todo cuidado é pouco.

– Você se lembra quando me perguntava aonde estava seu pai e eu não lhe respondia, porque não sabia? –Ela assentiu, demonstrando mais tristeza do que eu esperava– Eu também disse que um dia iria te contar quem era. Agora é a hora, minha borboletinha.

– Quem é meu pai? –Ela me perguntou

– Eu sou seu pai –O caçador a respondeu

O semblante da loirinha se iluminou e o mais lindo sorriso que já vi brotar em seu rosto nasceu. Ela deu uns dois pulinhos em meu colo e então correu desajeitada em cima da cama para abraçar o seu pai. Para minha surpresa a menina se emocionou ao ver o caçador também emocionado, não é como se eu conseguisse me controlar também.


Notas Finais


Então o que acharam? Esperavam isso da nossa Meganzinha de tentar colocar a filha em um orfanato?
Comentem bastante. Podem me encher de mensagens que eu não ligo, não.
A história terá algumas mudanças mas irá segui o mesmo rumo. Mas, o que acontecerá até lá? *Deixei no ar*

Beijos, beijos, beijos...
Até a próxima!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...