História United Now - Operação resgate

Bailey POV

Era muito estranho o Lamar não ter voltado da casa do pai, eu sei o quanto que ele não gosta dele, sim, ele me contou tudo, de uns tempos para cá nos tornamos brothers, me conta sobre quase tudo é tanto que ele falou sobre sua família para mim, a história dele é bem complicada, bem triste também, o Lamar não teve e não tem uma vida fácil, claramente, ele se esforça todos os dias para conseguir chegar a onde quer, de fato ele é um lutador e eu tenho orgulho de chamá-lo de meu amigo.

Estávamos todos indo até a casa dele, inclusive a novata Taylor, que parece ser legal, já se enturmou com todo mundo, até com a Joalin, falo assim, pois a Joalin é bem difícil de amigar, sofri para amolecer o coração dessa garota e torná-la minha, sorrio, amo demais ela.

Estamos próximos da residência do Lamar, pelo que nos informaram, andamos mais uns 5 minutinhos e finalmente chegamos, bato na porta e espero alguém vir nos atender, passa-se alguns segundos e vem um homem nós atender, provavelmente seja o pai do Lamar, mas ele transmite um olhar de repulsa e de raiva, com certeza não está nem um pouco satisfeito com a nossa presença, mas sou ousado e logo pergunto pelo Lamar.

- olá, boa tarde o Lamar está? – sou direto.

- não, não está, não faço a mínima ideia de onde esteja. – ele fala com um tom raivoso na voz, me causava arrepios.

- tem certeza? Ele não falou nada para o senhor? – insisto.

- voce não me ouviu moleque? Eu não sei onde o seu amiguinho está, agora fora daqui. – ele diz com uma entonação grossa e de ódio.

- ouvi sim, desculpa incomodar. – falo e ouço uns choros vindo da parte de cima da casa, antes de eu falar algo o senhor fecha a porta da casa com brutalidade.

Eu não acreditei em nenhuma palavra dita pelo pai do Lamar, ele não gosta dele e isso está bem claro, ouvi choros vindo da parte superior da casa, e mesmo nunca tendo ouvido o Lamar chorar, algo me dizia que aquele choro era dele, me viro para meus amigos e falo o que eu ouvi, estava começando a ficar preocupado com meu amigo Britânico.

- Temos que fazer alguma coisa, se o Lamar não voltar com a gente para a Forming Talents daqui a 1h e meia com a gente, ele não será mais aluno de lá. – Krys fala de maneira rápida e ele tem razão.

- Mas o que podemos fazer para tirar o Lamar das mãos desse monstro, se ele não nos deixa entrar? – Noah diz e olha para todos meio nervoso.

- Calma gente, vai ter que haver um jeito. – Joalin diz e a Taylor fala logo em seguida. – e se tiver uma janela no quarto do Lamar?

- Sim, com certeza deve ter. – falo e damos uma volta na casa e tinha uma janela, mas tinha dois problemas, como subir até lá e saber se ali é realmente o quarto do Lamar. – como vamos subir?

- como vamos não, como você vai subir senhor May, EU não consigo subir aí e como você é o atleta do grupo e o Josh não está aqui, cabe a você subir. – Krys me olha e da uma risada, acabo por rir também.

- Então fazemos assim, ali próximo da janela do Lamar tem uma árvore eu vou subir e vou entrar pela janela, você ficam vendo se não vem ninguém okay? – falo.

- Tá bom. – todos respondem.

Krystian POV

Bailey começa a subir na árvore, confesso que estou preocupado com medo de acontecer algo com o Bailey, tipo ele cair da árvore e quebrar alguma coisa, sou bem pessimista, enquanto observamos aos arredores para ver se não vem ninguém, o filipino chega na janela e bate nela para abri-la, mas algo parece impedir isso, como se tivesse trancada por dentro, vejo o Bailey, forçando a janela e fazendo muito barulho, aquilo não era bom, principalmente se o homem que o Lamar chama de pai, chegar a ouvir, não tenho dúvidas que ele derrubaria o coitado do Bailey dali. 

Lamar POV

Acordo meio atordoado e preocupado com a minha situação naquela casa, não tinha noção do tempo, fico ainda mais preocupado quando lembro que tenho que voltar para a Forming Talents e eu não sei que horas são, talvez já tenha passado da hora e agora eu nem faça mais parte da escola, me ponho encostado na parede, abraço minhas pernas e começo a chorar, pensado no tanto que batalhei para entrar naquela escola e agora, tudo foi por água a baixo por conta do pai que tenho, se bem que nem posso chamar esse monstro de pai, pais não fazem esse tipo de crueldade com seus filhos.

Fico a chorar, não estava nem aí mais para nada, meu sonho de se tornar cantor definitivamente deixara de existir, não tenho mais forças para continuar, quero morrer, quero deixar de sofrer e de existir e ir ficar com minha mãe, ao lado dela com certeza estarei mais feliz.

Me levanto e vou procurar algo cortante ou então uma corda para que eu execute esse ato em favor do meu bem, não encontro nada, nada mesmo que possa me machucar naquele quarto, era incrível como só tinha coisas de mim quando criança.

Estava muito mal com tudo que estava me acontecendo, eu tinha certeza que não merecia aquilo. Me levanto e vou até a porta quando ouço uma voz, e era do Bailey, me animo, Pois se ele está ali é porque os portões ainda estão abertos e outra eu posso continuar com meu sonho, começo a chorar e bater na porta, por alguma maneira não conseguia mais gritar.

Ouço uma batida na porta, ele fechou a porta aquele medíocre do meu pai, me sento novamente no chão até que escuto uma voz vindo da porta, era ele, me humilhando e me chamando de chorão, ele falava que eu não voltaria mais para a Forming, mas eu tinha fé que meus amigos não desistiram de mim.

E sim eles não desistiram, só ouvi vozes vindo do lado da minha janela, principalmente por seres familiares eu sabia de quem eram, logo escuto uma pessoa tentando abrir minha janela e estava fazendo muito barulho.

- Lamar? Está aí? Fala alguma coisa é o Bailey. – nunca fiquei tão feliz em ouvir aquela voz.

- Oi Bailey, me tira daqui por favor eu não aguento mais ficar aqui. – falo.

- Vou te tirar daí, mas a janela não abre, teria como abrir por dentro? – Bailey fala.

- Não tenho a chave da janela, não sei como abri-la e agora Bailey? – o medo estava me consumindo.

- Calma meu amigo eu vou te tirar daqui, a fechadura parece velha e está enferrujada deve quebrar fácil. – Bailey fala e acredito nele.

- temos que adiantar meu pai chega já para me dar a merda de um lanche. – falo, estava ficando realmente com muito medo.

Joalin POV

Estava ficando assustada imaginando o que iria acontecer com a gente caso não voltássemos para o colégio antes de fechar os portões, obviamente teria que voltar para a Finlândia, ficaria longe do Bailey e de meus amigos, talvez para sempre, era muita coisa para raciocinar.

Enquanto vigiavamos para ver se ninguém aparecia, pois se alguém por acaso visse o que estávamos fazendo iam ligar para a polícia, pois claramente achariam que estamos tentando assaltar a casa.

As horas se passavam a nada do Bailey abrir a maldita janela, tá travada ou fechada com a fechadura e sem chave não tem como abri-la, a não ser que a gente imite aquelas cenas de filme que abrem portas e janelas com um grampo de cabelo, talvez funcionará, não custa tentar. Imediatamente chamo o Bailey baixo e dou a ideia, ele meio que ignora, pois não acredita que dará certo. Mando o Noah subir na árvore e tentar abrir com o meu grampo de cabelo já que o mesmo também acredita na possibilidade de dar certo, ele faz isso e chega onde o Bailey estava e inicia tentando abrir a fechadura com o grampo, estamos todos muito aflitos.

Josh POV

Eu adorava ficar mais a Any, depois de tudo que passamos ficar um tempo em paz é mais que merecido, afinal não foram poucas as coisas que nos fizeram nos desentendermos e ficar longe um do outro. A brasileira sabia como me deixar feliz, seus beijos, seu toque quente, seus olhos, seu sorriso, e que sorriso meus amigos. Tudo nela era perfeito, não havia um defeito se quer, ela era tudo que eu sempre quis, sou completamente apaixonado por ela, talvez eu esteja bem bobo nesse exato momento vendo ela adormecida em meus braços, depois de um momento digamos que picante, ou como diria a Sabina: “caliente”.

Estava tudo perfeito, mas logo vem em minha mente o concurso de performances, fase escolar o que me tira dos meus pensamentos sobre a Any e um ar de preocupação toma conta de mim, eu queria ganhar essa fase e o concurso também, queria ir para o Brasil e vencer junto com todo o grupo, nosso grupo tem tudo para vencer, somos todos talentosos e unidos, não tem o que dar de errado.

Pensando no bem do grupo, acho que seria legal marcar uma reunião na biblioteca amanhã para debatermos sobre a performance para apresentar na etapa 1 da fase escolar, que a princípio ela diz que quer somente uma performance de qualquer música e na etapa 2 temos que criar uma música própria nossa e uma coreografia para ela e o mais difícil cantar ela ao vivo para toda a escola, sim, isso vai ser difícil, mas não impossível temos ótimos cantores, compositores e dançarinos no grupo, tudo em equilíbrio.

Depois de muito tempo a pensar, resolvo que seria sensato da minha parte mandar uma mensagem no grupo, o qual denominamos de Now United para marcar a reunião.

Whatsapp ON

Eu: Galera, quero marcar uma reunião amanhã sobre o concurso de performances, pode ser?

Sina: Claro canadense, senhor capitão sksksk

Eu: besta kskssk

Hey: respeita minha mulher tendeu?

Sina: sou apaixonada!

Sabina: se assumiram? Siyoon é real

Hey: vocês não sabem levar na esportiva ne? Somos best friends 

Sina: Sim

Eu: Sei, acredito... Então Sabina vai para a reunião amanhã?

Sabina: Beauchamp eu não sei, talvez eu esteja ocupada, mas o que precisar estarei aqui.

Eu: Sua presença é importante, não tem como dar um jeito Saby?

Sabina: Não sei, mas tô avisando que talvez eu não apareça

Eu: tudo bem, e cadê o resto do povo que não responde? Noah meu marido? Krys Beyoncé? Joalin foguenta? Ué? Cadê?

Sabina: Não sei sobre, se eles tiverem saido para comer e não tiverem me chamado eu mato!

Eu: eu tbem mato eles!

Joalin: vão tomar no c*

Sabina: chegou a imoral

Joalin: estamos em uma missão, depois a gente se fala seus idiotas e Josh, eu vou para reunião e o BAILEY tbem

Eu: Que missão? Seus falsos e nem me chamam!

Sina: ué? Como assim?

Diarra: chegueii chegando, quem amou?

Shivani: povo que conversa, affss

Hina: Love u

Shivani: Hina?

Hina: oi? Gostou?

Shivani: amei, love u

Diarra: que aleatório, meu Deus

Shivani: a Hina é fofa

Eu: mas que missão é essa Joalin?

Sabina: Levou vácuo, bjsss

Eu: não te perguntei

Sabina: edai? Para eu falar precisa você perguntar? Cada coisa

Eu: Me deixa em paz tchau

Sabina: GROSSOOOOO

Diarra: Josh VAI transar é falta de sexo

Josh: e quem disse isso? Já transei hoje

Shivani: nos poupe dos detalhes

Hina: Senhor

Krys: ola amados, beijo no cu de vocês

Eu: Krys Tá na missão?

Sabina: povo ama dar vácuo no Josh.

Eu: nossa, nem percebi

Noah POV

Depois que subo na árvore e chego na janela do Lamar, com o grampo da Joalin começo a mexer na fechadura com a esperança de abrir ela, todos estavam aflitos e nos olhando preocupados, afinal até eu estou, tá ficando tarde e se não voltarmos nenhum de nós faremos mais parte da Forming Talents.

Estava perdendo as esperanças e entrando em desespero até que, ouço um barulho da fechadura como se estivesse dando certo o que estávamos fazendo. Um sorriso toma conta do meu rosto quando a janela se abre do nada, ou talvez por conta do grampo, vemos o Lamar nos olhar com uma lágrimas nós olhos, mas de alegria, aquilo me comovia.

Logo começamos a escutar passos pela casa, sem dúvidas era o pai do Lamar subindo para o quarto dele, Bailey, começa a descer do telhado e chega no chão, faço o mesmo e o Lamar vem logo em seguida, até que o que mais temíamos acontece, Lamar prende a calça em um prego da janela que não quer soltar ele puxa, mas não consegue tirar, é possível ouvir o pai dele abrindo a porta do quarto, será que todo nosso esforço não irá valer a pena?